Amor de Verdade - Ultima parte

Me acordei no outro dia e percebi que tudo era verdade mesmo. Claudia me ligou avisando que estava chegando e fomos para uma padaria. Tomamos café sem nem tocar no assunto, até que Robert aparece na padaria. Senti um misto de sentimentos. Olhar para ele me trazia certo nojo por relembrar a cena do dia anterior, mas ao mesmo tempo me trazia um carinho por tudo que vivi com ele nos últimos meses. Ele chegou e á começou:

- Carlos, eu preciso falar com você em particular e é agora.

Claudia acenou que sim com a cabeça e nós fomos para o quarto da pousada conde tinha dormido. Não disse nenhuma palavra no caminho e ele contando como foi ruim a noite dele sem mim no seu apartamento.

Chegamos e ele começou:

- Amor, eu tenho mesmo que te pedir perdão. Eu fui influenciado pelo tesão e simplesmente ignorei todo o amor que sinto por você. Mas eu não consigo continuar sem você do meu lado.

- Tem certeza Robert? Por alguns minutos quando eu te vi com aquele cara eu achei que não precisasse de mim.

- Eu preciso muito de você. Eu abri mão de um monte de coisas por você e agora eu te quero de volta. Eu faço o que vce quiser e prometo nunca mais te magoar. Você nem imagina o quanto eu estou sofrendo só de ver sua carinha triste assim.

Nesse momento não contive as lágrimas ao me lembrar desde o dia da formatura onde demos o primeiro beijo, a minha primeira vez, as vezes que transamos e todos os programas que fizemos juntos. Mas ele me traiu. Onde ficaria minha dignidade se eu voltasse com ele? Me endureci de novo, sequei as lágrimas e disse:

- Acabou Robert. Eu não confio mais em você e tudo que sentia por você foi pro ralo, a culpa disso é só sua.

- Eu vou te conquistar de novo o mais rápido possível porque eu te amo, entendeu? Eu te amo.

Ele saiu batendo a porta da pousada e eu fiquei lá por certo tempo. Alguns minutos depois Claudia chegou e eu estava chorando bastante. Ela disse que iria me levar em um lugar que eu deveria ter ido ontem a noite. Estava curioso, mas confiava em Claudia que tinha se tornado uma mãe pra mim do dia para a noite.

Ela me levou até a minha casa, eu relutei muito em sair, mas Claudia disse que as coisas melhorariam pra mim. Desci do carro e esperei minha mãe atender a porta. Meus olhos se encheram de lágrimas ao vê-la, saber que a desapontei, mesmo sem intenção e escolha, saber que contei tudo a ela por alguém que não me merecia. Minha mãe nos mandou entrar e apontou para o sofá. Estava desconfortável, mas logo ela começou a falar:

- Filho, a Claudia te trouxe aqui para que a gente possa acertar algumas coisas. Eu amo você, independente de quem você gosta. Se eu tive aquela reação foi por medo do que você vai sofrer preconceito e outras coisas. Mas a Claudia abriu meus olhos. Eu quero você perto de mim filho, me perdoa?

Eu apenas consenti e a abracei. Tava com muito rancor da minha mãe, mas aquelas palavras mudaram tudo que eu estava sentindo. Além de sentir a paz da minha genitora naquele abraço.

Ficamos por um longo tempo conversando (eu, minha mãe e Claudia), até que me lembrei que tinha que pegar minhas roupas na pousada e o restante delas no apartamento do Robert. Vi que eram quase 15:00, horário em que Robert estaria no estágio e resolvi aproveitar a oportunidade. Claudia me levou até a pousada, pagou a estadia, peguei minhas coisas no quarto e fomos para o apartamento.

Chegamos na portaria e Claudia disse que me esperaria no carro. Subi as escadas pensando em como seria minha volta para casa e como me concentraria na faculdade que estava apenas começando. Peguei a chave que tinha do apartamento e entrei. Ao chegar a sala vi que tudo estava arrumando demais. Olhei para o chão e vi pétalas vermelhas de rosas fazendo um caminho até o quarto. A minha curiosidade foi maior que a minha raiva pelo Robert e segui até o quarto acompanhando as pétalas.

Cheguei ao quarto e ele estava lá, lindo como nunca. Tinha cortado o cabelo e tava vestindo uma roupa nova. Sentado na cama, com o violão no ventre, começou a tocar a música ‘Just the way you are’ do Bruno Mars. Cantou baixinho, afinal não era cantor e eu ali estático, olhando e morrendo de vontade de abraça-lo.

Ao fim da música ele disse:

- Carlos, eu errei muito, mas aquilo foi uma coisa muito pequena diante de todo o amor que eu sinto por você. Volta pra cá, por favor. Continua me fazendo feliz como você me faz desde o dia que te vi naquela festa de formatura?

- E quem me garante que você não vai fazer de novo?

- Eu garanto, o seu namorado garante. Eu aprendi a lição e me arrepende quando vi que ele não era você, não tinha seu cheiro, seu jeito carinhoso e ao mesmo tempo a sua pegada que eu amo.

Nesse momento eu já chorava (sou chorão mesmo) e pensava no que fazer quando fui surpreendido de novo:

- Namora comigo, de novo?

Ele tirou uma caixinha da gaveta com duas alianças lindas. Eram pratas, como nossos nomes dentro, ao lado do dia da festa de formatura. O que eu poderia fazer: abrir mão de tudo aquilo, pegar as minhas coisas e ir embora ou me render ao amor tão forte que só crescia por aquele carinha lindo que fez tudo isso por mim?

Escolhi a segunda opção. Corri para seus brações e nos beijamos de uma forma que nunca tínhamos beijado. Fomos parando em selinhos e disse que precisava descer e avisar a mãe dele que me esperava lá em baixo. Mal sabia eu que, além de armar um encontro com minha mãe, ela também sabia de tudo que Robert faria para mim.

Descemos abraçados até o carro, ela nos contou que pediu a separação para o pai de Robert e que moraria pertinho da gente com uma antiga amiga. Fomos jantar na casa da minha mãe que deixou claro que gostava de Robert e que apoiava nosso namoro, desde que ele me fizesse feliz.

Ao fim do jantar, Robert disse que queria que saíssemos. Fomos para um lugar que eu nunca tinha ido. Uma montanha que ficava uns 15 minutos a pé da casa da minha mãe. Chegamos lá e eu fiquei maravilhado com toda aquela vista:

- Carlos, eu te amo muito. Aceita namorar comigo de novo?

- Aceito meu amor. Eu te amo demais pra ficar longe de você!

Nos beijamos loucamente e fizemos planos para o futuro.

E ficamos assim, nesse clima de romance. É claro que a vida de um casal não é só maravilha, principalmente morando juntos. Era maravilhoso estar com ele ao meu lado e sentir o amor dele era o que me deixava mais feliz...

Bom, espero que tenham gostado da minha história. Comentem bastante! A partir de agora pretendo escrever histórias fictícias. Quando finalizar a primeira eu posto aqui.

Obrigado por me acompanharem e comentarem diante da minha história. Foi muito bom dividir minha vida com vces e receber as opiniões tão legais que ouvi. Até a próxima... Valeu