Diálogos com uma garota em transição

Um conto erótico de Melissa Diniz
Categoria: Homossexual
Data: 18/01/2019 16:19:08
Nota 10.00

- Oi gata, como você está?

- Estou bem e você? Posso te ajudar em alguma coisa? - perguntei para Leandrinho, um morador do meu bairro que já tinha visto algumas vezes em baladas gay, inclusive já tinha ficado com algumas das minhas amigas.

- Sabe, é o seguinte... - falava meio sem jeito - eu ouvi dizer um negócio que não sei bem por onde começar.

- Que tal pelo começo, miga! - mexi com ele para ver se saia o que eu já estava suspeitando.

- A Marcela e a Lisa me disseram uma coisa que eu queria entender melhor.

- Pode perguntar, eu não me ofendo facilmente querida.

- Elas disseram que você tem um jeito, um dom, uma habilidade, sei lá que... - passou se uns dois segundos - ... quem você come gosta tanto que em poucos meses se tornam trans, isso é verdade?

- Por que essa pergunta? Algum interesse especial?

- Eu queria saber primeiro se é verdade e como a coisa acontece.

- Gata, na verdade já começou. Se você me procurou quer dizer que existe uma Leandra, linda e poderosa, louca para sair do casulo e a minha rola vai ser só uma desculpa.

- Entendi. Depois a gente conversa. - virou as costa e já ia saindo.

- Minha casa está de portas abertas pra você lindinha. Beijos.

Passou-se 3 semanas e Leandrinho voltou.

- Pensou bastante fofa?

- Você pode me contar alguma dessas transformações que você ajudou a realizar?

Reparei que Leandrinho começou a fazer as unhas e pinçar a sobrancelha ainda bastante discreto, mas eu sabia que aos poucos ele ia se soltando. Dei um sorriso malicioso, cruzei minhas pernas e disse: Bem, com 15 anos meu primo Fernando começou a transar comigo, na época eu era um garoto que só pensava em estudar e ele era mais fortinho e tinha 16 anos. Quando eu deixei de apenas ser comida por ele e passei a dar pra ele eu senti um sentimento feminino nascer dentro de mim e com o tempo eu passei a só usar calcinha, fazer as unhas mas não passava esmalte ainda, pinçar as sobrancelhas e a forma de agir, andar e principalmente pensar ficava cada vez mais parecida com de uma jovem adolescente do sexo feminino.

- Espera - fui interrompida -qual a diferença de ser comida pelo seu primo e dar para ele?

- Quando eu era comida, eu o deixava comer meu rabinho pra dar prazer a ele, mas eu sentia muita dor e desconforto. Mais ou menos 2 meses depois que eu era comida por ele eu passei a sentir só prazer, aí parece que acendeu algo dentro de mim e eu percebi o que era dar para alguém que a gente gosta. Entendeu?

- Entendi, mas eu não quero saber sobre como você se percebeu trans e sim como você faz com que as outras pessoas se tornem trans.

- Primeiramente, eu não transformo ninguém em trans, essa pessoa já era trans, eu só a ajudo perceber essa condição. Segundo deixa eu continuar a te contar que você vai entender. Pois bem, eu e Fernando ficamos juntos por um ano e meio e cada dia que se passava eu gostava mais de ser menininha dele e receber o carinho de um homem. Com o passar do tempo o relacionamento com meu primo esfriou quando ele quis experimentar a ser passivo e eu aceitei. Dois meses depois que Fernando fez aquele pedido eu fui passiva por apenas umas três vezes, enquanto antes eu dava para ele todos os dias, as vezes até mais de uma vez por dia. Aí chamei ele para conversar e descobrimos que estávamos gostando a mesma coisa, ou seja, ser a garota de um rapaz.

- Então o seu primo que te comia todos os dias foi a primeira trans que você ajudou a florescer?

- Florescer é um bom termo, vou começar a usar mais. - falei com um jeito já mais relaxada e sedutora - E eu sei que você já ficou com o Fernando, ele me disse e que fizeram muitas coisas gostosas juntas.

- De quem você está falando?

- Da Marcela bebê.

Leandrinho ficou de queixo caído. Sem entender nada ele me deu um beijo na bochecha e saiu andando dizendo que precisava processar melhor as informações.

Precisou de mais duas semanas para ele processar aquelas novas informações. Sei que ele procurou a Marcela porque ela me contou e que ela havia confirmado tudo, inclusive disse que minha rola era uma das melhores que ela já tinha provado. Fiquei constrangida em saber disso. Recebi minha nova, futura, pupila com muita simpatia e delicadeza. Sabia que a cabeça dele deveria estar um turbilhão de emoções. Ele dessa vez veio com mais segurança, deu pra perceber que ele estava usando uma calcinha pois a alça lateral estava exposta de forma aparentemente proposital. Assentamos na minha cama e começamos a conversar, me sentia uma psicóloga atendendo seu paciente.

- Duas informações que queria que você me confirmasse se você poder. É verdade que uma outra que floresceu com sua ajuda foi a Lisa? Outra coisa é que você e o José Carlos da padaria tiveram um caso longo? Pergunto isso porque se isso for verdade quer dizer que não é 100% dos seus amantes que florescem. - Essas perguntas saíram como se fosse uma metralhadora cuspindo balas de tão rápido.

Me posicionei de forma confortável na minha caminha, pois vi que a conversa ia ser longa, e aproveitei para ficar de uma forma mais feminina e sedutora para minha futura aprendiz. Sobre a Lisa, sim é verdade. A Lisa se chamava Lisandro e era meu melhor amigo antes da minha transição de gênero. Quando fiz a transição, as coisas ficaram um pouco complicadas para mim na escola, principalmente por conta do preconceito. Então acabei de pegar meus coleguinhas de sala e no recreio eu aí com eles para o reservado do banheiro e fazia umas coisinhas com eles. Foi bom que aos poucos eu ia controlando-os, pois acabava sabendo quem tinha pinto pequeno, quem tinha ejaculação precoce, quem curtia um fio terra e principalmente quem gostava de rola também. Numa desses encontros acabei levando Lisandro e acabamos tendo uma discussão feia já que ele se sentia abandonado por mim e acabou se abrindo dizendo que era crossdresser. Chamei ele pra vir a minha casa, e em resumo após três semanas morando aqui ele já era ela, e passou a se chamar Lisa.

- Entendi. Oque você acha que eu devo fazer? - perguntou Leandro.

- Olha eu acho que você tem se decidir, gata. - fazia questão de chama-lo sempre no feminino para ver se ele estava confortável com a situação - Eu já sei que você ficou com a Marcela, e na maioria das vezes foi o ativo da relação, mas que também deu pra ela duas vezes. Sei também que você já está fazendo as unhas, pinçando a sobrancelha e usando calcinha. - quando disse isso ele ficou vermelho de vergonha - Um conselho, só não faz sozinha a sobrancelha não pois pode acabar errando e depois é muito difícil corrigir.

Ele começou a se levantar como se tivesse indo embora aí eu perguntei - Já está indo amiga? Pensei que a gente ia fazer algo diferente hoje. - e passei a mão aonde deveria estar meu pau, se não tivesse escondidinho, recebi de volta um sorriso amarelo. Pedi para ele esperar. Ele atendeu. Voltei com duas coisas, um par de argolas banhadas a ouro e um salto alto 14, e disse - Se quiser seguir esse caminho fura a orelha e usa esses brincos e use esses sapatos para você ir treinando, acho que te cabe né? E isso é só um empréstimo viu, adoro esses brincos e esse salto. - Ele agradeceu e se foi.

Um mês e meio tinha passado e já estava achando que tinha perdido a minha futura aprendiz. A Marcela e a Lisa, minhas amigas que mais conhecia Leandrinho, me disseram que já tinha muito tempo que não o via. Ele costumava ir com bastante frequência ao Tgirl's Bar, um barzinho que abri com outras garotas, e já havia bastante tempo ele não era visto por lá. Já tinha bastante tempo que eu também não ia ao bar, pois no horário comercial estava trabalhando de secretaria executiva da minha cunhada em uma ONG para das apoio a garotas trans, e pouco tempo estava sobrando para dar apoio no bar.

Estava atendendo uma mesa quando alguém me chama batendo nas costas, quando eu viro vejo Leandro. Ele estava usando o brinco que emprestei, com olhos maquiados de preto, os lábios com um gloss bem leve, um short curto masculino, mas com as pernas depiladas e as alças laterais de uma calcinha rosa clara com babadinho a mostra e uma sandália havaiana rosa. Os cabelos continuavam do mesmo jeito, ele ainda usava uma blusa de um time de futebol, mas claramente usando sutiã com bojo. Aquele conjunto de short, blusa e cabelo masculino, com conjunto de lingerie por baixo da roupa, mas com a intenção de mostrar, uma maquiagem meio andrógina, além das unhas e sobrancelhas feitas demonstrava que aquela criatura precisava conversar e tomar uma decisão sobre o que ele queria. Quando olhei bem no fundo dos olhos dele, ele começou a chorar copiosamente apresentando um sentimento de sofrimento intenso. Não esperei ele dizer nada, apenas peguei ele pela mão e falei para gente ir para um lugar mais tranquilo.

Andamos até minha casa e levei para meu quarto, lá fiz um ritual conhecido pelas garotas que floresceram. Arrumei um banho com eravas aromáticas e uma mistura chinesa que tinha ganhado de uma amiga e deixei Leandro relaxando e tomando o seu provável ultimo banho como um garoto. Quando ele saiu encontrou sob minha cama um conjunto de lingeries pretas e rendadas, um body da batgirl, meias 7/8 também pretas e um salto meia pata 15 preto verniz. Tinha um bilhete meu dizendo que me chamaram no bar e que seria rápido e que enquanto isso era para ele se vestir e caso se sentisse confortável ela poderia se maquiar também. Gastei um pouco mais de uma hora e meia para resolver uma situação de briga no bar com polícia e tudo e infelizmente quando cheguei ele já não estava mais lá.

Na noite seguinte cheguei em casa exausta e a única coisa que queria era um banho relaxante, uma sopa quente e uma bela noite de sono. Meus planos foram para os ares quando a campainha tocou, era Leandro ou melhor Leandra. Ela estava vestida com as roupas que separei aquele dia e com uma maquiagem lindíssima, digna de profissional. Os cabelos foram sido cortados de forma mais feminina com alguns apliques que tronava os cabelos muito mais leves e de um castanho claro lindo. Era outra pessoa. Dessa vez toda aquela nevoa negra da noite anterior havia sido dissipada. Mesmo majoritariamente vestida de preto, a maquiagem era leve, o sorriso e o semblante tornavam tudo mais leve. Nossos olhares se cruzaram e não foi necessária nenhuma palavra, peguei ela pela mão e suavemente beijei seus lábios, levei ela para cama, desabotoei a parte debaixo do body, tirei a calcinha dela e ela me deu. Me deu não somente aquilo que ela já queria ter dado desde nosso primeiro encontro, mas também me deu parte do seu ser, me entregou definitivamente sua alma masculina para que eu a ajudasse a enterra-la, agora era somente uma menina trans com suas peculiaridades e alma feminina. Como ela mesmo disse, ela floresceu.


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Comentários

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Kcd
20/01/2019 12:21:40
Maravilhoso, adorei
20/01/2019 03:05:16
Uaaaaaaaaaau!!!! Que lindoooooo! Amei


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