Entre Primos 2 (PARTE 4)
Meu mundo parece que parou nessa hora. Eu esqueci que aquilo era errado, que estávamos na escola, que ele era meu primo... eu só pensava naquele momento, na sua boca na minha, no seu corpo colado no meu, no amor que eu sentia por ele.
- Não! Para! – Falou me empurrando e interrompendo o beijo - Eu não quero!
- Por que?
- Isso não é certo. Eu não quero.
- Bruno, o que importa se é certo ou não, você nunca se importou com isso. Eu te amo, é isso que importa, e eu sei que você sente alguma coisa por mim se não você não teria vindo aqui.
- Não eu...
- Bruno, me escuta. Esquece o mundo, esquece a escola, nossa família... a gente ta aqui, juntos, e a gente se gosta, isso que importa, qual o problema nisso?
- Eu não sou gay! Eu não quero ser.
- Isso não se escolhe. Esquece o mundo, me beija, fica comigo.
- Eu... tenho que pensar...
- Mas Bru...
- Não, por favor.... eu to muito confuso, me deixa pensar.
- Tudo bem...
- Só uma coisa.
- O q...
Ele me calou com um beijo e saiu. Ao mesmo tempo que eu estava feliz por aquilo, eu estava confuso por não saber o que era melhor, e com medo dele não querer nada comigo.
Fui embora e fiquei esperando uma ligação dele. Nada. Ótimo!
Acabei dormindo...
Ele não me ligou. Eu estava aflito. Fui pra escola e ele não. Dei um fora na Luana e disse que não estava mais afim. Mais dias se passaram e nada dele. Resolvi ligar pra minha tia e ela me disse que ele tinha ido passar uns dias com o pai dele fora do país. ÓTIMO! COMO ELE NÃO ME CONTA!
Se passou 1 semana e eu não tinha noticias dele. Eu tava muito bravo. Até que ele resolveu aparecer na escola, sentou na minha frente, como se nada tivesse acontecido e com um sorriso de orelha a orelha. Me sentei na ultima carteira de novo e não falei com ninguém o dia inteiro.
Fui pra casa, ele não foi comigo. Me tranquei no quarto e chorei o dia inteiro de frustração. Eu era um idiota mesmo em pensar que ele iria largar tudo por mim, aquele filha da pu..
- Posso entrar Tutu?
- NÃO me chama assim! E pode né! Ja entrou!
- Você ta chorando Tur?
- Não! – falei escondendo o rosto no travesseiro, eu estava deitado na cama – O que você quer?
- Acho que a gente precisa conversar.
- Sobre?
- Sobre a gente?
- E existe um “a gente” pra conversar?
- Até onde eu sei existe, ou não existe mais?
- Não! Não existe mais! E se existiu foi um erro! Um erro que eu quero morrer só de lembrar!
- Mas Arthur por que você ta falando isso?
- Por que será né Bruno? Será que foi porque você sumiu por uma semana? Não me ligou, não deu notícias, foi viajar e nem me avisou!
- Não Tur, eu fui pensar um pouco e...
- E mais nada. Eu não quero mais, foi um erro. Você é só meu primo.
- Como é que é?
- É isso mesmo!
- Então você me seduz, me beija, diz que me ama, faz eu me apaixonar e vir aqui te pedir pra ficar comigo, e me diz que não quer mais?!
- É Isso mes.... pera você o que?
- Bom.. acho que não importa mais não é? Você não quer nada mesmo. – se levantou da cama e foi em direção a porta - Tchau Arthur.
- Não! Espera!
- Esperar por que? Pra sofrer mais? Eu não quero. Eu pensei que o que você tinha me dito era verdade. – ele estava realmente chateado, e se segurava pra não chorar – eu me apaixonei por você...
- Bruno eu... eu te amo.
- Então me ajuda.
- Como?
- Me ama. – fazendo cara de cãozinho arrependido – me faz feliz.
- Eu te amo, vou te fazer muito feliz, muito mesmo.
Eu o beijei e dessa vez ele me beijou também, com mais vontade, com mais amor. Eu não conseguia acreditar naquilo.
- eu ainda to meio confuso, eu não sei como fazer isso.
- Nem eu, mas acho que a gente consegue.
- Vamos combinar uma coisa? Só não vamos tão rápido. Eu acho que ainda não to pronto pra coisas mais sérias. Eu não quero te decepcionar. Eu gosto de você, de uma maneira que nunca imaginei gostar, mas não quero te iludir. Eu ainda não sei o que é amor, eu nunca amei de verdade, nem me apaixonei, isso tudo é muito novo pra mim.
- A gente se ajuda. Me desculpa por ter ido rápido demais.
- Se você tem certeza dos seus sentimentos, não tem porque não falar deles. Me desculpa se eu te decepcionei.
- Não, você só não foi impulsivo e emotivo como eu, mas eu sei que esse sentimento que eu sinto por você só pode ser amor.
- Então isso me faz o cara mais feliz e sortudo do mundo.
- Me beija.
Ele me beijou e me colocou em seu colo enquanto ele estava sentado na cama e eu de frente pra ele, o beijo foi ficando mais quente. Ele tirou a camisa tirou a minha e desceu o beijo pro meu pescoço, foi descendo pelo meu peito e desabotoou meu short.
- Bruno... espera...
- Fala Tur...
- Não...
- Não o que...
- Eu ainda não to pronto. – ele parou de me beijar e olhou pra minha cara com uma cara de “não acredito nisso” – me desculpa.
- Mas aquela biscate você deixou te chupar né?
- Aquilo foi diferente, foi só pra te irritar e...
- Eu pensei que eu fosse a pessoa certa pra você.
- E é, mas não é a hora certa.
Continua.......