Acho que o perigo não vai valer o risco. Se o anonimato acabou, vaza e rápido.
Meu Deus de Ébano
Fazia mais de um ano que passara a frequentar o Cine Dom José, no centro de São Paulo. Muitos frequentadores habituais me reconheciam quando eu chegava, havia muito poucos deles que não tivessem enfiado seus caralhos em mim de alguma maneira ou em algum orifício meu. Alguns tentavam me conhecer melhor, saber meu nome, o que eu fazia, mas eu sempre era muito reservado e procurava não contar nada para ninguém. Não queria que aquelas experiências afetassem minha vida fora ali, como já tinha ocorrido uma vez
Certo dia, era comido por um negro delicioso, esbelto, musculoso, alto (1,92 m), de pinto enorme e grosso (22 x 9,0 cms). Não era minha primeira vez com ele e sempre tinha de ficar de quatro para aguentar aquele mastro maravilhoso dentro de mim. Ele agarrava meu rosto e tentava beijar minha boca, mesmo me enrabando por trás, eu estava deixando que ele fizesse o que queria comigo. Depois de gozar dentro de mim, perguntou meu nome e eu, desfalecido e com quase sem defesas, lhe contei meu nome “Caio”. Num sotaque carregado, me contou que seu nome era N’Gongo, achei estranho, mas não estiquei a conversa.
Eu também tinha gozado enquanto ele me comia, então após me recompor, voltei para o trabalho. Continuei indo no cinema por cerca de um mês, chupando motoboys e taxistas e dando meu rabo em público quando queria. Certo dia, saindo do cinema, ouvi alguém chamar meu nome, com um sotaque carregado. Era N’Gongo, parado na porta de uma pensão a cerca de 4 quadras do cinema. Parecia um deus de ébano, com seus braços fortes cruzados sobre o peito e com um sorriso no rosto que mostrava seus dentes imaculadamente brancos, exalando um ar de sacanagem. Vestia uma roupa social, ao contrário de mim, que estava com bermuda e camiseta
Fiquei encabulado e tímido, como se tivesse sido pego no flagra. Fui cumprimentá-lo
- Oi tudo bem – disse, em voz baixa
- Oi, meu viadinho – me respondeu N’Gongo, inesperadamente
Fiquei morrendo de vergonha que alguém tivesse ouvido, mas N’Gongo logo completou
- Vamos, putinha, você adorou e sei que quer mais –
Suspirei um “sim” bem baixinho, como se não quisesse ser escutado
- Não entendi, viadinho, fale alto – respondeu N’Gongo com rispidez
Respondi, de novo, apenas “sim”, desta vez num volume mais alto
- Sim, o quê, sua bicha, fale para todos escutarem – pagando subitamente minha mão e colocando sobre sua pelve – Fale para todos escutarem o que você é o que quer de mim
Assustado, aturdido e confuso, em pleno centro da cidade de São Paulo, com muita gente passando exclamei, sem tirar a mão de seu pau:
- Sou seu viado e quero dar para você – confessei, num volume que certamente foi ouvido por muita gente
- Então entre, que vou te comer do jeito que você merece, bichinha – N’Gongo exclamou em altos brados, como se estivesse gritando para todos ouvirem
Entrei no saguão da pensão e mantive minha cabeça baixa, tentando evitar os olhares de quem tinha ouvido a cena. Percebi que todos eram negros, altos e esbeltos, semelhantes a N’Gongo, que disse em voz alta para todos
- Caio é meu viado e sabe ser uma verdadeira puta. Comi ele várias vezes no cinema e vou fazer isso agora