A Filha de Francisca
Dia desses, um pouco antes do Dia dos Pais, estava eu numa loja comprando algumas camisas, quando uma cliente jovem entrou e pediu a uma vendedora informações sobre um presente para o pai. Estava um tanto distante e pensei haver reconhecido aquele belo rosto, a linda cabeça, conduzida por um corpinha realmente maravilhoso.
De repente, meu coração começou a bater acelerado e me vieram à mente imagens de vinte e poucos anos atrás, época em que ela, a moça, nem devia ter nascido, quando a única responsabilidade era apenas estudar. O resto era só diversão. E aquela mulher, ainda uma adolescente, ali no balcão, pelo menos para mim, figura central daquela deliciosa época não ela exatamente, mas sua mãe, de quem era praticamente sósia. Fiquei olhando fixamente para ela, admirando sua beleza e viajando por aquela história da juventude.
Ela notou meu olhar fixo e fui imediatamente reconhecido, apesar de alguns quilos a mais e dos cabelos a menos. Com voz doce, ela perguntou, Você é o Caio César, não é? Eu sou a Julia, filha da Francisca. E me abraçou. O abraço foi longo, demorado e sincero. Ali estava eu com a filha da minha melhor amiga de juventude. Julia é a cópia exata da Kika assim a chamávamos naquela idade. Tem cerca de 1,60m, cabelos cor-de-prata, olhos verdes bem claros, quase cinzas, pele bem branca e mesmo corpinho da mãe aos 20 anos toda proporcional, seios pequenos, ancas generosas, coxas carnudas e pernas bem torneadas.
Normalmente sou pessoa reservada e, por isso, as funcionárias da loja que freqüento com certa assiduidade , estranharam tamanho entusiasmo de minha parte. Mas fazer o que?, se eu agora já tinha retornado aos 18 anos, apenas num olhar através de um balcão. Depois do impacto inicial, resolvemos continuar a conversa num bar próximo.
Nem é preciso dizer que o papo rendeu até a noite, com Julia contando tudo sobre a separação dos pais, a mudança da mãe para Turim, na Itália, onde ainda vivem ancestrais paternos. Lá pelas oito horas da noite nos despedimos, pois tanto ela quanto eu tínhamos compromissos de família, mas não sem antes marcamos de almoçar no dia seguinte.
Voltei para casa com o coração aos pulos e sem poder, por motivos óbvios, comentar nada com minha mulher. Dos 16 aos 24 anos, quando casei, Francisca e eu tínhamos sido amigos muito próximos e nos víamos todos os dias. Estudávamos juntos desde o ginásio, passamos científico, vestibular e faculdade, quando deixamos de estudar juntos (eu fiz Marketing, e ela, Arquitetura), mas não deixei viver a amizade. Nessa época, por diversas vezes trocamos abraços, beijos, carícias algumas até bem íntimas, mas nunca chegamos a ir para a cama.
No dia seguinte, na hora marcada, lá estava eu aguardando a filha da minha amiga que, esperava eu, se tornaria minha amiga também. Ela chegou radiante, numa calça jeans de cintura baixa, uma camisetinha branca que deixava uma bela barriga à mostra, um casaco de couro e bota de salto alto. Era impressionante como até na vestimenta Julia se parecia com a mãe devo dizer que a última vez que a vi era pouco mais que um bebê. Durante o almoço, colocamos a vida em dia. Eu havia continuado casado com Mila, tinha duas filhas adolescentes e, cá entre nós, nunca havia pulado a cerca. Francisca também se casou, e cedo, e duas vezes, é verdade. Morou no Rio de Janeiro, no primeiro casamento, e Turim, no segundo, e há dois anos separou-se.
O almoço com Julia rolou leve, com o papo girando sobre o que fazíamos na vida, lembranças da juventude e suas relações com a mãe. Parecia ter a mesma idade, tal a nossa intimidade pouco tempo depois de havermos nos encontrado. Sabe-se lá porque, o tema do papo encaminhou-se para a sexualidade e Julia contou-me que, aos 16 anos, ainda era virgem, não pelo objetivo de ser casta, mas pelas dores que sentia toda vez que era alvo de uma tentativa de penetração, apesar dos médicos garantirem que fisiologicamente era perfeita.
Aquela conversa criou um clima diferente. A cada toque nas mãos, nos braços, parecia que estávamos e recebendo uma descarga elétrica. Quando comentei isso, ela confessou que estava sentindo a mesma coisa. Lembramos da praia do Santinho que ela conheceu na infância, aonde íamos, sua mãe e eu, matar aula e beber cerveja em tardes ensolaradas e abrasadoras.
Lá pelas três da tarde, depois de duas garrafas de um ótimo cabernet, resolvemos ir conhecer o cantinho da juventude da sua mãe e meu. Como naqueles tempos, fomos só no carro dela, eu na direção. No passado, era um Chevette azul; hoje, um Citroën vermelho, com providenciais vidros fumê. Já no primeiro sinal, rolaram algumas carícias nas pernas (fiquei encantado com aquelas coxas leitosas, carnudas, febris) e nos braços. Coloquei um cd de jazz e disse a ela como a mãe havia aprendido comigo a ouvir aquela música tão sensual. Agora estávamos Julia aos 16 e ou aos 43 com 19 anos.
Nunca mais Francisca e eu havíamos voltado à praia do Santinho, e, surpreendentemente, quase nada havia mudado. O dia estava bonito, o sol forte, a cerveja gelada e a praia tão deserta quanto àquela época. Vamos cair?, perguntou ela, sugerindo um mergulho. Vamos nessa, respondi, empolgado. Rapidamente, ela tirou as botas e, com alguma dificuldade, o jeans apertado, ante meus olhos arregalados de surpresa. Em seguida, já em pé, tirou a camiseta branca, deixando ver os seios rígidos e empinados e eu diria até túrgidos , com o colo coberto de pequenas e charmosas sardas. Francisca nunca gostou de usar sutiã. Julia era o contrário, mas naquele dia estava sem.
Entramos na água fria. Ela usando si uma calcinha branca de seda, com babadinhos na cintura, e eu de cueca também branca e de seda. Beijos, as línguas percorrendo uma a outra, os seios colados em mim, minhas mãos alisando nuca, costas; as dela apertando minha bunda, enfiando-se por dentro da cueca. Saímos da água e deitamos na areia. No corpo de Julia, notei, surpreso, três ilustrações, uma tatuagem tribal na nuca, outra na região do cóccix, bem no início do cânion entre as nádegas, e uma flor na parte externa da canela esquerda. Tatuagem tem de ser em número ímpar, ensinou ela.
Deitada na areia, o sol da tarde iluminando seu corpo branquinho e sem marcas de biquíni (Julia não gosta de praia), eu admirava e pensava como a vida da gente muda de repente: anteontem eu tinha 43 anos e a esta hora estava trabalhando no meu atelier; hoje tenho 20 anos e estou aqui na praia com a filha da minha melhor amiga, prestes a descarregar uma paixão pela mãe represada por anos. Meu braço esquerdo passava por trás do pescoço de Julia e a mão alisava o peitinho duro apontado para o céu.
Eu beijava, lambia e mordia com sofreguidão o seio direito, enquanto com a mão direita arrancava não sem alguma violência a calcinha de seda. Me fode!, sussurrou ela sensual ingenuamente ao meu ouvido. Pensei nas dificuldades que tinha para ser desvirginada, nas dores que dizia sentir. Ela, porém, parecia nem estar se lembrando disso. Por decidi-me por ser muito calmo e delicado. Deitei por cima daquele corpinho jovem, sadio, lascivo, que, com as pernas abertas se oferecia num movimento de vaivém de quadril.
Ela arrancou a minha cueca virou-me de costas para a tolha estendida na areia e decidiu cavalgar-me, encaixando meu pênis na entrada da vagina levemente coberta por tênues pêlos. Fez questão de enfiar devagar, sentindo cada centímetro do meu pau penetrando seu sexo ainda inexplorado. Ela apertava meu peito, com as pernas escancaradas, joelhos dobrados na areia, exclamando no meu ouvido: Que delícia!
O corpo de Julia agora se movimentava para cima e para baixo, rebolando num ritmo cadenciado. Eu sentia meus pelos se esfregarem nos dela. Me ama com força que eu quero gozar pra você, ofereceu ela. Não demorou muito e ela teve um orgasmo forte, profundo, pontuado por gemidos altos e a respiração em ritmo acelerado.
Depois, me pediu: Me come de quatro? Como resistir a isso? Ela se virou e ficou de quatro, apoiada nos cotovelos, com a bundinha linda empinada. A inclinação da areia (estávamos tão próximos à água que às vezes chegava a molhar nossos pés) a deixou na altura perfeita. Novamente tentei enfiar lentamente, mas desta vez ela não deixou. Num movimento brusco, recuou o quadril e engoliu, com a boceta, meu pau de uma vez só. Virou o rosto pra mim e, com os cabelos desgrenhados e cheios de areia, se ofereceu, quase soluçando: Agora eu sou sua putinha. Sou a sua cadelinha.
O sol já começava a baixar no horizonte e eu, segurando Julia pelos quadris, enfiava em sua bocetinha com violência. Ela não reclamava. Ao contrário, continuava apoiada nos cotovelos, bundinha empinada pra mim, rebolando, mexendo, se enfregando. Fode que eu estou gozando pra você! Fode mais que eu estou gozando! Mais! Assim! Mete tudo! Eu estou gozando!, gritava. Goza pra mim, putinha! Goza, meu anjo! Goza, minha putinha! Isso, rebola e goza pra mim, que eu vou gozar junto com você!, respondia eu. Estou gozando e sentindo você gozar em mim!, retrucou ela.
Ficamos algum tempo deitados, em silêncio, ambos ainda despidos e abraçados. Eu de barriga para cima, e ela com a cabeça apoiada no meu ombro esquerdo, de bruços, com a, perna esquerda sobre a minha perna direita. Nossa respiração ofegante denunciava a emoção de ambos. Sem nada falar, ela se levantou, pegou a calcinha na areia e foi dar um mergulho.
Ela nadou um pouco e depois parou em pé na minha frente. O corpo nu, molhado, com pequenas gotas refletidas pelo sol, a calcinha pendurada na mão esquerda. Está ficando tarde, vamos?, perguntou. Eu continuava deitado na areia, sem acreditar no que estava acontecendo. Levanta, molengão!; ordenou ela, com carinho, me puxando pelo braço. Dei um mergulho, catamos nossas roupas e fomos caminhando nus e abraçados, com as roupas nas mãos, em direção ao carro. Deixamos a sua calcinha e a minha cueca penduradas numa árvore e nos vestimos.
Olhei para Julia. Pensei em Francisca. E me senti um viajante no tempo. E saímos Citröen, ouvindo Nina Simone canta Ne Me Quittes Pas.