Estávamos sem nos ver já a alguns dias. É claro que na faculdade estivemos juntos, recorríamos ao banheiro para sentirmos nossos lábios, mas nada além disso. Aquele contato tão íntimo e prazeroso do final de semana fazia falta. Eu o desejava mais do que qualquer coisa nesse mundo. Mas você sabe que quando é mais do que desejo, a vontade de estar com quem se ama é quase insuportável, chega a ser dolorosa.
Finalmente, a campainha tocara.
Eu a abri sedento por ter em meus braços aquele que significava tanto.
Jake estava lindo. Vestia uma regata branca que permitia aos seus músculos serem como colírio para quem os enxergasse. Usava um boné que fazia seu olhar parecer misterioso. Era uma pena que toda aquela produção ficaria por ali mesmo.
Puxei-o para mim empurrando a porta.
Uma das minhas mãos acariciava seu pescoço, enquanto a outra sentia o calor de suas costas. Eu o beijava com ansiedade. Como queria aquilo. Como queria ele.
“Estava com saudade”. Falei em meio aos beijos.
“Você é viciante”. Suas mãos se agarravam ao meu corpo, erguiam minha camisa, desnudavam minha pele.
Eu também o queria nu.
Queria seu corpo colado ao meu.
Desnudei-o desesperado por aquilo.
Observei seu corpo por alguns segundos.
Ele pareceu constrangido.
Puxei-o outra vez para mim. Nosso peitoral se encontrando. Nossos corpos se colando. Minha boca passeando por sua clavícula. Meus braços apertando-o contra mim em um abraço íntimo, suave, desejoso.
Ele também me abraçava. Fazia sua respiração ser sentida pelos meus ombros. Seu coração palpitava contra mim e eu conseguia sentir seu agito. Dentro daquele apartamento nós nos abraçávamos como eu nunca havia abraçado ninguém.
“Não é cedo demais para dizer que eu te amo. Isso já faz tempo. Mas agora tenho coragem para dizer”. Eu o sentia em mim. O calor da sua pele se transferindo para mim. O amadeirado do seu perfume adentrando minhas narinas. Ele me enlouquecia.
“Eu também te amo. E se você não percebeu antes é porque não soube prestar atenção”. Falou divertido enquanto começava a se esfregar em mim.
Nossos membros, ainda presos nas cuecas, estavam avolumados. Começaram uma batalha entre eles. Quanto mais Jake se mexia, mais eu tentava acompanhá-lo. As respirações se intensificaram. Os gemidos começaram a soar. Minhas mãos apertaram sua bunda convidativa ao toque enquanto as suas passeavam pelo meu corpo com delicadeza, com calma, querendo sentir cada minúsculo centímetro.
“Você é tão gostoso”. Jake falou com rouquidão.
“E você irresistível”. Falei sentindo meu pênis endurecer um pouco mais. Aquela sarrada inesperada me despertava de um jeito impossível de conter. “Não sei como aguentei por tanto tempo”.
Estava no meu limite.
Coloquei-o contra a parede que testemunhara nossa primeira vez.
Ajoelhei-me diante dele arrancando sua box.
Dessa vez não tardei em envolver seu membro rígido com meus lábios que imploravam por aquela textura tão macia ao mesmo tempo em que saliente. As veias que ali existiam saltitavam enérgicas. A cabeça rosada de seu pau era uma tentação insuperável. Sentir as pulsadas dentro da minha boca era uma experiência que fazia o meu próprio membro pular de felicidade.
Ele gemia enquanto eu o chupava com devoção.
Suas mãos se apertavam contra a parede enquanto seu corpo estremecia.
“Ashton...”. Aquele era o anúncio do que estava prestes a acontecer.
Ele tentou se afastar, mas eu o segurei com precisão. Sabia exatamente o que queria que acontecesse.
“Ashton”. Falou mais alto. Mais ofegante. A respiração descompassada. Os olhos fechados. Os lábios sendo mordidos. O corpo se arqueando em minha direção.
Suas mãos se soltaram da parede e seus dedos se enterraram entre os meus cabelos.
Seu gemido libertador acompanhou a explosão de seu tesão dentro da minha boca.
Senti os jatos se seguirem impetuosos.
Até a última gota.
E engoli.
Agora eu tinha um pouco dele dentro de mim.
Levantei-me limpando os lábios. Ele se recostara sobre a parede lançando seu sorriso indecente, recobrando o fôlego, encarando-me com sedução.
“Será que posso...”
Ele me interrompeu.
Beijando-me obstinado.
“Posso fazer um pedido?”. Falei em meio aos beijos descontrolados.
“Sim...”.
“Quero que venha morar comigo”.
(A parte 4 chega em breve... Nela teremos a continuação da transa e a resposta de Jake. Não perca!)