Confidências - parte 2.

Um conto erótico de King Mamoê
Categoria: Homossexual
Contém 1304 palavras
Data: 23/09/2010 22:37:55
Última revisão: 23/09/2010 22:40:39

Confidências – part. 2

Passou-se um tempo, adormeci no sofá. Acordei com o Lúcio chamando-me e dizendo: “-Pegou no sono?” Sorri e levantei. Começamos a conversar. Eu estava muito aberto e sincero por conta do álcool, e quem dirá o Lúcio. Ele começou a falar dos amores que já havia tido. Achei estranho, mas já suspeitava que ele estava gostando de mim. Conversamos muito sobre os mais diversos assuntos, mas todos nos levavam ao ‘sexo’, ou a temática sexual. Falou da namorada que gostava muito dela e que já tinha transado e tal. Fiquei de ouvinte. Mas cera hora ele toma coragem e faz a reveladora pergunta.

Neste momento tive a certeza quando ele perguntou-me se eu sentia algo diferente pelo sexo oposto ou se já tinha tido experiências amorosas enfim. Eu respondi provocante: “-Não, eu nunca tive, mas há certo tempo, um ‘cara’ me chamou a atenção...” Dei uma risadinha. Ele ficou vermelho, e perguntou se ele conhecia. Respondi que sim. Ele desanimou um pouco, e perguntou: “-É o Ryan?” Eu disse: “-Não... o Ryan é bonitão, mais o ‘cara’ é outro...”

Ele meio sem graça levantou-se e aproximou-se de mim. Pegou-me pela mão e, e disse: “-Nunca tive interesse por homens, mas depois que te conheci, acho que me apaixonei... e... e... se você sentir o mesmo, acho que essa é a hora de tentar uma nova experiência, não acha?”

Ele me puxou meu braço, levantando-me me olhou e me deu um beijo, um beijo que jamais uma mulher havia me dado. Pensei em tantas coisas, mas o sentimento de afeto e segurança que ele me passa, foi muito maior que outro pensamento naquele momento. Parei de beijá-lo e sorri. Ele desliga a TV e subimos para o quarto. Deitei num colchão que havia no chão. Lúcio entra no quarto e tranca a porta. Deita em sua cama e pergunta: “-Vai ficar ai? Vem pra cá!” Sorri e subi em sua cama. Então nos deitamos abraçados. Confessei que ele havia me chamado a atenção, mas que não apostava num caso como esse, pois ambos tinham namoradas e não tinham interesse por homens, até aquela última semana. Ele perguntou se estávamos namorando, então eu disse: “-Porque não?” e sorri.

Ficamos nos curtindo e nos beijando docemente. Era muito bom e louco ter algo tão novo na minha vida. Acho que estava finalmente liberto das minhas prisões lógicas. Pensei comigo: “-Finalmente Felipe, você conseguiu mudar sua vida...”

Nossa curtição mudou de nível. Ele começou a me beijar mais abaixo do pescoço e quando percebi estava sem camisa e o Lúcio só de cuecas. Por um momento quis parar, por medo talvez, mas algo tão confiante e bom veio de mim e me fez inteiro dele. Não quis parar e me entreguei. Tirei a roupa inteira e ele fez o mesmo. Estávamos numa cena épica, clássica. Ninguém é superior a ninguém. Estávamos por igual, no mesmo nível. Acho que a perfeição tomou conta do quarto, apenas pelo amor que ele sentia por mim e eu por ele. O quarto estava em equilíbrio.

Ficamos deitados de frente um pro outro. Nossos beijos começavam na boca e estendiam-se pelo pescoço e peitos. Nossas mãos exploravam cada parte de ambos os corpos. Nossos olhos, ainda fechado, não podiam ver a cena de amor proibido e tão inocente ocorrida entre corpos tão desejados. De repente, o Lúcio projeta-se sobre mim e me coloca deitado sobre a cama, com braços abertos e me faz de ícone do seu desejo de amor. Ele sentia a necessidade de me amar, tanto que se esfregava no meu corpo com uma respiração ofegante e sedenta por mais beijos. Eu, neste momento o provoquei. Quando veio até minha boca e não o beijei. Abri a boca, e rocei levemente meus lábios contra os deles. Ele entendeu. E ficou a desejar minha boca tanto quanto eu a dele, mas resistimos.

Quando não nos agüentávamos mais, ele me beijou. Num beijo voraz e faminto. Retirou todo meu ar. Novamente tive medo, mas o que mais me dava forças pra prosseguir com aquilo tudo foi o fato do nosso ‘ritual’ de amor não ter sido confundido com um ‘ritual’ apenas sexual. Então resolvi que havia chegado à hora penetrá-lo. O coloquei na posição que eu estava e comecei a forçar a entrada, mas não havia lubrificação. Ele percebeu, levantou, pegou um creme hidratante, e entregou-me. Passei ao logo do membro e tentei novamente. Demorou um pouco, mas entrou. Comecei o ato. Ele gemia o que me dava mais prazer. Eu o beijei e ele disse ao meu ouvido: “-Te amo”.

Se passado um tempo, gozei dentro dele. Foi a melhor sensação da minha vida. Eu saí de dentro dele e ele quis me chupar, mas não deixei, ao invés disso, o beijei com mais amor. Não acho certo colocar a boca no membro do outro. É uma humilhação que não se faz com quem se ama. Deitei na mesma posição que ele estava e ele repetiu o ritual feito por mim nele. Dessa vez eu senti seu amor no mais amplo poder. Ele era cuidadoso e atencioso. Ficou receoso se eu estava gostando, e eu respondi com um beijo demorado e sincero. Ele era muito diferente de garotos com 18 anos. Enquanto o beijava pensei o quanto ele estava sendo especial para mim e eu mais para ele. Foi que eu descobri o uma nova visão da vida, ‘O amor’.

Enquanto ele transava comigo, éramos um. Nossos corpos se respeitavam e desejavam-se. Em certos momentos senti um pouco de culpa e remorso, pois como pude ter transado assim, tão rápido com uma pessoa que acabara de conhecer? Mas Senti também a alegria de encontrar alguém que realmente sabia me amar. Nossa ‘relação’ fora inversa e não-tradicional, pois nas chamadas ‘normais’ primeiro tem-se o amor e depois o sexo. Em nossa experiência, o amor veio em meio ao sexo e talvez já nos amassemos antes mesmo do ato, somente nunca percebemos. Mas o que eu queria? Não éramos um ‘casal’ convencional. Tínhamos que fazer diferente e aconteceu diferente.

Quando terminamos, fomos tomar banho. No Box não transamos, mas fomos tão íntimos quanto um casal normal. Não havia culpa de nossa parte, pois estávamos nos gostando e isso era o que importava. Terminamos o banho e nos enxugamos. Fosso nos preparar para dormir. Dormimos juntos, mas antes de dormir, olhei-o nos olhos e vi o brilho intenso que me agradecia pelo momento e com a mão em seu coração percebi sua aflição em manter aquela noite eterna. Ele me abraçou e dormimos.

Pela manhã acordo e percebo que ele havia levantado. Levanto e deparo-me com ele e me olhar. Uma cena digna de filme. Nesse momento chamo-o para conversar. Ele aproxima-se da cama e sentasse próximo a mim. Então começo a perguntar sobre como seria a partir daquele dia. Ele sorriu e disse: “Você gostou da noite?” Respondi: “A melhor da minha vida!” e sorriu novamente e disse: “Eu estou amando você! Nunca senti algo tão completo e essencial na minha vida. Bom, acho que se você quiser... Assim... Namorar... Não sei. Eu nunca fiz isso...” e sorriu novamente. Respirei fundo e respondi: “Bom, eu também estou te amando e queria muito namorar você. Acho que vou ser muito feliz com você!” Ele segura minha minhas mãos e me beija. Nesse momento selamos nosso amor.

Saímos do quarto e fomos acordar os outros. Primeiro a Paola, que estava com um cara... Quase nos bateu. Disse que a cabeça estava enorme por conta noite anterior, afinal havia bebido muito. Depois fomos pular nas camas do Ryan e do Fernando. Chegamos ao quarto o Ryan estava roncando e nem acordou. Mas o Fernando fez um escândalo. Ficou até emburrado. Durante o café das 11h, a Paola não entendia o motivo de tanta alegria.


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Comentários

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Tu tens uma boa escrita, porem o conteudo do conto é tedioso e poico envolvente. Tu te preocupas em ressaltar tuas qualidades e esquece de narar o conto com mais emoção o que faz dele um monte de "eu, eu e eu".

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