💞💗EU AMO VOCÊ.💗💞CAPÍTULO: 15
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Os dois se desgrudaram depois de um beijo intenso. Tomás, olhava ainda pra ele confuso. Tinha acabado de beijar outro menino. Como isso pôde acontecer? Ele não devia... Mas foi bom. Como foi bom... Ele nunca foi beijado assim antes.
Jean vendo que Tomás estava olhando confuso pra ele disse pegando em sua mão: - Vem, vamos embora, ta chovendo muito...
Os dois correram feito criança na chuva de mãos dadas. A rua deserta, e finalmente chegarem em casa ( na casa de Jean).
Os pais de Jean chegaram primeiro que ele do centro e viram ele entrando na porta com o rapaz do lado. Jean tratou de se explicar na hora e disse:
- Pai; mãe. - Esse aqui é o Tomás, meu amigo. Eu queria pedir permissão pra ele dormir aqui essa noite, e se possível passar uns dias aqui. Ele esta com problemas em casa, com a família dele.
Mônica era uma mulher boa de coração e acolhedora, mãe de Jean; tratou logo de dizer: - Claro ele pode dormir aqui sim! - Mas agente precisa saber o que esta acontecendo com ele? - Não me leve a mal meu filho, mas não lhe conhecemos, você intende não é?
Tomás: - Sim senhora! - Eu intendo, eu vou contar o que esta acontecendo. (Tomás falava com a mulher, mas olhava espantado e até com um certo receio para os pais de Jean ainda com roupas brancas, e na parede atrás da mãe dele, prateleiras cheias de Santos. Era prateleiras com Iemanjá, Oxalá, Xangô, tinha com pretos velhos, outra com caboclos, e por ai vai... E Tomás sentia se assustado e acuado com aquilo tudo. Em menos de meia hora tinha beijado um menino e agora estava sendo acolhido por uma família de espíritas. Ele que foi ensinado a vida toda que macumbeiro era raça do diabo. Justamente agora quando todos do povo de Deus, os evangélicos do Senhor, incluindo seus pais; lhe deram as costas. Era justamente o povo que adora o diabo como costumavam dizer na Igreja, em que lhe abria os braços e lhe acolhia. Que ironia da vida era essa).
Paulo pai de Jean disse: - Deixa primeiro os rapazes tomarem um banho e por uma roupa limpa, ai sentamos todos e conversamos.
Mônica concordou. Jean levou Tomás pro seu quarto. Pegou uma blusa e uma bermuda pra ele e levou ele até o banheiro. Tomás fechou a porta e foi tomar seu banho.
Jean foi para cozinha, sua mãe perguntou na cozinha pra ele:
- Filho o que ta acontecendo com esse rapaz, ele me pareceu tão triste.
Jean: - É mãe, ele ta triste mesmo. A senhora já vai saber. Agora me arruma uma vela e um pires branco pra mim...
Mônica: - Pra que você quer vela, uma hora dessas?
Jean: - Vou acender pra Padilha, é coisa minha e dela.
A mãe deu a ele a vela, o fósforo e um pires branco. Como estava chovendo, Jean não ia poder acender no quintal. Ele então acendeu na varanda dos fundo, num cantinho encostado na parede e ajoelhado, saudou com palmas e disse:
- Valeime minha Senhora Padilha, mulher de uma palavra só e de fé. Só estou aqui pra agradecer a Senhora. Ele se levantou e foi entrar dentro de casa. Estranhamente Jean parecia encantado de repende de um segundo para o outro. Sua pele mais bonita brilhava e ele por inteiro chamava a atenção como se sua beleza tivesse triplicado.
Enquanto ele entrava dentro de casa Tomás tinha ido já arrumado pro quarto segurando a toalha molhada para entregar pro Jean, afinal ele nem sabia onde ele colocaria a toalha pra secar. Tomás já tinha ido várias vezes na casa de Jean, mas sempre no portão ou no máximo na varanda da frente. Nunca tinha entrado dentro da casa dele. Nem conhecia como era os fundos da casa, se tinha quintal como na casa dele.
Tomás já tinha saido do banho, no quarto de Jean, ele já estava vestido com uma blusa e uma bermuda de Jean.
Foi quando Jean entrou ainda com as roupas molhadas, estava vindo da varanda dos fundos e ia pegar uma roupa para ele tomar banho.
Tomás olhou pra Jean, e do nada ficou encantado. Parado segurando a toalha na mão, olhava para o rosto de Jean, branco e lindo, os cabelos claros e compridos molhados e desalinhados. Aquilo tudo exalava uma beleza, até então nuca percebida por Tomás. Eles estava encantado, sentia no ar um perfume de rosas que ele nem sabia de onde vinha, e a boca branca rosada e carnuda de Jean convidava ele ao prazer. Pedia para ser beijada novamente. Seu corpo estremeceu, e seu pau cresceu na mesma hora. Na bermuda de tactel fina de Jean ficou evidente sua ereção e Jean percebeu, olhando pra aquele volume considerável. Parecia ser bom...
Jean despertou Tomás dizendo: - Já acabou o seu banho?
Tomás voltando a si disse gaguejando: - Já sim, sim... - Essa toalha está... Ela está... molhada, veja só. Eu não seio onde por...
Jean pegou da mão dele. Tomás sentiu o cheiro bom de perfume de rosas, e parecia que o cheiro vinha de Jean. Sentiu uma vontade louca de agarrar ele e beijar. E quase que ele não consegue resistir essa vontade...
Jean disse: - Você, não conhece a casa né, vem cá comigo pra te mostrar. Os dois saíram juntos e Jean ia mostrando, esse é o quarto do meu pai, aqui é a cozinha, aqui fora é a varanda. (Tomás viu a vela acesa no canto da varanda e ficou meio assustado, e olhando pro quintal disse:)
- Tem uma casa aqui nos fundos...
Jean: - Tem sim. - É uma casa pequena, mas meu pai aluga e entra mais um dinheirinho. No momento ele esta reformando ela primeiro pra depois alugar. - Vem, vamos pro quarto. Vou pegar uma roupa pra mim e tomar um banho também.
Tomás, ficou no quarto observando Jean pegar sua roupa, e sentindo de novo um forte desejo por ele. Alguma coisa estava acontecendo. Sua mente lhe dizia que era errado e ele tinha que evitar, mas seu corpo e seu coração queria Jean com muito desejo.
Jean foi tomar banho e Tomás ficou sentado na beira da cama de Jean, observando o quarto dele, vendo cada detalhe de cada coisinha que estava no quarto de Jean. Até que Jean voltou. E disse:
- Vem cara, meus pais estão aguardando você na sala. Ele se levantou e foi. E na sala sentado no sofá ao lado de Jean, Tomás começou a falar e contar tudo o que aconteceu com ele. Os pais de Jean, ficaram chocados e revoltados. Eles não intendia como os pais dele podiam condenar Tomás sem nem da um crédito na palavra do filho.
Mônica falou quando Tomás terminou de contar tudo: - Olha seus pais, tinham que ter dado crédito a sua palavra.
Paulo: - Minha esposa está certa, e mesmo que você fosse gay, ou ser gay. É obrigação deles te aceitarem e lhe amarem como o filho deles. Independente da sua orientação sexual. Eu tomei um baque quando Jean me falou que era gay, mas aceitei. A Mônica até foi mas receptiva que eu, e aceitou ele na hora. Mas mesmo assim, não brigamos com ele, e nem procuramos psicólogo ou cura gay. Que coisa horrível isso...
Mônica: - Estou chocada com isso, você pode ficar aqui filho, o tempo que você quiser. Será muito bem vindo na nossa casa.
Tomas: - Eu agradeço muito a vocês por me ajudarem.
Paulo: - Que isso meu filho, estamos aqui nessa vida pra ajudarmos uns aos outros.
Mônica: - Agora vocês dois venham aqui na cozinha que preparei um lanche pra vocês comerem e irem dormir. Amanhã é dia. Nos temos que trabalhar e o senhor Jean tem os afazeres da casa. Já que você saiu do seu trabalho de Jovem aprendiz, pelo menos me ajude aqui em casa.
Jean: - E eu não lhe ajudo todo dia?
Mônica: - Ajuda sim! - Mas não custa te lembrar.
Eles lancharam e foram deitar. Afinal já se passava das uma horas da madrugada. A mãe de Tomas colocou no chão um colchão de casal mas fino para Tomas deitar ao lado de Jean.
Tomás deitou se e Jean na sua cama de solteiro. Mas depois Jean saiu e foi deitar se ao lado de Tomás para conversaram um pouco. Falaram coisas amenas, da escola. Jean queria distrair Tomás, pra ele não ficar pensando nos pais. Mas acabou dormindo e se virou de lado, justamente encostando seu cu no pau de Tomás.
E Tomás ficou de pau duro na hora, ele encostou mais seu pau precionando contra a Bundinha de Jean. E começou a alizar com sua mão a bunda de Jean. Com muito cuidado, tinha medo de acordar Jean. E o Jean estava dormindo mesmo de verdade. Tomás queria muito aquilo, lembrava das fotos de Abner enrrabando Tomás e queria fazer o mesmo com ele. Malditas fotos, não devia nunca ter visto elas. Agora as imagens daquela putaria não lhe sai da cabeça. Mas ele precisava resistir. Então se afastou de Jean e virou se para o outro lado e orou a Deus pra que lhe ajudasse a vencer a tentação. Por fim acabou dormindo também.
O dia amanheceu. Tomás acordou, queria mijar, mas estava com vergonha de sair do quarto, ele não conhecia a casa ainda direito, não queria sair entrando no banheiro dos outros do nada. Então sacudiu Jean, que despertou, olhou pra Tomás sorrindo e disse: - Bom dia! - Tá melhor?
Tomás: - Estou mas calmo. Mas queria ir ao banheiro.
Jean: - Pode ir lá, meu pais já saíram pra trabalhar.
Tomás foi ao banheiro, Jean levantou esfregando os olhos, pegou o celular. Ele tinha molhado no bolso mas não chegou ao ponto de encharcar e estragar. Mas a tela do aparelho estava embaçada. Ainda assim ele conseguiu ver a hora. Eram 9:45 da manhã. Foi até a cozinha, colocou o cel pra pegar um solzinho vagabundo e fraco que batia na varanda dos fundos. Ainda fazia um friozinho da manhã. A cozinha gelada. Ele foi preparar o café para ele e Tomás.
Tomás saiu do banheiro e foi para a cozinha. Sentou se na cadeira sentindo o cheirinho gostoso do café que começava a exalar no ar, vindo da cafeteira ligada. E disse: - Mano vou em casa agora. Ontem na pressa deixei meu celular no quarto. E meus pais já devem ter saído pra trabalhar, eu vou ligar pra minha mãe, tentar conversar com ela.
Jean de costas para ele já colocando o café nos copos disse: - Por mim você pode morar aqui, meus pais não ligam, pelo contrario, se depender deles. Eles vão te ajudar em tudo que você precisar. Eu conheço meus velhos. Eles são gente boa.
Tomas: - Eu agradeço por tudo, e se precisar eu aceito porque não tenho mais para onde ir. Mas tenho que tentar falar com minha mãe pelo menos. Tentar fazer ela me ouvir.
Jean entregando o copo de café com um pão com manteiga e queijo dentro para Tomás disse: - Cara você esta certo, tenta falar com ela com calma, não é possível que ela não vá te ouvir.
Tomás depois do café saiu e foi para sua casa. Jean começou arrumar a casinha dele. Jean era bom filho, prestativo e prendado. Ajudava a mãe nos serviços domésticos. O que era bom, pois ela chegava cansada do trabalho e já encontrava toda a casa limpinha e cuidada. Aos 15 anos Jean sabia cozinhar de um tudo, lavar, passar e cuidar muito bem de uma casa. Tomás ao contrário, foi criado a vida toda com empregada, e muito mal lavava uma louça do seu prato ou seu copo usado. Nunca precisou lavar um banheiro, arrumar uma cama, na vida. Depois da vida ter decaido e ele ter ficado digamos mais pobre... Ai ele começou a se virar um pouquinho. Já sabia pelo menos arrumar sua cama e passar uma vassoura na casa.
Enquanto Jean estava com seu pendrive conectado na sua caixinha de som ouvindo suas músicas e fazendo a faxina. Tomás chegava em casa e quando abriu a porta deu de cara com sua mãe, sentada na sala vendo TV ele disse:
- Ué, não foi trabalhar?
Carol: - Estava esperando você aparecer, sabia que você não ia longe. Deixou seu celular e só saiu com a roupa do corpo. Estava onde?
Tomás: - Na casa de um amigo aqui perto!
Carol: - Sei! - E você acho bonito fazer o que fez ontem, sair batendo porta, se virar contra seu pai que sempre te criou e quer seu bem?
Tomás: - Que bem que ele quer a mim, se nem ele e nem a senhora acreditam na minha palavra!
Carol: - Você ainda insiste nessa mentira. - Você quer me convencer, que dois rapazes criados desde pequeno naquela Igreja. Porque nós somos novos lá, mas eles já vem de famílias antigas ali dentro daquela Igreja. - Ai você quer que eu e seu pai acredite que eles estão mentindo, que seu professor está mentindo, e pior que o Pastor que é um homem de Deus ta mentindo contra você. E a troco de que eles fariam isso logo com você? - Assume logo seu erro, seja pelo menos homem nisso e fale: - Mãe eu errei, me ajuda, o diabo ta me tentando pra eu gostar de rapazes, mas eu quero mudar... Seja digno Tomás. Eu não te criei pra você ser isso. Além de mentiroso e dissimulado ainda quer ser um degenerado.
Tomás encarou bem a mãe e disse: - Não tem jeito mesmo mãe, não adianta conversar com a senhora.
Carol: - Tomás, ou você toma jeito e se submete a viver uma vida digna na presença de Deus, ou você vai embora de vez dessa casa. Se é essa vida mundana de promiscuidade que você escolher... Tudo bem eu não vou impedir, não vou brigar e nem te bater. Mas vai viver sua vida de putarias bem loje dessa casa. Debaixo do meu teto eu não aceito e não vou aceitar filho viado. Quando você nasceu o médico disse que você era homem. Deus te fez homem. Então não queira que eu bata palmas pras suas putaria.
Tomás quis chorar, mas a raiva era tão grande ouvindo tudo aquilo que ele não chorou ao contrário, ele incarou a mãe e disse: - Então é isso né, agora pra você, eu sou promíscuo, viado, endemoniado. Não tem como mesmo mãe, ficar nessa casa.
Ele se levantou e foi pro quarto, saiu qcatando algumas roupas e enfiando dentro de sacos plásticos de supermercado e pegou a mochila, jogou seus uniformes e tênis dentro. Catou mais algumas coisa, e a mãe atrás berrando e falando mais merdas do tipo: - Isso mesmo, vira as costas pra sua família, vai embora mesmo, você ta achando que é o cara agora. Deixa seus amiguinhos da tua laia te largarem. Deixa a vida te dar pernada. Depois não venha pra minha porta, igual a um cachorrinho pedir pra voltar. Se você sair por aquela porta. Você nunca mais bota os pés aqui dentro. Nunca mais Tomás. - Se vira sozinho lá fora.
Tomás nada dizia, ele permanecia calado e catando tudo o que ele podia levar.
Saiu do quarto e quando abriu a porta da sala, só disse uma coisa:
- Eu ainda volto pra pegar o restante das coisas, você não pode me impedir de pegar o que é meu.
Carol: - Pode pegar mas venha numa hora em que não estou em casa pra não ver mais sua cara e depois deixa a sua chave aqui.
Tomás já saindo na rua disse: - Pode deixar....
E saiu andando, estava cheio de bolsas e pesadas. Virou a esquina pra mãe não ver mais ele. De qualquer forma ela não veria mesmo, pois entrou e foi logo ligar pro marido pra dizer que ele tinha ido embora de vez. O pai de Tomás disse para ela deixar pra lá, que ele ia se ferrar na vida e ia voltar arrependido.
Enquanto isso, Tomás cansado com as bolsas e a mochila pesada nas costas cheia de coisas enfiada dentro. O Sol estava mais quente e forte depois da noite de chuva. Estava um calor e ele suando, daí ligou pra Jean e pediu ajuda.
Jean foi ao encontro dele e pegou várias sacolas ajudando ele a trazer tudo. No caminho Tomás contava tudo se segurando para não chorar no meio da rua. Ao passar pela porta da casa de Jean e entrar na sala, ele largou a bolsa e a mochila que estava pesando nas costas bem no chão. Jean fez o mesmo, e Tomás se jogou literalmente nos braços de Jean chorando. Agora sim ele podia explodir o choro que estava contido dentro dele. Jean acariciava os cabelos encaracolados do rapaz, e olhou pra ele enchugando as lágrimas de Tomás com suas mão. E então sem dizer nada foi beijar ele. E Tomás deixou se ser beijado. Foi um beijo sofrido, mas delicioso, que foi acalmando Tomás. Jean abraçava e puchava o rapaz de encontro com o seu corpo, bem agarradinhos e a pressão dos corpos colados no beijo, fez a temperatura subir. Tomás ficou rápido de pau duro e sentiu o de Jean super duro roçar no seu pela bermuda. Ele então ficou nervoso e se afastou. E pediu água. Jean trouxe e ele bebeu de uma vez. E falou pra quebrar o clima: - Não vou hoje pra escola, estou sem cabeça.
Jean: - Tudo bem, eu fico aqui com você, te fazendo companhia. - Vem vamos se distrair um pouco, você gosta de vídeo game? - Eu tenho um Ps3.
Tomás: - Então vamos jogar lá no quarto. Os dois foram e passaram o restinho da manhã se divertindo. Até que a campainha tocou e Jean foi ver. Era Gisele arrumada pra escola.
Gi: - Não vai pra aula hoje não?
Jean disse que não ia, contou tudo de Tomás, até do beijo da noite anterior e do que eles tinham acabado de dar. Falou que ia ficar distraindo ele, e não ia pra escola com ele hoje. A Gi respondeu:
- Sei bem a distração que você vai dar pra ele. Ta com esse cu piscando né viado!
Jean: - Para garota, num é nada disso!
Gi: - Que não é o que, já deu até beijo hoje, pelo meno uma mamada tem que rola.
Jean: - Quem dera, mas aquele ali tem que ser com calma, e o garoto também ta enfrentando uma barra né. Tenho que respeitar ele coitado.
Gi: - Isso é! - Mas eu te conheço Jean, a senhora é matreira que só. Do minha cara a tapa se até o fim de semana a senhora não der uma sentada diferente na pica do garoto.
Jean gargalhando disse: - Você é uma demônia.
Gi: - A diaba que você adora.
Jean: - Adoro mesmo miga. Você sabe que mora no meu coração.
Gi: - Hum que fofinho! - Mas agora eu tenho que ir, mas tarde eu passo pra emprestar a matéria pra vocês, valeu!
Jean: - Veleu amiga, vou lá, que agente tá jogando video game.
Gi: - Vai sim, e aproveita e pega firme no controle do Tomás, ele vai gostar...
Jean ficando vermelho de vergonha respondeu: -Para garota doida.
Gisele saiu rindo e um pouquinho só mas a frente parou olhou pra trás vendo Jean fechar o portão e gritou: - Olha...
Jean olhou pra ela. Ela agachou e começou a rebolar o bundão gordo kikando de cima pra baixo e disse alto pra ele ouvir: - Uma sentada diferenteeeee....
Jean abaixou a cabeça de vergonha, vermelho e entrou correndo pra dentro de casa rindo.
No quarto ele falou que era a Gi e que mas tarde ela ia voltar pra trazer a matéria pra ele. Depois eles almoçaram. E tornaram a partida de fotebol no vídeo game. Mas tarde a Gi voltou mesmo, deu o caderno dela pra eles copiarem a matéria. A noite foi tranquila, eles jantaram, os pais de Jean cheio de mimos com Tomás, cuidando dele com carinho, em especial a mãe de Jean, que cuidava do rapaz como se filho dela fosse.
Depois da Janta Jean falou com os pais que ia estudar e que tinha que copiar uma matéria e fechou a porta do quarto. Os dois sozinhos lá dentro foram mesmo copiar a matéria do caderno da Gi na cama. Tomás então disse:
- Cara você tem muita sorte mesmo.
Jean: - Porque?
Tomás: - Seus pais, são uma bênção. Nossa queria que os meus fosse metade do que é os seus... - Se você fosse dormir na minha casa minha mãe nunca ia deixar eu fechar a porta do quarto. Pra começar ela nem deixaria você morar lá. Aqui seu pais me acolheram como se eu fosse filho deles.
Jean: - Meus velhos são muito gente boa mesmo. Mas em parte é também por causa da nossa religião, lá eles ensinam acolher, a amar o próximo, cuidar do próximo sem discriminação.
Tomás: - A minha religião também ensina tudo isso. A diferença é que na sua religião vocês aprendem, e na minha eles fingem que aprendem, que são os bons samaritanos, mas é tudo falsidade.
Pra você ter uma idéia, eu agora a tarde estava olhando meu zap e me excluíram do grupo de jovens. Parece até que vou passar uma doença contagiosa pra eles.
Jean fazendo cara de espantado e levantando a sobrancelha disse: - Serio?
Tomás: - Hum! - Você não sabe de nada, isso ai não é nada. Pior é meu pai e minha mãe, me bloquearam no zap. - Ta aqui hó! (Ele pegou o cel e pois no zap, e Jean viu o nome escrito mãe e o outro escrito pai, mas já sem a foto aparecendo. Eles tinham bloqueado mesmo).
Jean abraçou Tomás e disse: - Esquece cara, você agora tem a mim, e a minha família, nós vamos ser sua família agora.
Tomás: - Obrigado, eu nem sei o que seria de mim sem vocês!
Os dois se olharam e se beijaram novamente. No fim do beijo, Jean não se aguentou mais e disse: - Agente vai ficar só no beijo mesmo?
Tomás: - Não sei cara, pra mim é tudo novo.
Jean: - Me fala uma coisa, mas de verdade, de coração: - Você sente alguma coisa por mim, a mais que amizade?
Tomás: - Acho que sim! - É difícil falar isso com você cara eu fico com vergonha, mas tenho vontade de fazer outras coisas... - Você sabe o que é... -Mas sei lá, é errado!
Jean: - Quem disse pra você que é errado? - Seu Pastor? - Jesus que desceu na Terra e te disse isso pessoalmente?
Tomás: - Não cara, não é porque o Pastor falou, ou qualquer pessoal, é que já to sendo humilhado e escorraçado de dentro de casa sem ser isso. Imagina se eu viro gay, então.
Jean: - Primeiro, se nós dois se amarmos, você não vai virar, gay, hetero ou travesti. Isso é nome que a sociedade coloca como rótulo. Você namorando com um homem ou uma mulher você vai ser sempre o Tomás. Esta escrito na certidão de nascimento que você é Tomás e não que você é gay. Você não vai virar nada. Ninguém vira nada. Agente é o que somos e pronto. Agora o que os outros vão dizer isso já não é problema nosso, é deles. Eles que inventam esses nomes ai pra denominar uma coisa.
E segundo. - Você virando gay ou não o que vai mudar? Sua Igreja inteira já acha que você é gay, seus pai já tem certeza que você é gay, você só não transa comigo. Agora se você transar comigo, se você me amar, a sua Igreja inteira vai continuar achando que você é gay, os seus pais vão continuar achando que você é gay e só o que vai mudar é que você vai ta fudendo e gozando horrores comigo, me amando e sendo amado por mim. E se você deixar isso acontecer com agente, nós seremos dois pra lutarmos juntos e um cuidar do outro. Para pra pensar nisso.
Tomás: - Eu sei, você tem razão. - Cara de verdade... - Eu quero; pronto falei!
- Mas vamos de vagar, deixa só no beijo por enquanto, deixa eu me acostumar com tudo isso. Aos poucos eu vou deixando rolar, eu juro. Eu te prometo!
Jean puxou ele pelo braço trazendo ele pra perto do seu corpo e disse bem cara a cara com ele quase beijando de novo: - Sabe, se eu sou mesmo a reencarnação de Carlos, então eu te esperei por mais de 40 anos cara. O que vai ser mais algumas semanas de espera?
Tomás sorriu e disse: - Não vai ser semanas, daqui a pouco rola, quando você menos esperar.
Jean: - É?
Tomas: - É, sim! (E os dois se beijaram.)
Naquela mesma, noite na hora de dormir, Jean perguntou se podia deitar no colchão com ele. Tomás respondeu que sim. Jean acendeu o abajur e apagou a luz, certificou se que a porta estava trancada e pegou o celular dizendo:
- Vou colocar uma música pra gente ouvir aqui, tudo bem?
Tomás: - Claro!
Jean deitou se do lado de Tomás, e ligou o cel na playlist dele, já entrou uma música This Charming Man do The Smiths começou a tocar.
Eles estavam um de frente pro outro e o celular tocando baixinho sobre o travesseiro de Jean e Tomás sorrindo disse:
- Música maneira, nunca ouvi.
Jean: - É do The Smiths, grupo de rock dos anos oitenta.
Tomás: - Você gosta de rock?
Jean: - Muito, mas só das mais antigas, e gosto muito de MPB antiga também. Eu curto mais músicas das antigas mesmo. Essas coisas que tem por ai tipo Anita... Sem chance, nada contra quem goste, mas não faz meu estilo. Eu acho que nasci na época errada... ( Disse isso rindo e Tomás riu também).
Tomás: - Pior eu que a vida inteira só escutei música gospel. Conheço muito pouco de música que não seja louvor. Mas essa eu gostei. É meio doidinha a letra mais é bem legal, principalmente o som, me amarrei.
Jean: - Você sabe a letra?
Tomás: - Sei, sempre fiz curso de Inglês desde meus 5 anos, meus pais já me colocaram pra fazer Inglês kids. E cresci estudando, só de ouvir já sei o que eles estão dizendo. Essa música mesmo diz de uma bicicleta com peneu furado, de um vale ou alguma coisa assim. Ele pergunta se a natureza vai fazer ele home. É umas coisas maluca.
Jean: - Nossa maneiro saber o que os caras estão cantando.
Nesse momento a música que é curtinha, estava acabando e Jean disse:
- Eu gosto dessa próxima ai, é a que eu mais gosto deles. Ouve ai só, vê se você gosta e me fala o que diz a letra.
Os dois fizeram silêncio e a música There's a Light That Never Goes Out começou a tocar:
Take me out tonight
Where there's music and there's people
And they're young and alive
Driving in your car
I never never want to go home
Because I haven't got one
Anymore
Take me out tonight
Because I want to see people and I
Want to see life
Driving in your car
Oh, please don't drop me home
Because it's not my home, it's their
Home, and I'm welcome no more....
Jean depois de ouvir um pouco com Tomás em silêncio perguntou:
- E ai? - O que fala a letra?
Tomás responde: - Fala da minha vida!
Jean toma um susto e exclama: - Que! - Como assim?
Tomas então fala: -A letra diz:
Me leve para sair esta noite
Onde tenha música e pessoas
Que sejam jovens e alegres.
Andando no seu carro
Eu não quero mas voltar pra casa
Porque eu não tenho mais uma casa.
Me leve para sair esta noite
Porque eu quero ver gente
E quero ver vida
Andando em seu carro
Oh! Por favor, não me deixe em casa
Porque a casa não é minha.
É a casa deles
E eu não sou mais bem-vindo...
Tomás disse parte do começo da letra traduzindo e ainda falou:
- Intendeu agora porque falei que é a minha vida. Eu não tenho mas casa, e aquela casa é deles, dos meus pais e não sou mais bem vindo lá.
Jean: - Eu intendo! - Mas sabe de uma coisa, eu não tenho um carro pra te levar pra passear, isso é um problema. Mas posso te levar mesmo assim pra sair, se você me der a honra de sua companhia...
Tomás sorriu, achou graça e disse: - Claro que sim. - Com você eu vou pra qualquer lugar do mundo. (Sem saber Tomás repetiu a mesma frase que Reinaldo tinha dito a 47 anos atrás quando Carlos lhe convidou para o cinema).
Os dois riram e Jean abraçou mais Tomás juntando os corpos dele e então eles se beijaram. Jean avançou mais um pouco e por debaixo da coberta tocou no pau de Tomás com sua mão e começou acariciar a pica do garoto que já estava muito dura. A música ainda tocando de fundo e o beijo quente deles rolando...
Eles desgrudaram se das bocas, mas o rosto e o corpo estavam colados. A mão de Jean continuava acariciando de leve o pau de Tomás e ele não reclamou, ao contrário mais entregue ele apenas disse:
- Que música linda, eu adorei, bota pra tocar de novo?
Jean soltou o pau de Tomás, pegou o celular e colocou a música pra ficar repetindo e voltou a mão para a pica de Tomás dizendo: - Onde paramos?
Tomás: - Na parte em que você ia me chupar...
Jean ouviu aquilo feliz sem nem acreditar e apenas sorriu. Tomás devolveu o sorriso malicioso e Jean puxou a coberta e a bermuda de Tomás e pela luz do abajur viu aquele lindo pau grossinho de uns 17cms e meio tortinho pra esquerda. E então ele engoliu o pau com vontade. Tomás como sentindo um raio percorrer seu corpo esticou os dedinhos do pé e fechou os olhos sentindo um tesão imenso e que só ia aumentando cada vez mais com as chupadas de Jean. Ao fundo This Charming Man do The Smiths tocando baixinho e servindo de fundo musical para aquele primeiro momento de amor dos dois.
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E no próximo capítulos:
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Carlos: - A noticia que eu vou te dar não é muito boa bicho. Agente vai ter que se separar por um tempo.
Reinaldo: - Eu já esperava por isso, mas não tem outro jeito né...