Nos cultos seguintes, ela me evitava com uma precisão cirúrgica. Se eu sentava em um lado do templo, ela se posicionava no outro. Se me aproximava da sala de café, ela já estava saindo. Quando olhava em sua direção, ela mantinha o olhar firmemente preso ao altar ou ao marido, como se isso fosse suficiente para ignorar a presença incômoda que eu me tornara.
Mas eu via.
Eu via a rigidez em seus ombros quando passava perto. O jeito como seus dedos se apertavam ao redor da bíblia com mais força do que o necessário. O rubor ocasional em sua pele quando me percebia por perto, mesmo sem me olhar diretamente.
Miriam podia se esconder atrás da sombra do pastor Elias, podia usar sua devoção como um escudo, mas não podia apagar o que já havia acontecido.
E eu não ia deixar que ela esquecesse.
Naquele domingo, após o culto, me aproximei de propósito. O templo estava cheio de fiéis dispersos, cumprimentando uns aos outros, conversando sobre o sermão ou sobre trivialidades da vida. Miriam, como eu já previra, se mantinha próxima ao marido, a postura impecável, a expressão serena. Uma esposa exemplar.
— Pastor Elias — chamei com um sorriso fácil, estendendo a mão para cumprimentá-lo.
O homem olhou-me com sua seriedade habitual antes de aceitar o aperto de mão.
— Miguel — ele respondeu, num tom seco, quase burocrático.
Miriam, ao lado dele, manteve o olhar abaixado, mas pude ver seu pescoço ficar levemente rígido.
— Gostei do sermão de hoje — continuei, deixando minha voz carregar um leve tom de interesse falso. — Mas fiquei com uma dúvida…
E então joguei a isca.
— Quando o senhor falou sobre o dever de um homem para com sua esposa… quis dizer que basta cumprir suas obrigações básicas? Ou há algo além disso?
Elias franziu a testa. Eu sabia que ele interpretaria minha pergunta como um questionamento teológico, mas Miriam… ah, Miriam entendeu na hora.
Vi quando seu corpo ficou tenso, vi seus olhos se erguerem ligeiramente, mesmo que ela tentasse esconder sua reação.
Ela não resistiu.
— Na verdade, eu acho que… — começou a responder, sua voz delicada, mas carregada de uma urgência contida.
Mas Elias a interrompeu antes que ela pudesse sequer terminar a frase.
— Miriam, vá ajeitar as coisas na cozinha. Eu e o rapaz estamos conversando.
Foi um comando, não um pedido.
Miriam hesitou por meio segundo. E foi nesse instante, nesse breve momento de silêncio, que eu soube que ela queria continuar ali.
Mas ela não podia.
Engolindo em seco, ajeitou a barra do vestido com as mãos e murmurou um “Sim, Elias” antes de se virar.
E eu a observei ir.
O jeito como o tecido do vestido se movia ao redor de suas curvas enquanto ela se afastava. O andar controlado, medido, mas com uma pressa oculta, como se quisesse fugir daquela situação.
E Elias não percebeu nada.
Mas eu percebi tudo.
Eu não pretendia deixá-la fugir.
Esperei até que Elias se perdesse entre os cumprimentos e tapinhas nas costas dos fiéis. Ele estava seguro em sua posição, rodeado por olhares admirados, confiante demais para sequer imaginar que sua esposa estivesse prestes a fazer algo condenável.
Miriam caminhava rápido pelo corredor lateral da igreja, o vestido ondulando ao redor de suas curvas. Ela entrou na cozinha do templo, e eu a segui sem hesitar.
Quando me viu, parou abruptamente.
— Miguel… — A voz dela saiu num sussurro trêmulo, carregado de uma mistura de surpresa e exasperação. — Não pode estar aqui. Você precisa me deixar em paz.
Fechei a porta atrás de mim. O som do trinco soou alto no silêncio.
— É isso mesmo que você quer? — perguntei, sem desviar os olhos dos dela. — Que eu te deixe em paz?
Ela cruzou os braços, defensiva.
— Sim.
— Sério? — dei um passo à frente.
Ela se manteve firme, mas suas mãos tremiam levemente contra os próprios braços.
— Sim, Miguel. Você não devia ter feito aquilo lá fora.
— Aquilo o quê? — fingi inocência.
— Você sabe. Provocou Elias de propósito.
— Eu só quis deixar evidente uma coisa.
— O quê?
Me aproximei mais um passo, até que estávamos a poucos centímetros de distância.
— Que você merece mais.
O peito dela subiu e desceu de forma irregular. Seus lábios se entreabriram, como se quisessem responder, mas nenhuma palavra saiu.
— Você sabe que merece mais, Miriam — continuei, minha voz mais baixa agora, quase um sussurro rouco. — Você sente isso todas as noites quando deita ao lado de um homem que não te vê. Quando engole palavras que nunca serão ouvidas. Quando deseja coisas que nunca virão.
Ela estremeceu.
— Eu sou uma mulher casada… — disse, como se repetisse uma oração decorada, algo que precisava acreditar.
— Mas não amada.
Ela ofegou.
Minhas palavras a atingiram em cheio. Vi isso no brilho desesperado de seus olhos, no jeito como seus ombros caíram, como se estivesse cansada de lutar contra uma verdade óbvia.
Levantei a mão e deslizei um dedo pela linha de seu braço, um toque leve, mas que fez seu corpo reagir de imediato.
— Se eu estiver errado… — minha voz era um fio de provocação e desafio. — Se você estiver feliz… então me diga agora. Me olhe nos olhos e diga que não sente nada.
O silêncio entre nós pesava, denso e carregado.
Ela abriu a boca, mas não disse nada.
Em vez disso, seus olhos se prenderam aos meus com tanta intensidade que quase me tiraram o fôlego. Sua respiração era entrecortada, e eu sentia o cheiro doce de baunilha e flores brancas que exalava dela, misturado ao calor febril de sua pele.
Foi ela quem deu o primeiro passo.
Um passo hesitante, como se a gravidade nos puxasse um para o outro. Seu corpo se inclinou levemente, e isso foi tudo o que precisei.
Capturei seus lábios com os meus.
No começo, foi um toque sutil, como se estivéssemos ambos testando a temperatura do pecado. Mas o desejo acumulado explodiu num segundo.
Miriam gemeu contra minha boca, um som abafado e entrecortado pelo choque do que estávamos fazendo. Suas mãos, hesitantes no início, subiram até meus ombros, agarrando o tecido da minha camisa.
Aprofundei o beijo, minha língua deslizando contra a dela, exigindo uma entrega que ela não negou. Pelo contrário, ela cedeu, seu corpo se moldando ao meu de uma forma que me fez perder qualquer senso de razão.
Segurei sua cintura, puxando-a contra mim, sentindo o calor da sua pele através do tecido fino do vestido.
Ela arquejou, o peito pressionado contra o meu, e por um instante, tudo ao redor desapareceu. Não havia igreja, não havia culpa, não havia Elias.
Só havia nós.
O gosto dela era doce, com um fundo quente e proibido, algo que eu sabia que me viciaria. Suas unhas se cravaram levemente em minha nuca, e o som suave de sua respiração errante era como combustível para o fogo que queimava dentro de mim.
Ela tentou se afastar por um breve segundo, como se precisasse de ar, mas eu não deixei.
Minha mão desceu para a curva de suas costas, puxando-a de volta para mim. E ela gemeu.
Baixo. Rápido. Mas carregado de tudo que estava guardado dentro dela.
— Miguel… — murmurou contra minha boca, a respiração quente e ofegante.
— Você gosta — sussurrei, mordiscando seu lábio inferior.
Ela ofegou de novo, e sua resposta veio no beijo seguinte, ainda mais desesperado, mais quente, mais rendido.
Minhas mãos exploravam as curvas de sua cintura, sentindo o calor atravessar o tecido, e cada toque fazia seu corpo responder num arrepio involuntário.
Ela estava se entregando.
Não só no beijo, mas na maneira como sua respiração se tornava cada vez mais errática, como seus dedos seguravam meus cabelos, puxando-me mais para perto, como seu corpo se colava ao meu, sem espaço para dúvidas ou recuos.
— É tão bom… — ela arfou, como se aquilo escapasse sem permissão.
— Diga de novo — pedi, deslizando os lábios por sua mandíbula, descendo até a curva do pescoço.
Ela arfou.
— É bom… Meu Deus… é tão bom.
O desejo entre nós era um rio forte demais para ser contido.
E Miriam finalmente parou de tentar represá-lo.
Meus lábios descem pelo pescoço de Miriam, minha língua traçando caminhos preguiçosos por sua pele quente. Ela estremece, os dedos cravando em meus braços, como se tentasse se segurar em algo.
— Miguel... — Seu sussurro é uma mistura de súplica e rendição.
Meu sorriso toca sua pele antes de mordiscar levemente seu ombro.
— Você gosta disso, não gosta? — murmuro contra ela.
Ela não nega. Não pode. Seus suspiros dizem mais do que qualquer palavra.
Minhas mãos exploram sua cintura, contornam suas curvas e deslizam para cima, sentindo o tecido fino do vestido se moldar ao calor de sua pele. Meu polegar traça círculos lentos, preguiçosos, provocando reações sutis, mas inegáveis.
Com calma, afasto o decote de seu vestido, sentindo a hesitação na rigidez de seu corpo. Mas ela não recua. O tecido se abre, revelando a peça simples que cobre seu corpo. Nada extravagante. Nenhuma renda provocativa ou cores chamativas. Apenas algodão liso, funcional.
E, mesmo assim, nada na visão à minha frente poderia ser chamado de comum.
Miriam está ofegante, a pele levemente corada, os lábios úmidos e entreabertos. O desejo que tenta esconder se denuncia em pequenos detalhes: no tremor quase imperceptível de suas mãos, na forma como seu peito sobe e desce de maneira irregular, na forma como seu olhar me implora por algo que sua boca ainda não ousa pedir.
Meus dedos deslizam pela curva de sua cintura, absorvendo cada reação, cada mínimo movimento involuntário que entrega seu desejo reprimido. Inclino-me, roçando meus lábios contra os dela, provocando sem ceder completamente.
— Você é linda assim... — Murmuro, sentindo seu corpo se moldar ao meu. — Quando para de fingir que não quer.
Ela fecha os olhos, exalando um suspiro trêmulo.
Mas eu vejo. Vejo o brilho no olhar dela quando se rende, a forma como sua pele arrepia sob meu toque. E sei que, por mais que tente resistir, já passamos do ponto de retorno.
— Quero te ver — murmuro.
Ela hesita, mas não me impede. Seus olhos piscam rápido, como se sua mente estivesse lutando contra o corpo. Mas seu corpo já decidiu.
Com um movimento lento, puxo um dos lados do sutiã para baixo, expondo a pele quente e macia que eu tanto queria sentir. Miriam prende a respiração, como se esperasse minha reação.
— Linda... — minha voz sai rouca, carregada de desejo.
Minhas mãos exploram, deslizando pela curva macia, sentindo a textura delicada que se arrepia sob meu toque. Cada suspiro dela, cada tremor sutil, me confirma o que eu já sabia. Ela quer tanto quanto eu.
Aproximo meu rosto devagar, mantendo meus olhos nos dela até o último instante. Quero que ela veja o que estou prestes a fazer. Quero que ela sinta a antecipação queimando por dentro.
Então, finalmente, minha boca toca sua pele.
Miriam solta um suspiro trêmulo, os dedos se fechando em meu braço, como se procurasse algo para se segurar. Minha língua traça um caminho preguiçoso, saboreando cada detalhe, cada pequena reação. Sua pele tem gosto de calor, de entrega, de algo proibido e irresistível.
Seus gemidos são entrecortados, hesitantes, como se ainda lutasse contra a vontade de se render completamente. Mas eu sei que, no fundo, ela já se entregou.
Minha língua desliza lentamente, provocando, brincando com a pele sensível antes de finalmente envolver seu mamilo quente e rígido entre meus lábios. Sinto Miriam prender a respiração, os dedos se apertando em meu braço, um misto de surpresa e desejo.
Eu sugo devagar no início, degustando cada mínima reação do seu corpo. Mas logo, a fome cresce. Minha boca se fecha mais firme ao redor dela, minha língua circula, explora, saboreia. Suas mãos, antes tensas, agora agarram meus cabelos, como se sem perceber me puxasse para mais perto.
— Miguel... — ela geme, baixo, mas o suficiente para me incendiar.
Recompensa merecida. Então eu intensifico. Minha boca alterna entre chupadas longas e sugadas curtas e intensas. Meus dentes arranham de leve, provocando um arfar involuntário. Minha outra mão desliza por sua cintura, segura firme seu quadril, puxando-a mais contra mim.
— Eu sabia... — murmuro contra sua pele, os lábios ainda brincando com seu mamilo intumescido. — Sabia que você gostava assim.
Miriam treme, um som rouco e contido escapa de sua garganta. Minha língua acaricia, minha boca devora, e cada suspiro dela me faz querer mais. Mais gemidos, mais tremores, mais dela se rendendo, sem medo, sem barreiras.
Mas Miriam ainda luta contra si mesma. E eu sei que essa batalha ainda não acabou.
Minha língua ainda desliza lenta sobre seu mamilo, mas então eu paro. Me afasto só o suficiente para sentir o ar quente entre nós, para ver o tremor sutil em sua respiração, o brilho turvo do desejo em seus olhos.
Miriam pisca algumas vezes, como se despertasse de um transe. Sei que agora é o momento decisivo. Se ela quiser, pode interromper tudo, pode se afastar, pode dizer que foi um erro.
Mas não.
Seus dedos hesitam por um segundo, depois se entrelaçam no meu cabelo, puxando-me de volta contra seu seio exposto.
— Continua... — sua voz sai rouca, quase suplicante.
O calor do pedido me atinge como um soco. Um sorriso desliza pelo canto da minha boca antes que minha língua volte a reclamar seu território. Agora, não com cautela, mas com a certeza de que ela quer isso tanto quanto eu.
Sugo com mais intensidade, minha língua circula seu mamilo enrijecido, e um arrepio visível percorre seu corpo. Miriam estremece, os dedos apertam minha nuca, incentivando-me.
Eu venci.
Ela não foge mais. Não luta mais contra o que sente.
E isso me excita mais do que qualquer coisa.
Meus dedos descem lentamente, traçando o contorno da curva quente de suas coxas, sentindo sua pele arrepiar sob meu toque. Ela estremece, mas não me impede. O calor do seu corpo pulsa contra minhas mãos, e o desejo em seus olhos já não deixa espaço para dúvidas.
Com um movimento lento, deslizo o vestido para cima, sentindo o tecido macio escorregar pelas suas pernas até revelar a peça simples que cobre sua intimidade.
Uma calcinha bege. Lisa. Sem rendas, sem adornos. Sem pretensão de sedução.
Mas a umidade que já começa a se formar no centro do tecido me diz que Miriam não precisa de nada além do que já está acontecendo para ser irresistível.
Ela aperta os lábios, uma respiração trêmula escapando de sua boca, e seus olhos vacilam entre o pavor e a antecipação. Sei que nunca ninguém a tocou assim antes—não desse jeito, não com essa devoção.
Minha palma desliza pela lateral da sua coxa, subindo devagar, sentindo a tensão que percorre seu corpo como um fio eletrizado. Quando finalmente meus dedos tocam a borda da calcinha, ela prende a respiração.
— Miguel… — Sua voz sai fraca, como se quisesse protestar, mas sem força para isso.
Eu a ignoro.
Em vez disso, deixo que meus dedos explorem a fina barreira de tecido, sentindo o calor pulsante por baixo. O contato me excita quase tanto quanto o gemido baixo e entrecortado que escapa dela quando deslizo o polegar de leve sobre a umidade crescente.
Ela se sobressalta.
Mas não recua.
O desejo já a domina.
Minha outra mão segura firme sua cintura, sentindo sua respiração acelerada contra meu peito. Minha boca desliza até seu pescoço, pressionando beijos quentes e entreabertos, mordiscando sua pele sensível.
Seus dedos se cravam nos meus ombros, como se procurasse algo para se agarrar, algo para impedi-la de se perder completamente.
Mas ela já está se perdendo.
E eu me perco com ela.
Meus dedos traçam um caminho lento e tortuoso sobre a calcinha, provocando, pressionando de leve, desenhando círculos preguiçosos sobre o ponto onde seu prazer já pulsa quente e vivo.
— Você está tão molhada… — sussurro contra sua pele, minha voz carregada de desejo.
Ela solta um gemido abafado, inclinando a cabeça para trás.
Meus dedos pressionam um pouco mais forte, explorando a textura úmida do tecido, sentindo como seu corpo responde ao toque. Ela treme, a respiração entrecortada, os quadris vacilando para frente, como se procurasse mais.
— Meu Deus… — ela arfa, o tom embargado pelo prazer crescente.
Minha boca se aproxima de seu ouvido, e eu sussurro:
— Está sentindo isso?
Não responda, Miriam. Não estrague esse momento.
Mas ela não responde. Só respira. Forte. Irregular.
Meu dedo desliza devagar, testando a resistência do tecido. Seu corpo reage antes da mente, inclinando-se para frente, buscando mais sem querer admitir.
Eu sorrio. Me divirto com essa luta interna acontecendo bem diante de mim.
— Diga que não quer — provoco.
Ela morde os lábios, aperta os olhos. Como se aquilo fosse ajudar.
— Miguel… — O nome sai num sussurro engasgado, perdido entre resistência e desejo.
Meus dedos continuam seu caminho.
— Eu paro agora, se você me pedir.
A hesitação é quase palpável. O tempo se estende. A atmosfera ao nosso redor pesa.
Com paciência cruel, deslizo o dedo suavemente, pressionando o centro de seu desejo, sentindo o tecido já úmido sob meu toque. O corpo dela reage antes da mente, um arquejo involuntário, os quadris traindo qualquer resquício de resistência.
— Olha só… — provoco, a voz baixa e carregada de malícia. — Parece que não sou o único que quer isso.
Miriam solta um som frustrado, a testa encostada em meu ombro, a respiração entrecortada. Sua pele queima, o peito sobe e desce de forma errática.
— Isso é errado… — ela tenta argumentar, mas sua voz vacila, entregue ao próprio desejo.
Minha mão continua ali, sem pressa, explorando cada reação.
— Então por que é tão bom?
Ela não responde. Não precisa. O corpo fala por ela.
Meus dedos afastam a barreira fina da calcinha, deslizando diretamente sobre a pele quente e sensível. O primeiro toque me faz perceber tudo: a textura macia, o calor pulsante e a umidade que já denuncia o que sua boca não quer admitir.
E então noto outro detalhe.
Os pelos curtos, mas presentes, um contraste com a pele lisa ao redor. Não é o que estou acostumado a sentir em outras mulheres. Não que seja um problema. Apenas me faz pensar.
Isso é escolha ou descuido? Um gosto pessoal ou consequência de uma cama fria?
Miriam estremece sob minha mão, a respiração descompassada. Seus olhos vacilam, as pálpebras pesadas, e eu vejo quando sua resistência se despedaça um pouco mais.
Agarro sua cintura, puxando-a contra mim enquanto meus dedos exploram mais fundo, deslizando com provocação lenta e calculada.
— Você está sentindo isso? — minha voz é baixa, um sussurro rouco contra sua pele.
Ela não responde. Mas geme. E seu corpo se move contra minha mão, denunciando que sim, ela sente.
E agora, ela quer mais.
— Tão molhada… e ainda quer me dizer que não quer isso?
Minha voz é um sussurro rouco contra sua pele, e o som parece se espalhar por seu corpo como um choque elétrico. Miriam fecha os olhos com força, os lábios trêmulos, os dedos finos deslizando até o meu pulso, segurando-o.
Mas não com força.
Não para me impedir.
É apenas um reflexo hesitante, uma última tentativa de lutar contra o que já tomou conta dela.
A culpa ainda está ali, a moralidade aprendida em anos de devoção a um casamento sem paixão, a um marido que nunca a tocou assim. Mas o desejo grita mais alto. Eu posso sentir.
Minha boca encontra a dela de novo, abafando qualquer palavra de negação antes que ela consiga dizê-la. Miriam geme contra meus lábios, os dedos agora cravados em meu pulso, mas não para afastar—para segurar. Como se precisasse de um ponto de ancoragem antes que se perca completamente.
E eu quero que ela se perca.
Meus dedos continuam seu caminho, deslizando com mais ousadia por sua intimidade, sentindo a umidade quente que se espalha contra sua pele macia. Ela está encharcada, e isso me enlouquece.
Deslizo um dedo para dentro de sua vulva, sentindo seu calor úmido e pulsante me receber. Miriam arqueja, os quadris instintivamente empurrando contra minha mão.
— Miguel… — sua voz sai trêmula, o nome escapando como um segredo proibido.
Meus dedos trabalham, exploram, provocam. Primeiro devagar, traçando círculos preguiçosos que fazem seu corpo estremecer. Sua respiração se torna errática, os lábios entreabertos soltando pequenos suspiros que parecem crescer a cada segundo.
— Isso… — murmuro, sentindo a pressão de suas coxas apertando minha mão. — Não lute contra o que já é seu.
Miriam solta um gemido abafado, sua cabeça tombando contra a parede, os olhos semicerrados em prazer e tormento.
A ponta do meu dedo desliza para dentro dela, apenas o suficiente para sentir como ela se contrai e se abre para mim ao mesmo tempo.
— Ah… — O som que escapa de sua boca é tão doce, tão desesperado, que meu próprio controle vacila.
Acelero os movimentos, meus lábios deslizando pelo seu pescoço, mordiscando sua pele quente e sensível. Suas mãos, antes agarradas ao meu pulso, agora sobem até meus ombros, segurando-se ali como se não confiasse nas próprias pernas.
Seus quadris seguem o ritmo da minha mão, buscando mais, querendo mais.
E então, eu a sinto chegar lá.
O corpo de Miriam se enrijece de repente, seus músculos se contraindo em ondas incontroláveis. Seu rosto se contorce em choque e prazer, os olhos arregalados enquanto a tensão atinge seu ápice.
— Meu Deus… — ela ofega, os lábios entreabertos, o peito subindo e descendo rapidamente.
Seu clímax explode contra meus dedos, um tremor profundo tomando conta de seu corpo enquanto um gemido rouco e quebrado escapa de sua garganta.
Eu a seguro firme, sentindo cada espasmo enquanto ela se desfaz completamente em minhas mãos.
Ela ainda não sabe como reagir. Ainda não conseguiu processar o que acabou de acontecer.
E eu quero prolongar esse momento.
Quero que ela afunde ainda mais nesse desejo, que entenda que não há mais volta.
Com um sorriso preguiçoso, levo os dedos aos lábios e, sem desviar os olhos dela, os envolvo lentamente com a boca. Minha língua dança sobre os resquícios do prazer dela, absorvendo o sabor quente e inebriante.
Miriam ofega, arregalando os olhos como se só agora percebesse o quão longe foi.
— Miguel… — Sua voz sai como um sussurro rouco, trêmulo.
Tiro os dedos da boca com um estalo úmido e provoco:
— Você tem um gosto maravilhoso, Miriam.
Ela fecha os olhos por um instante, como se estivesse reunindo forças para me afastar. Mas eu vejo a forma como seu corpo responde, como seus joelhos ainda parecem fracos, como suas coxas ainda tremem.
Então, aproveito sua vulnerabilidade.
Meus lábios buscam sua pele, descendo pelo seu pescoço, deslizando para sua clavícula enquanto minha mão desce mais uma vez para sua cintura.
— Eu quero mais… — murmuro contra sua pele. — Quero sentir esse sabor diretamente da fonte.
Me abaixo lentamente, deixando um rastro de beijos por sua barriga, puxando delicadamente o tecido do vestido para cima.
Miriam prende a respiração.
— O quê…?
Meus joelhos tocam o chão, minhas mãos seguram firme suas coxas, e meu rosto se aproxima do calor úmido entre elas. Meu nariz roça o tecido fino da calcinha, ainda impregnado com sua excitação.
— Quero te provar de verdade, Miriam. Aqui. Agora.
Ela solta um gemido abafado, seus dedos se fechando em punhos ao lado do corpo. Sei que está prestes a ceder. Sei que, se eu insistir um pouco mais, terei sua rendição completa.
Mas então, o som de passos ressoa no corredor.
Rápidos. Se aproximando.
Miriam congela.
Num ímpeto de pânico, ela me empurra com mais força do que eu esperava. Perco o equilíbrio por um instante e quase caio para trás.
Ela abaixa o vestido às pressas, ajeita o vestido e passa as mãos pelo rosto, como se pudesse apagar os vestígios do que acabamos de fazer.
Seu olhar, que há segundos estava enevoado de desejo, agora é puro desespero.
— Você é louco! — sussurra, os olhos arregalados.
Eu sorrio, ainda de joelhos diante dela.
— E você adora isso.
Ela não responde. Apenas lança um último olhar aflito antes de girar nos calcanhares e sair apressada, deixando para trás o cheiro adocicado do seu prazer e o gosto dela ainda impregnado na minha boca.
Voltei para o salão principal com a respiração ainda pesada, o gosto de Miriam impregnado na minha língua e o cheiro adocicado do desejo dela agarrado às minhas roupas. Minha pele fervia, meu coração martelava, e a excitação que ela não me deixou completar pulsava entre as pernas, torturante.
Miriam fugira de mim, mas não fugira de si mesma. Eu vi isso nos olhos dela antes de partir. Ela não conseguiu esconder a necessidade febril que brilhava ali, nem a hesitação que denunciava seu conflito interno. O medo. A culpa. E, acima de tudo, a fome insaciável que, agora, ela sabia que existia.
A igreja estava lotada de fiéis dispersos em conversas banais, apertos de mão e despedidas educadas. O som de vozes misturava-se ao eco distante de um hino instrumental tocando nos alto-falantes. O ambiente deveria me acalmar, me trazer de volta à normalidade, mas tudo o que eu via era um jogo que ainda estava longe de terminar.
Porque eu não tinha intenção de parar.
Miriam já não era mais uma mulher distante, intocável. Eu a senti tremer em meus braços, gemer contra minha boca. Senti seu corpo ceder, sua respiração falhar, seu prazer transbordar na palma da minha mão. E agora? Agora ela teria que lidar com isso.
Me movi pelo salão com uma calma calculada, acenando para um ou outro rosto conhecido, trocando sorrisos casuais com minha mãe e outros membros da congregação. Como se nada tivesse acontecido. Como se eu não estivesse queimando por dentro.
Meus olhos a buscaram, e quando a encontrei, um arrepio quente subiu pela minha espinha.
Do outro lado da igreja, Miriam estava ali.
Parada, imóvel, como se estivesse lutando contra si mesma para não me encarar. Mas falhando miseravelmente.
Nossos olhares se cruzaram.
Eu a vi prender a respiração, os lábios se entreabrindo numa expressão que misturava confusão e um vestígio relutante de desejo.
Miriam queria olhar para outro lugar. Queria fingir que nada havia acontecido. Mas não conseguia.
E eu sabia que não demoraria muito até que ela cedesse de vez.
Continua...
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