Seu Miguel, o quitandeiro da esquina

Seu Miguel, o quitandeiro da esquina

Conto nº 135 – De Marcela Araújo Alencar

Rosa está no quarto se vestindo depois de tomar banho. Escutou a sineta da porta, colocou o roupão sobre o corpo nu e desceu a escada para atender ao visitante tão fora de hora. Pelo olho mágico viu que era seu Miguel , o dono da quitanda da esquina . Ele tem no braço um cesto, que devia ser o seu pedido de frutas e verduras. Estranhou o horário e ainda mais que não era o rapaz que trabalhava com ele e que sempre fazia as entregas.

- Seu Miguel, que surpresa é essa? O senhor fazendo entregas!

- Dona Rosa, é que eu já fechei a quitanda e o meu rapaz já foi embora. Então pensei; o seu pedido já está no cesto, prontinho para a entrega amanhã,. Porque deixar pra amanhã o que pode ser feito hoje e assim vim fazer a entrega. Seu marido e seu filho passaram por lá e compraram muitas frutas e verduras e disseram que era para abastecer a dispensa da casa de vocês lá na serra, pois iriam passar este feriado prolongado lá. Ele falou que a senhora só vai amanhã à noite, pois tem compromissos na empresa que não podem ser adiados.

- É isso mesmo, seu Miguel, eu só irei amanhã depois que fechar o escritório da firma. Por favor, leve o cesto lá pra cozinha e pode colocar tudo na bancada...enquanto eu vou colocar uma roupa, pois desci somente com este roupão.

-Fique sossegada, eu sei onde fica a sua cozinha, pode ir.

*****

Rosa subiu pro seu quarto rapidinho, tirou o roupão e separou a calcinha, o sutiã e o vestido que usaria esta noite para se encontrar com Luiz. Era muito raro ter oportunidade de poder sair com ele. Mulher casada e com filho pequeno, manter relações com outro homem a não ser com o marido, se torna um problema, ainda mais que Luiz também é casado e com filhos. Mas esta noite ele está livre e ela também. Então combinaram se encontrar no motel Luar dos Amantes e passarem a noite lá.

Se olhando no espelho, admira seu corpo que apesar de seus vinte e sete anos, ainda está com tudo em cima, motivo de cobiça de muitos colegas lá da empresa. Se é adultera a culpa maior é de Roberto, que há muito não comparece como deve, uma vez por mês, no máximo. Certo que ele é trinta anos mais velho que ela e não é o mesmo de antes, mas assim mesmo não é desculpa para a deixar tão carente assim. O próprio Luiz, que a satisfaz na cama, é muito mais velho que ele, com sessenta e cinco anos e não amolece assim tão fácil, como seu marido. Verdade que é velho e nenhum atleta na cama, mas dá pro gasto, pra acalmar sua fome de sexo.

Conjeturando sobre tudo isso, apreciando seu corpo no espelho, se lembrou que seu Miguel está na cozinha com as compras, tinha de descer e pagar o portuga. Se virou para a cama onde estão suas roupas e foi então que o viu. Miguel está encostado na porta do quarto, já fechada e a olha com um semblante que não deixa dúvidas.

- Dona Rosa, eu sabia que és uma mulher super bonita, mas não que tinhas esse corpo esplendoroso. Eu sempre a desejei e agora que estou aqui no seu quarto com você nua, vou satisfazer o meu desejo de a comer como sempre sonhei.

Rosa viu o homem se aproximar, falando essas coisas enquanto ia se despindo, Surpreendida e assustada correu para a cama pra esconder sua nudez do rude português, mas ele agiu com surpreendente rapidez e a segura pela cintura, com o impulso de ambos, Rosa perde o equilíbrio e desaba no piso atapetado, mas por infelicidade sua cabeça se choca contra a lateral de madeira da cama, com tanta força que a faz ficar zonza.

Miguel se assusta ao vê-la inerte e a levanta e a deita sobre a cama. Observa que tem um galo na testa e corre rápido para a cozinha descendo os degraus de dois em dois. Sobe tão rápido como desceu, trazendo uma cuba com gelo, enrola as pedras num pano e coloca sob o galo na testa de Rosa. Logo ela volta a si e leva a mão na bolsa improvisada de gelo.

- Está melhor dona Rosa? A Senhora me deu um susto danado! Mas vejo que foi só um galo e nada mais.

- Seu filho da puta! Dê o fora de minha casa e nunca mais apareça aqui! Como podes invadir meu quarto dizendo que quer me foder.... está louco por acaso?

- Sim tem razão, estou louco, mas louco de vontade de te comer, cachopa gostosa!

Rosa, percebe que ele está terminando de se despir e tenta sair da cama, mas é tarde, Miguel nu, já está se deitando por cima dela e então começam a lutar. Ela numa tentativa desesperada de se livrar e ele em a subjugar. Os lençóis já estão quase que fora da cama com os corpos em luta.

Miguel é um homem grande, pesadão e forte, acostumado que está em movimentar caixas e mais caixas de batatas, cebolas, aipim e demais produtos que compra pra abastecer o estoque da quitanda. Rosa apesar de não ser uma" moloide" em minutos está exausta e respira com dificuldade pelo esforço dispendido. Ainda assim, se arrasta num esforço tremendo para sair do colchão. Está deitada de costas, com metade do corpo pra fora da cama. Miguel, estendido por cima, em suas costas, a puxa de volta para a cama e se vira para colocar o rosto entre as coxas dela.

Rosa percebe o peso dele a esmagando contra o colchão e ele faz força para colocar a cabeça entre suas coxas. Experiente ela sabe o que está tentando fazer, e isso ela não pode permitir. Mas não consegue o impedir, as mãos calejadas do quitandeiro, são fortes o suficientes para pouco a pouco ir separando suas pernas e ele consegue. Em instante está com o rosto colado na buceta e ela berra gritando por socorro, quando sente o beijo molhado dele em seus lábios genitais.

Se torce toda, chutando o ar com as pernas, mas Miguel a tem bem segura, com os braços em torno de suas coxas e o rosto no meio das coxas, a impedindo que escape de seus beijos, lambidas e chupadas. Por mais que se debata seus esforços vão diminuindo e Rosa agora está percebendo que é inútil lutar, ele é maior, mais pesado e muito mais forte que ela. Sente o pênis de Miguel, duro como aço, cutucar quase na altura de seu pescoço, pois está em posição invertida em cima dela. O português parece um bicho faminto, "mamando" os fluidos que vão brotando das paredes de sua vagina, tão estimulada pelo homem .

Minutos depois, Rosa percebe que está chegando a um ponto que não queria, está extremamente excitada com a boca dele a devorando como nenhum de seus homens fez antes. Cessa toda sua resistência e se entrega ao velho quitandeiro da esquina, incapaz de resistir ao prazer que ele lhe proporciona.

Sabendo que a dominou, Miguel se posiciona melhor e empurra seu corpo mais para cima de Rosa e ela sente o enorme, babado e vibrante caralho dele em seu rosto, emudecendo com sua gosma sua delicada face. É automático, ela sem mesmo saber porque o fez, leva as mãos e envolve o colosso do gringo e o leva aos lábios.

Em um par de minutos, Rosa explode na boca do homem. Um orgasmo como nunca sentiu antes, talvez por ele a ter forçado, mas isso agora não tem mais importância, ela chupa o pênis do quitandeiro com tanta vontade que ele ejacula logo depois do clímax dela. É muito esperma e Rosa saboreia cada gotinha, o achando delicioso.

Depois disso, ele não permiti que o pau saia de sua boca e continua a saborear a buceta dela, Rosa ainda tenta sair dele, mas em um par de minutos, ele a faz ficar novamente ao ponto máximo do prazer, e ela com a boca cheia do caralho dele, nem gritar de gozo pode quando estremece todo o corpo num novo e ainda mais violento orgasmo.

Seu Miguel tira o pau da boca de Rosa e saí do meios de suas coxas e se deita ao seu lado. Rosa respira pela boca, exausta ao máximo, não só pelo esforço que fez na luta com ele, mais principalmente pelos dois colossais orgasmos que ele a fez sentir. Ficam assim por uns bons minutos, até que ela se dá conta que foi forçada pelo portuga, abra a boca para falar alguma coisa, mas não tem tempo pra nada.

Miguel vira o corpo pesadão e se posiciona por cima do seu corpo delicado, com as pernas cabeludas no meio de suas coxas. Cola a boca nos seus lábios e a beija com paixão enorme, colocando a língua para duelar com a dela. Rosa sente a glande roçar sua abertura, forçando o acesso. Ela se assusta com isso, pois está em período fértil e implora que não a penetre.

Ele não dá bola pra isso e a invade com redobrado vigor e lhe fala que assim vai fazer um filho "além-mar". Rosa, nunca se sentiu tão preenchida assim. O caralho do cajo é enorme, o maior que ela conheceu até hoje. E ele se mexe dentro dela com muita rapidez, entrando e saindo de suas carnes e ele é extremamente potente, a faz explodir em mais dois clímax e só depois a enche com uma quantidade enorme de sêmen,

*****

Já tarde, horas depois, Rosa está totalmente submissa nas mãos de Miguel, que a beija, lambe e lhe dá leves mordidas em cada pedacinho de seu corpo. O celular sobre o criado mudo toca e ela sabe que é Luiz, o seu amante, só pelo toque que combinaram. Rosa estende a mão e o desliga, enquanto geme de prazer com a ponta da língua de Miguel forçando o seu anel anal.

Durante toda a noite, com poucos intervalos para "descanso" ela volta a alucinar com o sexo de Miguel. Pela manhã, depois do desjejum matinal, Rosa liga para Luiz e o informa que por "motivos pessoais" não pode ir ao seu encontro. Mas tarde, liga para o marido e lhe fala que houve um imprevisto no escritório e só poderá ir para a casa da serra, daqui dois ou três dias e pede que dê beijo saudoso no seu filho.

Rosa desliga o telefone e sorrindo corre ligeiro escada acima, para o seu quarto, onde Seu Miguel o quitandeiro da esquina a espera para mais uma sessão de sexo sem limites.

FIM