Preciso Dizer Que Te Amo - CAPÍTULO 7
Bom como hoje é feriado e eu não estava fazendo nada, hoje eu escrevi cedo kkkkk espero que gostem do capítulo. Ele é muito especial pra mim. Aqui começa uma virada muito importante na minha vida.
Ainda tava com a respiração um pouco difícil, levantei minha cabeça e era o Marcelo, que me olhava com um sorriso torto.
- Foi a fumaça né? - ele perguntou - ela também me pegou de jeito. Imaginei que tivesse acontecido com você também!
- Pois é... - eu disse abaixando a cabeça novamente.
- Você não tá bem... já volto. - ele disse voltando pro bar.
Poucos minutos ele voltou com uma garrafinha d’água, e me deu. Eu agradeci e comecei a beber. Ele se sentou do meu lado e esperou até que eu estivesse respirando melhor.
- Tá melhor? - ele perguntou.
- Tou sim! Obrigado pela água! - eu agradeci.
- Quê isso... tem certeza que tá bem né? - ele perguntou realmente mostrando preocupação.
- Tou... juntou um pouquinho das cervejas, eu fiquei tonto só. - disse e dei uma risada.
- Eu me apresentei pra você? Meu nome é Marcelo! Prazer!
- Você já se apresentou sim! - prazer Marcelo! Eu sou o Joaquim, mais todo mundo me chama de Quim!
- Você é o Quim?! - ele disse todo assustado. Meu Deus o Gui sempre fala de você! - ele disse sorrindo. Ali eu percebi que quando ele sorria ou dava risada os olhos dele se fechavam.
- Engraçado pq eu NUNCA ouvi falar de você! - eu disse meio sem graça.
- Nunca? Aquele cabrito do Guilherme nunca falou de mim? Kkkkk - ele disse rindo.
A gente conversou sobre tudo e mais um pouco. O Marcelo tinha uns papos muito legais. A gente falou sobre os cursos que fazíamos. Eu contei um pouco do estágio. Ele me contou que trabalhava no escritório de arquitetura do pai dele, contou também que os pais dele eram muito amigos dos pais do Guilherme. Contou um pouco sobre a vida dele. Em pouco tempo parecíamos amigos de infância. Sabe aquela pessoa que é tão MAIS TÃO SIMPÁTICA que parece que vocês se conhecem há anos? Esse era o Marcelo. Ele tinha tiradas maravilhosas, principalmente quando o Guilherme vinha pra fora e falava coisas completamente sem sentido, de tão bêbado que ele tava. Quando deu umas 4 horas da manhã, eu já tava com vontade de ir embora. O Guilherme veio pra fora e eu perguntei se ele já queria ir.
- Tá doido Quim? Tá vendo aquela gatinha ali? Eu tou de olho nela já tem uns dias e ela tá me dando a maior condição! A gente vai casar! Nossos filhos vão se chamar João e Micaela! - ele dizia completamente bêbado. Eu confesso que ri, a menina se aproximou e disse pra eu ficar tranquilo que ela ia levar ele pra casa, mais não tinha bebido nada.
Por fim me despedi do Guilherme e disse que pediria um táxi.
- O Marcelo te leva! - o Guilherme gritou.
- Não precisa! Eu pego um táxi, sério! - eu disse morrendo de vergonha. Eu mal conhecia o menino, não queria abusar. Mais o Guilherme insistia.
- Sem problema! Eu te levo! Vai ser um prazer - disse o Marcelo.
- Obrigado! Mais não sei... - eu dizia vermelho de vergonha. Chamei o Guilherme num canto - tá doido? Eu nem conheço o cara!
- Você também não o conhece o taxista que vai dirigir pra você! Quim eu confiaria a minha vida nas mãos do Marcelo! Imagina um dos meus melhores amigos?! - ele dizia.
Por fim eu aceitei. Era paranóia minha mesmo. Nos despedimos e eu e o Marcelo entramos no carro dele. A nossa conversa retomou de onde havia parado. A gente conversava e ria igual crianças.
- Tá com fome? - ele perguntou.
- Pra falar a verdade tou sim! - eu disse.
A gente parou numa lanchonete 24 horas e comemos um lanche. Eu tava gostando de conversar com ele. E notei que não pensava no Diogo fazia um bom tempo. Ele me disse que tinha saído de um namoro mega complicado, e não sei pq falei da minha história com o Diogo pra ele. Ele ouviu tudo e por fim disse:
- Olha, desculpa falar assim, eu nem conheço o cara... mais ele foi um babaca com você! Não se faz isso com ninguém. Ainda mais com alguém que acabou de se declarar. Foi babaquice! - ele dizia comendo o lanche dele. - ainda mais um cara... assim que nem você... - ele concluiu tomando o refrigerante. Eu pensei comigo: “ o quê que ele quis dizer com isso?” Então resolvi trocar de assunto.
Conversamos mais e mais. Ele fez questão de pagar pelo lanche. Mais eu insisti em dividirmos. Ele aceitou depois de muita insistência. Chegamos no condomínio e ele parou o carro na frente de casa. Já tava amanhecendo.
- Se eu te falar você não vai acreditar! Meus pais moraram aqui muitos anos! Eu me mudei daqui moleque! E adivinha qual é a casa deles? - ele perguntou.
- Tá brincando?? - eu dizia entendendo que eles eram os donos da casa vizinha a minha.
- Não tou juro que não tou. E eu tou de mudança pra cá! Kkkk - ele concluiu.
- Sério??? - eu disse surpreso. Quando?? - eu perguntei.
- Não sei ainda. Parece que tem uns probleminhas no banheiro. Vai demorar um pouco. Mais vou adorar saber que já conheço um dos vizinhos. - ele disse sorrindo.
- Eu também vou adorar te ter como vizinho! - eu dizia alegre. Bom... muito obrigado! Pela carona, pelo passeio. E por me ouvir sem parar! Kkkk - eu disse.
- Eu adorei conversar com você! Juro! - ele dizia sorrindo. E o sorriso dele era lindo! Pqp. - me dá seu telefone! Pra gente não perder contato! - ele pediu.
Eu anotei meu número no celular dele e ele anotou no meu.
- Vou colocar como “Quinzinho”. Ele disse me fazendo ficar olhando pra ele por uns segundos, até que voltei a mim.
- Eu vou colocar como Marcelinho então! - eu ri.
- Quem é o baixinho aqui? Kkkkk - ele ria.
- Vai ficar assim! - eu conclui rindo.
- Até mais futuro vizinho! - ele disse.
- Até... - eu conclui.
A gente se despediu eu disse pra ele avisar quando chegasse em casa e entrei. Minha mãe me encontrou na sala.
- Chegando essa hora? - ela disse toda alegre.
- Mãe não é assim que as outras mães agem sabia? Elas perguntam se o filho não tem casa, essas coisas! - eu dizia brincando.
- Mais você chegou sorrindo a toa! Fazia tempo que eu não te via assim! Essa saída te fez bem!
Foi aí que eu vi que ela tinha razão. Eu não havia percebido mais eu tava sorrindo igual tonto.
- E você e o papai? Se divertiram? - eu perguntei.
- E como! - ela dizia rindo.
- Tá bom! É só isso que me interessa! Beijo eu vou dormir - eu disse rindo pra ela e indo pro meu quarto.
Tomei um banho, vesti minha samba-canção e me deitei. Antes de dormir eu olhei meu celular e vi que tinha mensagem do Marcelo.
“Acabei de chegar! Cheguei bem! Tou indo dormir. Dorme bem!”
Eu pensei em responder, mais achei que ele também devia tar morrendo de sono. Por fim apaguei.
Acordei já iam dar 1h da tarde. Acordei com meu celular recebendo notificação. Peguei e fui olhar. Tinha umas mensagens do Guilherme querendo saber se eu tinha chego bem. Respondi e ele disse que ainda tava na casa da tal menina. Tinham também umas mensagens do Marcelo.
HEY! ACORDA DORMINHOCO!
QUE SONO PARECE PEDRA KKKKK
Confesso que dei risada com aquilo e resolvi responder. Disse que tinha acabado de acordar e ele respondeu rindo. Conversamos mais um pouco e fui comer alguma coisa. Tava com uma fome que há dias não tinha. Mamãe e papai pra variar tinham saído. Eu tava completamente sozinho. Comi uma lasanha que tinha do almoço e voltei pro quarto. Passei o dia todo assistindo. Me peguei algumas vezes pensando no Marcelo. Logo voltei a realidade.
- Pára Joaquim! O cara é hétero! Ele só foi simpático com você! Não tá podendo ver homem que já fica afim? - eu dizia pra mim mesmo.
Eu não queria entrar nessa história outra vez. Gostar do carinha hétero que é seu amigo e depois acabar se fodendo. Tinha decidido que não ia passar por isso de novo. No estágio tudo ia as mil maravilhas. Na faculdade comecei a ver o Marcelo praticamente todo dia. Ele se aproximou muito mais da gente. Começamos a sair juntos. As vezes íamos pra casa do Diogo e jogávamos UNO, vídeo game até tarde. Mais nos fins de semana kkkkk. O Marcelo me deixava bem a vontade. O Guilherme tava ficando sério com a menina do bar de rock, o nome dela era Cris. As vezes ela ia jogar com a gente, ela era muito legal. Fazia muito bem pro Gui. Com o tempo o Guilherme saia menos, preferia ficar com a Cris kkkkk então éramos só eu e o Marcelo mesmo. Íamos ver filmes, saiamos pra comer. Com o tempo a gente se aproximou muito. Eu gostava de ter ele por perto. Era um amigão. Certo dia era um feriado, eu não ia trabalhar, tinha combinado com a Celeste da gente ir comprar umas coisas no centro, coloquei meu boné virado pra trás pra esconder o ninho que meu cabelo tava e fui. A gente foi o tempo todo dando risada. A Celeste tava de namorado novo e queria fazer uma surpresa pra ele. Compramos tudo o que ela tinha pensado e voltamos pra casa. Quando descemos do carro eu vi que tinha um caminhão de mudanças parado em frente a casa vizinha da minha. A mesma casa que já alguns dias os vizinhos tinham se mudado. Fui me aproximando até que por fim reconheci quem estava por ali. Ele disse:
- Oi vizinho!
MUUUUUITO obrigado por todos que estão lendo. De verdade eu já nem sei como agradecer. Até o próximo capítulo! Beijão!