O Sibilino II

Um conto erótico de Irish
Categoria: Homossexual
Data: 07/04/2015 18:56:51

Como eu mesmo dirigia meu proprio coche, nao pensei muito em tocar para a Gavea assim que deixei Georgiana e os pais em casa. O que me impelia alem de uma ardente curiosidade? Eu nao poderia responder, ou nao queria refletir muito.

O endereço de Fleury, jà famoso na cidade, era numa area de chacara ampla, um palacete cor de manteiga, àquela hora imerso na penumbra da noite encoberta. Reparei que na rua havia mais um coche à espera, com o condutor cochilando exausto no assento, preparado para longa espera.

O criado calvo, pequeno, mirrado e claramente sonolento, tomou minha cartola e bengala logo que entrei no vestibulo. Num forte sotaque frances indagou meu nome, me conduzindo à sala e anunciando :

- O senhor Julio de Oliveira.

A sala, uma peça imensa iluminada por um lustre de cristal da Bavaria, atapetada com produtos persa, e mobilia francesa, estava repleta dum burburinho morno de conversa que se interrompeu assim que entrei. No sofà maior, dois rapazes que vi no teatro observavam com interesse Emanuel preparar umas doses de absinto na mesa baixa, tendo ao lado Fleury vestido apenas em robe de seda escarlate, fazendo vibrar toda sua beleza loura e irreal. Apoiado ao ombro do amante, ergueu os olhos e me encarou, numa fugaz simpatia.

- Boa noite! Tive mesmo a impressao, là no teatro, de que o senhor viria _ disse ele _ Entao, como vai? Quem e' e o que faz da vida?

Respondi concisamente, muito sem jeito. Emanuel me olhou sem interesse; era um belo homem de trinta anos, cabelos negros e olhos verdes. Continuou a preparar as bebidas, dizendo apenas:

- Pode ficar à vontade, senhor Julio.

Acomodado no estofado Luis XV, de adornos dourados, reparava ainda em redor. Os dois rapazes do teatro pareciam muito à vontade ali, e era evidente nos olhos de ambos a cobiça em cima de Fleury que, descaradamente, deixava à mostra o seu peitoral sem pelos, atraves do decote do robe, e pedaços ousados da pela alva das coxas. Parecia estar completamente nu por baixo daquela seda.

- Seremos em cinco, apenas? _ disse ele com enfado.

_ O meu garoto já deve estar chegando _ disse Emanuel, servindo o absinto aos poucos convidados.

_ A essa hora crianças estao na cama, Manduca _ murmurou Fleury com irritaçao, mexendo no laço do robe; olhou para mim e entao sorriu.

- Nao me chame assim na frente dos outros _ falou Emanuel, colocando o copo com a bebida na mao do amante _ Beba e cale a boca.

Tambem bebi a fada verde, que era, na verdade, uma labareda etilica que me esbraseou por dentro. Muito ruim, mas nao deixei transparecer meu desagrado. Sentia-me estranhamente encantado com tudo, com as piadas que os rapazes contavam e com Jean, o criado frances de Fleury que começou a tocar o Andante de Mozart ao piano, numa habilidade espantosa. Emanuel conversava com os rapazes, ao passo que Fleury nao prestava atençao, fumando na sua piteira de marfim trabalhado, recostado ao sofà de um jeito indolente. Seu farto cabelo louro, feito de cachos grandes e soltos, davam-lhe um aspecto de beleza antiga, grega, e eu que jà me achava chocantemente atraido por ele desde o teatro, tinha agora impetos escaldantes de tomà-lo em meus braços.

Afinal chegou o garoto que Emanuel esperava, trazido pelo cocheiro da casa. Uma graciosa figura pequena de adolescente de treze a catorze anos, franzino, de roupas pobres e o rosto maravilhoso de um Antinoo carioca e enrubescido. Os olhos de Emanuel faiscaram.

- Finalmente, mon petit! Achei que nao viria mais... _ disse ele com voz carinhosa, abraçando o menino ainda sentado, como um pai, um irmao mais velho; para meu espanto, beijou o garoto na boca, vorazmente.

- Mamae nao queria liberar _ disse o pequeno, fazendo beicinho _ Ela quer... um pagamento maior, dessa vez...

- Certamente ela terà! _ disse Fleury com desprezo _ Emanuel vai encher aquela puta velha da sua mae com o meu dinheiro, queridinho.

- Puta e' voce! _ exclamou o garoto com raiva, avançando aos tapas sobre Fleury que o beliscou nos braços, fazendo-o gritar; foi preciso Emanuel apartà-los, enquanto ao lado os rapazes riam da cena.

- Insolente! _ bradou Fleury, levantando-se num acesso de ira _ Voce admite que esse pequeno selvagem me insulte em minha casa, Emanuel! Ele merece uma surra com varinha de marmeleiro!

Apos uma rapida discussao, na qual Fleury acusou Emanuel de ser um pervertido asqueroso, e perdulario, enquanto o pequeno Antinoo experimentava o absinto sobre a mesa, fazendo careta, Emanuel de subito calou seu amante envolvendo-o num abraço lento e sensual, como quem doma um felino furioso com destreza e malicia; falou algo ao ouvido do loiro amolecendo-o, e lhe apertou as nadegas polpudas, beijando-o sofregamente. Chamou depois o garoto, e sob o olhar enfastiado de Fleury, subiram vagarosos a escada em direçao aos quartos.

- Creio que cearemos sozinhos _ declarou o loiro, suspirando _ Enfim... Sabem que foi ate mesmo maravilhoso que quase ninguem tenha aceitado vir aqui, hoje? Detestei o povo feio e vulgar dessa elite carioca.

A ceia, opulenta, foi feita de modo lento e divertido. Foi bebido muito vinho do Porto e champanhe, e Fleury, tomado de uma alegria licenciosa de embriaguez, ria dos gracejos dos dois rapazes que, por baixo da mesa, um de cada lado, o bulinavam descaradamente. Quisera eu ter a coragem de um deles e possuir aquele belo devasso em minhas maos.

Um momento mais tarde, apos ter permanecido fumando no alpendre enquanto observava a noite, voltei à sala e encontrei os rapazes e Fleury numa especie de esfregaçao lubrica no sofà; ele, em meio aos dois, tinha o seu robe de seda preso apenas pelo laço, arriado em cima e embaixo, enquanto beijava um dos rapazes e tinha o outro às suas costas, apalpando-lhe o corpo quase descoberto, entre beijos no pescoço. Minha leve embriaguez se dissipou observando aquela orgia apenas começada, e eu jà tomava minha cartola e a bengala para sair dali.

- Espere! _ disse Fleury, correndo ate mim, todo enrubescido e sem pudor nenhum enlaçando-me num beijo agressivo, com o gosto doce do vinho e vestigios de cigarro; falou ao meu ouvido, rapido, ofegante _ Venha me ver amanha, Julio.

Olhou-me por um momento, numa franca malicia, e em seguida voltou ligeiro para os braços dos rapazes que o esperavam. Subiram a escada numa algazarra lubrica, entre risadas e caricias, e eu, ainda um pouco desnorteado com tudo, sai do palacete.

*

*

*

Obrigada a quem acompanha ;)

Abraçao!!


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Comentários

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14/04/2015 20:32:23
Adorei seu novo conto!
08/04/2015 07:15:20
Quilate? Eu? Não, fofa, eu estou mais para uma bijuteria bem gasta e, também, seria impossível eu ensinar alguma coisa a você pois seria como um gatinho tentando ensinar um leão a caçar (eu= o gato, você= o leão). Esse Fleury não me parece nada confiável, não sei por que, mas não gostei dele. Agora, minha fofa, seria uma boa se você aumentasse o tamanho dos capítulos. Estão pequenos e eu devoro seus textos em menos de cinco minutos (emoction de carrinha triste).
08/04/2015 03:26:42
Adorei seu novo conto!
07/04/2015 22:08:09
Me lembrei de Entrevista com o Vampiro :O acho que foi por causa do menino. Esses rapazes tem uma energia muito estranha, porém muito sensuais. O Julio vai acabar ficando mal falado e eu acho que o Fleury não é confiável.
07/04/2015 19:03:35
Boa noite!! •Guido ;), legal que tenha gostado! , •Geomateus, thanks menino! , •Frenchier, meu caro, que alegria ter um escritor de seu quilate comentando algo meu. Voce tem muito a me ensinar! Sua obra eh fantastica! Obrigada :), •Quin, acertei em avisar, neh? Que bom. Olha, o Julio esta descobrindo um novo mundo, vamos ver como ele se sai. Valeu, garoto!


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