#4: A primeira vez é inesquecível
Há algum tempo eu estava conversando com uma amiga a respeito de virgindade. Ela comentou que nunca havia se sentido confortável de contar ao marido como ocorreu a primeira vez dela, pois havia sido muito cedo e com uma pessoa que fez um estrago considerável em sua vida.
- Sei lá, nunca me senti à vontade. Você sabe como o Otávio é. Família católica e essa merda toda. Acho que ele iria surtar de saber que eu não casei virgem.
Estávamos num piquenique em Chapada dos Guimarães, ambas já ligeiramente bêbadas. Eu confesso que, em retrospecto, hoje talvez não teria feito o que fiz na época: contei como havia perdido a virgindade. Ela ouviu tudo muito atentamente, o que só corrobora a teoria de que, quanto mais moralista, mais putaria de qualidade acontece na cabeça da pessoa. Foi essa amiga, Verônica, que me incentivou a relatar o que aconteceu e bom, aqui está.
Não dá pra dizer que eu fui alguém precoce, até mesmo por que eu perdi a virgindade com 18 anos, mas já era safada muito tempo antes disso ocorrer - só nunca aparentei isso. Acho que os meus primeiros orgasmos ocorreram por volta dos 10 anos de idade, comigo ainda sem saber muito bem o que estava acontecendo, apenas no instinto de gozar.
Me lembro que com 15 ou 16 eu passei a frequentar as salas de bate papo, sempre com cuidado para não me expor. Inventava que tinha 18 anos e um namoradinho que era frouxo e passava tardes inteiras me masturbando para desconhecidos na webcam. Mas, nunca aceitei me encontrar com nenhum deles, apesar de ter esbarrado com um ou outro conhecido por lá. Quando isso acontecia eu me sentia muito bem, sabendo que não era a única safada da vizinhança rs.
Isso durou até meus 18 anos, quando eu finalmente criei um perfil no site Sexlog. Lá eu relatava toda a verdade e sempre falei: não tenho motivos por que mentir a respeito de nada. Tomei cuidado de não encontrar nenhum conhecido e me dediquei quase 6 meses a procurar um cara legal para estourar o cabaço que já estava me incomodando.
Conversei com milhares de pessoas. Devo ter saído com umas 20 pessoas no total, mas, o sortudo foi um rapaz bem tranquilo, bem dotado e muito bom de lábia. Vamos chamá-lo de Matheus. Era negro, com seus 1,80. Corpo razoável, musculoso sem ser exagerado. O pau era excepcionalmente bonito, com seus honestos vinte centímetros e grossura expressiva. Me lembro que cavalgá-lo era bastante doloroso, pois o pau sempre ficava cutucando meu útero - e eu não tenho útero baixo. Até hoje, creio que foi dos maiores paus que já me foderam.
Matheus era jornalista. Vida estável, personalidade tranquila. Conversávamos a respeito de tudo, o que acabou sendo decisivo para ele ser o escolhido. Me lembro que na primeira vez que saímos ele não acreditou que eu era virgem. Disse que achou que era papo para atrair mais visibilidade para o perfil e tal. Eu, que estava honestamente bêbada, ri horrores.
Este encontro, aliás, se desenrolou de maneira bastante curiosa. Na época eu trabalhava perto do trabalho dele, mas nossos horários eram opostos. Ele morava em Sobradinho, DF. Ambos trabalhávamos no Plano Piloto. Quem é de Brasília vai ter noção da distância. Era algo muito contra mão, mas, nesse dia eu tomei a iniciativa e o convidei para passar a noite comigo. Simples assim, de cara. Nos encontramos já na boca da madrugada, às 23h.
Eu estava nervosa, mas me senti bem tranquila quando nos encontramos. Me senti especialmente confiante pois ele demonstrou ter gostado do que viu, coisa que até então me deixava um pouquinho desconfortável. Notei que seu pau estava duro como pedra, marcando a calça jeans.
Decidimos ir para um barzinho no Sobradinho, mas não deu muito certo. Preferimos comprar bebida e ir direto para o motel, tudo à escolha dele. Já dentro do quarto houveram alguns beijos e amassos, mas logo fui ao banheiro e tomei banho. O tempo inteiro eu me perguntava se eu estava confortável com aquilo, ou se só iria transar com ele por que era tarde demais para voltar atrás. Foi nesse momento que eu cheguei à conclusão que carrego comigo até hoje: escolhi um cara praticamente desconhecido para tirar a minha virgindade porque sempre soube que se fosse um namoradinho ou alguém próximo havia muito mais chances de me decepcionar com a pessoa e, acima de tudo, ter a história inteira transformada em fofoca. Um desconhecido não faria isso simplesmente por não me conhecer. E o tempo que levamos conversando me deu confiança de que ele não tinha nenhum problema de saúde e era alguém confiável. Nada poderia dar errado, como de fato, não deu.
Depois do banho, sentei na cama com ele e tivemos uma conversa bem honesta regada a vinho tinto. Falei que era virgem e queria que ele fosse meu primeiro homem. Ele levou na brincadeira e foi aí que comentou que achava que era só para me dar mais visibilidade. Bêbada, eu também ri. Falei que não e podia provar. Ele perguntou como.
- Assim.
Deitei na cama e abri as pernas. Minha boceta estava com os pêlos aparados e a mistura de álcool e a companhia haviam me excitado. Meu grelinho estava duro e, da vagina escorria um fiozinho de lubrificação natural. Pedi a mão dele e com bastante cuidado, inseri o indicador dele na minha vagina e retirei devagar. O hímen estava lá.
- Viu? Eu falei.
E ri. Ele também riu, mas algo havia mudado no seu semblante. Ele estava com tesão. Me beijou e começou a me tocar. Fez tudo com cuidado e atenção, mas deixou bem claro o que queria. Me chupou (somente anos depois eu descobriria que na verdade, ele só estava deixando minha boceta babada mesmo, para ficar lubrificada).
Matheus me perguntou se eu queria usar camisinha, mas eu respondi que na primeira penetração não. Queria ver meu cabaço no pau dele. E assim ele fez. Começou a penetração devagar, sempre estimulando meu grelinho. Eu não senti muita coisa até o momento que ele começou a retirar o pau, para fazer o vai e vem. Foi só nesse momento que tive aquela sensação de ferida salgada, como um machucadinho que está sendo forçado a abrir. Não durou muito tempo, assim como eu também não sangrei muito. Quando ele notou o sangue, parou e começou a me beijar. Ele foi ao banheiro e eu terminei a segunda garrafa de vinho.
Fisicamente não teve impacto tão grande quanto psicologicamente. Por isso eu sempre defenderei a teoria de que a virgindade é mais um estado de mente do que físico. Apesar de já ter inserido dedos e frequentemente me masturbar, até esse momento eu me considerava virgem. Somente muuuuito tempo depois eu fui entender que era bem possível que eu já não fosse virgem na época, pois (até então) eu tinha o que se chama de hímen complascente. Meu médico me explicou que nesse dia, o pouco sangue que eu vi deve ter sido uma pequena ruptura, pois quando fui fazer alguns exames de rotina, meu maravilhoso companheiro juvenil estava lá, intacto.
E bom. Depois de mais alguma conversa e a abertura da terceira garrafa, ele me fodeu. Não foi algo animalesco, mas aí sim foi de fato a primeira relação sexual. Foi muito boa, por sinal, e eu cheguei bem perto de gozar quando ele me fodeu de quatro - até hoje esta posição é uma das minhas preferidas. E sim, passamos a noite juntos.
Depois dessa noite, nos tornamos bons amigos. Saíamos uma ou duas vezes por semana e sempre rolava sexo. Foi muito por conta disso que eu comecei a ter uma certa quedinha por ele. Não acho que foi uma paixão por que eu sempre soube que não nos tornaríamos um casal (diferença de idade e classe social, coisas inaceitáveis para as famílias). Nos relacionamos por cerca de um ano ainda, com as fodas se tornando mais espaçadas até que conheci outras pessoas e, eventualmente, conheci meu marido, dois anos depois.
Acredito que cabe ainda acrescentar que ele também foi o primeiro a comer meu cu. Não tem nada de muito excitante nos detalhes: eu falei que ele precisava terminar o que começou, ele riu e perguntou se era o que eu queria. Respondi que sim e o resto é história.
E bom, é isso.
Como disse minha amiga Verônica, minha estréia foi digna para a puta que eu me tornei rs.