Principes e Brutamontes! Cap. 11

Um conto erótico de UniversitarioGoiano
Categoria: Homossexual
Contém 1759 palavras
Data: 12/02/2014 02:43:10

CAP 11

Algo dentro de mim não me permitia contar a Caio o que havia acontecido, pelo menos não naquele momento. E, é claro, eu não podia esperar que Fernando estivesse disposto a ouvir de mim algo que não fosse um pedido de desculpas pelo corrido da noite passada, ou talvez nem isso. Ah verdade é que eu não tinha um amigo intimo o bastante por perto pra contar que eu acabara de perder a minha virgindade, que cada parte do meu corpo doía de arrependimento por isso e pelas outras idiotices que eu havia feito e que eu não sabia como pedir ao Caio que voltasse a me tratar como antes.

Depois de acordar, Bruno se vestiu e foi até a sala, onde eu estava. Ele se despediu com um beijo e disse que já tinha que ir, pois o seu irmão mais novo, que morava com ele, devia estar preocupado, e que talvez viria me ver a noite. Quando fiquei só parei pra refletir sobre ele, e eu realmente não sabia o que pensar. É claro que eu não podia jogar a culpa da transa toda pra cima dele, eu fiz por que quis, bebi porquê quis. Mas todo mundo sabe que sob efeito de bebida fazemos coisas que não teríamos coragem de fazer sóbrios. Eu me perguntava se ele havia percebido que eu nunca tinha transado, e se isso ao menos fazia alguma diferença pra ele. Por volta das duas da tarde resolvi entrar no Orkut, pra ver se o tempo passava e eu me descontraia. Lá havia um depoimento novo de Caio. Pelo que parece o que ele queria me dizer não poderia ser dito por Scrappy.

“Sabe, sinceramente, eu realmente acreditei em você meses atrás quando você me disse que queria mudar. Mas ontem a noite eu vi o mesmo Felipe de sempre. Inconsequente, sem limites... Nossa Lipe, agora eu quase percebo porquê todo mundo tem uma visão de você diferente da minha. As vezes parece que eu não quero enxergar quem você realmente é. O que mais me decepcionou foi te ver jogando bebida no Fernando, que é seu amigo. Porra cara, porquê você fez aquilo? Sinceramente, se você quer ser realmente levado a sério, e quer mudar a sua imagem diante de quem te julga mal, tendo esse tipo de atitude você nunca vai conseguir. Sou se amigo, de verdade, e esse é um conselho que eu dou pra você. E te peço que, antes de falar comigo de novo, peça desculpas a ele.”

Eu pensei em responder, mas eu não tinha o que dizer. Eu já havia assumido pra mim mesmo antes de ler aquilo que eu estava errado, e depois então meu sentimento de culpa só cresceu. Pra mim, não seria fácil pedir desculpas a Fernando, baixar a bola, e dar o braço a torcer. Até porquê, apesar de saber que eu agira muito mal, eu ainda sentia uma irritação quando pensava nele, afinal, eu sabia que era ele quem estava influenciando Caio a me dar essa dura. O depoimento, por exemplo, com certeza tinha dedo do fer. Meu rosto estava molhado de lágrimas enquanto eu pensava naquilo tudo. Eu, sem duvida, como um verdadeiro garoto mimado, eu precisava de colo. E naquele momento só uma pessoa poderia me dar. Peguei o celular e fiz uma ligação.

- Alô, pai?

- Oi meu bebê. Fazia dias que você não ligava pro pai. Tá tudo bem? Tem dinheiro na sua conta ainda?

- Você também nem me ligou esses dias né pai? Tenho dinheiro sim, não é isso não.

- E oque aconteceu então? Você tá doente? Tá sentindo alguma coisa?

Meu pai era um fofo comigo, eu era filho único, ele me criara sozinho, com a ajuda dos meus avós. Ele havia engravidado a minha mãe quando recém tinha completado 20 anos, e ela, tinha apenas 18. Ambos filhos de famílias muito conservadoras, logo instaurou-se uma guerra entre as duas famílias. Para abafar a gravidez, meu avós tiraram minha mãe de Rio Verde, e a mandaram pra Belo Horizonte, onde passaria toda a gestação, visto que, se fosse pra Goiânia era bem provável que alguém de Rio Verde (minha cidade natal, e de meus pais), descobrisse tudo, visto que eram cidade próximas. Depois de me ter, minha mãe decidiu que não queria casar com o meu pai, e muito menos de cuidar do filho que acabara de ter. Meu pai me assumiu, me deu amor e carinho, e meus avós e meu tio, irmão mais velho do meu pai, lhe deram total apoio. Eu não era revoltadinho e nem nada por causa disso, aprendi a ser indiferente a minha família materna, pois como meu avô sempre me dizia, “só quem perdeu foi eles”.

- Ah pai, sei lá... só estou meio triste. Queria passar uns dias com você... Você tá em Rio Verde?

- Filho, eu to. Mas amanhã bem cedo to indo para Brasília, tenho umas coisas pra resolver da empresa, e tenho que me encontrar com um cliente também. Mas me fala, o que foi que aconteceu? Você tá deixando o pai preocupado. – dizia meu pai em tom de preocupação.

- Nossa pai, para de drama! Que idiotice, só quero te ver, entendeu? SÓ! – Falei perdendo a paciência. – Posso ir pra Brasília encontrar com você?

- Nossa Lipe, não se fala com essa grosseria com o pai da gente sabia? – Falou meu pai em tom de decepção – Mas você não vai perder aula? Não vai te prejudicar?

- Se fosse me prejudicar eu não estaria pedindo pra ir te ver! Olha aqui pai, você vai deixar eu ir te ver ou não? Porquê se não for, já vou desligar a ligação.

- É claro que eu deixo Lipe, se você está dizendo que não vai te prejudicar... Claro que eu deixo você vir me ver, to morrendo de saudade de você. As vezes você esquece que tem pai, parece...

- Mas eu quero ir ainda hoje. Até porquê não quero acordar cedo amanhã de manhã.

- Você tem chave do apartamento de lá?

-Tenho sim.

- Olha, o Roberval, aquele meu funcionário está ai em Goiânia esse fim de semana com um dos carros da empresa, posso mandar ele ir te deixar em Brasília, se você quiser. É melhor do que você chegar sozinho e a noite na rodoviária.

- Então pode ser pai.

- Vou pedir pra ele passar aí no seu prédio no final da tarde. E você me liga quando chegar em Brasília, avisando que está tudo bem, tá certo?

- Combinado então pai.

- Tchau filho, te amo.

- Tchau, também te amo.

Era o melhor a fazer, dar uma sumida. Curar a ressaca moral bem longe, e pensar no que eu deveria fazer. Levantei do sofá e fui para o meu quarto arrumar a minha mala, e separar a roupa com a qual eu iria viajar. Ao terminar, lembrei-me de catar as camisinhas e os lubrificantes do chão e joga-los no vazo. Eu não queria conversar com ninguém sobre aquilo, e se meu pai resolvesse vir me deixar ele próprio em Goiânia, seria extremante constrangedor ele encontrar aquilo no chão do meu quarto.

Por volta das 18:00 h eu já estava pronto, vestia uma bermuda branca e camiseta de mangas compridas com listras largas azul e rosa claros e usava uma sandália franciscana branca. Milha mala já estava pronta e eu estava sentado em uma das banquetas enfrente o balcão de mármore do meu apartamento comendo cereal Floops com Iogurte enquanto esperava o funcionário do meu pai me ligar e avisar que já estava lá embaixo à minha espera. Quando o celular tocou, não era uma ligação, era uma sms. E era de Caio, me arrepiei.

“Você pode vir aqui embaixo, por favor? Estou te esperando.” Eu não conseguia entender aquilo, primeiro ele me dizia que não era pra eu falar com ele até pedir desculpas pro novo melhor amiguinho dele e agora me vinha com essa? Caio queria me enlouquecer? Resolvi descer para descobrir. Peguei a minha mala e fui, Roberval nãop devia mais demorar tanto. Chegando na portaria do prédio pude ver Caio encostado no seu carro, de gola preta e bermuda azul. Usava também o óculos Ray Ban Wayfer que eu havia lhe dado de aniversário. Simples, e lindo. Meu coração acelerou de uma forma diferente quando eu o vi, algo que vinha acontecendo a algum tempo. Me aproximei e disse:

- Mudou de ideia?

- Pra onde você vai? Pra que essa mala?

- Eu perguntei primeiro.

- Ah, tá ok Felipe! Eu queria ver você, se você estava bem, e ia aproveitar pra te levar pra pedir desculpas pro Fernando, sei que você não ia gostar de ir sozinho. – FERNADO, FERNANDO, E FERNANDO! Mas que saco! Sempre esse garoto!Pensei.

- E quem disse pra você que eu ia pedir desculpas?!

- Ninguém, eu te conheço mas do que você mesmo Felipe! Vai pra casa do Bruno? Viajar com ele?

Meu celular vibrou no meu bolso e eu o peguei pra atender, era o funcionário do meu pai. Olhei pro outro lado da rua e vi um Corolla branco com o logotipo da empresa da minha família colado nele parado do outro lado da rua. Olhei para Caio e senti vontade de abraça-lo, mas certamente ele deveria preferir o abraço do Fernandinho! Pensei comigo mesmo, ironicamente, fervendo de raiva.

- Não interessa Caio. – Eu comecei a dar as costas a ele e a arrastar a minha mala, e então ele segurou a minha mão e a segurou.

- Eu... – Olhei em seus olhos e esperei ele completar, os olhos de Caio eram os mais lindos que eu já havia visto, e ficavam perfeitos perto de sua pele dourada. Eu segurei sua mão com força também, E foi naquele momento, em que percebi, ou assumi pra mim mesmo que eu o amava como homem, e não como um irmão. E que se eu lhe desse um abraço naquele momento, haveria mais fogo do que ternura. Caio era o meu primeiro verdadeiro amor. – Eu... Me avisa quando você voltar pra eu te levar na casa do Fernando.

- Preciso ir Caio. – Soltei a sua mão, dei as costas e fui, sem olhar pra trás. Pois se não, eu não conseguiria. Seriam só no maximo dois ou três dias, mas seriam dois ou três dias somados aos dias que já não estávamos tão próximos. E eu não estava mais suportando aquilo. Se era isso que ele desejava, o gelo que ele estava me dando, sem duvida estava surtindo efeito. Entrei no carro e mal cumprimentei Roberval, tirei meu Ipod do bolso e coloquei os fones no ouvido.


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Comentários

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Poxa, cara! Não acredito que abandonou essa história. Pô, que droga! Eu sei que o tempo deve estar escasso, mas por favor! Vou esperar seu retorno.

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Acho a atitude do Caio bem infantil e a sua também, mas torço pra ficarem juntos.

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Fiquei tão feliz quando eu encontrei este capítulo hoje,que bom que voltou e por da favor não suma.

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Fiquei tão feliz quando eu encontrei este capítulo hoje,que bom que voltou e por da favor não suma.

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Fiquei tão feliz quando eu encontrei este capítulo hoje,que bom que voltou e por da favor não suma.

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Pense que vocês iam fazer as pazes, fiquei triste, mas tenho certeza que você fez a escolha certa, tomara que você consiga publicar com mais freuquecia, já que a sua historia é mito boa, abraço.

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O Caio tá injuadinho mesmo com esse lance de fernando mais em partes ele tem razão esppero que o Caio e o Junior se acertem logo.

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CARA DIGO O MESMO DO DHCS, PENSEI QUE TINHAS ABANDONADO O CONTO. QUE É UM DOS MELHORES DA CASA. FINALMENTE ELE PERCEBEU QUE AMA O CAIO. ESPERO QUE NÃO TENHA SIDO TARDE DEMAIS. ABRAÇOS E ATÉ O PRÓXIMO.

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Cara tu sumiu, cheguei a pensar que você desistiu do conto. Mas como você voltou fico feliz. Porém que mancada hein... Admito que me decepcionou um pouco, entretanto que sou eu pra julgar?! Espero que esteja bem e volte logo, abs!

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