Life As It Should Be – Parte 6

Tenho algo pra dividir com vocês, não tem nada a ver com o conto, mas é algo que eu percebi, gerlamente ouço pessoas falarem que relacionamentos gay não dão certo porque gays só querem sexo, mas isso não é verdade, acho que todos só querem ser felizes, achar uma pessoa que os façam felizes e que os completem e posso ver isso aqui, há contos totalmente sexuais, mas a maioria são séries que falam sobre relacionamento, amor, dificuldades, superação, eu fico muito admirado com isso, eu realmente agradeço a todos vocês, contistas e leitores que mostram que isso que falam não é verdade... Mas então, mais um capítulo pra vocês, espero que gostem... Continuo agradecendo a leitura de vocês!

-Matheus, eu te amo muito, você é tudo que eu sempre quis na minha vida, quero você nela em todos os momentos, queria saber… Se você quer… Ser meu namorado…

-Claro que quero, quero você pra sempre, eternos namorados!

Ficamos curtindo um pouquinho mais a noite e depois fomos pra casa, nos despedimos e então terminou o dia…

Uns 2 dias depois eu estava voltando da faculdade – nem sempre podia esperar o Matheus para irmos embora juntos, ele ia de carro – um dia normal, nada mais, era uma terça-feira, nesse dia eu não encontraria o Matheus, ele me disse que ficaria na faculdade até tarde, então fui de ônibus.

Estava caminhando, mais uns 10 minutos e eu estaria em casa, até que sou surpreendido por uma pessoa…

-Oi gato.

-Ah, ou Alice – que surpresa desagradável – tudo bem?

-Na verdade não, você tem me evitado completamente, não sai comigo, não responde minhas mensagens e não atende o celular…

-É… Que… - tinha que arrumar uma desculpa, mas eu sou péssimo na hora de mentir, fico super nervoso – eu ando meio… Ocupado.

-O que está fazendo agora?

-Nada – falei inocente, sem pensar no que me esperava.

-Ótimo, vamos sair agora mesmo.

-Mas… - tentei argumentar, mas não obtive sucesso.

-Mas nada, você é meu agora!

Fomos para um clube que tinha perto, ficamos conversando – não via a hora de ir embora, não que a Alice fosso chata, ela era bacana, mas ela não me queria como amigo, então tinha que fugir dela – ela sempre me dava umas investidas:

-Leo, você não está namorando né?! Como pode um garoto tão legal como você estar sozinho?

-É…

-Talvez a pessoa certa pra você esteja na sua frente, só precisa abrir os olhos – ela disse dando um sorriso com malícia, ela me assustava.

Mas eu não deixava quieto, dava as minhas cortadas discretas.

-Acho que quando eu encontrar a pessoa certa, eu vou saber, vai ser amor à primeira vista.

-Que bom que não acredito nisso.

Ficamos meio sem palavras, eu não prolongava nenhuma conversa e ela já estava ficando sem opções para falar comigo:

-Vamos dançar, você se saiu bem na festa…

-Não vai me fazer passar por isso de novo né?!

-Claro que vou…

Ela então me arrastou para pista, estávamos dançando juntos, até que ela começou a se apoiar em mim, quando eu a vejo, já está vindo me beijar novamente, mas como dessa vez eu não teria o Matheus pra me ajudar, tive que resolver eu mesmo:

-Não Alice, eu… Não posso!

-Não precisa resistir, eu não estou namorando mais, eu terminei só pra poder ficar com você – ela disse e logo em seguida tentou me beijar de novo.

-Que droga Alice! Eu já disse que eu não quero e se você terminou seu namora pra terminar comigo, foi um grande erro…

-Mas…

Eu estava saindo, deixei ela de lado, mas ela veio correndo atrás, já estávamos fora:

-Leo, espera, eu gosto muito de você, eu acho que eu te amo, não sei como aconteceu, eu só sei…

-Você está muito enganada, você… Eu… Eu não gosto de você, você entende isso? Agora eu vou embora e você vai me esquecer… - eu estava me odiando por estar sendo tão grosso com ela, eu nunca tratei alguém mal assim, mas ela estava me enlouquecendo – adeus.

Enquanto eu estava indo ela disse alto e com a voz parecendo a de alguém chorando:

-Eu ainda vou ficar com você, você vai ver.

Nem dei ideia e continuei andando, fui pra casa e dormi como uma pedra.

Passou a semana, o Matheus tinha me chamado para ir a sua casa, era de tarde, nós estávamos “sozinhos” – sua mãe e seu pai estavam na casa, mas ele trancou a porta, não teríamos problema – ficamos no quarto assistindo TV, conversando, namorando…

Eu estava deitado em seu peito e ele mexendo no meu cabelo – isso é tão bom – ele então parou, desceu sua mão e começou a acariciar meu peito, foi descendo pela minha barriga, nessa hora ambos estavamos super excitados, ele então se moveu e ficou por cima de mim e voltou a me beijar, foi descendo pro meu pescoço, ele começou a tirar minha blusa enquanto me beijava…

-Amor eu… - estava sem graça com o que ia falar, tinha medo da reação dele – eu não quero isso… Não agora, assim.

-Amor, eu quero muito isso e sei que você quer também, falou continuando a me beijar.

-Não Matheus, eu não… - as palavras saiam cortadas por causa dos beijos – Não quero.

-Você vai gostar, você vi ver.

-Que droga Matheus, eu não quero transar com você! – nessa hora eu me estressei, eu tive que brigar pra ele conseguir entender o recado.

Arrumei minha camisa, deitei direto na cama e fiquei olhando diretamente pra TV sem falar nada, nenhuma expressão, ele não falava nada e nem eu…

Ele me olhou triste, deitou do meu lado olhando pra mim, colocou a mão no meu rosto:

-Mozi? – Mozi é tipo “aMOrZIn”, é fofo – mozi, não fica bravo não, eu te amo!

-Não estou bravo, só estou assistindo o filme.

-Qual o nome do filme?

-Olhei pra ele com aquela cara de “o que?”, odiava quando ele ficava falando bobeira ou fazia piada em horas sérias.

-“Qual seu número?”.

-O meu número você já sabe, é 9953…

-Ai para! – o interrompi – para de fazer isso, eu estou bravo sim e você sabe por quê.

-Me desculpa, é só que eu não consigo ficar brigado com você, eu não queria ficar em cima de você com isso de sexo, mas é que estamos há mais de um mês juntos e nada…

-Se você me ama vai me esperar e vai saber respeitar meu tempo…

-Não existe tempo, você está sendo dramático…

-Se querer ter algo especial na sua primeira vez e com a pessoa que você ama é ser dramático, sim estou sendo.

-Ai.

-não é ai não, eu acho isso importante, se você não acha, é porque pra você sexo é só sexo, independente de quem, onde, como.

-Sabe o que falam, “Quem não dá assistência, abre a concorrência”.

-o que? – não acreditava no que tinha ouvido – se você está supondo o fato de me trair, me esqueça agora e se for um joguinho de ciúmes seu, também esqueça, não vai funcionar, agora eu vou pra casa, o clima pra ficar aqui acabou - fui saindo pela casa enorme.

-Leo, espera – disse ele me seguindo pela casa.

-Sabe, todos os dias eu me apaixono mais por você, pela pessoa que você é, mas só pra você saber, hoje eu não me apaixonei… - saí pela porta e não olhei pra trás.

Passei o resto do dia chorando no meu quarto, como ele podia fazer isso comigo? Ele estava errado e ainda fazia jogos comigo…

Recebi umas 20 mensagens dele, mas não li nenhuma, apaguei todas antes de ler, estava mesmo triste com tudo aquilo.

Nos 2 dias seguintes não nos falamos – ele até que tentou, mas eu não quis responder, eu queria deixar isso tudo passar e se ele não podia me respeitar, já sabia que eu tinha me enganado sobre ele ser a pessoa certa pra mim…

Estava trabalhando na loja, minha mãe me chamando o tempo todo, as pessoas comprando coisas, aquilo tudo estava me pirando, estávamos quase fechando quando o Matheus entra na loja – o que ele queria? Dessa vez não poderia fugir – ele veio até mim, olhou o balcão:

-Vou querer um mentos – falou com a maior naturalidade.

-1,20.

-Toma.

Ele me deu o dinheiro e saiu rápido, quando vejo o dinheiro, tinha um papel dobrando junto, abri e tinha algo escrito:

“Isso não está funcionando, vamos ter que dar um fim nisso, podemos conversar? Vou estar te esperando na esquina.”

Que droga, era isso então, sem transa sem namorado, agora ele queria acabar com tudo, “dar um fim”, eu não queria que isso acontecesse, não suportaria perdê-lo, esse tempo que eu dei pra gente foi justamente pra evitar que coisas fossem ditas e acabassem com tudo, não foi um término, terminar não, eu o amava, mais do que eu podia explicar, entender.

Fechei a loja, fui atrás dele, eu já estava chorando antes de começarmos a conversa:

-Oi – disse após dar um suspiro.

-Oi.

-Então é isso, agora você quer terminar comigo?

CONTINUA…