👍🏽muito bom. Isso é conto de côrno.👍🏽
Meu namoro com Letícia - Parte 2 - Ela confessou tudo
Fui para o shopping e fiquei esperando na praça de alimentação. Ela atrasou 30 minutos, provavelmente ainda dando pro cara. Eu estava de coração partido. Durante esse tempo fui ensaiando as coisas que ia falar pra ela: ia jogar tudo na cara dela e dizer que acabou. Também pensei nas coisas que ela ia falar e como eu ia retrucar. Provavelmente ela ia pedir desculpas e pedir pra continuar o namoro, mas eu estava resolvido a terminar.
Ao chegar, a linguagem corporal dela estava bem relaxa, não estava parecendo se importar muito e nem parecia ter remorso. E isso que ela estava com outro cara 3 horas atrás!! Comecei a desembuchar: “Letícia, eu faço tudo por você e é isso que você faz? Me engana? Mente na cara dura??”. Ela não disse nada, só me olhava com a mesma cara de quem não estava se importando. “Não foi a primeira vez né? Pode falar a verdade, há quanto tempo você tá me traindo??”. Ela continuou em silência, parecendo que ia perder a paciência. Eu não conseguia entender como alguém podia se comportar assim. “E quando eu te perguntei se você tinha dado pra outros na faculdade e você disse que foram só beijos, você também mentiu né?” “Responde!!!!”
“Ai, Gu, você quer que eu diga o quê?” “Não tá na cara?? Não é óbvio? Chifrei sim, tava com outro, pronto, satisfeito?” “Mas porquê?? Não consigo entender!!” “Você pediu né, eu te falei no início do namoro que não queria namorar, que queria curtir a vida e você insistiu, deu nisso”. “Mas precisava mentir??? Era só terminar” “Eu não queria terminar, porque eu gosto de você, você é um fofo comigo, acabei não resistindo e queria o melhor dos dois mundos”. “E além do mais, você é bem sonsinho né… te chifrei debaixo do seu nariz e você não percebia”.
Eu fiquei chocado: “Tá, agora me conta, desde quando???? Quero saber tudo”. “Tem certeza?? Depois não fica com raiva hem?” Eu tinha que saber de tudo antes de terminar. Eu me conhecia, se ela não me contasse tudo eu ia ficar me torturando em casa e ia demorar pra partir pra outra. “Sim, quero saber de tudo”. “A primeira vez foi no dia que você me pediu em namoro”. “No mesmo dia?????” “Sim, logo depois que você saiu lá da república ele chegou” “Quem??” “O Bastos” “Que??? O Bastos??”
Bastos era professor da faculdade e eu fazia parte de um grupo de estudos liderado por ele. Ele tinha uns 40 anos, não era bonito, mas era bem másculo e, muito inteligente, tinha o respeito de todo mundo na faculdade. Ele me tratava normal, mesmo sabendo que tinha comido a minha namorada. Olhando em retrospecto ele não me tratava com deboche.
“Sim, eu tinha dado pra ele logo antes de a gente começar a namorar e ele é uma delícia na cama”. Eu tinha marcado de vê-lo e não desmarquei. “E você fico com ele mais vezes??” “Claro, ele é bom demais, fiquei com ele pelo menos uma vez por semana desde que começamos (àquela altura tínhamos 4 meses de namoro)”. “Então você tava com ele??? Hoje??” “Não”
“Como assim, tem mais gente? Você tava com quem? Foram quantos no total?” Eu perguntava feito uma matraca, coração saindo pela boca. “Eu tava com um garoto da economia, acho que você não conhece, ele é do 8o período e vem pouco aqui, conheci no ônibus”.
Continua...
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