VIUVINHA - Parte 12

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 4364 palavras
Data: 17/01/2019 01:32:59
Última revisão: 17/01/2019 09:10:18
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

A noite foi longa. Por volta das dez da manhã, o mulato despertou com um barulho vindo da sala. Retesou os músculos. Acordou a morena. Esta disse, ainda de olhos fechados, destruída:

- Sem problemas. Deve ser meu mano. Ele tem a chave.

- Puta que pariu - sussurrou o mulato - o cara vai me pegar mole de tanto trepar contigo. Vou levar uma surra do caralho.

- Relaxa, negrão. Não vou deixar ele bater em tu. Mas deve ter acontecido algo importante para ele vir aqui a essa hora. Sabe que me acordo depois do meio dia.

- Mas estamos nus... - Ainda cochichou ele.

- E daí? Pior seria se ELE estivesse. Tu iria ficar de cu ardido, como eu.

O homenina gritou da sala:

- Mana, temos problemas. Vista-se e vamos pra sede de PF.

- Já vou. Aliás, por que não vem aqui? Sabe que não ligo se me ver nua...

Ele caminhou até o quarto que estava de porta aberta. Começou dizendo:

- Não vim porque você costuma estar acomp... Ih, é tu, seu bosta?

- Que é? Vamos brigar de novo a esta hora da madrugada?

- Já são mais de dez da manhã, seu puto.

- Ah, olha quem me chama de puto! Quisera eu, ter esses dois peitões.

A morena colocou as mãos cobrindo o rosto. Não queria nem ver o estrago que seria a nova briga entre os dois. O homenina, no entanto, aproximou-se de braço estendido. Oferecia a mão para o mulato apertar:

- Toca aqui, fodão. Vim dar os parabéns a vocês. Capturaram a tropa toda do padreco. Só fiquei arretado porque não me chamaram pra ir junto.

- Depois conversaremos sobre isso, mano. Tive meus motivos. E tu, negrão, aperta logo a porra da mão dele e se veste pra gente ir embora.

- Eu? Não trabalho pra vocês. Vão sós. Vou dormir mais um pouco.

- Não vai querer saber das tuas amigas? - Perguntou o federal, depois de ter apertado a mão do mulato. Não parecia chateado.

- Percival relaxou com aquela atitude. Porém, apertara a mão estendida esperando ser um truque do outro para dar-lhe um murro. Mas estava enganado. O cara não foi agressivo. Percival perguntou:

- O que houve. Aconteceu algo a elas?

- Indiretamente. Mas conversamos a caminho.

Já no carro e em direção à sede da Polícia Federal, o homenina explicou:

- O padre negou-se a tomar porra cedida pelos agentes. Faleceu hoje de manhã cedo.

- Faleceu? Puta que pariu - disse o casal ao mesmo tempo.

- Faleceu. Não se suicidou, como da outra vez.

- Caralho. Por essa eu não esperava - disse a morena. - Então o cara estava bem doente mesmo.

- A médica segue o mesmo caminho. Não quer tomar a nossa porra para preservar sua vida. Mas pediu para cuidar da tal Bárbara, amiga do cara aí atrás.

- Eu falo com a mulher dos cabelos brancos. Acredito que a convencerei a tomar a minha porra. - Disse Percival.

- Agradeço. Ela mandou mesmo te buscar. Disse que queria falar contigo. Mas não aconselho. Aquele trio é ardiloso. Pelo que os agentes me disseram de como foi efetuada a prisão, ela deve estar querendo te foder.

- Eu me garanto com ela. Podem deixar.

- E a esposa do padreco? - Perguntou a morena.

- Do mesmo jeito. Está em coma. Conseguimos dar "leitinho" a ela porém não houve reação.

Quando chegaram à sede, os policiais foram recebidos por um agente com uma má notícia: a esposa de Lázaro também havia falecido assim que ele saiu. O homenina falou pra irmã:

- Devem ter ingerido algum veneno antes de serem presos. Só pode ser isso.

- Eu não acredito. Eles não esperavam que eu os traísse - afirmou o mulato.

Quando chegaram defronte à sala onde ficava os cárceres da PF, Percival pediu:

- Deixe-me falar a sós com ela. Se houver escutas na sala, desliguem.

- Tem assistido muitos filmes policiais americanos, seu bosta. Aqui, não existe dessas coisas.

- Melhor assim. - Disse o detetive, afastando-se para que abrissem a porta eletrônica da cela da médica.

Quando ficaram a sós, ela o beijou na boca. Ele não esperava por isso. Depois, correspondeu ao beijo. Ela já tinha a aparência de uma senhora. Perdera a juventude e a beleza em pouco tempo. Perguntou a ela:

- O que queria falar comigo?

- Eu fiz um trato com a tua amiga Bárbara. Prometi fazê-la andar até seus últimos dias, se ela me matasse quando eu terminasse de cuidar dela. Mas isso foi antes de Lázaro e a esposa dele morrerem. Não quero mais ser assassinada. Ao menos, não antes de me deixarem dar uma olhada no corpo dos dois. Os federais não atenderam a esse meu pedido.

- O que quer que eu faça?

- Dê o recado à Bárbara: não precisa mais me matar. Depois, convença à Polícia a me deixar ver os corpos dos meus amigos.

- E quanto às minha duas amigas, as irmãs que vocês capturaram e infectaram com o vírus?

- Eu menti. Não existe tal vírus. Lembre-se que eu sou médica. Minhas pesquisas são para salvar vidas, não para tirar. Errei em te convencer de que as meninas corriam perigo. Eu lhes tinha aplicado apenas um sedativo. Logo, estarão bem. Pode acreditar.

- Como posso ter certeza?

- Peça aos médicos daqui para dar uma olhada nelas. Apliquem-lhes um revigorante. Verá que tenho razão.

- Por que resolveu se matar, aliás, pedir para Bárbara te matar?

- Deixe-me dar uma olhada nos cadáveres. Prometo te dizer. Mas terá de fazer duas coisas por mim.

- O que quer?

- Primeiro, mamar no teu caralho. O sêmen que tão gentilmente me ofereceram na boquinha não serve para mim. Tem que ser o teu ou o de Santo.

- O de Santo? Por quê?

- Prometo te contar isso depois. Mas você não pode deixar que ninguém saiba do que vou te dizer, está bem?

- Vai confiar em mim?

- Sim. Eu sabia que você iria nos trair. Contava com isso.

- Como é que é?

- Estamos... perdendo... tempo. Já estou... ficando cansada de novo. Preciso... da tua... porra.

Ele botou o caralho pra fora. Ela, no entanto, disse:

- Não. Tem que se aplicar... o líquido... esverdeado. Dei... seringa e... umas ampolas... a Bárbara. Depressa...

O mulato saiu apressado da cela. Cassandra perguntou:

- O que houve?

- Não posso dizer agora. Fiz um trato com ela. Levem-me à sala de Bárbara. Depressa.

O agente Samuel fez o que pediu. Bárbara assustou-se quando o viu entrar afobado. Ele disse:

- Dê-me depressa as ampolas do líquido esverdeado. E a doutora Bauer pediu que eu te dissesse que não cumprisse mais a ordem dela. Depois converso contigo.

Pegou as ampolas que a loira lhe deu, encheu uma seringa, escondeu-a e correu de volta para onde estava encarcerada a médica. Ia aplicar o líquido nela quando a senhora pediu:

- Não. Em mim, não... aplique... em você.

Ele fez isso rápido. Conseguiu não gritar de dor. Quando melhorou, ela pediu seu caralho na boca. Já estava duríssimo. A médica mamou gulosamente nele. Pouco depois, nem parecia estar doente. Disse:

- Obrigada. Vou querer mais, depois. Antes, tente convencer os federais a deixarem que eu veja os corpos.

Percival guardou segredo do que tinha conversado com Maria Bauer, sobre o líquido esverdeado, como prometera. Demorou, mas conseguiu convencer os irmãos Cassandra a deixarem que a doutora examinasse os cadáveres. Afirmou não saber o porquê desse pedido dela. Por fim, a revistaram e deixaram ela ver o que queria. A doutora Bauer saiu do necrotério onde estavam os dois cadáveres muito satisfeita. Até sorria. Os policiais ficaram desconcertados. De volta à cela, a médica disse:

- Podem preparar a moça para o tratamento. Vou precisar de vinte litros de sangue compatível com o dela. Agora, me deixem em paz.

E a médica adormeceu quase que imediatamente.

Cassandra insistiu com Percival, mas este não falou do composto verde que havia ido buscar com Bárbara. Não queria que o líquido caísse nas mãos da Polícia. Ela tinha razão em não confiar neles. Percival também não confiava. Mas queria falar com Santo. Deu um tempo e foi ter uma conversa particular com ele. O cara o chamou para um bar. Parecia saber do que ele queria falar. Pediram duas cervejas longnecks antes do bonitão perguntar:

- E aí, o que está rolando?

- Fiquei encucado com o que a doutora me disse: que você tem um estoque do líquido esverdeado criado por ela.

- Eu tenho, sim. Ela me deu algumas ampolas que eu uso de vez em quando em mim, quando quero foder por mais tempo.

- Por que não as cedeu para a PF?

- Eu cedi. Mas cedi de um estoque antigo que apreendemos dela há anos. Ela me orientou a fazer isso.

- Como é que é?

- Ela não te disse que sou filho dela?

- Puta que pariu! A PF sabe disso?

- Acho que não. Mas os irmãos Cassandra, meu pai, o taxista de quem tomo o carro emprestado e o Açougueiro, sabem.

- Quem são essas pessoas?

- Juntos, formam a nossa equipe de combate ao crime. Se continuar trabalhando conosco, irá conhecendo os caras aos poucos. Ainda tem um escritor, um tal de Tomasini, que nos conhece bem. Mas esse só trabalhou uma única vez conosco. É um negro que parece contigo. Ou tu pareces com ele, pois és mais jovem.

- Eu pretendo me aposentar, logo que termine esse caso. Já tenho grana bastante para isso.

- Felizardo. A PF não nos paga tão bem mas gostamos do que fazemos.

- Entendo. Me conta essa história da médica ser tua mãe.

- Eu não tenho bem certeza. Meu pai é fechadão, não fala sobre isso. Mas descobri que tenho o líquido verde nas veias desde que fui criado num convento de freiras.

- De freiras?

- Sim. Eu achava que o padre Lázaro era meu pai e a madre superiora era minha mãe. Depois, descobri que meu pai havia tido caso com as duas. O convento me recolheu das ruas ainda criança, magro e doente. Estava à beira da morte. A médica me recuperou usando o líquido esverdeado. Cresci como garoto de programa da Igreja. A Ordem das Irmãs de Maria Madalena ganhava uma nota preta em doações para freiras, padres e até evangélicos transarem comigo. Também tinha várias grã finas que me usavam para sexo. Essas eram as financiadoras das experiências da doutora Bauer.

- Você não a chama de mãe?

- Não. E não gosto dela. Ela usa as pessoas. Mas sempre cumpre o que promete.

- Ah, bom. Ela me deu umas ampolas para me auto aplicar, sempre que for ceder porra a ela. Acha que devo fazer isso?

- Faça, cara. Ela me disse que pode fazer tua amiga loira andar. Acredito nela. Tua fórmula do Sangue de Cristo deve ser mais atual que a minha. Significa que é menos concentrada. Posso dar uma olhada?

O mulato tirou o frasco do bolso, acondicionado num recipiente que mantinha o conteúdo resfriado por vários dias. O moreno deu uma olhada demorada. Depois, sacou do bolso um recipiente idêntico e comparou os dois líquidos. O dele era de um verde mais escuro. Mostrou a diferença ao mulato. Este concordou com o argumento dele. Percival perguntou:

- Pretende deixa-la permanecer trancafiada?

- Sim. Você não?

- Então, fiquem de olho nela. Ela saiu do necrotério da PF sorrindo. Isso não é normal.

- Ela deve ter um plano de fuga. Confesso que não me preocupo tanto com ela. O padre era o mais perigoso. Dei graças a Deus ele ter se fodido.

- Cassandra disse que ele costuma ressuscitar.

- Eu não acredito nessa história. Sempre achei que quem morria eram os clones dele. Ele já usou muitos.

- Faz sentido. Mas repito que ela estava muito confiante.

- Que se foda. Vamos beber e comemorar a prisão deles. Se fugirem, um dia o recapturaremos. Gosta da morena?

- Qual delas?

- A policial. É mais bonita do que as tuas amigas, não acha?

- Porra, aquela mulher é doida!

O moreno bonitão deu uma risada. Disse:

- Ninguém passa muito tempo com ela, cara. Na maioria das vezes, dão uma única chibatada e somem.

- Eu escutei isso - ouviram uma voz feminina dizer.

- Oi, Cassandrinha. Toma umas com a gente? - Perguntou Santo.

- Vim pra isso. E pra dizer a vocês que fui promovida. Vou ter a minha própria equipe. Briguei com meu irmão e ele não quer ceder nenhum de vocês. Alguém se voluntaria?

Os dois homens a abraçaram ao mesmo tempo. Ela exigiu um beijo na boca aos dois. Santo foi menos efusivo. O mulato a beijou com mais gosto. O moreno bonitão perguntou:

- Como foi tua briga com Cassandra?

- Olha, desde criança que meu irmão me protege. Chegou a assumir a minha identidade, porra. Poucas veze me dá uma missão solitária, como dá a todo mundo. Parece não confiar em mim. Então, cansei. Me chamaram para me parabenizar pela prisão do padre Lázaro e aproveitei para pedir uma promoção. Deram-me sem pestanejar. Implorei a Cassandra para dividir a nossa equipe e ele se arretou. Mandei-o se foder pela primeira vez na minha vida. Estou contente pra caralho com isso. Devo a força ao negrão aí, que o enfrentou sem nenhum cagaço.

- Obrigado pela parte que me toca, mas a equipe de vocês é do caralho. Queria eu ter uma assim.

- Pois eu te convido e a tua namorada para fazer parte da minha equipe. Que diz?

- Minha namorada? Qual delas?

- Seu safado. Achei que só tivesse a mim! - Disse ela, rindo. - Depois, completou:

- Eu sei que a loira Bárbara é afim de ti. As duas irmãs, também. Foi a primeira pessoa de quem perguntaram, logo assim que despertaram. Ah, antes que eu esqueça: acordaram e estão passando muito bem. O ferimento da... Marisa não mais infeccionou. Logo, ambas estarão indo pra casa.

- Fizeram um checkup nas duas?

- Sim. Como a doutora disse: estavam apenas sedadas. O exame de sangue não acusou nenhum vírus.

- Ainda bem. - suspirou o negrão - Mas sente-se. Vai querer tomar o quê?

- Pode ser porra dos dois?

- Caralho! Tu só pensa naquilo, mulher. - Disse o mulato.

Os três riram. Ela pediu Perignon da safra de 1955. O bar não tinha. Ela tomou cervejas com eles.

No outro dia de manhã, Percival deixava as duas irmãs na casa da médica. Cinha agradeceu e disse que iria tirar um cochilo. Mas que não a acordassem para trabalhar, pois iria ficar mais um dia de folga. Então, o mulato achou por bem levar Marisa para o seu próprio apê. Ela foi contente. Já no carro, perguntou para ele:

- Sabe cuidar de um ferimento? O meu não está totalmente sarado.

- Sim, eu fui militar. Servi sob as ordens do capitão Bolsonaro.

- Mesmo? Puxa. Como era estar ao comando dele?

- Deixa eu ficar calado. Não tenho coisas boas a dizer.

- Vixe. Já não está mais aqui quem falou.

Quando chegaram no apartamento do mulato, ele perguntou:

- Posso dar uma olhada nos ferimentos?

- Melhor não. Refizeram os curativos pouco antes de me liberarem. Amanhã você dá uma olhada. Também estou com soninho. O dia hoje foi todo de exames de saúde. Ufa!

Percival não insistiu. Fez-lhe uma sopa saborosa e depois a botou para dormir. Deu-lhe um longo beijo nos lábios e voltou à cozinha para tomar o resto da sopa. Aí, as luzes do apartamento se apagaram todas. Ele olhou pela janela e tinha energia em outros blocos do edifício. Ficou tenso. Não estava armado. Rapidamente, pegou a panela com sopa quente e enfiou-se debaixo da mesa da cozinha. Esperou.

Demorou um pouco a acostumar a visão ao escuro. Mas viu uma sombra armada entrar na cozinha. Ouviu três vozes diferentes cochichando. Todas masculinas. Depois, ouviu Marisa gritar. Alguém lhe perguntou:

- Onde está ele?

Foi quando agiu. Jogou o pé contra a perna que viu por debaixo da mesa. Alguém gritou e caiu dom a cara perto dele. Ele jogou-lhe a sopa quente da panela. O sujeito gritou de dor. Percival tomou-lhe a pistola e atirou contra o rosto dele. Saiu debaixo da mesa e escondeu-se ao lado da porta aberta da cozinha, com a panela vazia na mão. Gritaram da sala:

- Largue a arma e entregue-se ou mataremos a mulher.

O mulato também gritou:

- Ok. Vou jogar minha pistola pela porta da cozinha.

E jogou a panela vazia. Ela fez barulho ao cair no chão. Alguém disse:

- Voltem a acender as luzes.

Imediatamente Percival colocou a mão protegendo os olhos contra a claridade. Depois, atirou em direção onde ouvira a voz. Alguém gritou de dor. Ele tirou a mão dos olhos e viu um cara ajoelhado ainda com uma arma na mão. Atirou novamente. Silêncio. Depois, ouviu Marisa gemer abafado. Alguém ainda estava no quarto com ela.

O mulato desfez-se das sandálias esportivas que usava. Ficou descalço. Respirou fundo. Depois, caminhou resoluto para o quarto com a pistola apontada. Surpeendeu-se ao se deparar com o chefão da Agência. Ele estava posicionado por trás da sua parceira Marina. O cara disse:

- Largue essa porra de arma ou eu a mato.

- Se matá-la, ficará à descoberto. Aí, eu te mato.

O mafioso foi pego de surpresa. Pensou um pouco, depois disse:

- Está bem. Só vim conversar. Não atire. Eu vou...

Recebeu uma cabeçada pra trás, dada pela detetive, que lhe acertou o nariz. Ela virou-se rápido e deu-lhe um golpe de caratê, acertando a carótida do cara. Pegou a arma dele em pleno ar e apontou-a para a testa do sujeito que levara a mão à parte atingida. Engatilhou a pistola. Percival gritou:

- Não!

Ela olhou para ele, espantada. Perguntou:

- Só você pode matar?

- Não, amor. Precisamos dele vivo. Ligue para a morena Cassandra. Eu perdi meu telefone. O padre o destruiu.

Inesperadamente, a morena Marina baixou a arma que tinha em mãos e atirou duas vezes, destroçando os joelhos do cara. Só então, disse:

- Agora eu ligo. Esse filho da puta me acordou. Fiquei irada.

O mafioso gemia no chão, quando o mulato se aproximou dele e apontou-lhe a pistola. O cara implorou:

- Não me mate. Vim fazer um acordo.

- Que acordo?

- Sei que matou a minha mulher. Ela tramava ficar com a Agência. Vim te oferecer uma parceria.

- Não me interessa. A Polícia Federal está de olho em vocês.

- Sei que você foi convidado a fazer parte da equipe da PF. Eu mesmo sugeri isso ao comando da Polícia Federal. Tenho vários chefões deles na minha lista de pagamento. Una-se a mim e não seremos incomodados.

- Não me interessa - Disse o mulato, atirando no meio dos peitos do cara.

- Porra, por que fez isso? - Perguntou Marisa - Eu já tinha ligado para a morena Cassandra. Pedi, inclusive, que ela conseguisse um celular novo pra ti.

- Não permito que nenhum filho da puta invada minha casa e me ameace. A Agência vai ser desbaratada. Esse puto deve ter algum dossiê contra mim e você. Precisamos destruir isso, antes que caia em mãos erradas. Não quero a PF sabendo das nossas merdas.

- Mas Cassandra está vindo pra cá.

- Deixe-a vir. Você a entretem enquanto eu vou à Agência. Essa deve ter sido uma ação em desepero de causa. Os ratos devem ter abandonado o porão. Não acredito que tenha muita gente por lá.

- E se tiver?

- Mato todos.

Quando chegou à Agência, no entanto, Santo já estava lá. Entregou-lhe uma pasta com vários documentos. Disse para o mulato:

- Achei isso no cofre fechado deles. Cassandra não pode ver isso. Seria ruim para ti. Destrua esse spapéis bem destruídos.

- Por que está me ajudando?

- Você vai me ajudar em breve. Agora, desapareça daqui. Não direi que esteve comigo. Depois, tomaremos umas.

- Pode ser hoje à note?

- Claro. Na mesma hora e local de ontem. Está bom assim?

Percival voltou para o apartamento. Havia lido e depois ateado fogo no dossiê dado por Santo. Cassandra o esperava lá. Perguntou:

- Aonde foi?

- Na Agência. Fui acabar com o resto da gangue mas já havia policiais federais lá.

- Meu irmão está responsável pelo fechamento da Agência. Não devia ter ido. Ele foi procurar evidências de envolvimento de vocês dois em alguns crimes daquele antro de corrupção e assassinato.

- Não têm nada que nos ligue, eu e a minha parceira, à Agência.

- Que bom. Meu irmão não acredita nisso.

- E você?

- Tanto faz. Quero vocês dois trabalhando comigo e não com meu mano. Isso é o que me importa.

- Dê-nos um tempo pra pensar. - Disse Marisa.

- Ok, baby. Estou indo. Nem devia ter vindo. Deixe que meus homens vão limpar teu apartamento e tirar esse lixo daqui. Depois, invento uma história para justificar a morte do mafioso. Tem alguma ideia?

- Sim. Diga que eu tive um caso com a falecida mulher dele e ele veio se vingar.

- Isso procede, garanhão? - Perguntou a agente.

- Em parte. É uma longa história.

- Vou querer ouvi-la tomando um vinho gelado.

- Só se eu estiver presente - afirmou a parceira do mulato, com ciúmes.

A morena detetive não teve mais sono. Pediu para que ele não se afastasse dela. Ficou beijando-o e acariciando-o por muito tempo. Quem dormiu foi o mulato.

À note, ele se encontrou com Santo. O cara já o esperava tomando cervejas. Quando o mulato apareceu, o taxista lhe entregou um celular novíssimo. Disse:

- Presente da morena Cassandra. Ela recuperou toda a tua agenda. Mas suprimiu dela o telefone da médica Maria Bauer. Deve estar cismada de que você esconde algo com ela.

- Obrigado, cara. Não tenho nada com a doutora - mentiu ele.

- Por mim, tudo bem. Eu quero te apresentar uns amigos. Ficaram de aparecer por aqui.

- Quem são?

- Você verá.

O primeiro a aparecer foi um coroa sarado. Santo o apresentou como Antônio, seu pai. Ambos simpatizaram mutuamente. Depois, chegou um casal. Ele era alto, forte e careca. Ela, uma mulata bonita e gostosíssima. Percival ficou encantado com a sua beleza. Ela também não tirou os olhos dele. O careca apresentou:

- Esta é minha sobrinha. De vez em quando trabalha conosco. Eu sou o Açougueiro. Trabalhava com Cassandra já havia alguns anos. Eu disse que iria trabalhar com a irmã dele e o cara zangou-se comigo. Minha sobrinha vai pra onde eu for.

- Como é o nome dela?

O careca titubeou, antes de dizer:

- Pergunte a ela. Mas ela só dirá se gostar de você.

- Eu gostei, tio. Depois, sussurro meu nome no ouvido dele. - Disse maliciosamente.

Beberam bastante e conversaram sobre vários assuntos. Percival adorou aquelas pessoas. Todas estavam dispostas a abandonar o homenina para ficar com sua irmã Cassandra. Esta não compareceu. Antônio, o sujeito com cara de pugilista, foi o que ficou mais amigo do mulato. Já era tarde, quando o cara disse:

- Bem, eu já tomei o bastante. Vou-me embora.

- Eu também vou contigo - disse o careca. Nos dá uma carona?

- Okay. Quem mais vai comigo?

- Eu vou ficar, tio - disse a bela e gostosa mulata. A menos que o garotão queira ir-se, também.

- Fico contigo, se quiser tomar mais uma.

Foi mais de uma. Ela o olhava com insistência, mas ele estava empulhado. Tinha que voltar ao seu apê. Marisa o estava esperando. No entanto, ela tomou a iniciativa:

- Eu costumo dar uma foda com os meus novos companheiros. Se te agrado, podemos ir para um motel.

- Me agrada, sim. Mas tenho alguém esperando por mim lá em casa.

- Tua esposa?

- Não. Minha parceira. Eu acho que ela também fará parte da equipe.

- É ciumenta?

- Muito.

- Então, teremos que ser discretos. Nada de motéis. Vamos lá pra casa?

Foram se pegando desde o bar. Quando tomaram um táxi, ela sentou-se no seu colo. Estava sem calcinha por baixo da minissaia que vestia. O motorista percebeu a putaria mas não reclamou. Subiram um morro do Recife e ela fez o táxi parar na frente da sua casa. Entrou com o mulato. Era uma casa modesta, mas muito bem arrumada e cheirosa. Ela o fez se sentar no sofá da sala e perguntou:

- Vai querer beber algo?

- Não. Acho que bebi bastante.

- Pois eu quero - disse ela, ajoelhando-se entre suas pernas e abrindo o fecho da calça dele. Fez pular o enorme caralho. Assoviou. Perguntou:

- Por que será que agentes da PF são todos pauzudos?

- Não entendo nada disso.

- Claro que não. Mas sempre me fiz essa pergunta.

- Já fodeu muitos deles?

- Que nada. Acho que é porque eu prefiro os homens de cor, e não existem muitos na Polícia Federal. - Disse ela, colocando o pau de Percival na boca. Perguntou:

- O que você mais curte no sexo?

- Adoro um cu.

- Ui, me arrepiei. Adoro dar meu cuzinho. Mas gostaria que começasse fodendo minha xaninha, pode ser?

- Sem problemas. Aguenta meu cacete inteiro?

- Não sei. Só vendo. Posso sentar-me no teu colo?

- Não precisa pedir.

- Eu gosto de pedir. Você me masturba enquanto me sento de costas pra ti?

- Com apenas uma das mãos. Com a outra, prefiro bolinar teus seios. São muito bonitos.

- Não quer mama-los antes? Eu deixo.

- Também me deixa lamber tua bucetona?

- Ui, agora me deixou excitada. A maioria dos homens que conheci não gostam muito de chupar minha xaninha. Parece que ninguém gosta da minha diluviana.

- Diluviana?

- Sim. Quer saber por que a chamo assim?

- Claro.

- Então, chupa ela...

Ele ergueu-se do sofá e fê-la sentar-se em seu lugar. Abriu suavemente as pernas dela e meteu a língua na racha. Ela gemeu alto. Ele continuou chupando-a de leve. Não demorou muito e ela espirrar o primeiro gozo na cara dele. Ele lambeu e chupou o grelo com mais ênfase. Ela gozou novamente. O mulato ficou todo molhado de um líquido esbranquiçado. Agora, ela ia ao delírio com as chupadas dele. Pediu:

- Enfia o dedo no meu cuzinho. Enfia o dedo...

Ele nem lambuzou o dedo, enfiou com urgência no buraquinho dela. Ela gozou mais uma bez na boca e no rosto dele, fazendo-o perder o fôlego. Foi quando ele ajoelhou-se entre as suas pernas e parafusou o caralho no cu dela. Ela agachou-se para beija-lo na boca. Lambeu o próprio esperma do rosto dele. A mulata levantou-se rápido e subiu no sofá. Sentou-se no colo do mulato, de frente para ele, e agarrou-se no encosto do móvel, facilitando a invasão mais profunda do seu buraquinho. Ela era muito apertada por ali. Tanto que, quando o detetive enterrou a pica totalmente no cu dela, e ela começou a rebolar na sua rola, ele esporrou dentro do ânus da mulata.

Ela reclamou. Disse que queria mais. Mas, depois, o beijou com carinho. Falou:

- Ainda temos toda a madrugada para conseguirmos transar do jeito que eu gosto.

FIM DA DÉCIMA SEGUNDA PARTE


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