A Sombra de Gaell, Parte - 7

Ainda ficamos na água um pouco depois voltamos por que a Carol queria brincar de vôlei com os meninos, eu não me importei e fiquei perto deles, pois o sol já estava esfriando por que já era quase seis horas e tinha muita gente na praia, ai de repente ouço a voz do André.

A:Esta se divertindo?

Eu fiquei me silencio por que ainda estava chateado com a sua atitude rude quase me machucando.

A:Olha eu queria te pedir desculpa, eu pensei que aquela garota tivesse te largado lá.

G:Tudo bem, já passou, mas eu estou me divertindo sim, nunca tinha vindo em uma praia.

A:Posso te dar um conselho?

G:Claro, o que foi?

A:Se eu fosse você eu colocava uma bermuda ao invés de ficar só de sunga.

G:Porque, não fiquei bem com ela?

A:Se fosse eu jamais usaria uma sunga dessas aqui.

G:É serio? Foi o Daniel que comprou pra mim.

A:Ta explicado então, o Daniel não é a pessoa mais indicada para comprar algo para alguém, ele sempre pega a primeira coisa que vê, mas é só um conselho.

G:Tudo bem se você esta dizendo, pode pegar minha bermuda pra mim por favor, está perto da bolsa da Carol.

Bom eu não ouvi ninguém falar nada sobre isso, muito pelo contrario ouvi muitos elogios que me fez ficar com muita vergonha, mas como não conheço muito bem aquelas pessoas, é possível que eles não tenham dito para não me deixar sem graça, pois algumas pessoas acham que só por que eu sou cego é que tenham que me tratar como um coitado, então era melhor não arriscar e vestir minha bermuda, enquanto isso o André ficou em silencio e quando terminei de colocar a bermuda ele me entregou uma camiseta que não era minha por que ficava grande pra mim.

A:Toma veste isso.

G:O que é isso? Uma camiseta também?

A:Veste que fica melhor.

G:Esta certo, mas de quem é essa camiseta, ficou muito grande.

A:É minha, pode usar tranquilo, depois você me devolve.

G:Não precisa eu trouxe uma regata.

A:Fica com essa, daqui a pouco os meninos já estão indo embora então nem vale apena entrar na água.

Quando eu ia questionar alguém o chamou e ele foi sem me dizer nada, me deixando no vácuo, ai eu fiquei pensando se eu era tão feio assim que minha aparência estava incomodando ele, mas acho que não por que como disse desde os doze eu frequento academia e acredito eu que tivesse um corpo bonito.

Mari: Ei cunhadinho o que essa cabecinha de vento está pensando? E por que já está vestido, não gostou do mar?

G:Gostei muito, as vezes a água salgada faz meus olhos arderem, mas fora isso eu adorei, foi o André que me falou que logo a galera já estava indo embora por causa do horário.

Mari: Hum entendi, mas me conta esta rolando algum clima entre você e a Carol?

G:Rsrsrs não não, somos apenas amigos.

Mari: A conta outra ela esta caidinha por você.

G:É impressão sua, somos amigos mesmo.

Mari: Sei, mas se caso essa amizade evoluir, toma cuidado viu.

G:Cuidado por que Mari?

Mari:Eu não tenho certeza, mas acho que o André ainda gosta dela.

G:Espera ai, o André e a Carol já foram namorados?

Mari: Namorar mesmo não, mas chegou perto.

G:E por que não deu certo?

Mari: Cá entre-nos, a Carol é uma ótima pessoa, mas antes de qualquer coisa ela gosta mais de dinheiro, na época ela fez de tudo para namorar com o André, mas ai ele descobriu que ela só estava com ele por interesse. E olha que ele era apaixonado por ela ao ponto de casar e tudo.

G: Serio? Mas como ele descobriu isso?

Mari: Como eu não sei, mas só sei que ele descobriu, mesmo assim acho que ele ainda gosta dela.

Então aquela raiva toda era ciúmes da Carol, de certo modo tenho que admitir que sentia uma pontinha de esperança que ele esteja com ciúmes de mim e ao saber do relacionamento deles estava claro que o André ainda gostava da Carol.

G:Talvez ela tenha mudado Mari.

Mari:Duvido muito e agora ela já tem um novo alvo para laçar.

G:Quem?

Mari: Nossa mas vocês homens são muito devagar mesmo em, é claro que é você Gael, ela já deu em cima do Daniel e do Marcelo, mês passado ela deu em cima do Daniel quando fomos para uma boate la no centro, ai a Joice (namorada do Daniel) viu e deu uns tapas nela.

G:Nossa.

Mari: Toma cuidado com essa piriguete, ninguém convidou ela par vir, só veio de penetra mesmo.

G:A ta valeu pelo toque. Mas Mari desculpa perguntar, mas você achaque aquela sunga que o Daniel comprou pra mim estava indecente ou feia?

Mari:Claro que não, de onde você tirou isso?

G:Bom o André disse que não estava legal e que eu devia colocar uma bermuda.

Mari: Nada disso ela ficou perfeita em você, ele deve ter falado isso para não atrapalhar ele pegar alguma garota por que meu cunhadinho estava arrasando, arrancando suspiros da praia inteira.

G:Hahaha valeu Mari.

Mari:Deixa de besteira ele só esta despeitado e com inveja da sua beleza.

G:Valeu, mas me conta como é ele fisicamente?

Mari:A não me diga que esta com medo de ele chamar amais atenção do que você, ai vocês homens são todos iguais mesmo.

G:Não é nada disso.

Mari:Vamos ver, ele é bem alto deve ter 1,95 se não for mais, tem um corpo delicioso sarado, parecendo aqueles modelos de capa de revista, olhos verdes e branco, mas de rosto eu não acho ele tão bonito o que chama mais atenção é o corpo, onde ele vai todos olham para ele, é uma ótima pessoa, honesto trabalhador, ajuda muita gente que não tem condições.

G:Nossa mesmo?

Mari: Ele ajuda todo mês com alimentos e atendimento medico para os idosos do asilo lá no centro, de vez em quando juntamos a galera e agente vai para lá passar o dia, ai você me pergunta se alguma vez a Carol foi?

G:Hum e não foi?

Mari Claro que não, ela fala acha que pode pegar alguma doença lá, vê se pode um absurdo desse? Enfim que casar com ele terá muita sorte, não é qualquer pessoa com o dinheiro que ele tem e que está disposto a ajudar os outros sem pedir nada em troca.

G:Hum então diria que ele seria um modelo de homem perfeito?

Mari: Perfeito não, mas é quase. Eu conheço ele desde o ensino fundamental, meus pais sempre foram amigos dos pais dele, ele pode ser mandão, marrento as vezes arrogante, mas é só o jeito dele, ele não é de expressar o que sente ou não sabe, talvez por ter se acostumado a estralar os dedos e escolher a garota que queira sem precisar ter o trabalho de conquistar, mas enfim é quase um irmão pra mim, mas tem um tempo que ele anda estranho.

G:Estranho? Por quê?

Mari: Ele sempre foi um cara animado sorridente, mas de um tempo pra cá ele anda distraído, quase não sai, parece que t augindo de alguém.

G:Deve ser excesso de trabalho, o Daniel disse que ele administra um hospital inteiro.

Mari: Pode ser, ou deve ter alguma garota na parada. Quando ele gosta de alguém ele fica parecendo um idiota porque não sabe como conquistar uma pessoa e sempre faz mais besteira.

Ainda continuamos a conversar um pouco, mas nosso assunto agora era sobre o futuro e meu tratamento, enfim nada que seja necessário ser mencionado aqui, logo após o pessoal chamou para voltar pra casa que mais tarde iriamos em uma festa de um amigo dos meus irmãos que até então não conhecia, quando chegamos eu fui para um quarto que iria dividir com o Daniel e com o Marcelo, mas eles ficaram lá fora bebendo e conversando com um pessoal que tinha acabado de chegar e nesse quarto tinha uma suíte e aproveitei que ninguém estava tomando banho e fui tomar o meu por que se eu deixasse para depois provavelmente iria ter fila pela quantidade de gente que estava hospedada naquela casa e assim eu fiz tirei minha roupa e entrei enrolado na toalha, já estava familiarizado com o caminho e posição dos moveis dentro do quarto e quando terminei de tomar meu banho não ouvi nenhum barulho e presumi que estava sozinho então tirei a toalha e sequei meu cabelo e caminhei até cômoda e na gaveta que estava separado para mim era onde ficava as minhas cuecas e meias peguei uma e me vesti e então fui em direção da cama para pegar uma bermuda que já havia deixado separada senti um empurrão e cai de bruços em cima da cama e alguém subiu em cima de mim me beijando meu pescoço e mordendo minha orelha de uma forma feroz e forte e enquanto uma mão me segurava outra alisava meu corpo e descendo ate a minha bunda.

G:O que é isso?

?:Xiiiiii

Eu conheço aquela voz, mas ao sentir aqueles beijos foi como se tivesse me anestesiado, pois meu corpo estava imóvel, não pela pressão do seu corpo enorme sobre o meu e sim pelas sensações que ate então nunca havia sentido.