No escurinho do cinema

Um conto erótico de Fabinho
Categoria: Gay
Data: 26/04/2022 13:14:06
Assuntos: Cinema, Gay, Grupal

Na pandemia, como tudo, ele andou devagar, quase parando... Isso quando não parou mesmo.

E fez muita falta. Mesmo quando não estava lá essas coisas, com muito velho feio e barrigudo procurando quem tivesse coragem de encarar, ainda era um lugar para garimpar e, de vez em quando, encontrar um macho gostoso para uma boa foda.

Mas as melhores lembranças dali eram de gala. Naquela plateia onde heterossexual, só o filme passando na grande tela. No mezanino, que funcionou por pouco tempo, mas era, literalmente, uma forma de chegar às alturas sendo bem comido. Na parede dos fundos, onde me esfreguei bastante em rolas dos mais variados tamanhos e calibres.

E, sobretudo, nos banheiros. Um corredor escuro e apertado, onde só conseguia se passar esbarrando em várias pirocas de fora, um verdadeiro túnel do paraíso. E as cabines propriamente ditas, onde se fazia de tudo, menos xixi e cocô.

Só que o meu favorito mesmo era o sanitário sem porta, mais espaçoso, onde cabiam tranquilamente três pessoas e, apertando um pouco, umas cinco. Simplesmente perfeito para um sexo grupal, mamando e dando o cu ao mesmo tempo ou chupando dois ou três paus simultaneamente. Se durante muito tempo eu fiz coisas escondido, hoje tenho o fetiche de ser observado enquanto dou prazer aos meus homens.

Mas já tinha algum tempo que eu não aparecia por lá. As últimas haviam sido bem decepcionantes. Pra perder tempo e não arrumar nada, melhor arriscar em outros lugares gratuitos, como as ruínas do parque ou os banheiros públicos. Para só ver paus grandes numa tela, eu já tinha o celular, a TV e o computador.

Mas andei ouvindo por aí que os bons tempos estavam de volta. O movimento voltara a ser grande e, apesar de ainda ter muita gente desinteressante, digamos assim, a frequência de ativos ou versáteis era mais aceitável. Tinha bastante novinho comedor, segundo um amigo que me sugeriu a aventura.

E eu fui conferir. Já fiquei contente em pagar meia entrada, sem dúvida, um atrativo a mais para o retorno do fluxo. E mais ainda em ver que tinha mesmo bastante gente circulando no escurinho.

Sentei na primeira fileira para deixar meus olhos acostumarem com a escuridão antes de ir à caça. Como nos tempos de adolescência, quando o cine pornô da cidade era outro, ver as cenas de sexo explícito seguia sendo estimulante. Só tinha mudado um detalhe: se antes eu ficava de olho nas xerecas, hoje só tinha interesse naqueles pintos gigantes que apontavam para cima e entravam e saiam vigorosamente de todos os buracos.

As esporradas na tela, desde aquela época, já me faziam tremer na base, morder os lábios e sentir um arrepio percorrer das costas ao bumbum. Eu sempre tive desejo por homens e seus órgãos genitais. Só levei bastante tempo para admitir.

Mas agora não perdia mais tempo. Sabia o que queria e ia atrás. Da primeira, fui direto para a última fileira, a poucos metros da parede onde dois caras se masturbavam. Sentei bem na cadeira do meio e abri os braços para os lados, com as palmas das mãos voltadas para trás. Gesto típico de quem quer pegar algo. Já peguei, e muito.

Um dos caras, o da mão esquerda, não sacou ou ficou em dúvida. Já o do outro lado era dos meus, não pensou duas vezes antes de se aproximar. A minha intenção era começar a brincadeira com uma dupla mão amiga, resgatando uma brincadeira já feita algumas vezes ali mesmo. Culminando em uma gozada por ambos os lados, nas duas mãos, espirrando um pouco para a frente. Ter dois homens sob seu controle, decidindo quando e onde eles vão chegar ao êxtase é, além do prazer em si, uma excitante sensação de poder. Adoro.

Contudo, como apenas um deles se interessou, mudei os planos. Outra facilidade da poltrona do cinema é nos deixar na altura perfeita para mamar uma rola. Fica tão perfeita, que parece ter sido projetada para aquilo. E como é gostoso ver gente chegando para assistir. Pensei até em convidar os espectadores para um boquete comunitário, mas o cara que chegou era pauzudo, cheiroso e gostava de enfiar até a garganta. Merecia a exclusividade.

Imaginei-me chupando até levar a leitada boca adentro, mas quando parecia que isso estava pra acontecer, recebi o convite para um algo mais. E tem pau que a gente não se contenta só em receber na goela. É preciso sentir mais.

Fomos dali à procura de um dos banheiros. A muvuca grande, uma das desvantagens, fez com que demorasse um pouco para liberarem a nossa "suíte". Mas valeu a pena esperar. E se valeu!

Os banheiros são imundos. Se você acende a luz, quase brocha de ver aquele monte de camisinhas usadas espalhadas pelo chão, misturadas com esperma e muita sujeira. Mas o cheiro de putaria é inebriante. Tudo ali recende a sexo entre homens e isso acende ainda mais o fogo. Algumas das minhas melhores trepadas aconteceram naquele espaço exíguo, com minhas mãos ou rosto contra a porta ou a parede, enquanto minha bunda era explorada por pirocas dos mais variados tamanhos e cores.

A primeira camisinha estourou e precisou ser substituído. A vontade era levar no pelo, como algumas vezes, na loucura do momento, permiti. Dessa, fui mais cauteloso. Mas não discreto. Lá de fora, com certeza, dava pra ouvir cada gemido, sussurro e obscenidade que eu amo dizer enquanto estou sendo comido.

Mas por sorte ele tinha outra, que foi colocada no lugar e permitiu que a foda continuasse quente e deliciosa. Mesmo naquele lugar tão espremido e meio malcheiroso, a sensação de ser penetrado por um macho gostoso como aquele era fantástica.

Um pouco de propósito, outro por excitação mesmo, transformei meus gemidos em gritinhos de prazer. Ligo o meu modo quase feminino e digo as coisas mais loucas nesse tom de voz doce e meigo, de menininha mesmo. Isso, via de regra, excita muito os caras, os leva quase à loucura. O efeito imediato é o aumento na frequência e força das estocadas. Que não demoram em resultar num gozo alucinante. Não cheguei ao orgasmo junto e senti, confesso, falta da porra escorrendo pela bunda. Mas quando perguntei se ele já tinha gozado e ele confirmou, senti aquele prazer supremo de ter levado meu parceiro ao delírio total. Uma das melhores sensações que se pode experimentar.

Uma trepada bem dada como essa, às vezes já é suficiente. Mas, quando o lago está cheio, o melhor a fazer é pescar. Eu ia voltando para as poltronas para me inspirar novamente com as pirocas do tamanho de postes de luz, quando dei de cara com o cabeludinho. Prefiro mil vezes ser passivo, mas esses afeminados todos lisinhos, de pele macia e depilada por completo, reconheço, também mexem comigo.

Sentei-me e indiquei a poltrona ao lado, para onde ele veio de pronto. De forma pouco costumeira, tirei meu pau para fora e imaginei que receberia uma chupada bem gostosa, relembrando meus tempos de heterossexual. Mas não.

Ele também botou o dele para fora da bermuda e me surpreendeu com um belo mastro de grosso calibre. A dupla mão amiga começou a correr solta na última fileira. Não tinha lanterninha (poxa, entreguei a idade agora!), mas juntou um bocado de gente para apreciar a puhheta coletiva.

Não sei como tem gente que não gosta. Essa broderagem é tudo de bom. Pegar no pau do colega enquanto ele também apalpa o seu é bem prazeroso. Precisei beber um pouco além da conta para experimentar pela primeira vez, mas em compensação, depois não parei mais, mesmo sóbrio.

Ali não tinha muito mais o que fazer, mas ele, para minha surpresa, quis ganhar uma chupadinha. Até o fiz, porque nunca recuso uma boa mamada, mas nunca tem a mesma graça do que cair de boca numa tora em brasa de um legítimo boy ativo. Era melhor explorar o que o passivinho tinha de melhor para oferecer.

Fomos para a mesma cabine onde, minutos ontem, eu tinha sido a marmitinha do garotão. Mas agora no papel inverso. E até que o afeminado chupava bem, acredita? Linguinha safada, deslizando da cabeça do pau até o saco, dando uma escapadinha de propósito para o lado do cu. Boquete de mulher é bom, mas de gay ou trans não tem comparação. É sem nojinho, é mais que só uma engolida na ponta do peru. Muito mais. Seja fazendo ou recebendo, é uma experiência transcendental.

O danadinho do viado mamava tão bem, que me fez até desistir de posar de ativo e comer aquele rabo lisinho e empinado. Vontade, até deu. Mas não consegui resistir por muito tempo. Enchi a boca do menino de leite quente, que ele bebeu até a última gota. Acendi até a luz para ver a cara do franguinho toda lambuzada do meu esperma. Normalmente é o contrário, mas toda forma de sexo é válida.

Depois de esporrar, mesmo numa Sodoma como aquela, não tem jeito. Dá aquela relaxada e impulso natural de ir embora. E eu já estava me limpando e pegando o caminho da rua quando, perto da portaria, parado no bebedouro, dei de frente com o ursão.

Confesso que eles não estão entre os meus prediletos. Gosto mais de homem em boa forma. Não precisa ser tanquinho e músculos trincados (se for, lógico, melhor ainda!), mas barriga grande e peluda não me dá muito tesão.

Mas aquele cara todo pelado, andando pelo cinema como se estivesse em casa, de pau duro e balançando, oferecendo a quem pudesse se interessar, despertou a minha cobiça. Nem pensei muito, para não correr o risco de desistir. Já cheguei enchendo a mão.

Tinha ido, obviamente de caso pensado, de cueca boxer branca, de lycra quase transparente. E, até então, não a havia usado como arma de sedução. Era a hora. Deixei cair a bermuda, virei de costas para ele e exibi com orgulho a minha bundinha redonda e perfeita, mal escondida pelo tecido similar à de uma calcinha. Um convite irrecusável.

As mãos enormes do ogro pousaram sobre o meu quadril e o apertaram com toda a força. Homem dominador que sabe o quanto a gente gosta da pegada, é outro nível. Achei que iria ficar todo marcado, até roxo. Mas nem liguei. Ali mesmo, a menos de um metro da entrada do cinema, ele arrancou a minha cueca e se encaixou, colando os pelos nas minhas costas e cutucando meu bumbum com a piroca não tão comprida, mas grossa como uma linguiça toscana. Arrepiou dos pés à cabeça.

Chamei para o banheiro, na expectativa de uma terceira foda no mesmo lugar. Mas ele nem se moveu. Só ouvi, numa voz tão grossa quanto o pinto, o "quero te comer aqui mesmo".

Como recusar? Já era...

Pau grande dá trabalho, mas grosso demais é pior ainda. Entra rasgando, dói pra caralho, a gente pede pra parar, mesmo querendo continuar. Ainda bem que não param.

Juntou um monte de gente em volta pra assistir. Tinha mais espectadores a nossa do que a trepada da loira com o negro na tela gigante. E estava muito mais excitante também.

Tinha muita vergonha de dar em público no começo. Mas fui ficando mais à vontade com o tempo e curtindo a plateia. Ter um homem metendo no seu cu e vários desejando estar no lugar dele é uma sensação deliciosa. Ser o motivo da masturbação coletiva dá aquele gostinho bom de ser a estrela pornô, sabe como é? Seria melhor ainda se fosse como nos filmes, uma fila de machos pra me currar e todos gozando na minha cara no final. Mas era realidade e não ficção.

E na real, o urso me comeu bem gostoso. Até que a barriga grande não atrapalhou tanto. Perdi um pouco do meu preconceito. Dominador que era, quando falou que ia gozar, pediu pra eu me ajoelhar em frente pra levar na cara. Que uma putinha como eu tinha que levar muita porra na boquinha.

E foi a minha vez de engolir tudinho, sem desperdiçar nada. Continuei chupando até o fim, até a última jorrada. O cara tinha gozo farto, mesmo provavelmente já tendo ido algumas vezes ao orgasmo antes. Tem homens que a gente não dá nada por eles, e saímos no final quase apaixonados. Quase pedi o WhatsApp pra marcar outra foda no dia seguinte.

Ainda dava pra brincar, se eu quisesse. Mas estava satisfeito com o retorno ao cinema, realmente de volta aos bons tempos. Quem sabe um dia a gente se encontra por lá pra eu te fazer gozar bem gostoso também. Topa?


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