A Primeira Vez Que Vi Um Homem Nu
A primeira vez que vi um homem nu jamais saiu de minha mente. Eu era completamente inocente, bobo, infantil, a ponto de as pessoas entenderem que eu acreditaria em qualquer coisa, até que eu levaria uma surra dos meus pais caso contasse para alguém o que estava acontecendo.
Foi numa daquelas tardes sem compromisso, em que a gente vai pra casa do vizinho ver a Sessão da Tarde. Neste dia, estava com meu melhor amigo, Paulinho. Fomos parar na casa de Bira, que nem era nosso amigo de verdade, pois já era bem mais velho e, como todo mundo sabe, a idade em certas fases da vida conta muito. Bira já tinha uns 10 anos a mais do que nós dois. E lá estava ele na sala de casa, só de short, vendo filme na TV.
Ficamos sentados lá um tempão, mas por mais que eu me esforce, nunca consegui me lembrar que filme passava. Quando a distração era completa, só ouvi Bira chamando: olha pra cá. Não sei se Paulinho olhou também, mas quando me virei, o que vi foi a coisa mais louca: Bira estava quase deitado no sofá, apenas metade do troco dele estava recostado e o short (que eu me lembro perfeitamente que era vermelho) estava arriado, na altura dos joelhos. Nas mãos, ele bolinava calmamente com o próprio pau, que estava entre mole e ficando duro.
A visão era inédita: eu jamais havia visto um pau de homem feito. Era imensamente maior que o meu, ou o de qualquer amigo da minha idade. Era grosso, tinha uma cabeça grande, rosada e completamente peludo. Eu não sabia o que fazer. Fiquei olhando aquilo sem reação nenhuma. Foram longos segundos, que pareciam eternidade. Posso jurar que eu fiz cara de assustado, mas não conseguia tirar os olhos daquele pau enorme, moreno (apesar de Bira ser bastante branco) e cabeludo.
Não sei dizer quanto tempo levo para que Paulinho saísse de lá correndo e me chamando. Eu não consegui fazer o mesmo. Ouvi quando ele passou correndo pelo corredor lateral da casa e foi sair na rua. Quase ao mesmo tempo, Bira falou como quem estava querendo aprontar alguma coisa: quer dar uma chupadinha nela? e me mostrou o pau já quase completamente duro. Eu não tinha reação. Não conseguia tirar os olhos daquele mastro grosso e peludo. Ele se levantou e eu achei que fosse para se exibir melhor. Quer dizer, achei mas não sabia que achei. E continuei sem reação. Ele continuava remexendo aquele negócio grande e, pelo menos como eu imaginei, pesado. Sim, parecia bastante pesado, talvez pelos movimentos que fazia entre uma bolinagem e outra.
Eu mal percebi que ele vinha se aproximando de mim. Não sei se lenta ou rapidamente, mas quando percebi, ele estava bem próximo a mim. E eu olhava fixamente para aquela cobra, que ia enduracendo e parecia cada vez maior. E foi se aproximando mais e mais... tanto que eu já podia sentir o cheiro. Um cheiro que eu sabia que era de pau, mas que era diferente. Tinha alguma coisa a mais, um cheiro forte de homem feito, ou pelo menos que eu achava que era. Meu olhos vidrados, eu estava assustado. Sei que estava... recostei recuando a cabeça no encosto do sofá e ele estava cada vez mais próximo. Ele ficou tão mais próximo que eu podia sentir o calor que emanava da cabeça do pau... só que eu senti isso com meus lábios. Não chegou a tocar, mas pude sentir a quentura que saía dali, junto com aquele aroma gostoso, mesmo para quem nunca tinha sequer visto um cara pelado. Mas em seguida fiz algo do qual me arrependo até hoje: desviei o trajeto que Bira estava fazendo e saí correndo dali.
Passei semanas e mais semanas lembrando daquilo. Mas a única vez em que comentei o que aconteceu, foi com o próprio Paulinho, que me perguntou o que ele tinha feito e eu respondi que nada. Que ele tinha vestido de novo o short e ficou vendo TV. Nunca mais voltamos a tocar no assunto.
E para quem pensou que eu finalmente chuparia um pau... fica pra depois...