- Eu já conversei com o seu pai e achamos melhor assim. E você não vai fugir da sua responsabilidade.
- Eu não vou permitir uma coisa dessas! – ele sai esbaforido.
Muitas coisas vão acontecer...
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No dia seguinte, a mãe do Alexandre saiu para conversar com a Amanda, e ele teve um dia cheio no trabalho. Seu pai e o irmão, só viriam de São Paulo na sexta-feira, e ainda faltava mais dois dias. Ele ficou parado no tempo, brincando com um lápis sob a mesa, e as lembranças da última noite o deixava animado. Ele ainda podia sentir o corpo e o cheiro do Sandro. Era difícil admitir, mas o Alexandre estava completamente atraído por um homem, ou melhor, apaixonado. Só que este homem, era namorado do irmão dele, e o que ele menos queria, era magoar o Mauro.
O Xandi deixou o trabalho e seguiu para casa. AO chegar viu uma cena inusitada: O Sandro ajudando a empregada a limpar a casa.
- O que é isso?
- Oi Alexandre. – eu o encarei.
- Por que você está com este espanador na mão?
- Eu resolvi ajudar, como forma de gratidão pela hospedagem... Daí, como eu sempre arrumei o ambiente que eu morava, vi que não em custava nada, ajudar a Joana.
- Sandro, ela ganha salário para trabalhar. E você é hospede; não deve ficar preocupado em limpar a casa.
- Eu sei... Mas é que eu me sinto...
- Vamos por quarto?
- Hã? Você não está pensando em repetir a noite de... – ele acenou em afirmativa. – Eu não posso! Eu namoro seu irmão. Não é correto.
- Eu só quero conversar com você. Vamos?
Eu concordei, e fui para o quarto dele. Sentamos na cama e o Alexandre me encarava sério.
- Sandro... Eu amo muito o meu irmão. E o que eu menos quero na vida, é magoá-lo. Só que existem coisas na vida que não conseguimos controlar.
- O que você está querendo dizer?
- Hoje eu fiz uma reflexão no trabalho, e descobrir que estou apaixonado por você. No inicio eu achei meio louco o que eu estava sentindo, afinal, eu fui casado com uma mulher, e nunca tive problemas na cama com elas. Mas olhando pra você, eu vejo que é diferente. Ontem eu me senti tão entregue, tão amado... O que eu faço Sandro? Eu amo você.
Aquela revelação foi um baque! Eu não sabia se chorava de felicidade, ou ficava preocupado, pela situação do Mauro. Na verdade, eu amo o Xandi, mas ele vai ser pai, e eu não quero me sentir culpado por destruir uma família.
- Alexandre, você sabe o quanto eu amo você. Desde o primeiro dia... Quando você fica perto de mim, o meu coração acelera, meu corpo arrepia, eu gaguejo... Você faz tão bem para o meu coração... Mas existe muitas outras coisas em jogo. Nós nunca daríamos certos juntos. Você engravidou a Amanda, e por mais que você não queira, ela ainda é a sua esposa e está será a sua primeira família a ser formada. E eu tenho o Mauro. Eu posso não amá-lo agora, mas eu posso adquirir este sentimento com o tempo. Eu jogo limpo com o seu irmão.
- Mas e o meu sentimento? E o seu? Não merecemos ser felizes?
- Vamos passar por cima deste sentimento. Fingir que nunca fomos pra cama. Daqui a pouco você esquece isso e tudo vai voltar ao normal.
- Não é fácil como você pensa. E você? Vai me esquecer assim tão rápido?
- Claro que não. E vai ser muito difícil conviver no mesmo espaço que você. Só que teremos de aprender a lidar com a situação.
NO fundo, eu estava mal. Meu coração chorava por dentro. A minha vontade era de agarrá-lo ali mesmo, e fazer amor com ele outra vez. Só que se eu me afastasse dele, seria melhor.
- Não pensa desta forma. Eu quero você. Eu nunca desejei tanto alguém, como eu desejo você. – ele se aproximou de mim, e tentou me beijar.
- Não complica mais as coisas.
- Ontem você disse que me amava, me queria e hoje você me trata assim?
- Tenta entender. Você vai ter um filho. Por mais que a sua mulher tenha os defeitos dela, ela será a mãe do seu FILHO! É a sua família. Eu não quero estragar nada.
- Mas eu não amo a Amanda. – ele gritou.
- E nem eu amo o seu irmão. Mas isso não nos impedi de tentarmos aprender a amar as pessoas que estão ao nosso lado.
- Tudo bem. Eu já entendi. – ele fechou a cara e saiu revoltado.
Eu me joguei na cama e chorei. Eu não sabia se estava tomando a decisão certa, mas era o que a minha razão dizia para fazer naquele momento.
A noite foi longa para passar. Eu não quis jantar e fiquei trancado no meu quarto. Desci apenas para tomar uma água na cozinha, quando ouvi uma conversa do Alexandre com sua mãe.
- Pode chamar a Amanda para passar um tempo aqui em casa. Eu pensei melhor e mudei de ideia. – ele na verdade, estava fazendo aquilo, mais por raiva do Sandro.
- Que bom que você pensou no bem desta criança que vai nascer. Ao menos com ela aqui em casa, vai ser mais fácil monitorar esta gestação. Você sabe como é aquela mãe dela.
- Que fique bem claro... Ela vai dormir em quarto separado. Mas o único quarto que restava, o amigo de vocês está hospedado.
- Ele dorme com o Sandro. Eu não quero a Amanda junto comigo. Ou é isso, ou é nada.
- Ok. Eu vou ligar para ela, e pedi que arrume suas coisas.
Eu não sabia o que pensar. A mulher do cara que eu tanto amava, estaria no mesmo teto que ele. Eu ia ter o desprazer de conhecer a tal Amanda. Eu me dei conta, de que não podia ficar muito tempo naquela casa.
UMA SEMANA DEPOIS...
- Que bom que você voltou de São Paulo. Eu estava com saudades.
- Sério meu Sandrinho? Eu também estava com saudades de você. – Mauro deu um beijo nele. Você se comportou direitinho?
- Porque não me comportaria? Ela já chegou?
- A Amanda? Sim. Tá lá na sala com a minha mãe. Mas porque a preocupação?
- Nada demais. Eu só perguntei, porque a sua mãe fala tanto nesta mulher.
- Eu ainda não entendi o motivo de ela ter vindo pra cá. Esta mulher é uma desgraça para o meu irmão!
- Mas ela está grávida dele.
- Bom, o melhor de tudo, é que você vai dormir no meu quarto. – ele me pegou pela cintura.
- Mas nem pense que vai ter safadeza toda noite. Agora vamos para sala, antes que desconfiem da gente.
Nos reunimos com os outros, e o Alexandre seguia sem falar comigo. Ele mal encarava nos meus olhos. Eu finalmente fui apresentado a ela. E eu tinha que assumir... Que mulher linda! A Amanda era loira, com um corpo escultural.
- Prazer. – eu disse meio sem jeito. Ela tinha o nariz empinado.
- Bom, eu já mandei trocar a roupa de cama. Fique a vontade Amanda.
- Obrigado sogrinha. Você continua um amor. Vamos descansar Xandi?
- Amanda, você está em quarto separado. Não seja tola.
- Já entendi. – o clima entre os dois era pesado. E eu ficava apenas observando. Fiquei com uma pontada no peito, ao ver o modo como ela olhava para ele.
Os dias seguiam tumultuados. A Amanda a todo o momento, se mostrava uma ótima mulher, e super atenciosa. Sua barriga ficava cada vez mais saliente. Eu e o Mauro, transávamos quase todas as noites e eu sentia que algo entre nós dois faltava ser preenchido.
Acordei no meio da madruga para tomar água. Tive um pesadelo terrível com os meus tios. Uma sensação estranha me causava arrepio. Tomei minha água e quando eu ia voltar para o quarto, antes que o Mauro sentisse minha falta, o Alexandre surge na cozinha.
- Oi. – eu disse.
- Oi. – ele nem me olhou.
- Eu só vim tomar uma água, já estou voltando para o quarto. Com licença.
Quando eu ia saindo, ele me segurou pelo braço.
- Para! Eu não suporto mais essa distância. Meu corpo está implorando pelo seu, assim como a minha alma.
O Alexandre me deu um beijo quente e eu não recusei. Me entreguei com tudo, ao contato gostoso dele. Eu também não suportava mais o clima entre a gente. Ele me virou de costas para ele, e roçou o seu pau duro em minha bunda. Apertou o meu peito e beijava o meu pescoço. Com ele, eu perdia os meus sentidos.
CONTINUA...
