Carlos Douglas esperava na porta da estação, pensando no que faria se ninguém viesse apanhá-lo, conforme estava combinado. Não tinha o endereço. Apenas a menção nebulosa de que "a casa ficava a alguns quilómetros da estação, no meio do campo, às margens do rio". Talvez devesse ter pedido maiores detalhes, mas os dados que recebera lhe pareceram suficientes naquele momento. Sabia o nome da nova patroa, o nome da menina de quem ia cuidar e que o salário era mais que generoso. Que mais precisava saber?
É que não esperava conseguir o emprego, senão teria feito mais perguntas. E sua sorte ao obter o cargo o havia deixado surpresa. Desde o momento em que comparecera a uma suíte num dos hotéis mais luxuosos de Londres, para a entrevista, vendo as outras e os outros candidatos, achara que não tinha chance. As mulheres e homens que esperavam para ser entrevistados pareciam todos mais aptos e experientes e, a julgar pela conversa deles, a maioria já havia trabalhado como tutores antes, alguns em casas de nobres, ricos e endinheirados.
Para Carlos, recém-chegado de uma escola de missionários, suas próprias qualificações pareciam insuficientes. Na verdade, não sabia nem mesmo por que perdiam tempo em entrevistá-lo, uma vez que, além de tudo, seu nome era o último da lista.
Quando finalmente entrara na sala, uma mulher de seus quarenta anos a crivara de perguntas. Quantos anos tinha? Quando havia começado a dar aulas? Quem tinham sido os primeiros alunos? A que Universidade tinha ido, que postos tinha ocupado desde que se formara? A mulher parecera mais interessada em sua vida pessoal que em sua experiência de ensino.
Terminada a entrevista, tinha se juntado aos outros na antessala, para esperar a resposta, e quase morrera de susto quando a mulher disse seu nome e anunciou que o lugar era dele. Os outros haviam resmungado, descontentes. Afinal, Carlos tinha só vinte e quatro anos. E parecia ter menos. Além do que, evidentemente, suas qualificações não deviam chegar aos pés dos outros.
No momento não conseguira dizer nada, mas depois compreendeu que, como a menina a quem ia ensinar tinha dezesseis anos, talvez os pais preferissem para a filha uma companhia mais jovem. Fosse qual fosse a razão, tinha conseguido o emprego e decidira não mais se preocupar com as razões de sua escolha.
Tim, evidentemente, ficara furioso, mas isso era de se esperar. Afinal, ele tinha passado os últimos dois anos com ele e era natural que ele se opusesse à partida dele, se bem que desta vez a distância era bem menor. Porém, depois de dez semanas de convivência diária, Carlos sabia que tinha de ir embora. Gostava de Tim, ele era engraçado, mas não o amava e nunca o amaria.
Não sabia exatamente de onde lhe vinha essa certeza. Tim era o único que tinha sido seu amigo de verdade. Mas, ainda assim, não conseguia se ver passando o resto da vida ao lado dele. No geral, não tinha muito tempo para relacionamentos, para homens. Os que ela conheciam eram predadores, egoístas, só pensavam em si, queriam tudo sem dar nada em troca. No final da adolescência tivera uma dolorosa demonstração disso e tinha aprendido muito bem a lição.
Mas agora ali estava ele, esperando diante da estação ferroviária, sem maiores informações a não ser que alguém viria a seu encontro para levá-lo ao destino. Era um homem chamado Gustavo, chofer dos Frontes. Estava atrasado. Olhou o relógio quadrado, masculino, que trazia no pulso fino. Quinze minutos de atraso, para ser exato.
— Sr. Douglas?
Mergulhado em seus pensamentos não tinha notado a aproximação do homem em uniforme cinzento.
— Sim — respondeu ao homem de meia-idade, grisalho.
— Graças a Deus! — A careta de Gustavo era cômica e Carlos simpatizou com ele. --- Estava com medo de que tivesse se cansado e ido embora. A Sra. Borges me despediria se eu não o encontrasse. Ela pode ser uma megera.
— Sra... Borges? — Carlos sentiu-se tenso, mas tornou a relaxar. A sra. Borges devia ser a governanta. Era um nome comum. Ele é que era supersensível a esse nome. Ele as vezes desejava a lobotomia.
— Sim, senhor — respondeu Gustavo, olhando as malas. — É toda a sua bagagem?
— É, só essas duas — disse Carlos, pegando a bolsa de mão.
— O carro está ali na esquina — disse o homem, levando uma mala em cada mão. — Siga-me, por favor.
Ele arregalou os olhos quando viu o Mercedes preto que os esperava- Era o tipo de carro que só tinha visto em filmes. Os Frontes deviam ser muito ricos.
Gustavo dirigia o enorme carro, confortável e espaçoso, com grande perícia. No primeiro sinal fechado, virou-se para trás.
— Devo explicar o meu atraso. Foi a srta. Laura. Ela desapareceu,. Estamos procurando por toda a fazenda desde as duas horas, mas acho que a malandrinha está escondida.
— Srta. Laura? — Carlos se perturbou. — A menina que vai ser a minha aluna?
— Isso mesmo. Ela é filha única
— E costuma desaparecer assim?
— Ah, não. Mas acho que. . . acho que é o jeito de ela protestar.
— Protestar? Contra o quê?
— Isso não sou eu quem posso responder, senhor. Não quero parecer fofoqueiro — disse Gustavo, olhando-a pelo retrovisor e manobrando o carro.
— Por que não?
— Bom — disse o chofer, fechando o cenho —, na verdade é uma tempestade em copo d'água. Ela não gostou da ideia de ter um preceptor. Não, na idade dela. Criança se rebelou
— Entendo — disse Carlos, pensando que as coisas estavam realmente parecendo fáceis demais. — Quer dizer que não sou o primeiro, então?
— É, sim, senhor. Isso é, sim — Gustavo respondeu com firmeza, deslizando pelo tráfego. — A menina estudou em Primeiro Mundo o semestre passado. Estuda lá desde os treze anos.
— A Escola Primeiro Mundo? — Carlos já tinha ouvido falar da famosa escola.
— Isso mesmo.
Sentiu-se tentado a perguntar ao chofer por que a menina não ia continuar na escola, mas achou melhor se calar. Afinal, podia haver milhões de razões. Podia até ter sido expulsa. E se fosse essa a razão, não era nenhum bom indicio para as relações futuras com a jovem.
— E por que acha que ela está escondida?
— Bom, eu não tenho certeza, mais acho que ela está nas cabines telefônicas — esclareceu o chofer —, Srta. Laura adora telefonar.
— Não têm telefone em casa? Ela não tem celular?— Carlos perguntou, surpreso.
— Claro que têm. Um montão. Mas as chamadas são sempre controladas pela Sra. Fatima. Ela é a governanta da Sra. Borges.
— Sra. Borges? — Desta vez Carlos não tinha dúvidas quanto à dona do nome.
— Sim, senhor. E a Srta. Laura gosta de fazer chamadas particulares e. . .
— Sra. Borges! — Carlos repetiu. — Quem.. . quem é a Sra. Borges?
Sem parar o carro, Gustavo voltou-se para trás e olhou para ele através da divisão.
— Está brincando!
— Não, não estou. — Carlos sacudiu a cabeça.
— É mesmo o Sr. Douglas? Sr. Carlos Douglas, que veio para trabalhar com Tutor?
— Bom, não sei o nome do lugar, mas sou Carlos Douglas. Por quê?
— Então devia saber o nome dos seus patrões, se me permite dizer assim?
— Meus patrões?
— Sim, senhor. O Sr. Borges.
— Mas eu fui empregado por alguém chamado Frontes! — exclamou Carlos, sem ar. Ele estava passando mal.
— É mesmo? — perguntou Gustavo, curioso. — Ah, claro, deve ser a Sra. Irene Frontes. Ela é muito amiga da Sra. Borges. E como a Sra. Borges não pode andar, deve ter cuidado do assunto para ela.
— A Sra. Borges... não pode andar? — perguntou Carlos, sentindo-se um pouco tonto, o coração aos pulos. — Quer dizer que está presa a uma cadeira de rodas?
— É muito perspicaz, senhor. Ela tem de usar cadeira de rodas, sim. Já deve ter ouvido falar dela, então. É claro, o Sr. Borges é importante. . .
— Claro, claro. — Carlos molhou os lábios ressecados. — Já ouvi falar dela, sim.
Estavam deixando a cidade. A casaa não devia estar longe. Sr Borges. . . Então ele ia finalmente conhecer a casa dele. Ele não sabia onde era. Assim como não sabia quase nada sobre a vida particular dele. James sempre cuidara para que fosse assim.
Carlos suspirou, tentando pensar com coerência. Tinha acabado de ser contratado pelo único homem que esperava nunca mais encontrar em toda a sua vida. Como pudera acontecer uma coisa dessas? Será que ele havia pensado que ele iria reconhecer o nome e por isso mandara a Sra. Frontes fazer a entrevista em seu lugar? Ou será que ele achou que poderia haver mais de um Carlos Douglas procurando emprego ? Que coincidência estranha!
Ele tinha acabado de voltar de São Paulo. O anúncio no A Tribuna não podia ter sido mais adequado. Ele devia saber de tudo. Provavelmente tramara aquilo; por isso tinha sido escolhido para o cargo em lugar dos outros candidatos, muito mais capacitados. Mas que jogo era aquele, afinal? Como é que ele ousava introduzir em sua própria casa o homem que ele havia tentado uma vez transformar em seu amante? Será que não sentia vergonha? Será que não tinha medo de que ele pudesse revelar tudo à esposa? Que coisa desprezível!
Mexeu-se inquieto no banco do carro. O que podia fazer agora? Tinha recebido o primeiro salário adiantado e já gastara parte do dinheiro. Do magro pagamento que recebia havia sobrado quase nada, pois tivera de comprar roupas e outras coisas. Além disso, tinha pago o quarto temporário. E, mesmo durante os dias que passara na casa de Tim, havia os gastos com alimentação. E sem nenhum luxo. Gostaria de pedir a Gustavo que o levasse de volta à estação, mas não podia fazer isso.
Atravessavam agora campos verdejantes. Era uma tarde quente de maio e ele deveria estar contente com a perspectiva de trabalhar num lugar que, a julgar pelo carro, devia ser muito confortável. Mas não conseguia deixar de se sentir confinado, fisgado, emaranhado nas malhas do destino. Era um dilema que, naquele momento, lhe parecia sem saída. Que situação terrível! E que mente tortuosa a que a havia tramado! James era odioso.
Gustavo o observava pelo retrovisor e Carlos se assustou ao perceber o olhar curioso dele. Sem dúvida o motorista devia estar querendo saber a razão da perturbação dele, que o deixava pálida, apesar do bronzeado Com esforço conseguiu controlar a expressão, concentrando-se no vilarejo do qual se aproximavam.
— Que lugar é esse? —- perguntou, com admirável controle.
— É Melbourne — informou Gustavo, olhando em torno, na esperança de enxergar pelas ruas que cruzavam a adolescente desaparecida. — Um lugar muito gostoso. A comida é muito boa naquele restaurante ali; venha experimentar quando estiver de folga.
Carlos pensou que provavelmente ia precisar de muitos dias de folga para escapar daquela situação. Mas reagiu contra a depressão que seus pensamentos lhe traziam.
— Ainda estamos longe? — perguntou.
— Três ou quatro quilómetros. A Srta. Laura vem de bicicleta para cá, às vezes. Está insistindo com o pai para ganhar uma moto, mas ele não quer nem ouvir falar disso. E tem razão. A Srta. Laura é bem rebelde. Ainda vai acabar sofrendo, coitadinha.
—. O Sr. Borges é um pai muito severo? — ele perguntou, retorcendo na mão a alça da bolsa.
— Às vezes, às vezes. — Gustavo soltou uma risada. — Mas ele adora a filha, Não precisa se preocupar, senhor. Ele é um bom patrão. Firme, mas justo. Não vai ter problemas com ele, se é isso o que o preocupa.
Será?, Carlos pensou. Gostaria de poder ter tanta certeza. Gustavo devia estar achando que ele estava preocupado com as condições de trabalho. Se fosse só isso. . .
O carro entrou num desvio da estrada e Carlos viu, pouco adiante, um muro que corria ao longo do caminho até enormes portões de ferro batido.
— Chegamos, Senhor. . . — anunciou o chofer, tocando a buzina.
Havia uma guarita perto dos portões e um guarda saiu para identificar os visitantes. Vendo Gustavo, ele acenou com a mão e acionou o mecanismo dos portões, que se abriram lentamente.
O carro passou, subindo o caminho que levava à casa. Carlos olhou para trás e viu que os portões se fechavam novamente. Sentiu um arrepio. Era como uma prisão.
Todas as suas apreensões ficaram para segundo plano quando viu a casa. Era de pedra, coberta de trepadeiras. As janelas arqueadas eram altas, e o telhado, crivado de chaminés delicadas, Altas colunas sustentavam o balcão do segundo andar. As portas de entrada eram de madeira sólida. Tudo correspondia exatamente à ideia que ela fazia de uma bela casa e não podia deixar de sentir prazer em admirá-la.
De repente, uma figura numa cadeira de rodas saiu das portas abertas e Carlos caiu de novo na realidade.
Gustavo parou o carro diante dos degraus que conduziam ao terraço da entrada. Saiu do carro, cumprimentou a mulher na cadeira de rodas e abriu a porta para Carlos. Ele saiu devagar. Estava tenso e não sabia o que esperar daquele primeiro contato. Subiu os degraus com pernas bambas, depois de se certificar de que sua aparência estava em ordem.
— Como vai, Sr. Douglas? — disse a Sra. Borges, estendendo a mão. — Muito prazer em conhecê-lo. Finalmente.
— Como vai? — Caroline apertou a mão dela. Era uma bela mulher, não havia como negar. Como é que ele podia ter feito uma coisa daquelas com a própria esposa?
— Fez boa viagem? Desculpe o atraso de Gustavo, mas ele já deve ter lhe explicado que tivemos um pequeno problema.
— É... ele mencionou o fato, sim.
— Eu sabia. — Ela viu Gustavo subindo os degraus com as malas de Carlos e dirigiu-se a ele: — Pode deixá-las logo na entrada, Gustavo. A Sra. Fatima cuidará disso. Obrigada.
Gustavo obedeceu e a mulher tornou a falar com Carlos:
— Vamos entrar. Deve estar louco por uma xícara de café. Ou então um refresco, não? O tempo está lindo. Espero que fique assim.
A cadeira de rodas deslizou para dentro da casa. Carlos a seguiu. O hall era fresco, as paredes revestidas de painéis de carvalho. O chão era coberto por um enorme tapete cor de pêssego e nas paredes havia pequenas gravuras, que Carlos gostaria de ver mais de perto. Mas a Sra. Borges conduziu-o para a sala de estar e a atenção de Carlos logo se concentrou numa fileira de lindas miniaturas arranjadas sobre a lareira.
— Coleciona antiguidades, Sr. Douglas? — perguntou a Sra. Borges, notando o interesse dele.
— Não conheço muito, mas são lindas — respondeu Carlos, indicando os pequenos retratos em miniatura. — Quem são?
— Não sei os nomes, mas sei que eram filhos do pintor Lascai. Ele viveu no fim do século XVIII e começo do XIX. Teve a felicidade de ser famoso e respeitado ainda em vida. Os grandes pintores nem sempre são reconhecidos quando em vida.
— é verdade — concordou Carlos, desviando o solhos. — Que bela sala!
O tapete cor de creme era um fundo perfeito para os móveis escuros, certamente peças de antiguidade. As paredes eram forradas de seda. Havia um grande armário de ébano cheio de peças de jade e as peças do grande tabuleiro de xadrez eram, sem dúvida, de marfim. Era o tipo de sala que Carlos só tinha visto nos filmes e onde não conseguia sentir-se à vontade.
— Fico contente que goste — disse a Sra. Borges, virando a cadeira de rodas ao ouvir alguém pigarreando na entrada da sala. — Ah, Sra. Fatima. Senhor, esta é a nossa governanta. Sra. Fatima, mande as malas do Sr. Douglas para o quarto dele. E sirva-nos o café. por favor. Ou será que gostaria de alguma coisa mais forte?
— Café está ótimo — respondeu Carlos.
A governanta lhe pareceu taciturna, alta, magra e um tanto sombria, e não tinha dito nem uma palavra. Carlos não conseguiu evitar de pensar em como seriam suas relações com aquela mulher. Se é que ia ficar ali...
— Sente-se — disse a Sra. Borges, indicando uma poltrona listrada. — Senão vou me sentir em desvantagem. É bem alto, não?
— Um metro e setenta — disse Carlos, afundando na poltrona. — Sra. Borges.. .
— Sim?
— Já. . . já encontrou a sua filha? — perguntou Carlos, procurando desesperadamente alguma coisa para dizer.
— Oh, já, sim — respondeu. — Ela saiu para andar de bicicleta. Já lhe disse que no futuro deve nos dizer quando resolver sair.
— Bom... — Carlos estava inquieto. — Sobre. . . sobre a entrevista. . . Eu pensei que a Sra. Frontes. . .
— Pensou que era Irene quem o estava empregando? Oh, não, como é que aconteceu isso? Ela não explicou?
— Não.
— Ah, é pena! — Parecia sinceramente preocupada. — Faz alguma diferença? Posso lhe garantir que nossa família é tão digna de crédito quanto os Frontes.
— Claro, mas. . .
— Sr[. Douglas— A mulher na cadeira de rodas suspirou profundamente. — Está vendo o que sou, não? Uma inválida, forçada a passar o resto da vida nesta cadeira. Uma aleijada.. . Não, não diga nada. Não sabe o que é isso, Sr. Douglas. Depender inteiramente dos outros, sempre consciente da reação das pessoas, sempre relutante em aceitar a bem intencionada compaixão e a pena dos outros. Eu evito encontrar desconhecidos. Oh, vai pensar que sou tola e egoísta, mas é assim que sou. Consequentemente, quando surgiu a necessidade de fazer as entrevistas para o cargo de professor, eu não pude fazê-las pessoalmente. Felizmente a Sra. Frontes, que é minha boa amiga, se ofereceu para fazê-las em meu lugar. Por favor, não fique aborrecido se houve alguma confusão com os nomes. Posso lhe garantir que Laura precisa desesperadamente de assistência educacional e eu mesma estou sentindo falta de alguém mais jovem com quem conversar.
— Não sei... não sei se minhas qualificações estão à altura — protestou Carlos. Ele queria uma saída desesperadamente.
— Estou satisfeita com as suas qualificações, Sr. Douglas. E meu marido também. — Ela fez uma pausa e Carlos baixou os olhos para tentar esconder o rosto ruborizado. — Você é exatamente o que Laura está precisando. Jovem, adaptável, alguém que poderá ser amigo dela, além de professor.
Carlos suspirou, tentando pensar com coerência.
Ele era adulto, ele podia ser profissional. Ele estava ali apenas para dá aula para a Laura. Apenas isso, ele era um empregado. Um tutor, Nada mais. Ele só não podia esquecer disso. As consequências seriam desastrosas. Principalmente para ele.
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Eu sou meia doida, já to me perdendo na historia. kkkkkkkkkk Minha amiga foi para o meio do mato , então não tem ninguem revisando.