Levantei às 4h, fiz meus exercícios matinais, li mais um pouco de Kant, tomei banho, preparei meu desjejum, assisti uma aula ministrada por um livre-docente da USP sobre Pierre Bourdieu.
Toda vez que uma situação de fato, que autoriza o poder, se transforma em um poder legítimo, se ela precisa esconder o arbitrário da gênese da sua condição por intermédio de um regulador que, mascarando essa situação de fato, torne o exercício do poder aceitável.
Difícil, né? Mas fica fácil de entender se você pensar que hoje, mesmo antes que sejam anunciados oficialmente os candidatos, você já sabe quem provavelmente será o próximo presidente da república. Mas, pare para pensar: como isso é possível? Nosso país tem duzentos e quatorze milhões de habitantes e uma boa parte deles poderia se candidatar ao cargo. Estamos em uma democracia, afinal de contas. Tá, tudo bem, só pode se candidatar quem estiver em um partido político. Mesmo assim são trinta e três partidos. Não te parece estranho que somente dois nomes estejam, de fato, nessa disputa? Na última eleição também já sabíamos os dois nomes que chegariam lá. E, na outra, antes dessa também sabíamos. Não te causa estranheza? Não porque esses dois são os que, legitimamente – apesar de todas as acusações que pairam sobre suas cabeças – são aqueles que podem exercer o poder. Entre duzentos e quatorze milhões de brasileiros, somente duas pessoas estão autorizadas a exercer o poder em nosso nome. O fato de nosso destino, como nação, estar nas mãos de duas pessoas não nos causa revolta à ponto de pegarmos em armas para despojá-los. No máximo, xingamos no Twitter. No máximo, fazemos vídeos para o You Tube. E por que? Porque a democracia representativa mascara a verdadeira natureza do poder em nosso país – em qualquer país, na verdade, mas eu estou usando o Brasil como exemplo. A democracia representativa é o regulador que mascara o arbitrário da situação de fato. E qual é a situação de fato? A situação de fato é que você não vota em quem você quiser. Não vota em qualquer um. Te autorizaram a votar somente naqueles que foram escolhidos para concorrer. E como se deu essa escolha? Você participou dela? Você escolhe quem serão os candidatos? Claro que não. Os grandes caciques, os donos dos partidos, escolherão quem concorrerá. Depois que o presidente for eleito, os grandes caciques escolherão se ele governará ou ficará quatro anos brigando com o Congresso. Isso para não falar dos ministros do STF.
Isso não vale só para a política, mas acho que a política é o exemplo mais fácil para se entender que a legitimidade serve para mascarar a arbitrariedade que existe no mundo real. Os exemplos que o livre-docente deu foram outros: a legitimidade mascarando a dominação do negro pelo branco e a dominação da mulher pelo homem. Não quero entrar nesse assunto, mas as pessoas que reclamam da ditatura gayzista e da ditadura feminazi estão percebendo que os ativistas de movimentos minoritários são os novos cidadãos de bem e se ressentem disso.
Pronto, parei.
Depois do vídeo, levei o café na cama para meu corninho. Ele é todo cheio de “não me toque”, mas também eu já sabia disso quando casei com ele. Não que nunca tenhamos transado. Nunca foi tão bom quanto era com meus amantes, mas acontecia eventualmente. De uns tempos para cá é que tudo havia mudado. E ontem de madrugada o Vitor me contou o motivo disso. Bem à tempo de preparar uma bela surpresinha para ele.
Ele também não gosta de café da manhã na cama, assim como não gosta que eu o acorde com um boquete. Mas, na maior parte do tempo, meu corninho não faz o que gosta, ele faz o que me agrada.
A manhã foi relativamente tranquila.
A Dri apareceu para ajudar o César com os preparativos do churrasco, eu liguei para todo mundo confirmando.
Para falar a verdade, com a Dri cuidando do meu caçula, a necessidade daquela festa desapareceu. A filha do seu Ricardo já não era uma ameaça. No entanto tanto a menina parecia ser uma delicinha, como também seu pai tinha alguma coisa que me instigava. Além disso, já tinha chamado a prima Mari e ela provavelmente viria com fome de pica. Hmmm... e ela traria seus filhos. Calma Gabi, não se descontrole agora.
Mari foi a primeira a chegar. Ela trouxe o maridão e os filhos, como eu havia previsto. Foi a chamada de vídeo dela que começou toda aquela loucura com o César e o mínimo que eu podia fazer era bagunçar a vida dela como ela fez com a minha.
A Dri ficou maravilhada com a Mari. Todo mundo fica. Ela sempre foi poderosa e sempre atraiu todos os olhares, inclusive os meus.
Enquanto meu corninho fazia sala para a visita, eu puxei o filho da Mari de canto e perguntei:
— Cadê meu beijo, bebê?
João Victor não se fez de rogado e já foi enfiando a língua na minha boca.
— Safado você — eu disse, pegando-o no colo e tirando sua pica para fora das calças — Que pica gostosa, bebê.
Eu peguei o celular e fiz a chamada de vídeo.
A imagem de Mari apareceu chupando um caralho muito familiar. Filha da puta, ela havia se antecipado e atacou o César.
Bom, já que eu estava lá, eu aproveitei e paguei uma gulosa para meu priminho. Não foi o suficiente para ele gozar, mas o bastante para ele continuar duro por baixo da bermuda.
O pau do priminho não é tão grande quanto o de César, nem tão pequeno quanto o de Cris. É do tamanho certo. Fora que sempre achei o menino uma graça.
Logo os outros convidados apareceram e meu corninho acendeu a churrasqueira.
Seu Ricardo e Dona Jéssica chegaram mais ou menos no horário. Dava para ver na cara dela o quanto se sentia deslocada no ambiente.
Foi a Dri que recebeu a família e, quando eles me viram, eu os cumprimentei como se fossem velhos amigos. Seu Ricardo me secava desavergonhadamente, mesmo na frente da filha.
Chamei o César para conversar com a Carol. A menina o cobiçou desde a primeira vez que o viu e nem disfarçava mais. Meu primogênito a levou para a piscina, enquanto Seu Ricardo me seguia como se fosse um cachorrinho, enquanto eu mostrava a casa para Dona Jéssica.
Cris, o antissocial, estava trancado no seu quarto.
Eu deixei a Dri cuidando dos pais da Carol e fui até lá.
— Ei, gatinho. Não vai sair? Está um sol maravilhoso lá fora.
— Uhuu... — ele falou com um misto de ironia e desânimo.
— A Carol chegou — eu joguei a isca.
E, como eu esperava, ele não ficou nem um pouco animado.
— legal...
Eu não fazia muita questão que o Cris confraternizasse, especialmente com a Carol, então deixei ele em paz.
Quando passei pela sala, vi César discutindo com o primo. O tema da discussão? Homem de Ferro versus Capitão América. Embora eu estivesse preocupada com Carol sozinha vagando pela casa, parei para ouvir.
— Você viu o mesmo filme que eu, César — disse Joãozinho.
— Ah, mas o Soldado Invernal tava junto, então não vale — disse César.
— Se o Steve não estivesse tão preocupado com o Bucky, a luta teria acabado antes.
— Ah não... tá me dizendo que um mero humano iria conseguir fazer frente ao Homem de Ferro?
— Que mero humano? Estamos falando do Capitão América. Ele é um super-soldado, lembra?
— Claro que lembro. Ele tá no máximo da forma de física de um humano normal. Nada mais do que isso.
— Nos quadrinhos isso pode ser verdade, mas no MCU a coisa muda. Ou você acha que um humano, mesmo na sua melhor forma, consegue dar aqueles pulos e correr do jeito que ele corre no primeiro filme? No MCU ele tá no nível do Homem-Aranha.
— Ah, não... aí você tá exagerando. Igual o Homem-Aranha??? O Homem-Aranha dá um pau no Capitão América em qualquer dia da semana.
— Exceto que ele tomou um pau no filme que a gente acabou de ver, né?
— Ele não tomou um pau. Foi sorte.
Ouvi todo tipo de argumento. Sobre como Stark estava com dó de bater no amigo, então só deixou para mandar Sexta-Feira analisar o padrão de combate do super-soldado somente no final da luta. Que tudo seria diferente se ele tivesse analisado desde o começo. Sobre como o Soldado Invernal estava se contendo e só tentando fugir ao invés de enfrentar o vingador dourado.
César não conseguia convencer o primo do seu ponto de vista, nem vice-versa. E, como sempre, ele me chamou.
— Mãe, fala pra ele.
Como se eu fosse alguma grande autoridade em Marvel. Ou em quadrinhos em geral, por falar nisso. Claro que não sou. Nunca fui. Eu só sei o que meus meninos me contam.
— Vocês querem saber quem ganhou?
— É, mãe.
— Diz aí, Gabi.
— O Zemo ganhou. Os Vingadores perderam.
— Tá, mãe. Mas a gente quer saber entre o Capitão América e o Homem de Ferro.
— Eu sei, gatinho. E eu estou respondendo. Os dois perderam. E sempre que vocês escolherem a ideologia no lugar da sua família, vocês vão perder. Se existe uma lição nesse filme, é essa. O Zemo conseguiu fazer com que as opiniões dos heróis se colocassem acima da sua amizade. Fez com que eles se focassem no que os separava ao invés de focar no que os unia. E agora, os Vingadores não existem mais como um grupo.
A verdade é que o Capitão América sempre vai ganhar do Homem de Ferro, assim como o Batman sempre vai ganhar do Superman. Aquele que tem menos chances sempre vai vencer. Qual seria a graça se acontecesse o contrário? Nós torcemos para o azarão. Entre um humano normal e um metahumano, sempre torceremos para o humano. Entre um supersoldado equipado somente com um escudo e um gênio com uma infinidade de armas, nosso coração sempre estará do lado daquele que pareça estar em desvantagem. E isso é especialmente verdadeiro se o sujeito que está em desvantagem for o mais esforçado. Pense bem, na luta entre Gaara e Rocky Lee, você torcia inicialmente para quem? Nesse ponto não há discordância entre César, Cris e João Victor. Naquele momento Gaara foi retratado não só como aquele que tem mais chances de vencer, mas também retratado como uma pessoa não muito agradável. E além de gostarmos de ver a queda dos poderosos, adoramos ver a queda dos soberbos. Esse mesmo pensamento faz com que vejamos o pobre como virtuoso e o rico como canalha, mesmo que, na prática, existam pobres patifes e ricos valorosos. Sim, Jesus disse que “é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus”. Também disse “bem-aventurados são os pobres, porque deles é o Reino dos Céus”. Mas você já se perguntou porque Jesus disse isso? Pelo mesmo motivo que ele disse “juntai tesouros no céu e não na terra” – citando livremente – é mais difícil para uma pessoa apegada à seus bens materiais, que são transitórios, entender a importância das riquezas espirituais. Muita gente usa essas palavras de Jesus para dizer que todo pobre é automaticamente virtuoso e todo rico é automaticamente dissoluto, mas a verdade é que não é o dinheiro ou o poder que corrompem. É o apego. Jesus disse: “quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim”. Estaria Cristo falando contra o amor do filho pela mãe? Estaria ele sendo arrogante e mesquinho? Você pode imaginar que sim. Mas, eu tenho uma opinião divergente. Lembra que no Gênesis está escrito que o homem – no sentido de humanidade e não no sentido do macho da espécie – é imagem e semelhança de Deus? Existe uma corrente de pensamento que, salvo engano, remonta a Santo Agostinho, segundo a qual Deus é nosso Logos, ou seja, Deus é o espírito que reside dentro do nosso cérebro e o motivo pelo qual temos consciência. Por isso, quando Jesus diz que o maior mandamento é amar ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento, ele está determinando que nós nos conectemos com essa parcela do nosso espírito que se conecta ao Espírito Santo de Deus. Muita gente interpreta que Jesus tenha dito: “Amarás a Deus acima de tudo”, mas não foi isso que ele disse. Ele disse: de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento. Não existe comparação aqui. Não existe: ame isso mais do que ama aquilo. A ideia é que Deus é a melhor parte de você. Você é, de fato e em verdade, imagem e semelhança de Deus Altíssimo, então ame essa parte de você e rejeite as partes de você que não são conectadas à Deus. Amar a sua conexão com o Todo Poderoso é estar em plenitude e você só pode verdadeiramente amar aos outros quando a relação que você tem com eles não é uma relação de carência, de dependência. Diferente do mito grego dos andróginos, a alma gêmea dos humanos não é outro humano que foi separado e destinado a se reencontrar. Não. Segundo o entendimento cristão, a alma gêmea dos humanos é Deus e somente Nele existe plenitude. Então o que Cristo está dizendo é que amores humanos jamais trarão o que você encontra no Criador. E, indo mais além, somente é possível amar verdadeiramente os outros, ou seja, cumprir o segundo mais importante mandamento, quando você se reencontrar com sua alma gêmea, que é Deus.
Uma outra discussão que o filme levanta, embora feita de forma passional, é se deveríamos cumprir leis que nos parecem injustas.
Os Acordos de Sokóvia regulamentam as atividades dos supers. Toda regulamentação existe, em tese, para dar segurança jurídica à uma determinada atividade. E, toda regulamentação visa proteger a soberania de um Estado.
A discussão sobre o quanto o Estado pode se meter nas liberdades individuais não começou ontem, nem vai terminar amanhã. Pensadores coletivistas costumam advogar a favor de um Estado maior, enquanto pensadores individualistas desejam a diminuição dele.
Uma terceira discussão gira em torno de punitivismo versus garantismo. James Buchanan Barnes é, ao mesmo tempo, um assassino impiedoso e uma vítima da Hydra. Crimes foram cometidos e, para cada crime, existe uma punição. No entanto, pode-se advogar que Bucky é inimputável, dado que sua mente sofreu lavagem cerebral. E, para além disso, existe o fator periculosidade. O Soldado Invernal não se livrou completamente do controle mental, como deixá-lo livre nas ruas sabendo que, à qualquer momento, um Zemo da vida pode aparecer e transformá-lo em uma arma novamente?
— Eles vão voltar, Gabi — disse meu priminho.
— O que? — eu perguntei. Estava completamente perdida em pensamentos.
— Os vingadores vão voltar.
— Ah sim. Tenho certeza disso, gatinho.
Claro que o meu discurso não impediu que eles voltassem a discutir assim que virei as costas, mas eu também não tenho a pretensão de defecar uma verdade absoluta na cabeça deles e posar de sabe tudo. Eu tenho as minhas opiniões sobre como as coisas poderiam ser para que nossa convivência fosse mais pacífica, mas aprendi que a complexidade dos pensamentos é grande demais para que uma única verdade se imponha. Um dos motivos pelos quais eu acredito que Deus tenha escrito a nossa história da maneira como ela é – e isso não tem fundamento teológico nenhum, já que eu estou falando de uma convicção pessoal – tem a ver com o fato de que nosso intelecto individual é incapaz de chegar ao pleno entendimento da complexidade do universo ou do próprio Criador. Não acho – e, de novo, esta é uma opinião pessoal – que o plano perfeito de Deus tenha como alvo nós, enquanto indivíduos, mas a humanidade como um todo. Ou seja, a minha intuição – e intuição feminina é aquilo que diz à uma mulher que ela está certa, esteja ou não – é a de que Deus habita no coletivo muito mais do que habita na individualidade. Jesus disse: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”. O próprio Deus é um coletivo. Ele é três e é um ao mesmo tempo. Então, de alguma maneira, eu acredito que Deus habita na polifonia, no pluralismo de ideias e na capacidade de conviver com a alteridade. É quase como se Ele dissesse: “Confie naquilo que há de mais elevado em ti e rejeite o que há de mais mesquinho”. De novo, não tenho como provar esse conceito teologicamente, é mais uma intuição mesmo.
Fui até a piscina e encontrei Carol solitária, mexendo no celular.
— Oi, gatinha.
— Ah... oi, dona Gabriela — ela falou com um pouco de má vontade. No entanto, quando seus olhos se desgrudaram do celular e ela me olhou, houve uma faísca de encantamento que me intrigou. Carol tem essa fachada de dominadora. Uma fachada que eu mesma usava quando tinha a sua idade. Mas era só uma máscara, como uma das muitas personas a que nos apegamos e que nos permitem viver em sociedade.
— Nossa, quanta formalidade, Carolzinha...
Ela sorriu, a despeito de si mesma. Felicidade genuína, como diria o Vitor.
— Me chame de Gabi, pode ser?
Ela assentiu com a cabeça, se desarmando. Eu sei como pode ser exaustivo bancar a durona durante a maior parte do seu dia. É como se você tivesse que devorar para não ser devorada. A guarda precisa estar sempre alta, sangue nos olhos, faca nos dentes. Toda mulher é uma inimiga, todo homem, um predador. Passei toda a minha adolescência nessa dinâmica e ela realmente cansa.
— Cadê o César? — eu perguntei, como se não soubesse que ele a havia abandonado para discutir o MCU com o primo.
— Sei lá — ela se armou novamente. Sua expressão era de “nem me importo”.
— Vai ficar sozinha aí? O Cris perguntou de você — menti. Sim, eu falo sobre Deus em um momento e no seguinte, lá estou eu mentindo. Pessoas são complexas.
Nessa hora ela me pegou de surpresa. Com um leve suspiro, ela se desarmou por meio segundo. Ela realmente gostava do meu caçula. Talvez porque com ele, ela pudesse relaxar, já que ele não parecia representar perigo.
— É? — ela perguntou, se refazendo e me mostrando a sua melhor expressão de enfado. Ela é muito boa. Sempre pronta para o combate, sempre empunhando a sua lâmina apontada para a garganta das inimigas.
— É — eu respondi — E você não me cumprimentou direito quando chegou. Estava com vergonha porque seus pais estavam por perto?
Carol riu daquilo. Uma risada cristalina, maravilhosa. Eu vi nela o que sempre vi na prima Mari, uma capacidade inata de transformar homens em menininhos e mulheres em coisinhas insignificantes. Era um diamante a ser lapidado. Não era uma adoradora, como a Dri, mas uma rainha. E, pela ferocidade com que empunhava suas armas, era uma rainha amazona.
— Não, vejo que me enganei — eu disse — não dos pais. Do papai, talvez?
A hilaridade nela só aumentou. Não era do papai que ela tinha vergonha. Muito pelo contrário.
— Carol — eu a chamei. Ela se voltou para mim com aquele tão conhecido olhar de superioridade que eu tanto havia ensaiado no espelho nos idos dias da minha meninice.
— Por que você tem vergonha da sua mãe? — eu perguntei. Assim mesmo, sem pudores e hesitações.
Durante um breve momento eu vi o medo aflorar no seu rosto. As pistas estavam todas lá. Ela me desejava, me desejava desde o dia em que eu lhe dei aquele selinho mais prolongado e a puxei pela cintura. E não desejava só a mim – não sou tão desejável assim – mas a vida que eu tinha. Desejava minha casa, minha piscina e todos os confortos que ela não tinha na própria vida. Desejava meu primogênito. Desejava a devoção incondicional do meu caçula, a segurança que ele proporcionava. Mas ela tinha vergonha de demonstrar isso na frente dos pais. Não. Só de um dos pais. E, se não era papai, então só podia ser mamãe. Dona Jéssica, que me olhou com desprezo desde o primeiro momento em que me viu. Não porque se achasse mais bonita, mas porque se achava mais virtuosa. E o comportamento de Seu Ricardo, me olhando despudoramente quando Dona Jéssica estava distraída, mesmo quando Carolzinha estava atenta. O mesmo comportamento que o César tinha comigo.
— Que absurdo — ela retrucou, ser armando rapidamente, afastando o corpo de mim e interrompendo o contato visual.
— Aí estão vocês — Seu Ricardo disse.
Carolzinha, que já estava totalmente na defensiva, tomou um susto quando o pai chegou.
— Aqui estamos nós — eu falei — o senhor tem uma filha linda, sabia?
— Claro que sei — ele disse. Havia o orgulho paterno ali, mas algo mais.
— Eu estava dizendo pra Carolzinha que ela não me cumprimentou direito quando chegou.
Houve um breve momento de confusão.
— Sério? — Ricardo perguntou — Pra mim foi normal.
Eu já ia demonstrar como queria ser cumprimentada, mas o César gritou por mim.
Pedi licença aos dois e me levantei.
Ricardo, como sempre, estava com os olhos fixos nos meus peitos.
— Adorei sua filha — sussurrei, ao passar por ele, ao mesmo tempo em que apalpava a sua pica por cima da calça. Olhei de soslaio para Carol, ela ficou surpresa pelo meu atrevimento, mas não chocada. Na verdade, ela chegou a morder os lábios de tesão.
Ao passar pelo jardim, vi de relance o Vitor chegando com uma ruiva, nossa convidada de honra, mas não queria melindrá-la, então fingi ignorar o casal.
— Que foi, gatinho? — perguntei ao César.
— A Mari tá te procurando.
Minha prima não alguém que deva ser ignorada, então fui ver o que ela queria.
— Gabi — disse Mari assim que me viu — essa sua festa está terrível. Que tal chamar os meninos e fazer uma festa de verdade lá no seu quarto?
Essa era uma provocação típica dela.
Mas eu tinha muito o que fazer, afinal, as pessoas não vêm na minha casa para ver o meu corninho.
— Mari, querida, essa é uma excelente ideia. Deixa só eu entreter o pessoal e depois a gente pode se divertir bastante.
— Claro, amor. Afinal, vou passar a noite aqui.
— Eu contava com isso, gata.
Em dado momento, a festa migrou para a piscina e as pessoas ficaram distraídas o bastante para não notar minha ausência. Ou a do meu corninho, que já não estava mais à vista.
Fui para a sala segura só para ter certeza e, depois de conferir as câmeras, eu desci e chamei o Vitor. Fomos até o carro, pegamos todo o material que ele havia coletado desde que eu o contratei e fomos para o meu quarto, que obviamente estava trancado. Vitor sacou suas ferramentas de lock picking – como ele chama – e logo conseguimos entrar.
Dentro do quarto, a ruiva estupenda de meigos olhos verdes metia a pica no rabinho do meu corno, que gemia como uma puta velha.
Ela foi a primeira a nos ver. E gritou.
Meu corninho, que nunca foi valente, tratou de se cobrir.
— N-não é o que você está pensando.
Vitor revirou os olhos. Como detetive, ele deve ter ouvido essa exata frase várias e várias vezes.
— Leve a Angel para a biblioteca — eu falei para o Vitor — eu e meu marido precisamos conversar.
— Você sabe o nome dela? — meu corninho perguntou, um tanto boquiaberto.
— Sei mais sobre ela do que você, imbecil.
Vitor retirou a garota do quarto e eu tive a minha conversa com meu corninho. Ao final dela, fui para a biblioteca, onde a garota de programa me esperava com certa impaciência. E medo. Suponho que Vitor tenha mostrado a sua arma. E, por essa encenação, ele iria querer muito mais do que uma rapidinha, provavelmente teria que lhe fazer o serviço completo. Fora os seus honorários. Mas meu detetive sempre merece cada centavo e cada gozada.
— Olha moça, eu não quero me meter no seu casamento.
— Sente-se, por favor — eu disse — isso não precisa ser desagradável.
Angel olhou para o Vitor com desconfiança.
— Deixe-me a sós com ela — falei, sem olhar para trás. Eu estava me sentindo muito mafiosa nessa hora.
O alívio no rosto da moça era visível.
— Eu disse para sentar-se — ordenei. Ao que fui obedecida prontamente.
— O que quer comigo? — ela foi direto ao ponto.
Sorri. Não havia motivo para manter aquela farsa, embora a ideia fosse tentadora.
— Só quero saber se você tem notícias da Gi e do Júnior. Acho que vocês perderam meu número.
— C-como... — ela titubeou, quase ouvi outra daquelas frases que o Vitor ouve sempre — Do que está falando?
— Eu devo ter mudado muito se você não me reconheceu. Meu marido fala tão pouco assim de mim?
— Moça, eu nem sei o seu nome.
Nenhuma surpresa por aí. Meu corninho não me ama e eu não o amo. Não no sentido convencional da palavra. Você acha que quando Cristo ordenou que amássemos nossos inimigos, ele queria dizer para andar de mãos dadas com eles e ficar de beijoquinhas? Claro que não. Ao mesmo tempo, o amor é mais do que a mera paixão e menos. O amor não é uma emoção, mas uma decisão. Um mandamento, um imperativo categórico da condição cristã. A emoção é efêmera. Ela se dissipa no ar. Casamentos baseados em emoções desvanecem com a rapidez de um suspiro. Meu marido e eu temos um contrato. E temos filhos. E somos cristãos. Sobre esses três pilares, nosso casamento prospera. A despeito de quantas picas nos penetram. A diferença entre eu e ele é que meu corninho se envergonha disso. E, nesse sentido, ele tem uma visão muito mais puritana e sonhadora do que significa um casamento.
— Pode não saber, querida — eu falei — mas eu sei o seu. É Lucas. Eu costumava te chamar de Luquinha. Sua irmã mais velha se chama Giovanna. E seu irmão herdou o nome do pai. E é o nome do arcanjo da anunciação.
— O arcanj... não pode ser... Gabi?
Ela percebeu. Provavelmente só eu me refiro ao Júnior de uma maneira tão pomposa.
— Oi, Angel — eu falei, me permitindo chorar — Você tá linda, sabia?
Ela saltou em meus braços e as lágrimas correram fartas. E logo o choro deu lugar aos beijos. Lucas era conhecido entre meninos e meninas, nos idos tempos de estudante, como o melhor oral da escola. Aquela língua me ensinara muitos truques e, ainda hoje, me surpreende com todos os outros que minha linda Angel sempre guardou para si.
— Sua filha da puta — foi a primeira coisa que ela me falou depois que nossas bocas conseguiram se separar — você me assustou pra caralho, sabia?
— E você continua a mesma. Sempre com o caralho na boca.
— Mas e aí... você ainda tem visto a Gi e o Júnior?
— A Gi tá casada com um CEO da vida. O Ju tá enrolado com... pessoas.
— Pessoas — eu repeti sua expressão entre risos — ele jamais decidiu entre meninos e meninas.
— Gabi, o Júnior não decide nem idade, nem sexo. Agora ele se diz poliamoroso.
— Ah sim... claro. Agora temos rótulos para tudo. Mas me diz, ele ainda bolina o seu rabinho.
— Sempre que pode. Ele não consegue resistir.
— A combinação do cabelo ruivo com esses olhos verdes de Medusa é bem difícil de resistir, nem meu corninho resistiu!
— Seu corninho? — ela riu — É assim que você chama ele?
— Ele me chama de coisas piores, tenho certeza.
— Aquele homem tem adoração por você, menina — Angel disse, para meu espanto.
Eu apalpei a pica dela por cima da saia.
— É isso aqui que ele adora, gatinha. Ah, sim... eu tenho uma proposta indecorosa para te fazer.
— É mesmo? — Angel disse com um brilho nos olhos — Isso pode te custar caro, sabia?
Ela levantou a saia e liberou aquela rola deliciosa para que eu a pegasse de jeito. O tamanho era normal, mas a memória de quantos orgamos ela havia proporcionado quase me levava ao descontrole.
Quase.
E é claro que eu sabia o quanto aquilo me custaria. Tratei dos detalhes com ela e voltamos para a festa. Não sei ela, mas eu tinha que me conter para não andar de mãos dadas com essa menina que foi uma das minhas grandes paixões da juventude.
Logo que me viu, o César me puxou de canto e disse:
— Mãe, você falou pra Dri não deixar eu comer ela?
— Falei.
— Por quê?
— Porque ela não é sua, gatinho. Ela é minha.
— Ah, mãe...
— Além disso — eu falei, aproveitando que estávamos em um lugar discreto, para enfiar minha mão por dentro da sua bermuda e lhe acariciar o membro até ele ficar ereto — você precisa aprender a não ser escravo da sua piroca.
— D-do que está falando, mãe? — César perguntou entre gemidos.
— Estou falando que transar a todo momento não faz de você um garanhão, mas um escravo do sexo.
— Mas você transa toda hora, mãe — ele falou me agarrando os peitos.
— Cada vez que eu transo com alguém, eu consigo mais do que leitinho na cara, meu amor. Eu sempre cobro mais do que uma simples gozada.
— Mas isso faz de você... — ele falou, enquanto se deliciava com a punheta que eu lhe fazia, mas não teve a coragem para terminar.
— ... uma puta — eu terminei por ele — Sim, faz. Uma putinha de luxo, meu bem.
— Ah... você é uma puta, mãe — César disse, como se aquilo fosse uma libertação.
— Isso faz de você um filho da puta, gatinho.
— Eu sou um filho da puta do caralho... ah, mãe... que delícia.
Quando senti que ele estava prestes a gozar, tirei a mão.
— Mãe!
— Já te disse, garoto. Você precisa aprender a ser dono da sua rola e não escravo dela.
— Ah, mãe!
— Engole o choro, César. Depois a gente conversa. Vai entreter a Carol.
— Quem é Carol?
— A amiga do Cris.
Meu primogênito meio que pegou a ideia e saiu cambaleando com a barraca armada para cima da filha do Seu Ricardo. A menina tentou escravizar o meu gatinho. Nada mais justo do que soltar o meu pitbull para cima dela.
Chamei meu corninho, agora mais dócil do que nunca, e guiamos Seu Ricardo e Dona Jéssica em um tour pela nossa casa. Depois apresentamos o casal à algumas autoridades presentes na festa e, depois de algumas horas, Dona Jéssica estava completamente fascinada conosco, quebrando completamente aquele estranhamento inicial. A ideia de que Carol pudesse circular no meu ambiente gerava gerava perspectivas interessantes para o seu futuro. Algo que não passou desapercebido pela mãe de Carol. Subitamente, a mulher que me via como uma piriguete intrometida, passou a enxergar na minha humilde pessoa, uma espécie de fada madrinha para a filha. Sim, eu tenho planos para Carolzinha. E certamente a menina tem potencial para a majestade, mas dicilmente sua mãe aprovaria meus métodos. Seu Ricardo, muito mais simplório, só desejava o meu corpinho. E ele teria muito mais do que poderia imaginar.
Minha prima costuma desprezar pessoas de origem mais humilde. “A plebe” como ela costumava se referir à eles na sua adolescência. A linguagem se refinou, mas o preconceito jamais foi abalado. Para mim, o dinheiro é instrumental. Torna a existência muito mais confortável e pode comprar uma certa espécie de poder. No entanto, o verdadeiro poder não consiste em acumular capital, ganhar eleições, concursos ou fazer política em nome do povo. Não. Isso é o jogo. O jogo é chegar ao topo da carreira. O verdadeiro poder não está em jogar um game que não foi você quem programou, que não foi você quem modelou. O verdadeiro poder consiste em duas vertentes: programar o game e hackear o game que os outros programaram. O game que eu jogo não fui eu quem criei. Eu jogo pelas regras dos dominantes do meu campo. Ora, se eu quero deter o verdadeiro poder, compete a mim hackear o game. Ou, nas palavras de Francis Joseph Underwood: “se as suas peças estão em desvantagem, vire o tabuleiro”. Nas próximas eleições, para entrar em um assunto bem indigesto, iremos às urnas – ou não – para escolher entre dois homens que são jogadores no game da política. Vencer o game significa chegar ao topo da carreira. Hackear o game da política significa se perpetuar no poder à despeito das regras da democracia. Você pode fazer isso na força bruta, ou seja, através de um golpe de estado e da destruição das instituições democráticas ou pode fazer isso aparelhando o Estado e comprando os votos de seus pares com o intuito de eleger perpetuamente seus sucessores, fazendo com que seu partido político jamais abandone o poder. Esses dois homens são pro gamers, sobre isso dificilmente há dúvida, mas será que eles são só isso ou também tem a pretensão de hackear a democracia? Pergunte isso para o César e virá uma resposta. Pergunte ao Cris e virá outra na direção diametralmente oposta. E como posso hackear o game do patriarcado? Com sororidade. Não a sororidade utópica em que acreditam algumas feministas, mas uma sororidade dos bastidores. Sabia que as sociedades primitivas veneravam o sagrado feminino? Existe uma deusa anterior à cada um dos deuses em todas as mitologias. A mais emblemática é Tiamat, que foi derrotada pelo deus-solar Marduk, mas mesmo o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo é frequentemente retratado de modo feminino, Imago Dei dando a luz à Israel ou como a mãe que amamenta o filho. Temos também a figura de Shekinah, a Presença de Deus, também chamada de o Feminino de Deus, mas isso é bem controverso. Sabemos que o matriarcado foi suplantado pelo patriarcado com o surgimento da agricultura e o conceito de propriedade privada. E as mulheres passaram a ser vistas como propriedade dos homens. A sociedade patriarcal tende a tratar os homens como descartáveis e as mulheres como porcelana. As mulheres são, portanto, frequentemente subestimadas. E muitas feministas se revoltam contra isso, querem derrubar o sistema. Mas não existe vantagem estratégica maior do que ser subestimada, especialmente quando você está no controle. Portanto, o que eu busco nas mulheres da minha sororidade é o potencial para controlarem seus mundos sem a necessidade masculina de mostrar que sua pica é a maior. Que a glória das conquistas fique para os homens, que eles clamem nos botecos suas façanhas. Eu me contento em saber que os homens da minha vida estão sob meu controle. E estão sob meu controle nos bastidores. Ninguém precisa saber que aquele bispo geme de tesão com o consolo fincado no seu rabinho, nem que aquele senador, tão valente nas redes sociais, chora como um bebê no meu colinho. Senta no colo da mamãe, bebê. Vai ficar tudo bem.
Depois de entreter os pais da Carol, apresentei a Angel ao meu caçula. Cris rapidamente fez emergir a nerd que existia dentro da ruiva. Quando notei que minha presença não era mais necessária, saí de lá e deixei minhas duas garotas à vontade.
No final da tarde, meus convidados mais ilustres foram se retirando. Alguns tinham que voltar para suas atividades políticas e outros para suas igrejas.
Dona Jéssica simplesmente apagou depois que a Dri batizou sua bebida e Ricardo a carregou até um dos quartos de hóspedes.
No quarto estávamos eu, a Carolzinha e o pai dela. E foi nessa hora que eu tranquei a porta.
— O que está fazendo? — perguntou Ricardo.
Sem responder, eu fui até sua filha e a beijei. Houve alguma resistência, claro, mas logo ela se rendeu à minha língua e me agarrava com sofreguidão. Estiquei minha mão e agarrei a pica do pai dela, que também não resistiu e, levantando a minha saia começou a me bolinar. Joguei Carolzinha na cama e comecei a chupar sua xoxotinha, enquanto Ricardo metia sua rola na minha.
— Ai, papai... ela tá me chupando... uhhh — Carolzinha falava baixinho.
— A buceta dela é muito gostosa, filhinha... — Ricardo respondia, evitando meter com muita força para não fazer barulho.
Depois de ficar um tempo naquela posição, eu fiz Ricardo deitar-se e caí de boca na pica do papai da Carol e puxei sua cabeça para ela compartilhar daquela rola maravilhosa comigo.
— Chupa seu papai, chupa, gatinha. Deixa eu ver.
Não era a primeira vez que ela fazia aquilo. Quando eu peguei no pau do seu pai, lá na piscina deu para perceber que ela transava com o pai fazia um tempinho. E outra coisa que deu para perceber é que eles nunca tinham feito isso na presença de outra pessoa e era isso que lhes dava mais tesão naquele momento.
— Isso filhinha, chupa com vontade. Que boca maravilhosa você tem, princesa.
Enquanto Carolzinha chupava o pai, eu o beijava. Nossas línguas se agarravam dentro da boca. Quando finalmente nos separamos, eu coloquei a teta na sua boca e ele se serviu com vontade. Sua boca cuidava de um dos meus peitões e a mão agarrava o outro.
Carol montou no pai e, encaixando sua piroca na bucetinha, começou a cavalgá-lo.
— Vai paizinho, come a sua menininha... vai... isso... você me fez só pra me foder, né? Come a xaninha da sua filha, come. Aproveita que a mamãe apagou e enfia esse caralho gostoso na minha bocetinha, vai... Quero sentir seu leitinho quente na minha xoxota, papai. Foi você quem me fez, então você pode me comer todinha, papai; porque eu sou só sua. Me fode gostoso, papai. Ai, que delícia de pau... Enfia com força, vai. Fode sua filha, safado. Come a boceta da sua menina, vai...
A menina era mais perversa do que eu havia imaginado. Logo, Ricardo não aguentou e gozou dentro da filha. A menina desabou em cima do corpo do pai, um orgasmo tão intenso que ambos quase desfaleceram de tesão.
Me despedi da Carol com um beijo bem gostoso e voltei para o quarto do Cris.
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Oi bebê, tudo bem?
Senta aqui no colo da mamãe e me escuta com atenção.
Se você está gostando da história comente e vote. Assim, mamãe vai saber que você está se divertindo e vai continuar escrevendo.
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Oi gente, tudo bem?
Eu dei uma sumida porque minha vida está uma loucura e mal tenho tido tempo para respirar, quanto mais para escrever para o site.
Percebi que o site agora permite que a gente responda individualmente cada pessoa que comenta, então talvez este seja o último Gabi Responde. Claro que isso vai depender de vocês lerem minhas respostas nos comentários, o que eu não sei se acontece.
Deixem nos comentários qual é o formato que vocês preferem.
Outra novidade são os seguidores. E eu quero agradecer Romarinho99, Morfeus Negro, Blue_506, DjNunes, bello bello, Melkzedek, Leitor12 e Estanislau por me seguirem e, é claro, convidar todos vocês a me seguirem também.
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GABI RESPONDE | Apresentei minha aluninha gostosa ao deputado.
ALMAFER: Como sempre, obrigada pelos elogios e pelo carinho.
OLD TED: Obrigada pelos elogios. Espero que você retorne em breve para suas atividades sexuais normais. Até lá, espero que você se divirta com minhas histórias.
Na verdade, só tive uma crítica. De resto, só tenho recebido elogios.
Sobre Estocar Vento: vou deixar no final dos comentários, uma matéria que eu li sobre isso. Sou meia burrinha, então acabei não entendendo como o processo funciona e qual é exatamente a economia envolvida. Acho que vou precisar que alguém desenhe para mim.
MORFEUS NEGRO: Obrigada pelos elogios e muito obrigada por ter se tornado meu fã.
Sobre o regalo que você me pediu: as histórias da Mamãe Evangélica envolvem, lógico, meus filhos, mas existem outras histórias entre o meu próprio casamento e aquela noite fatídita em que bolinei César pela primeira vez.
Atualmente, eu não costumo envolver pessoas castas em minhas aventuras depravadas, mas eu nem sempre fui tão pudica nesses assuntos. Então, se você quiser posso narrar as histórias anteriores ao meu envolvimento sexual com meus filhos.
ANDARILHO: Eu muitas vezes mudo os títulos dos meus contos para tentar atrair leitores mesmo. É um clickbait. Daqui a pouco vou começar a colocar títulos como Meu filho me pegou saindo do banho e você não imagina o que aconteceu.
O César tem o pensamento heteronormativo. Eu converso bastante com ele e ele finge aceitar o que eu estou dizendo, mas como eu disse, a influência do meu sogro sobre ele é grande.
Eu me perco bastante quando começo um assunto. Você não tem ideia de quantas vezes eu preciso revisar o texto antes de mandar, simplesmente porque eu saio completamente daquilo que eu tenho que falar. Fico feliz que você goste dessa característica minha, mas sinto que nem todo mundo gosta, então peço desculpas.
Eu não entendo muito do mundo militar. Para escrever sobre isso tive que pesquisar um bocado e o César me ajudou. Ele é fissurado em militares, games de tiro e afins. Meu filho foi de grande ajuda nesse sentido. Eu não fazia ideia do que era uma alça de mira, pra você ter uma ideia.
Bom, certamente meus leitores mais assíduos não estão cagando para o que eu escrevo, mas o engajamento tem diminuído bastante. Cada vez menos pessoas comentam e muito menos gente tem lido.
Faz parte, né?
Obrigada pelos parabéns e obrigada por me acompanhar.
VERONICA KEYLANE: Obrigada pelos elogios.
Sim, Cris é um nome neutro. Atualmente, eu me refiro à ele, mas Cris não se importa realmente com os pronomes. Ele gosta de estar no meio termo. Gosta tanto de ser tratada como uma menininha quanto como um garotão. Dri tem ajudado bastante nesse sentido.
Percebo que você e a Dri tem mesmo bastante em comum.
Sim, imagino que C.D. venha de Cross Dresser, mas eu não estou interada realmente no assunto.
O César pensa em si mesmo como um macho alfa, mas não digo que ele é mais escroto ou machista do que a maioria dos omis ao nosso redor, sabe?
Ele tem esse lado sensível que só eu vejo e que ele tenta desesperadamente esconder. E, sinceramente, não sei se devo mudar isso. Eu vejo o mundo como ele é e não como eu gostaria que ele fosse. E as últimas eleições corroboraram o meu pensamento. Fora da nossa bolha existe muito mais gente que pensa como o meu sogro do que gente que pensa como eu. E eu não quero que o César sofra de graça, aquilo que o Cris está fadado a sofrer.
Se eu fosse mais anônima, eu poderia me revelar para vocês, mas infelizmente não sou.
Muito da minha vida é baseado na minha reputação e eu não posso me dar ao luxo de sair do armário agora.
Estou com um projeto para fundar minha própria denominação, então talvez no futuro eu possa me revelar para vocês, mas eu preciso ir com cuidado, porque a pressão dentro da comunidade evangélica é realmente enorme.
DONI472: Obrigada pelos elogios.
Sobre Lilith:
The Lost Books of the Bible and the Forgotten Books of Eden, publicado em 1926, é uma coletânea de traduções do XVII e do XVIII de textos pseudepigráficos, extracanônicos e apócrifos do Velho Testamento, onde foi compilado, o Segundo Livro de Adão e Eva, escrito originalmente em ge'ez e, posteriormente traduzido para o árabe, para o alemão e, finalmente, para o inglês.
É a primeira vez que Lilith é apresentada como a primeira mulher de Adão e relata o motivo pelo qual ela foi a primeira pessoa a sair do Éden Celestial.
E esse motivo é que, durante a transa, ela queria cavalgar gostosinho na pica de Adão, mas ele achava que deveria ir por cima.
Lilith também é mencionada no Talmud Babilônico e no Zohar Levítico. Existem menções dela em textos cuneiformes da Suméria, Assíria e Babilônia.
Dentro da tradição patriarcal, Lilith foi expulsa do Paraíso por não aceitar se submeter ao homem.
Existem outras interpretações, como a de Johann Jakob Bachofen [Das Mutterrecht, 1841] e a Tealogia [diferente da teologia patriarcal, uma tealogia fundamentada no feminino] de Valerie Saiving [1976] e Naomi Goldenberg [1979].
Na perspectiva matriarcal, Lilith fugiu do Paraíso para encontrar-se com aquela que seria considerada a Serpente do Paraíso.
Essa Serpente, na tradição patriarcal é Samael.
E Samael pode ser considerado um anjo caído, um demônio ou, como está escrito no Apocalipse bíblico, a antiga serpente que se tornou um dragão.
A Grande Serpente, na mitologia da mesopotâmia é Tiamat, a deusa das trevas que foi derrotada por Marduk, o deus das luzes.
Na mitologia egípcia ela é Apep, a serpente que ataca a barca solar de Rá.
Na mitologia helênica essa Serpente está relacionada tanto à Atena quanto à Tétis. Mas eu considero que a personagem mais significativa do patriarcado heleno seja Pandora, essa mulher criada para quebrar a ânfora e libertar os males do mundo.
De qualquer maneira Lilith encontra a Serpente e, segundo a tradição patriarcal, ela se torna amante de demônios. Transando não só com espíritos imundos, mas com animais e parindo milhares de demônios por dia, que são chamados de lilins.
Mas a importância de Lilith não está em sua origem mitológica, mas em sua natureza simbólica. Ela foi a primeira de nós a ser punida por querer direitos iguais. A primeira bruxa.
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ARMAZENANDO O VENTO EM ROCHAS
A maioria das fazendas de geração de energia eólica passa por períodos nos quais o vento é mais forte do que o necessário, principalmente à noite.
Essa energia extra será utilizada para alimentar enormes compressores de ar, que enviarão o ar comprimido por meio de um túnel para uma camada de arenito localizada a cerca de 1.000 metros de profundidade.
O arenito é uma rocha extremamente porosa e, a essa profundidade, fica encharcado de água.
O ar sob pressão ficará armazenado nesses poros, expulsando a água, o arenito fica localizado entre camadas de argila, que funcionam como um lacre que não deixa o ar escapar.
Nos momentos de pico de demanda, quando mais energia é necessária, o ar comprimido nessas rochas profundas será então redirecionado para a superfície, sendo utilizado para gerar eletricidade.