Leve Confiança 6

Acordo com a sensação de estar sendo observado e quando viro para o outro lado da cama, tomo um susto pois Hélio está sentado em uma cadeira bem perto de dela.

- Não faça mais isso! - sento na cama e tento arrumar meu cabelo que provavelmente deve estar uma bagunça. - Você quase me mata de susto Hélio! - Ele sorri e se inclina pra perto de mim. Ele me olha com um sorriso deixando seus lábios mais finos, e continuando sem falar nada ele volta a posição de antes e começa a me observar. - Não vai falar nada?

- Só estou te vendo. - ele olha em meus olhos. Ele tem que parar de fazer isso. - Como você dorme. Sabia que você dorme com um olho aberto?

- Mentira! - que vergonha! Isso só pode ser mentira. Ele abre um sorriso mostrando seus dentes perfeitamente alinhados e percebo que ele está brincando com a minha cara. - Seu mentiroso. - começo a rir.

- Seu sorriso é lindo! - ele me encara novamente.

- Assim você me deixa sem graça. - e realmente me deixou.

- Você fica mais lindo ainda. - ele pega a minha mão. - Bom, eu quero te pedir desculpas pelo o que aconteceu no estádio hoje. Eu devia estar lá com vocês.

- E você estava! Se não estivesse eu poderia ter sido... - fecho meus olhos e uma lágrima desobediente se forma e desliza pelo meu rosto. - Eu poderia ter sido estuprado. - minha cabeça insiste em colocar aquelas imagens novamente em meus pensamentos. Ele me olha como se visse algo em mim, mas não fala nada só segura minha mão com mais força. Na verdade queria seu abraço.

- Agora em diante eu sempre vou estar. - ele se levanta e me olha de cima. - Bom, agora eu vou indo. Vou deixar você dormir em paz.

- Só pra constar, você não incomoda em nada. - falo, mas sem nenhuma malícia.

- Bom saber. - ele sorri mais uma vez e olha para o chão rapidamente, mas sei que ele deve ter se recordado de algo, ou alguém. - Boa noite Victor.

- Boa noite Hélio. - ele abre a porta e sai. Volto a dormir planejando o meu próximo dia.

Durante vários dias não tive mais notícias sobre o delegado. Sempre que perguntava por ele para minha mãe, ela não me sabia dizer. Estava angustiado. Mesmo não tendo nenhum vínculo com ele, sinto saudades.

Gabriel tentava me chamar para sair, mas não queria magoar ele tentando um relacionamento sem futuro.

Em uma segunda feira, fui ao mercado depois da faculdade. E enquanto a atendente está passando minhas compras, vejo o jornal em uma TV. Fico paralisado quando vejo a foto de um homem no noticiário. Mais especificamente, do homem que me estuprou quando tinha 16 anos.

Começo a chorar quando lembro do que me aconteceuanos atrás

Depois de sair da escola feliz da vida. Caminho para casa, pois não fica longe de minha casa, quando sinto a presença de alguém atrás de mim, porém quando me viro para ver quem era, sinto me fraco e tudo escurece.

Quando acordo, sinto uma dor horrível. Um homem está em cima de mim e enfiando seu membro contra a minha vontade dentro do meu corpo. Ele arranha minhas costas e passa sua mão por toda a extensão de meu corpo. Sinto um nojo terrível quando sinto seu esperma escorrer em minhas pernas. Tento gritar, mas não consigo. Estou anestesiado e sem controle algum sobre meus movimentos E isso se repetiu durante um dia e meio. Até então não havia visto seu rosto, mas durante uma noite consegui ver seu reflexo na janela do quarto em que estava preso. Barba preta, careca e com uma barriga grande.

Depois de dormir sem conseguir chorar, póis nem pra isso eu tinha mais forças, acordo no meio de uma estrada e com três cortes abertos em minhas costas. Depois de gritar por horas e caminhar por aquela estrada a noite, chego a um pequeno estabelecimento e peço ajuda. Depois só me lembro de estar em um hospital e de ver meus pais chorando.

Durante três meses não sai de casa nem para ver o sol. Tinha medo de meu próprio pai. Não suportava o toque masculino em minha pele. Passei com uma psicóloga que ia a minha casa quase todos os dias e depois de meses de tratamento melhorei. Também lembro que quando abracei meu pai e ele chorouDesperto quando sinto uma mão em meu ombro.

- Você está bem Victor? - reconheço aquela voz feminina.

- Estou sim Laura. - digo limpando meu rosto.

- Tem certeza? - ela me encara do mesmo modo que seu irmão.

- Na verdade não. - conto a ela todo o ocorrido.

- Eu sinto muito. Eu sei bem como é, pois eu já passei por isso. E tenho que confessar uma coisa.

- Eu sinto muito por você também.E pode falar o que tem pra me dizer. - perguntei curioso.

- Você viu o noticiário não é?! - Laura pergunta.

- Vi sim.Foi por isso que fiquei desse jeito.

- Eu não sei como foi que ele descobriu, mas depois que saiu da sua casa, o Hélio não saia de seu escritório e quando saia, era pra ir à delegacia. E depois de uns dias ele me contou tudo. Que você tinha sido vítima de um estupro e que quando pesquisou sobre casos de estupro, mais especificamente envolvendo você, ele não tinha como deixar esse monstro que abusou de você solto nas ruas.

Ao mesmo tempo que me senti invadido, me senti vingado. Agora não tinha mais medo de sair nas ruas e encontrar o mostro que uma vez me tocou.

- Eu preciso agradecê-lo. Ele está em casa hoje? - pergunto.

- Está sim. Depois daqui eu vou direto pra casa e você pode ir comigo.

- Eu quero sim.

Logo depois de pagarmos as comprar colocamos tudo no carro dela e seguimos para a casa do Hélio.

Quando chego lá, uma senhora de cabelos brancos saia com um bebê no colo. Logo percebo os traços de família e sei que estou vendo a mãe dos dois irmãos.

- Mãe onde está indo com o meu filho - Laura pergunta.

- Só ia passear com ele. Fica muito dentro de casa esse menino. - ela fala com uma voz doce que eu poderia ouvir histórias e mais histórias que nunca iria me cansar.

- Ele ainda está do mesmo jeito? - dessa vez não estão falando do menininho.

- Eu não sei o que ele tem. - a senhora fala triste pelo filho. - Ele fica vendo aqueles papéis sobre aquele menino vítima de estupro. Eu já falei que ele não tem culpa. Ele não poderia estar no lugar de cada crime.

Hélio está realmente se sentindo mal por mim? Pelo que eu passei?

- Ele também não para de falar sobre um tal de Victor! Ele estava dormindo no sofá quando escutei ele repetindo esse nome várias vezes. Será que seu irmão se apaixonou novamente? - e foi então que ela de repente percebeu que eu estava ali o tempo todo. - Me desculpe querido. Fiquei entretida aqui e nem lhe dei atenção. Sou Angelica e você garoto de olhos verdes?

- Me chamo Victor. - eu corei quando ela corou. Hélio enquanto dormia chamava o meu nome e agora eu estava ali na frente da casa dele. Angelica deu uma risada nervosa que fez o bebê rir junto.

- Esse é o Victor que tanto o Hélio chama. Parece um cachorro no ciu quando pensa nesse garoto lindo aqui. - Laura fala.

- Que vergonha Laura! - falo.

- Vergonha por que? - Laura cruza os braços. - Você é lindo. Tem um corpo lindo, tem um olhar penetrante e é muito fofo. Da vontade de apertar. Mas voltando ao assunto. Hélio ainda está dormindo?

- Não mais! - Hélio aparece na porta com uma bermuda de pijama preta, sem camisa e descalço. Agora pude perceber seu corpo. Os poucos cabelos negros que cobrem seu peito e descem por seus músculos abdominais e acabam dentro da bermuda. Não é totalmente coberto por eles, pois ainda posso ver sua pele.

- Que ótimo. - Laura fala. - Pegue as compras no carro que eu e mamãe vamos passear com o Felipe.

Quando Hélio termina de passar a mão em sua barba ele me vê ali. E pelo movimento de seu peito, sua respiração se acelerou, mas logo depois se acalmou. Como ele se acalmou tão rápido? Eu ainda estou tentando respirar depois de vê-lo.

- Oi. - falo timidamente.

- Oi Victor. - ele não pisca e passa a mão em seus cabelos jogando-os para trás. - Está tudo bem com você?

- Está sim! - falo sorriindo.

- Bom, nos vamos indo e vamos deixar vocês conversarem em paz. - Laura e sua mãe se despediram de mim e foram em direção ao parque.

- Entre, por favor. - ele fala abrindo espaço pra eu entrar e quando passo por ele sinto o calor de seu corpo e o cheiro dele. - Eu só vou pegar as compras e já volto.

Espero ele na cozinha e fico organizando meus pensamentos. Quando volta com as sacolas, coloca-as em cima da mesa olha para mim.

- Você queria falar comigo? - ele fala.

- Sim. Eu queria agradecer o que fez por mim. - eu suspirei.

- Me desculpe se eu não te falei antes. Eu vi você quando estávamos no seu quarto e falando sobre o que você passou enquanto eu não estava ao seu lado. - ele se levanta e vem até perto de mim. - Quando eu pesquisei sobre você na delegacia, eu vi tudo. Então eu fiquei louco. Como alguém pode fazer algo com você? - ele começa a chorar. - Eu caçei aquele desgraçado. Eu tinha que colocar ele na cadeia. Eu quis te proteger. Eu quero te proteger. Só de pensar no que ele fez pra você, eu tenho ódio. Eu tenho vontade de matar aquele desgraçado. Eu... Eu...

- Calma! - Eu coloco minhas mãos em seu rosto e ele as segura. - Isso já passou. Você está aqui comigo. Me protegendo e eu confio em você.

- Eu não quero ficar longe de você! - ele coloca suas mãos em minha cintura. - Dói demais. Se eu tiver que matar cada vagabundo nesse mundo pra te proteger, eu mato. Eu te amo garoto. - ele me abraça e coloca sua cabeça em meu ombro e e sinto suas lágrimas molharem minha camisa. - Eu te amo tanto.

- Olha para mim. - falo. - Hélio olha para mim. - ele se levanta e me olha com seus olhos vermelhos. - Eu amo você. Eu não tenho medo de nada ao seu lado. Eu só tenho pavor de pensar em te ver longe de mim. Eu te amo.

Em meio as lágrimas um sorriso brota em seu rosto e ele me beija. Sinto seus lábios pressionarem os meus e o sorriso querendo se mostrar. Ele me pega no colo com facilidade e prendo minhas pernas em sua cintura. Ele me leva para o sofá e deita em cima de mim. Sinto o calor de seu corpo e seus músculos duros pressionarem meu corpo.

- Eu não vou deixar nada de mau acontecer com você. - ele me olha sério. - Você é meu garoto!

Tudo que eu faço é beijar seus lábios. Ele deita e coloco minhas pernas no meio das dele. Sinto seu membro duro pelo material liso do shorts. Ele solta um gemido e beijo seu pescoço causando um arrepio nele. Ele começa a passar a mão em minhas costas e sente as três cicatrizes dos cortes que sofri do estupro. Ele para o beijo.

- Eu não quero te machucar. - ele levanta do sofá. Eu levanta e coloca meu braços em torno de seu pescoço.

- Hélio, isso já passou! Não tem por que eu me lembrar disso. - Olho em seus olhos. - Eu fiquei sofrendo por três meses. Não quero ficar com essas lembranças me atormentando toda vez que tocar em você. O idiota já está preso, eu estou aqui com você é estamos nos amando. Vamos aproveitar isso sem nos importarmos com o mundo lá fora.

- Me desculpe. - Ele passa suas mãos em minha cintura e novamente sinto o calor de seu corpo. - Eu vou te fazer o garoto mais feliz do mundo.

Começamos a nos beijar e o beijo se torna mais forte. Sinto seu membro tocar em minha barriga e pego ele com minha mão fazendo Hélio gemer. começo a masturba-lo por cima o shorts e beijar o pescoço do meu delegado. Quando olho para o rosto dele, ele me encara sério como se fosse para eu continuarão que estou fazendo. Beijo sua boca e me surpreendo quando ele me pega no colo e sobe as escadas. Entra no quarto e tranca a porta e depois me coloca na cama, mas fica em pé enquanto me olha.

- Pode continuar. - ele ordena. Contínuo de onde parei, mas dessa vez tiro suai bermuda e vejo seu membro pulsando. Com veias em sua extensão e uma cabeça rosada com o pré-gozo escorrendo. Passo a língua na glande e escuto a respiração pesada de Hélio.

Começo a fazer um vai e vem enquanto mexo minha língua acariciando a cabeça daquele pau grosso e grande. A cada minuto minha vontade de sentir seu rosto aumenta e sinto uma vontade de morder aquele pedaço de carne. Passo meus dentes com leveza na cabeça de seu pau e ele recua o quadril e levanta meu rosto segurando meu queixo.

Ele me beija e me vira deixando seu pau em minha bunda. Ele desabitada minha camisa vermelha e passa a sua mão pelo meu corpo descendo pela minha barriga. Tira minha calça junto com minha cueca e começa a apertar minhas coxas e bunda. Vai descendo beijando minhas costas, cada uma das três cicatrizes e chega minha bunda. Passa seu nariz nela e agradeço por ter me lavado intimamente no banho de manhã. A beija e quando menos espero, sinto sua língua e sua barba invadindo meu buraquinho. Pisco prendendo sua língua e ele abre mais ainda minha bunda. Ele sobe e beija meu pescoço enfiando um dedo em mim. Solto um gemido de prazer e dor. Ele morde minha orelha e coloca dois dedos. Mordo meu lábio inferior quando sinto seu terceiro dedo entrando em mim.

- Relaxa. - ele diz e sinto seu hálito quente em meu pescoço me causando arrepios.

Ele passa seu membro na minha entrada e a lubrificação com seu gozo. Sinto a cabeça entrar abrindo meu interior. Ele passa seu braço direito em meu pescoço e emfia tudo de uma vez me fazendo gritar. Ele começa um vai e vem lento que depois vai aumentando seu ritmo e aqui a pouco sinto o suor de seu corpo se encontrando com o meu e seu cheiro entrando pelas minhas narinas e me fazendo delirar de prazer, por estar sendo apreendido por um homem. Pelo meu homem!

Ele deita em cima de mim e sinto o seu peso. Ele rebola fazendo seu pau entrar ainda mais em mim e dá uma estocada funda fazendo eu perder meus sentidos e gozar, me esgotando completamente. Ele mais uma vez repete o movimento me fazendo flutuar em prazer e na terceira sinto o líquido quente invadir todo meu interior.

Perco os sentidos e novamente sinto seus músculos quando me abraça. Sinto os pingos de seu suor caírem em minhas costas enquanto fechei meus olhos preenchido pelo sentimento de satisfaçãoMeus queridos e queridas. Mais uma parte do conto pra vocês.

Espero que gostem. Desculpem qualquer erro!

Me digam o que acham, votem e comentem!

Amo vocês!