Poder IIII

Um conto erótico de Emyrys
Categoria: Homossexual
Data: 08/07/2019 05:51:46
Última revisão: 08/07/2019 06:07:25

Capitulo 4

Emyr

A medida que o punho da morte de Rodrigo se aproximava eu ponderava se eu queria mesmo sobreviver aquele ataque, continuar lutando contra tudo e contra todos, ele sabia o que era melhor para mim? Isso seria libertação?

Mas o abatimento nunca veio, antes disso uma coluna de fogo atingiu o lado de Rodrigo, o atirando longe, em chamas. Assim que ele atingiu o chão Apolo estava sobre ele, fazendo chover ainda mais fogo sobre o Espartano.. Eu senti no meu peito sua dor, lacerante, ele estava morrendo e eu sentia minha alma ir junto.

Minha habilidade é relativamente simples, eu posso invocar qualquer habilidade que eu tenha visto ou lido, desde que eu soubesse como ela funciona, a maneira correta de imitar ela. Meu limite são duas habilidades por vez, uma única vez eu tentei jogar uma terceira por cima das duas e acabei em estado comatoso por dois dias, desde então nunca havia tentado. No momento eu estava usando essas duas habilidades, uma para manter a estrutura de pedra prendendo a criatura que saíra pela fenda, a segunda para criar uma barreira magnética que parasse a chuva de bombas e balas que a polícia e o exército disparavam contra nós. Acho que foi a dor de ver alguém tão… importante para mim morrer na minha frente, a terceira habilidade veio um pouco antes da morte de Rodrigo, eu comecei a absorver o dano que ele recebia, meu corpo chamuscava e torrava em várias partes.

Não era o suficiente, Apolo continuava derramando mais chamas, ia matar nós dois.

A quarta habilidade veio, com a manipulação do tempo do Corredor o tempo parou, não só meu corpo queimava, minha alma vibrava como se estivesse a ponto de despedaçar, eu corri para o lado de rodrigo mas o calor das chamas não me deixavam se aproximar.

A quinta habilidade foi envolver o Rodrigo em uma bolha de água e trazê-lo até mim, ele estava em estado deplorável, seu corpo totalmente queimado, em várias partes seus ossos estavam a mostra, mostrando sinais de queimadura também. Na sexta habilidade estava difícil manter minha consciência, eu criei a maior flor de cura que já tinha feito até então, o orvalho que desceu dela envolveu Rodrigo e eu vi suas feridas desaparecerem, sua pele voltava a ser tão alva quanto antes.

Em minha meia consciência eu vi Apolo parado no mesmo lugar, mas eu tive a nítida impressão que ele me encarava, ele não estava sendo afetado pelo congelamento temporal? O quão poderoso ele realmente era?

Em seguida a criatura começou a desaparecer, sua permanência nessa dimensão tinha chegado ao fim, a última habilidade foi mais instintual, eu teleportei cada um para um lugar seguro, Apolo e Hugo para sua base, eu fui parar numa enorme cama de lençóis brancos, feita para caber várias pessoas, eu estava sobre Rodrigo que ainda estava desacordado, minha cabeça sobre seu peito, eu pensei em me entregar a escuridão ali mesmo, apagar, mas o fedor pungente da minha carne ainda queimando me fez ter medo de tacar fogo nos lençóis, eu rolei e perdi a consciência quando minha cabeça atingiu o chão de linóleo. Se eu tivesse permanecido acordado eu teria visto o momento em que Apolo se materializou ao meu lado, olhou para mim e disse que eu era muito interessante para morrer naquele momento, ele me pegou pelos cabelos que ainda restavam na minha cabeça chamuscada e me levou para a casa dos meus pais, me depositando sobre minha cama. Removeu os efeitos do seu fogo sobre o meu corpo, deixando ele lidar apenas com a alma e a mente fragmentada, mas restaurado fisicamente . Desapareceu no ar em seguida.

Leo

Alguns dias haviam se passado desde o incidente na mansão abandonada, eu não tinha mais visto Emyr, seus pais tinham recebido uma mensagem de seu celular dizendo que ele iria se ausentar por uns dias. Eu não sabia dizer se ele e o coroa de cabelos grisalhos eram cúmplices, mas não havia dúvidas que ele tinha me salvado e quando acordei eu estava fisicamente ótimo, me senti assim por dias. Infelizmente a situação em casa apenas deteriorava, Jef não parava em casa, eu desconfio que ele saia para beber todas as noites e quando voltava dormia no sofá, o fato dele sair para beber ra loucura, por que ele queimava o álcool do organismo em segundos, era mais hábito, ter sido nocauteado tinha afetado seu ego, ele viva em estado de ira constante, eu não encontrava abertura para conversar com ele.

Digo por outro lado estava mais afastado que o usual, e eu tinha a nítida impressão de que ele estava mais sombrio, como se tivesse tomado uma decisão amarga. Ele passou a observar o nada como se estivesse rastreando alguma coisa distante, não era incomum ver ele vestir o uniforme e saltar para uma direção qualquer alarmado apesar de não termos denuncias de fendas ativas ou problemas na cidade, essa tarde foi uma dessas ocasiões, ele desceu as escadas terminando de colocar a jaqueta.

-Alguma emergencia? Precisa de ajuda?- Eu perguntei me levantando do sofá, onde lia um livro.

-Não! Você fica, isso é coisa minha!

-Cuidado, não vá fazer besteiras....

Mas ele já tinha saído pela porta, tomado impulso e saltado com tudo em direção a cidade. Eu estava para segui-lo quando escutei Jef descendo as escadas. Eu caminhei até encontra-lo aos pés dela, ele passou a mão no meu ombro mas não disse nada nem parou, foi em direção a garagem onde estava sua moto.

-Nós precisamos conversar Jef, o que você está fazendo não é uma solução.-apelei tentando fazê-lo parar, mas tudo que recebi antes dele sair foi o dedo médio dele.

Eu estava sozinho e apático, não queria sair para encontrar ninguém, nem fazer nada, caminhei pela casa apenas existindo naquela tarde e início da noite, isso se repetiu pelo resto da semana, alguns dias depois eu já estava considerando ativar meus antigos contatos, voltar a minha velha vida, só para esquecer meus problemas.

Estava encostado no balcão da cozinha, prestes a fazer uma ligação decisiva quando escutei um som abafado vindo do andar de cima, do nosso quarto, como se algo tivesse batido no chão, eu estava sozinho, com ambos garotos tendo saído mais cedo com o arroubo e ignorância usual, eu corri para verificar e quando abri a porta do quarto me deparei com um gigante dourado segurando um corpo quase carbonizado pela cabeça, o cheiro pungente de carne queimada me atingiu mas antes que eu pudesse reagir o gigante sumiu no ar. Um gemido na cama chamou minha atenção, Digo estava jogado sobre ela, pelado. Quando cheguei perto para verificar ele se sentou gritando assustado.

-AAAAAArgh!!! Queimando!. - Ele verificava suas mãos e suas pernas, virando de um lado para outro.- Eu estou queimando… eu não entendo.

-Calma cara, calma, você não está queimando, calma , respira.

Eu peguei um copo de água e trouxe rapidamente para ele.-Toma, bebe, você não está queimando, viu? Relaxa.

Levou uns minutos até que ele se acalmasse.

-Eu estava queimando, foi horrivel, eu...

Digo me olhou com os olhos arregalados- Eu ia matar ele. Mas tinha outra pessoa, um comparsa dele que me atacou antes.

Minhas pernas bambearam e eu me larguei do seu lado, petrificado.

-Isso é loucura Rodrigo, nós não somos assassinos. Você ia matar quem?

Ele não respondeu, apenas me encarou. Eu levei a mão para a boca para sufocar um grito de pavor.

-Não! Meu deus.. Eu vi seu odio, eu devia ter te parado.- disse passando a mão pelos cabelos, puxando eles para trás.- Você não é um assassino, Rodrigo, você não ia conseguir se perdoar nunca.

Eu levantei e comecei a andar ao redor da cama, colocando os pensamentos em ordem. - Meu deus, ainda bem que você não conseguiu.

-Como eu cheguei até aqui?

-Eu não sei, escutei um barulho e quando abri a porta você já estava sobre a cama, tinha outra pessoa que sumiu, mas eu não reconheci.

-Eu não entendo, eu ainda sinto o cheiro da minha carne queimando, mas eu estou bem…

Eu olhei sua pele mais de perto enquanto ele examinava algumas cinzas ao seu lado na cama, passando a mão levemente, quase que com carinho no espaço ali, sua pele reluzia com saúde, e o odor fresco que emanava dele, eu tinha sentido esses mesmos efeitos em mim mesmo alguns dias atrás.- Habilidade de cura, acho que Emyr te recuperou…

-Como???

Eu sentei ao lado dele e expliquei meu encontro com Emyr alguns dias atrás. Ao fim do relato algumas lágrimas escorriam pelo seu rosto.

-Eu vi esse cara grisalho hoje, eles pareciam estar trabalhando juntos contra a polícia.

Ficamos sentados lado a lado em silencio por alguns momento.

-Desculpe, eu devia ter te contado antes…

Ele segurou minha mão e me puxou para junto de si, me aninhando contra seu peito forte, seu braço pesado ao meu redor e seu queixo repousando sobre minha cabeça.-Tudo bem, não faria diferença, ele está com os caras maus agora… Talvez sempre estivesse.

Eu respirei fundo sentindo seu cheiro reconfortante e me entreguei ao abraço, era a primeira vez que eu me sentia em paz, em dias.

-Eu preciso esquecer ele, que eu amei ele, que eu odiei ele, tudo, só preciso esquecer.

Sua mão foi até meu queixo e inclinou para alcançar minha boca, em um beijo leve, delicado.

-Me ajuda? Era um apelo que eu não podia ignorar, eu o amava, ele também me amava, e foi uma primeira vez com ele incrível.

Digo era o oposto de Jeff na cama, paciente, carinhoso, e enquanto ele me tomava, comigo de bruços na cama sentindo seu peso sobre mim e sua cabeça repousando sobre a minha eu me senti mais do que possuído, eu me senti protegido, e amado, as coisas iam ficar bem novamente.

Emyr

Eu acordei alguns dias depois, confuso, quebrado fisica e mentalmente. Quando tive forças me levantei decidido a ir procurar Hugo, o trabalho não tinha acabado, quantas fendas tinham se aberto enquanto eu dormia, quantas criaturas haviam sido assassinadas ou quantas pessoas tinham sido assassinadas por elas? Eu não tinha mais nada, mas eu tinha uma missão, e ela precisava ser cumprida.

No saguão do bar clandestino fui informado que Hugo estava no bar “secreto”, me levaram até a porta do local.

Quando eu entrei no bar clandestino do luxuoso prédio onde o Atirador mantinha sua base eu não esperava encontrar a figura alta com um casaco de capuz sentado em um das mesas mais afastadas, o ambiente escuro e enfumaçado não permitia ver direito os frequentadores, mas era inconfundível, seu porte era inconfundível, e aquele compasso interior que eu tinha apontando insistentemente para ele era inconfundível. Ele era o Titã, que o velocista tinha chamado de Jet ou algo assim. Ele também me viu, com um olhar baixo e o rosto abatido ele me encarou com os olhos castanhos e agora vermelhos, ele parecia estar bebendo a horas. Assim que me viu eu vi o turbilhão de emoções passando em sua cabeça: reconhecimento, incredulidade, confirmação e por fim raiva. Sua expressão mudou e olhos vermelhos clarearam, ele queimou rapidamente o álcool e o cansaço entrando em modo de combate, expondo os dentes entre a densa barba ruiva numa feição de ódio daqueles que encaram um oponente.

Eu não podia fazer isso aqui, no meio de tanta gente, mesmo de caráter duvidoso, ou pior, entrar em um combate nesse local e arriscar o Atirador e seus vilões se envolverem nela, eu fiz um aceno e lentamente dei as costas, para demonstrar que eu não estava fugindo, pela minha visão periférica vi ele se levantar da mesa sem tirar os olhos de mim, depositar algumas notas sobre ela e me seguir. Atravessando o bar eu passei pelas portas do fundo indo parar no estacionamento da parte de trás do edifício que estava quase vazio de carros naquele horário, o espaço amplo e aberto seria perfeito para a batalha que eu tinha certeza que se seguiria. Parece que nenhum dos meus encontros com um membro dos três terminava sem uma, de qualquer maneira, claro que ter ciência disso não diminuía meu incômodo ou impedia meus olhos de arderem. Eu parei no meio do estacionamento e me virei para trás, ele parou alguns metros atrás de mim, tirou o capuz e estralou o pescoço de um lado para outro, apesar do estado de alerta eu não podia deixar de notar o quão másculo ele era, seu corpo possuía músculos em todos os lugares certos na proporção ideal. Qualquer movimento dele revelava a força por debaixo da pele.

-Que fique bem claro, você me pegou de surpresa naquele dia, isso não vai se repetir hoje…

Sua voz era grossa e profunda, parecia a voz de um homem mais velho que sua idade.

-Foi um mal entendido, eu não…

-O caralho!!! Foi mal entendido também com o Digo? Ou com o Leo? Toda vez que você aparece um de nós acaba se ferrando!

Antes que eu pudesse retrucar ele avançou voando em minha direção pousou bem na minha frente, tão perto que vi seus peito a centímetros do meu rosto, seu punho disparou contra mim e ergui minhas mãos em defesa, mesmo concentrando minha invulnerabilidade eu senti o impacto nos meus ossos e acabei recuando alguns passos para trás, ele não parou, já estava encima de mim disparando outro golpe e outro, eu não iria aguentar, eu teria que ser o super homem ou o hulk para aguentar aquilo, ou outra coisa… eu tinha pensado nisso algumas vezes, eu não conseguia imitar todas as habilidades de um super homem, mas talvez eu conseguisse imitar os efeitos de um raio mágico. No próximo soco que ele me deu eu dei dois passos para trás abri os braços, estufei o peito e gritei a palavra mágica, eu senti o raio que caiu dos céus me enchendo de poder, iluminando o estacionamento e empurrando o Titã pra trás. Quando terminou eu olhei para meu corpo, o blazer e a camisa que eu estava usando sumiram, restando apenas pedaços chamuscados rodopiando no ar, no meu peito desnudo uma marca como um raio estilizado ardia sobre minha pele como uma cicatriz, apesar de não sentir dor eu sentia como se ali tivesse uma bateria me fornecendo energia e potência, meu corpo tinha inchado um pouco, mas não a proporção absurda dos quadrinhos de onde eu tirei essa ideia.

Titã murmurou algo que me pareceu como “Desgraçado, isso foi incrível” antes de avançar sobre mim novamente, mas dessa vez eu pude ver seus movimentos e antes dele me atingir eu esquivei do seu punho e acertei um gancho no seu queixo que o fez disparar contra os céus escuros, o impacto do gancho gerou uma onda de choque que fez disparar os alarmes dos carros, era hora de sair dali, eu voei de encontro ao Titã nos céus. Quando o alcancei ele já tinha parado a trajetória e estava se recuperando do impacto, em menos de um segundo ele já estava em cima de mim, seu punho em meu rosto foi pago com outro na sua outra face, era como bater em mármore e eu pouco sentia o impacto dos seus murros e chutes também, parece que ficamos horas trocando sopapos nos céus noturnos sem que nenhum de nós cedesse ou fraquejasse, eu percebi que esse embate não levaria a lugar nenhum mas ele era uma máquina, seus olhos brilhavam, ele era um guerreiro, ele sentia prazer no combate. Só por isso eu continuei, eu senti prazer em ver aquela nova vida circulando em seus olhos, aquele olhar raivoso, injetado, o aspecto cansado tinha ido e ele exalava vigor. Não era apenas uma batalha, era uma dança. Até que acabou, eu me envolvi demais, o suor escorrendo daquela veia em sua têmpora, o cheiro do seu suor começou a impregnar o espaço ao nosso redor, eu me descuidei e uma porrada acabou me atirando longe, contra uma escola em construção que abençoadamente estava vazio naquele horário. Enquanto eu me livrava das vigas e escombros que caíram sobre mim no impacto ele me alcançou, para parar seu avançou eu atirei uma das vigas contra ele.

-Que inferno! Por que todas as vezes que eu encontro com um de vocês estão tentando me assassinar? AAAArgh!!!

Era tudo o que eu conseguia suportar, aquilo que eu tinha escondido dentro de mim o tempo todo, tudo aquilo que as fotos sobre a mesa e o video no notebook tinham me mostrado e que eu tinha decidido ocultar no recanto mais profundo do meu peito rompeu como uma barragem.- Vocês me odeiam tanto assim? Vocês me consideram uma aberração tão grande que a única coisa que conseguem pensar é em me eliminar?

Ele parou, seus punhos oscilaram, me olhava espantado.

-Eu tenho essa coisa feia crescendo dentro de mim, é uma mistura de ciúmes, com inveja, com ressentimento. Eu sinto como se algo tivesse sido roubado de mim, como se eu tivesse sido expulso do paraíso, você não faz ideia do que é isso! Você está lá o tempo todo, e eu sei, eu sei que foi uma escolha minha! Mas eu errei, e eu agora não consigo voltar atrás! Eu estou sozinho, abandonado, sendo atacado de todos os lados, inclusive por pessoas que eu amo, eu não consigo suportar isso mais, não sozinho…

Eu cai ajoelhado no chão o raio no peito e os poderes me abandonaram, as lágrimas escorriam do meu rosto, eu era patético. Os olhos azuis de Rodrigo, aquela intenção assassina, isso não me saia da cabeça, até que ponto compensa lutar contra a corrente? Quando todos que importam pensam que você é uma ameaça a ser eliminada, talvez é por que você talvez seja uma ameaça que deva ser eliminada.

Eu levantei, ele continuava sem reação, não devia ter percebido que o raio se fora. Se isso tinha que acabar ia acabar agora, eu ia dar para ele a sua vingança, bastava eu não ativar minha invulnerabilidade quando ele me atacasse, eu avancei para cima dele usando apenas velocidade aumentada para ele pensar que eu ainda estava super, eu estava em paz, se tinha que acabar, ia acabar pelas mãos de alguém que eu amava sem conhecer, sem saber o nome.

Antes de conseguir desferir um soco em seu peito ele agarrou meu pulso e me ergueu até meu rosto ficar a altura do seu, sua feição era indecifrável, ele estava com nojo de mim?

-É isso? (Silencio) Voce vai desistir?

Seu maxilar resetou tão forte que eu puder ver através da barba, no momento seguinte eu estava contra uma das paredes, preso pelo seu antebraço em meu pescoço e seu quadril contra o meu, ele começou a gritar com o rosto próximo ao meu, sua saliva voando contra mim enquanto ele vociferava.

-VOCÊ ACHA QUE EU VOU TE MATAR ASSIM? VOCÊ SABE QUANTAS VEZES EU TIVE QUE CONSOLAR O DIGO? DIZER PARA ELE QUE VOCÊ ESTAVA BEM? QUE VOCE IA VOLTAR? QUE ELE NÃO ERA O ÚNICO QUE SENTIA FALTA, QUE SENTIA QUE TE AMAVA TAMBÉM?

-É uma mentira.-eu consegui responder fracamente.

-O QUÊ???

-É UMA MENTIRA, TUDO ISSO! -Eu gritei de volta.- O deus da fenda, Logus, eu me lembro dele falando que ia nos unir de corpo e alma para as habilidades funcionarem melhor, isso que eu, você e os outros achamos que sentimos uns pelos outros é mentira, é uma armadilha dessas habilidades.

Eu senti um flash que ardeu um lado do meu rosto e me deixou sem ação e sem fala, depois do tapa ele apontou o dedo para meu rosto.- Seu otário! Você fica aí pagando de mártir, achando que está se sacrificando pelo bem dos outros enquanto você faz o Digo sofrer, você não faz ideia de que ele já gostava de você bem antes daquela noite, ele estava encontrando um jeito de se aproximar e te conhecer.

Então tomei outro tapa que mal senti, eu não podia acreditar no que ele tinha acabado de me falar, minhas mãos que antes tentavam me livrar do seu braço desceu para suas costas em busca suporte. Toda a minha ação até aquele momento tinha sido baseada e mantida por que eu acreditava que qualquer sentimento entre nós era artificial, por mais forte que fosse. Era por isso que eu seguia dia após dia, me sentindo incompleto, doente. Quanto mais eu podia afundar?

O Titã estava parado agora, olhando para baixo, com a boca entreaberta, eu tentei acompanhar mas seu braço musculoso no meu pescoço só me deixou ver parcialmente o que eu levei um tempo para entender que era a cabeça do seu membro saindo por cima da sua calça, a glande de cor vermelho irritado, grande ao ponto de causar medo, muito acima da linha do seu umbigo. Nesse momento eu me dei conta que o raio mágico tinha vaporizado minhas roupas, durante a transformação minhas partes de baixo estavam cobertas com as calças do uniforme místico, mas agora que o poder se foi eu estava nú, minha própria rigidez repousava contra a sua e embora acima da média parecia um brinquedo de criança perto da dele. Era mais forte que qualquer ressentimento, nossos corpos se conheciam, se desejavam. Enquanto estávamos os dois olhando entre nossos corpos sua mão foi até o meu rosto, mas ao invés de receber outro tapa ele envolveu minha face enquanto o dedão traçava a linha dos meus olhos, nariz e por fim meus lábios.

-Você é igualzinho a ele sabia?- eu senti sua virilha se movimentando contra a minha.- Vocês dois se afundam nesse poço de auto flagelo que vai acabar destruindo tudo, cabeças duras!

Com um movimento ele rasgou a camisa que ainda cobria seu corpo depois da nossa batalha.

-Eu sei o que ele precisa e eu vou te dar o que você precisa.

Seu braço saiu do meu pescoço e desceu pelas minhas costas até chegar em minhas nádegas no momento em que sua boca colidiu contra a minha. Não foi um beijo romântico, nem sei se pode ser chamado de beijo, foi mais uma punição, ele mordia, sugava e simulava com a língua em minha garganta o que pretendia fazer com o resto do meu corpo enquanto suas mãos me erguiam e minhas pernas enlaçaram sua cintura.seu membro agora deslizava entre minhas nádegas até alcançar o início das minhas costas, meu anel intocado piscava ao sentir a rigidez de seu membro quente.

Minhas costas arrastaram pela parede enquanto ele ia ajoelhando, me levando pra baixo junto com ele. Ele puxou meu cabelo me forçando a encará-lo e quando a cabeça quente tocou minha abertura eu vi sua boca abrir e seus olhos revirarem, eu queria ele, meu corpo queria ele e apesar da dor e da desproporção do membro e do anel eu me abri para ele e quanto mais ele se ajoelhava mais fundo seu pênis anormal se alojava em mim. Ainda segurando meu cabelo ele agora observava cada reação minha enquanto se segurava mordendo o próprio lábio, a situação de ter aquele membro viril me preenchendo combinado com o fato de estar sendo “obrigado” a olhar para a face mais perfeitamente masculina que eu já tinha visto na vida fazia com que meu corpo fosse abalado por ondas de choque, eu alternava entre me agarrar ao seu corpo, suas costas, seus braço e tentar empurrá-lo em vão. Seus braços ao meu redor me puxavam para cima e para baixo, de encontro com sua virilha.

-Eu sou o seu primeiro não sou?! -ele estava com um sorriso beirando o sádico no rosto, ofegante. - Sou sim, dá pra sentir. Eu vou fazer um estrago, você nunca mais vai querer outro.

O titã aumentava a velocidade e a força e eu o acompanhava aumentando a minha invulnerabilidade apenas ao ponto de evitar ser esmagado, mas ainda sentir aquela dor prazerosa, é como se ela tivesse lavando minha alma.

-Exceto pelo Digo, puta que pariu! Como eu quero assistir ele fuder você, passar a noite revezando. MMmmmm.

A parede atrás de nós desabou por causa da pressão e isso fez ele parar assustado, até que eu levei minha boca perto do seu ouvido e sussurrei. -Você esteve com outros não é? E se segurou todo esse tempo. Com medo de machucar ou quebrar ossos, eu não consigo imaginar como foi horrível para você.

Suas mãos se afrouxaram ao meu redor.

-Não, você não precisa se segurar comigo.- segurei seus cabelos e o forcei a me encarar arqueando uma das minhas sobrancelhas.-Eu sou mais forte que você.

Ele mostrou os dentes novamente e grunhiu.- Nem ferrando!

Mesmo assim me jogou no chão de costas, me cobrindo com seu corpo, tão forte que o chão ao nosso redor rachou, então nossa segunda dança daquela noite começou, talvez tão violenta quanto a primeira. Ele aumentava sua força e eu devolvia aumentando a minha. Aumentar é a palavra errada, os poderes dele não são como os meus, ele não é capaz de ligar e desligar sua força, ele apenas restringe elas, como tentar pisar em uma porcelana sem quebrar ela. Eu fui feito para ele, não havia dúvidas. O prédio todo tremia cedia, paredes e teto vindo abaixo

-Isso é tudo? - eu provocava.

-Cala a boca!- ele me respondia entre um beijo e outro.

Apesar das minhas provocações eu fui o primeiro a atingir o clímax, explodindo entre nós, ele foi em seguida, urrando e gemendo, me apertando como se tivesse medo que eu escapasse.Ficamos o que pareceram horas naquela posição, agarrados, trocando calor, sentimentos e fluidos. Eu não queria deixá-lo ir e encarar a realidade, ele não se movia de cima de mim.

Eu tomei a iniciativa, e me odiei por fazê-lo. -E-eu tenho que ir.

Ao invés de me soltar ele me abraçou mais forte.

-O único lugar para onde você vai é para casa comigo.

Eu afundei o rosto em seu pescoço mais uma última vez e respirei fundo.

-Toda essa história, esse sofrimento, esses mal entendidos acabam hoje, você vai para casa comigo, a gente vai conversar, todos reunidos, vocês vão pedir desculpas uns aos outros e vamos esquecer que tudo isso aconteceu, e tudo vai ficar bem.

Eu fechei os olhos e imaginei isso acontecendo, uma vida sob a luz, a felicidade de acordar todos os dias ao lado deles, de me sentir seguro e amado. E então as fotos sobre a mesa apareceram como um aviso na minha cabeça. Eu empurrei o corpo dele lentamente, ambos gemendo quando o que o conectava a mim fisicamente deixou meu corpo, eu me levantei e ele segurou em meu braço, com muita força. Eu olhei para o braço e ele acompanhou o olhar, seus olhos arregalaram e ele afrouxou o mão ao redor do meu biceps, eu coloquei minha mão sobre a dele impedindo que ele soltasse.

-Não faça isso, nunca mais faça isso! Não se segure comigo, meu corpo responde ao seu, nós somos incapazes de machucar um ao outro agora.

Seus olhos brilharam, uma lágrima ameaçou escorrer. Eu estava em pé, ele estava meio sentado e meio ajoelhado na minha frente, seu rosto na altura do meu peito, eu o abracei assim, passando minhas mão entre seus cabelos.

-Ainda assim você está se preparando para ir embora, para me abandonar de novo e de novo.

Então eu contei tudo a ele, contei sobre as criaturas sendo arrastadas para nossa dimensão contra sua vontade, sobre Hugo, sobre sua organização. A princípio ele não entendeu essa parte.

-Você precisa entender isso, você precisa perceber a ameaça velada que ele me fez naquele dia, as fotos foram tiradas de dentro da casa de vocês, dentro do seu quarto, enquanto vocês dormiam!

Sua face era tomada de espanto a medida que ele percebia o peso das minhas palavras.

-Como?

-Eu não faço ideia, e eu preciso voltar para descobrir, eu preciso da máquina dele para evitar que mais seres vivos inocentes morram, eu preciso proteger vocês, eu preciso descobrir quantas outras pessoas com poder ele tem na organização deles.

-Não importa, a gente derruba eles, juntos!

Eu pensei em Apolo, na dor terrível de ser queimado por ele, o quanto eu tive que ir além para parar uma pequena parte de seus poderes, o quão fácil ele derrubou Rodrigo.

-Não sem conhecer nosso inimigo, eu não vou arriscar que um de vocês morra.

-E você acha que EU vou permitir que você faça isso? Que você corra risco de morte?- apesar de seu tom autoritário eu sentia o medo dele

-Eu acho que você vai respeitar minha decisão, e me apoiar nela.

Ele olhou para os lados perdido, procurando algo, alguma coisa, algum argumento, não havia nenhum, eu sabia.

-E-e os outros? E o Digo, o Leo? O que eu falo para eles, como a gente vai continuar fingindo que você é um vilão, como a gente vai continuar vivendo longe de você?

Era minha vez de derramar lagrimas.

-Eu não sei. Mas eu sei que vocês vão estar juntos, e eu vou estar sozinho, e nesse momento eu preciso que você me ajude por que eu preciso de força para fazer o que tem que ser feito.

Ficamos nessa posição mais algum tempo, até nos acalmar. Eu não podia mais adiar minha partida.

-Eu acho que eu não sei seu nome…- eu disse embaraçado.

Ele me pegou em seus braços novamente e me derrubou no chão deitando-se em cima de mim me beijando. Em seguida ergueu a cabeça e me disse, olhando nos meus olhos.

-Jefferson.

Eu repeti o nome baixo, como se fosse algo precioso, o que era. Seus dedos traçaram meus lábios.

-Repete pra mim.-Ele disse com a voz rouca. Eu obedeci e ele colou sua boca na minha.

Depois do beijo ele olhou para mim e seus olhos ficaram tristes, ele estava vencido, eu tinha que ir. Em silêncio nos separamos, eu caminhei até uma abertura no prédio.

-E o que vai acontecer quando nos encontrarmos em lados opostos?

Eu parei e olhei para trás, com alguns metros entre nós.- Você vai ter que saber que eu nunca estarei em um lado oposto a você… Mas você vai ter que agir como se não soubesse.

-Você me pede algo muito difícil…

Eu não tinha resposta, pois era uma dor que eu carregaria também. Quando ele começou a caminhar em minha direção eu sai pela abertura e voei pela madrugada, antes de sumir eu olhei para trás e ele estava apoiado em uma das paredes que ainda se mantinham de pé, sob a luz do sol nascente eu observei uma última vez seu corpo, masculo, peludo na medida certa, eu o protegeria com minha vida se preciso fosse.

Nota do autor: Sim, esse é o título mesmo, não tem erro de grafia.


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Comentários

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29/11/2019 21:04:16
Muito bom é pouco
09/08/2019 09:46:56
Quatro é IV
14/07/2019 21:59:20
Gostei de novo
12/07/2019 07:37:46
Obrigado pelo feedback galera, próximo capítulo sai no domingo!
12/07/2019 05:13:22
Isso ta muito empolgante... Cara, de onde sai tanta inspiração? Você sempre será um dos melhores autores da minha vida, bjs!
10/07/2019 23:28:41
Bom demais
09/07/2019 02:57:39
Muito massa, só não curti os casais, preferia emyr e Digo na primeira vez... Mas tô amando o conto!
08/07/2019 23:54:17
Muito bom, continue!
08/07/2019 13:09:07
Muito bom!
08/07/2019 06:32:53
Rapaz eu sou muito fãboy então quando você fez referência a shazam eu quase gritei kkkkk adorei o capítulo e espero do fundo do coração que você não abandone a história.


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