Primeiramente devo pedir desculpas pelo atraso e ser fora do horário habitual. Sinceramente queria falar que os contos serão postados periodicamente de dia a dia, no mesmo horário, todavia não seria verdade, uma vez que a minha agenda esta quase me sufocando e não tenho tempo para lazer. Assim, as postagens dos fragmentos dessa história serão feitas somente no final de semana(sábado ou/e domingo). Espero que continuem a ler minha história e digo que em breve (coisa de um mês) as postagens voltarão a normalidade (postagens "diárias"). Ao conto.
Parte 68
A sala estava quase vazia, uns alunos aqui outros ali, que, apressadamente, também saíram deixando-nos a sós. O Bernardo estava com uma cara sorridente, seus músculos eram destacados e mostravam claramente que ele praticava academia freqüentemente (ou tomava alguma coisa bem forte para ter um físico daqueles). Pensei em quanto mau me causou e desejei, no silêncio de meus pensamentos, que ele quisesse apenas pedir desculpas por tudo, porém minha intuição falava que não era isso.
Eu – o que você quer – eu disse em um tom bem hostil, o que o fez mudar o semblante e levantar as mãos em sinal de rendição.
Bernardo – faz tanto tempo que não nos vemos que pensei em te convidar para ir a algum lugar e tirar o atraso – falou com a cara mais sínica que se pode imaginar.
Eu – não se faça de besta, sabe muito bem que qualquer coisa que tínhamos, acabou antes de dar os primeiros passos – eu disse tentando sair, mas ele me segurou pelo braço, virou meu corpo contra o seu.
Bernardo – eu sei que você ainda é louquinho por esse corpo, aquele Rafael e tão franzino que eu poderia palitar os dentes com ele – e então ele foi a me beijar.
Era impossível combatê-lo, seu porte físico deveria ser umas dez vezes o meu e o jeito que ele me agarrava me fazia perder o ar caso tentasse sair de seus braços, o meu corpo ainda se debatia e pensava fortemente no Rafael. Bem no fundo do meu coração apenas um medo realmente forte existia e era o de perder o amor da minha vida. Quando os lábios do Bernardo estavam encostando-se aos meus, alguém o puxou e empurrou e, na surpresa, libertou-me.
Bernardo – o que é isso... – ele parou quando viu que era o Rafael e deu um sorriso sarcástico – não se pode nem beijar que alguém já sai atrapalhando – completou com uma arrogância impressionante.
Rafael – você esta bem Lucas? – ele ignorou completamente o Bernardo que havia prendido o pé em uma cadeira de um jeito absurdo e segurou minhas mãos para me conduzir para o bosque onde provavelmente o Alex e a Carol estavam a nossa espera.
Eu – obrigado – disse bem tímido afinal era a segunda vez que ele me flagrava em uma situação nada agradável e minha mente imaginava as mil coisas que passavam em sua cabeça.
Rafael – a culpa é minha, estava tão distraído com tudo que não prestei atenção quando você mão estava nos seguindo – estávamos andando lado a lado e de mãos dadas – o que foi aquilo?
Eu – a culpa não foi minha, ele simplesmente me agarrou e eu não pude fazer nada, pois ele é bem maior e mais forte que eu – minha voz estava tremula e gaguejei um pouco – não acha que eu trairia você? – ele demorou muito para responder.
Rafael – claro que não, sei que você é fiel e que nos amamos muito – ele disse com um sorrio perfeito que me deixou em absoluta paz, porém eu sabia que ele estava desconfiado. Um problema de cada vez!
Chegamos ao local de sempre. Uma árvore grande e, provavelmente, muito antiga, cujas raízes formavam o lugar ideal para namorar, refletir ou mesmo fazer uma reunião ultra secreta. Este local também era um pouco afastado da escola, embora teoricamente ainda faça parte do terreno da instituição, os alunos tinham medo de frequentar devido às diversas histórias. Sentamos confortavelmente ao pé da arvore e eu fiquei bem agarradinho ao meu namorado e a Carol e o Alex acomodaram-se no gamado próximo. O clima estava bem nublado, dando aquele lugar um ar de sombrio.
Carol – porque a demora, até achava que vocês estivessem dado uma passadinha naquela sala de vassouras da parte antiga da escola e esqueceram de nós.
Eu – desculpem. A culpa não foi minha, o Bernardo tentou me beijar.
Carol – como? Por quê?
Alex – ele deve estar bem interessado em você Lucas e é bom o Rafael abri os olhos, pois o Bernardo pode não ser “tão” como Rafael na maioria das qualidades, porém ele tem um corpo de dar inveja em muita gente.
Carol – para com isso Alex, você sabe perfeitamente que eles estão apaixonados.
Alex – pelo jeito que o Bernardo está agindo, parece que não vai desistir fácil.
Carol – encerremos esse assunto, já que ele diz respeito somente aos dois e não a nós né Alex. Falem-nos do depoimento – nossa! Nunca a imaginei falando algo assim, porém é bem provável que só seja a curiosidade pelo outro assunto que a fez falar desse jeito.
Contamos tudo nos mais ínfimos detalhes. Eles ficaram boquiabertos com a profundidade daquilo que agora estávamos todos envolvidos. A Carol fazia sua cara de profunda alegria e parecia não dar bola para o fato de estarmos atrás de algo grande forte e que é bem inteligente.
Alex – agora vamos para a sala de aula que o intervalo esta acabando.
Quando íamos saindo, ouvimos um barulho e do arbusto próximo um movimento. Meu coração disparou, pois ainda faltava uma vítima e se a coisa era mais experta que a maioria das pessoas provavelmente sabia que estamos envolvidos e provavelmente queria matar todos nós...
Continua...
Comentem, critiquem e deixem suas opiniões a cerca de minha história. Ao final, não deixem de atribuir uma nota e até a próxima.
