Style. 16

Faltavam um mês para as férias. Eu estava muito concentrado nos trabalhos, na faculdade. Nada mais merecia ou tinha minha atenção. Se passaram dias depois daquela transa com o Gustavo. Eu não estava mais ficando com o Harry, ele tinha começado a namorar com um carinha do curso dele. Luana estava focada no trabalho, Fernando dava muita atenção pra Julia, faltava pouco pra eu ver os rostinhos lindos dos meus sobrinhos.

Era uma manha de sexta, eu estava no quarto. Minha mãe estava no quarto dela. Fui até lá. Ela estava no banheiro. O telefone dela apitou. Tinha uma mensagem. “Estamos precisando de você.” Estava escrito. Tinha muitas outras mensagens. Era uma proposta pra trabalhar na Itália. Por isso ela estava tão estranha. Ela saiu do banheiro e me viu com o celular na mão.

- Por que não me falou dessa proposta? – perguntei.

- Não queria que ficasse triste. – falou. – Eu ainda nem decidi.

- E o que te prende aqui? – perguntei. – Se for eu, por favor, vai seguir a sua vida mãe. Não deixa as oportunidades passarem. Vai ser horrível ficar um tempo sem você, mas você precisa viver.

- Eu te amo. – falou. Me abraçou.

- Tá esperando o que pra aceitar isso. – falei. – Eu posso ir morar com meu pai.

Depois daquele dia eu me senti como um verdadeiro adulto. Que aprendeu que não devemos privar as pessoas só por que as vezes não conseguimos segurar a barra. Aprendi a ser forte, a se independente. Agora eu posso dizer que eu cresci, e que não choraria por ninguém.

Mentira.

Naquela mesma noite meu mundo desabou sobre mim. Um verdadeiro balde de água fria foi jogado em minha cara.

Quando cheguei na faculdade todos olhavam pra mim. Era um olhar de pena. Eu não estava entendendo. Fui pra minha sala e não tinha ninguém. Abaixei a cabeça e fiquei pensando na vida. O sinal tocou e os alunos entraram. Lukas sentou do meu lado. Ele alisou meu cabelo.

- Vai ficar tudo bem. – falou. Não entendi nada.

- Não to entendendo. – falei.

- Você não tá sabendo de nada? – falou. Ele parecia.

- Não. – falei. – Quando eu entrei as pessoas ficaram me olhando. Não entendi nada.

- Depois eu te falo. – falou. O professor tinha acabado de entrar.

A aula tava chata, pela primeira vez estava achando um saco. Eu queria saber essa coisa tão importante, que fazia as pessoas me encararem tanto.

O sinal bateu e eu fui saindo com o Lukas. Ele estava de cabeça baixa, parecia pensar em algo. Fomos pra cantina e

Luana estava lá com João. Ela levantou e me abraçou.

- Por que tá todo mundo estranho hoje? – perguntei.

- Ele não sabe ainda. – falou Lukas.

-Não sei de que? – perguntei. Eles se olharam. Luana respirou fundo.

- O Gustavo pediu a Letícia em casamento. – falou.

Aquelas palavras ecoaram em minha cabeça. Olhai pro lado. Letícia estava agarrada ao braço de Gustavo. Vi o anel no dedo dela. Tinha um brilhante no meio. Brega. Gustavo virou e me olhou, ele estava sério. Ela me olhou e sorriu vitoriosa. E mais uma vez eu sai perdendo.

Faltavam 15 dias para as férias. Eu estava em casa, arrumando umas roupas. Eu doaria todas que estavam velhas e as que não serviam mais. Meu celular tocou. Era meu pai.

- Eu to indo almoçar ai com você. – falou. – Não se preocupa. Eu to levando comida.

- Beleza. – falei. – Eu não sei cozinhar mesmo.

Desliguei o telefone. Me veio um relapso e lembrei que Gustavo também viria, ou não. Agora ele é noivo e tem com quem almoçar. Eu tentava não transparecer, mas estava tão mal. Tinha noites que eu sonhava com ele. Tinha sonhos selvagens, como aquela musica da Taylor Swift, Wildest Dreams.

Arrumei tudo e desci. Estava somente com um short e um blusa fina regata. O meu short era curto. Não apertado, apenas curto. Minha mãe tinha saído pra almoçar com umas amigas. Ela se mudaria nas férias. Eu estava pensando em passar as férias com meus avós, pais dos meu pai. Eles moram na Inglaterra.

A campainha tocou e fui atender. Meu pai estava na porta, com um monte de sacolas na mão. Abracei ele. Olhei pra trás e não tinha ninguém. Ele não veio. Um parte de mim queria que ele viesse.

- Isso tudo só pra gente? – perguntei.

- Você sabe que eu como muito. – falou meu pai.

- E você veio sozinho? – perguntei. Ele olhou pra mim e riu.

- Eu sei que você queria ver o Gustavo. – falou. – Ele teve que acompanhar a noiva dele. Ela foi fazer pré natal.

Engoli em seco.

Tirei as coisas da sacola e coloquei em cima da mesinha que tinha lá na sala. Meu pai tirou o palito, afrouxou a gravata e tirou os sapatos. Ficamos sentados no chão. Conversávamos e riamos.

- Que bom que vai morar comigo. – falou.

- Bom mesmo. – falei.

O celular do meu pai tocou. Ele falou algumas coisas. Olhou pra mim.

- Se quiser me buscar pode vir. – falou ao telefone. Desligou.

- Não veio de carro pai? – perguntei.

- Meu carro tá na oficina. – falou. – Deu probleminha nos freios.

Ficamos conversando na sala. A campainha tocou e eu corri pra atender. Era ele. Me olhou dos pés a cabeça. Ele estava sério. Depois que terminamos, nunca mais vi ele sorrir. Ele tinha um riso tão perfeito. Agora ele estava diferente, com barba, bem rala. Me deu um vontade de passar a mão nela. Ele continuava me secando. Eu olhava pra sua boca.

- Seu pai. – falou. Despertei daquele transe. Sai da porta e ele entrou.

Meu pai estava colocando os sapatos. Vi Gustavo tirar algo grande do bolo. Era bonito, pratiado. Ele entregou pro meu pai.

- É o convite do meu casamento. – falou. Meu pai olhou pra mim rapidamente.

Eu olhava pro nada. Tinha que parecer não me importar. Gustavo virou pra mim. Me entregou outro convite. Abri. Gustavo e Letícia. Por dentro eu chorava. Entreguei pra ele de volta.

- Parabéns. – falei.

- Obrigado. – falou. – Vamos Sr.

- Sim. – falou meu pai. Me abraçou e me deu um beijo na testa. – Tchau filho. Te amo.

Depois que eles saíram eu subi pro quarto. Fiquei olhando o convite. Pensei naquela musica da Taylor Swift, Speak Now. Ri me imaginando entrando na igreja e falando “pare esse casamento agora”. Seria tão tosco e ao mesmo tempo tão surreal.

As férias pareciam tão perto agora. 7 dias. Estava na faculdade. Era hora do intervalo. Tinha que pegar um livro na biblioteca. Luana me acompanhou.

A biblioteca estava silenciosa. Víamos a Núbia, bibliotecária, dormindo em cima do balcão e babando. Rimos baixo. Fomos andando devagar e silenciosamente até a estante de livros. Ouvimos vozes. Ficamos escondidos.

- E se ele descobrir? – falou. Eu não conhecia quem era.

- Ele não vai. – falou. Esse voz eu conhecia. Tão irritante. Letícia. – Ele nem desconfia. Falei com tanta certeza. Ele nem

pediu o DNA.

- Ele é esperto. Uma hora ele percebe que esse filho é meu e não dele. – falou.

- Cala boca André. Ninguém pode saber que a gente ficou. – falou Letícia. – Ele nunca mais olharia na sua cara.

- Eu sei. – falou André. – Ele é meu melhor amigo. Eu me arrependo tanto de ficado com você.

- Esse filho caiu com uma luva pra mim. – falou Letícia. – Eu consegui separar o Gustavo do Federico. Viado nojento.

- E se eu falar pra ele que o filho é meu. – falou André. – Eu quero criar o meu filho.

- Se você contar, eu juro que te mato. – falou Letícia. – E você vai ser o padrinho dele. Vai ver ele quando quiser. E acabou o assunto.

Olhei pra Luana. Ela parecia tranquila. Eu estava jogado na poeira. Minha vontade era de acabar com ela. Luana segurou meu braço. Me mostrou o celular.

- Eu gravei tudo. – falou baixinho.

- Por isso que eu te amo. – falei.

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*DAVID: Bgd. Bjs e até o próximo.

*M/A: Lindo, obrigado por comentar. Bjs e até o proximo.

*MikePedroB: Bgd fofo. Bjs.

*Talys: Vc acha ele fácil? Todos temos recaída kkkkk. Bjs, obrigado por ler.

*chacon bebe: Voltei fofo, e sobre as respostas aos coments, eu tava um pouco pilhado com a questão de continuar ou não o conto. Eu li cada comentário. Sou um pessoa muito critica comigo mesmo. Bjs e até.

*Atheno: bgd por ler. Bjs.

*Geomateus: Bgd lindo. Bjs.

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Pessoal, Desculpa pela demora. Eu cheguei ontem de viajem, eu sei que vcs tão querendo me matar. Vi que o conto não tá agradando, e eu me julgo demais. Eu não consigo lidar com criticas, elas as vezes machucam e me fazem chorar. É serio. eu tenho um sério problema em relaçao a isso. Eu gosto muito de escrever. Vcs são maravilhosos. Talvez o proximo cap seja o ultimo. sobre o outro conto, to tendo um monte de ideias. Vai ser mais um clichê. Eu amo contos cliches. E é só isso. bjs.

Ah, eu gostaria de saber se vocês sabem o nome de um conto onde o personagem pricinpal se chama Carlos e ele é apaixonado por um badboy do colégio, e ele conhece um garoto chamado Gustavo e eles se beijam, Gabriel ve e, fica com ciumes, bebe todas, enche a cara e sofre um acidente de carro. Depois fica na cadeira de rodas.

Se souberem, deixe o nome nos comentarios, se não, obrigado mesmo assim.