Revoltas e Voltas
Capítulo 8 - Feriado interminável e assustador.
Assunto: Crossdresser, Gay, Transformação.
Feriado chegou, pegamos o ônibus, João nos levou na rodoviária, ele não iria de carro pra casa, mas sempre disse que nos levaria até a rodoviária, era só avisar.
Era minha vez de comprar passagem, feriado era na universidade, em nossa cidade era dia normal, então o ônibus até estava vazio, como sabia que o feriado ia ser longooooo, comprei as últimas poltronas, nem bem o busão sai às 20hs eu cai de boca e já paguei o primeiro boquete pro meu amigo.
Agora era seu viadinho, descobrimos que ambos tinham fogo independente de como eu estava, pois íamos chegar as 2 da manhã em casa e ali foram 3 grandes boquetes que fiz e em todos eles deixei meu amigo/namorado limpinho, na terceira ainda com porra na boca beijei ele, que retribuiu o beijo, mas não tocou em meu pênis, primeiro pq não deixei, segundo que diferente dele estava de calça jeans e o safado, ao meu pedido de moletom.
Em casa, pedimos um Uber, ele me deixou e depois foi pra sua casa que fica a 4 quadras dali, cheguei com todos dormindo, no meu quarto, havia um presente de mamãe, uma jaqueta de couro, a tempo eu pedia, e um bilhete de parabéns.
Pela manhã no café, senti saudades de meu leitinho. Mamãe preparou um delicioso café, havia pedido para trocar seu plantão, ela era técnica de enfermagem e queria me dar um mimo.
Conversamos, coloquei a roupa que vim pra lavar, e fomos passear em uma loja para comprar camisas.
Diferente das outras vezes, quando saímos, ela escolhia algo e eu recusava, mudava para algo diferente, mas desta vez eu acatei todas as dicas dela.
– Ué, não vai trocar as roupas que escolhi?
– Não, estou amadurecendo, a vida é feita de escolhas e aprendizado né mãe e além do mais a senhora me deu um presente ontem, nada mais justo lhe fazer um carinho aceitando que escolha minhas roupas.
– Nossa se soubesse que teria um presente desse tinha pedido algo pra fada madrinha.
– Mãe, não entendi.
– Nada filho, nada bobagem, vamos terminar logo, seu pai voltar do almoço e quer sua ajuda, vai mudar parte da casa.
Passamos o almoço eu falando da faculdade, para eles era um orgulho só, afinal seria o primeiro da família a ter um diploma, embora eu considerasse que mamãe era uma enfermeira, mas ela dizia TÉCNICA FILHO , Técnica. Falava o mesmo para papai que era um ARQUITETO, e ele respondia eu executo os projetos, não os faço filho.
Eles tinham ciência de suas limitações técnicas ou digamos profissionais, papai então me disse o que ia fazer combinamos que sexta e sábado ajudaria ele até 12h e depois iria rever os amigo a tarde, noite e no domingo nossas famílias, minha e do Roberto iam fazer um churrasco na casa do Roberto, que já era padrão, uma vez lá em casa e outra na do Roberto, pois nossas mães eram na verdade Primas.
Falei das atividades pro Beto que entendeu, ele tinha seus planos mirabolantes com as roupas e o maluco correu na casa de seus tios pegando quase 300 roupas pra doar, foi engraçado as fotos dele carregando sacos e sacos de lixo cheio de roupas boas.
Depois fui descobrir que isso era para ganhar ingressos para seus pais assistirem a um recital que eles tanto queriam, mas era um pouco caro, mas havia um concurso de quem arrecada mais, para cada kilo de roupa ganha 1 cupom.
Serão sorteados 30 ingressos.
Menino bom e de sorte, sua mãe ganhou um, e seu irmão o outro, mas estou adiantando, esse sorteio era para o mês seguinte, mas lembrando que na verdade quem fez os corres e tudo foi ele, e assim seu irmão deu para o pai para o casal poder ir.
Voltando, trabalhamos duro, papai tinha dado uma cozinha nova para minha mãe, essa era a mudança que ele precisava de mim, ficamos a sexta feira inteira trabalhando e faltava apenas os puxadores quando deu 12hs e mamãe chegou e se emocionou com o que viu, pois ele disse que era pro meu quarto, tanto que lá ficou tudo que trouxemos na sexta da oficina, e assim que ela saiu para o plantão a meia noite, fomos até as 4 hs desmontando a cozinha antiga, e as 08 hs fomos montar a nova, sem ela nem desconfiar.
EU morri, mas estava tão feliz, por eles, pelo amor que tinham um pelo outro e eu poder fazer parte, no sábado pela manhã Beto me mandou umas 30 fotos, tinha separado 30 roupas, mas não teria como ele guardar ou levar, então bolamos um plano para eu posar na casa dele depois do churrasco e de lá sairemos com as malas pra rodoviária e assim conseguimos levar tudo.
Sábado saímos os amigos, Ari tinha vindo, não era feriado para ele, mas tinha umas horas pra compensar, já Marcos, soubemos que estava preso por tráfico de drogas na Espanha, eu amigo o colocou numa furada e pelo visto ficou na mão.
No sábado mesmo no fim da noite ficamos os três bebendo num barzinho, e Ari nos confidenciou que tinha se separado da noiva, ela pegou ele transando com uma transexual, foi o maior rolo, que agora havia perdido boa parte do patrimônio, mas foi o acordo para ela não fazer escândalo, isso a 1 mês atrás, mas o mais maluco foi que antes dele viajar a transexual trouxe ele até o aeroporto, chegou em um carro de luxo, e quis confidenciar para nós que iriam noivar e se casar logo e em dezembro queriam nós dois no casamento, pois éramos seus melhores amigos e a vivência na república pelas inúmeras forças e ajuda ele conseguiu alcançar melhores lugares no emprego.
Até era verdade, incentivamos ele a estudar, fazer cursos etc, ajudamos a estudar, ficávamos falando sobre os assuntos que iam cair na prova, eu na parte de direito e Beto na química e física, assim ele passou numa prova de aptidão interna e agora fazia parte dos gerentes da indústria petroquímica, passou também num vestibular de Química e iria estudar a noite.
Ficamos felizes por ele no curso, assustados com a notícia e esperando a pergunta sobre a noite do baseado, mas creio que nem ele nem nós sabíamos e imaginamos que Marcos deve ter perdido o vídeo ou nunca ter mostrado a ele.
Os esforços de todos, compensaram, domingo foi um almoço incrível nos divertimos muito, os pais de Beto eram incríveis, e davam-se muito bem com os nossos, tanto que éramos tratados como sobrinhos, ou seja como se fossemos primos, sendo que as mães é que eram primas.
Ficar perto de Beto, me dava um desejo uma coceira, mas naquele domingo, sua irmã havia me monopolizado, ela gostava muito de mim, e eu dela, e assim ficamos o tres jogando com ela, depois trocamos assuntos de faculdade, ela ia fazer biomedicina, pois havia reprovado um ano e por isso esse atraso em relação ao Beto, interagindo e tudo mais, eu a tratava como uma irmã também, ela era adotada, tinha a mesma idade de Beto, mas a gente jurava que ela ela filha de meu tio de algum rolo, mas isso nunca ficou claro e era assunto proibido.
Faltavam umas 2 horas pra viajar, pedimos licença, que iríamos montar a mala de viagem de Beto, sua irmã quis ajudar, mas sua mãe falou pra ela cuidar de estudar, mais 2 meses e era o vestibular e embora ela tivesse já passado no meio do ano, garantido sua vaga para o próximo semestre, eles queriam tentar um vestibular na federal, pois este era particular, com meia bolsa.
Conseguimos colocar 27 peças, havia sobrado um sutiã, calcinha e camiseta, eu dei a louca ideia de colocar ele no corpo e íamos viajar, ninguém iria ver, Beto até concordou e assim fui no WC da casa dele, tirei minha roupa, coloquei a calcinha, depois a cueca por cima, o sutiã, a camiseta feminina, minha camiseta e moletom, vesti a calça, meia tênis me vi no espelho e nada aparecia.
Sua irmã ia nos levar de carro, na hora do tchau papai deu seu aperto de mão e aquele abraço de lado, ok. Meus tios um aperto, e foram se despedir de Beto, minha mãe veio me abraçar e me afagar.
AO fazer isso ela passa a mão nas minhas costas, eu sinto ela passar pelo elástico do sutiã, ela para a mão, volta faz um novo gesto e se afastando um pouco de mim, arca sua sobrancelha, nitidamente ela iria falar algo, quando papai interrompe dizendo que já estamos nos atrasando, pois seu abraço investigador demorou mais do que o normal.
Eu fiquei branco de susto e apenas sorri, tipo dizendo, depois conversamos.
Ela sorriu, me mandou um beijo e piscou mudando a cara de sobrancelha de dúvida para um sorriso maroto.
Ia falar algo pra Beto mas eles já estavam indo pro carro, sua irmã buzina e eu entrei no banco de trás, Beto perguntou.
– Aconteceu algo??
– Não há nada, despedidas, é isso despedidas.
– Ah tá, também fico estranho nestas horas.
Falamos mais algumas futilidades, na hora de se despedir Beto abraça sua irmã e ela que nunca me abraça vem e me dá um abraço, forte e no meu ouvido comenta.
– Quero que sinta meu cheirinho com esta camisa minha que está usando, ajeita ela por dentro da calça está aparecendo o babado e quanto ao sutiã fica um segredo, meu. seu e de sua mãe, vi a marca e ela passando a mão e acabo de sentir o fecho. E seu meu irmão te fizer algo eu mato ele, eu te amo.
EU não pude fazer nada, falar nada, mudo me dirigi pro portão de embarque, ela me mandou um beijo e a mesma piscada de mamãe, comprovando que havia visto tudo, pois só então lembrei que eu estava de costas para ela já no carro, e ela viu minhas costas, viu mamãe mexer sobrancelha e viu ela piscar.
No ônibus Beto tentou algo mais eu falei que estava cansado, em casa íamos conversar.