Louco Amor TP2 Ultimo capítulo - Alma Gêmea

Um conto erótico de Lipe
Categoria: Homossexual
Contém 9031 palavras
Data: 03/02/2017 20:45:53

Oi minha gente, tudo bem? Hoje, infelizmente ou felizmente kk, depois de um ano e meio (Ual) eu encerro aqui esse louca narrativa cheia de altos e baixos, capítulos bons e ruins, emocionantes e alegres, encerro esse conto com sentimento de dever comprido, claro que algumas coisa fugiram do controle, não sou nem um escritor profissional, mas sinto que me sai bem com os imprevistos e faltas de criatividade que me atrasaram tanto. A vocês o meu muito obrigados por terem me feito companhia por tanto tempo, amo vocês <3

Antes de desejar uma boa leitura quero dizer que não irei parar de escrever, já tenho até um conto em desenvolvimento, então esperem, pois a qualquer momento poderei voltar rsrs, prometo que dá próxima vez farei um intervalo menor entre um capítulo e outro, meu e-mail é , então qualquer coisa entrem em contato. Boa leitura e um Beijão, espero que gostem! Até um dia.

LOUCO AMOR TP2 Último Capítulo – Alma Gêmea.

_ Desculpa seu pai vai. – disse com cara de cachorro abandonado.

_ Não. – disse tentando não rir.

_ Vai. – disse o cutucando.

_ Não.

_ Ah, não é. – disse partindo pra cima dele, com a mão em sua barriga e pescoço para lhe causar cocegas. O mesmo morrendo de rir, tentou se desvencilhar, mas não foi muito longe, acabou caindo na cama onde eu intensificava ainda mais as cocegas.

_ Para! Para pai. – suplicava entre os risos eufóricos.

_ Me desculpa?

_ Não! – gritou.

_ Você quem pediu.

_ Que zona é essa aqui? – disse uma voz abrindo a porta abruptamente nós fazendo parar imediatamente.

_ Só estamos brincando, pai. – eu disse o olhando sem graça.

Ele balançou a cabeça em reprovação e então disse:

_ O jantar já está na mesa. – e então se foi.

_ Vamos? – disse saindo de cima dele e lhe estendendo a mão para que se levantasse.

_ Não consigo ter mais raiva do senhor depois de tudo que te fiz passar.

_ Te amo filho, nunca se esqueça disso. – e então nós abraçamos.

_ Agora me diz aí, o que você disse a Caio para ele vim correndo atrás de mim? – perguntei quando começamos a andar.

_ Que estava passando mal, foi mais fácil que imaginei. – ele disse rindo. – Pena que não deu certo.

“Pena mesmo” – pensei em profundo lamento.

Baguncei seu cabelo e então foi tudo.

No jantar tentei me redimir com meus pais que aceitaram minhas desculpas depois de algumas relutâncias e insistência de Aquiles que me protegeu, mas de certa forma sabia que não me desculparam totalmente, pois mal falaram comigo o resto do mês. Nesse meio tempo aprendi melhor a lidar com meus sentimentos por Caio com a ajuda de Marcelo que começava a ganhar bastante espaço no meu coração, apesar de meu amor por Caio continuar o mesmo, e por falar nele, tive a notícia que sua conta bancaria começava a declinar, a principio não liguei muito, pois enquanto estávamos juntos, isso vivia acontecendo, nos negócios havia muito desses altos e baixos, era normal, mas dessa vez foi diferente, a cada novo dia ficava sabendo por alto que ele havia vendido propriedades, cabeças de gado, máquinas e etc, se caso continuasse naquele ritmo em mais um mês no máximo estaria sem nada. Eu me via em um beco sem saída, já havia comprado minha passagem para Portugal, viajaríamos na quarta, ou seja, tinha quatro dias até lá, mas eu não sei se poderia ir e deixar Caio daquele jeito, apesar de não estamos mais juntos eu havia visto cada tijolo sendo construído e até havia participado de algumas das negociações, era muito triste vê-lo perder tudo daquele jeito e não poder fazer nada, era ruim me sentir tão impotente. Havia observado tudo de longe até ali, mas eu queria fazer algo a mais, algo de útil, mas para isso precisava de mais informações, então resolvi ligar para alguém próximo que já há um tempo não via.

_ Caique?

_ Alô, quem fala?

_ Não está mais reconhecendo minha voz?

_ Ah, perdão...

_ Meu Deus do céu Caique. – disse sem paciência – É o Lucas.

_ Ah desculpa Lucas...

_ Poxa, esqueceu tão rápido assim de mim?

_ Você que se esqueceu de mim.

_ Poderia ter vindo aqui fazer uma visita né.

_ Ah, tem acontecido tanta coisa ultimamente, mal estou conseguindo dormir. – lamentou.

_ É sobre isso que quero falar contigo, o que está acontecendo? Quando eu saí daí as contas estavam a mil maravilhas e pareciam que continuariam assim por um bom tempo.

_ O tempo mudou, estamos tentando nos virar como pode.

_ Tá, e a divida é tão alta assim que vocês precisam vender tanta coisa? Eu fiz a conta e o retorno disso tudo é milionário.

_ É complicado.

Sentia que ele me escondia algo.

_ Complicado como? Me explica.

Ele inventou umas desculpa as pressas sobre contas, empréstimos e tantas outras besteiras que não me convenceram nem um pouco antes de desligar sem me dá a chance de rebater. Havia algo ali que não estava encaixando.

_ Oi, Lucas, ansioso com a viagem? – Marcelo perguntou eufórico assim que atendeu a ligação.

_ Bastante. – disse sem muita empolgação.

_ Aconteceu algo?

_ Sim...

Contei tudo a ele sobre o que estava acontecendo, sobre minhas preocupações e que talvez devêssemos adiar um pouco a viagem.

_ Tudo bem pra você?

_ Não, não está tudo bem. – disse me pegando de surpresa. – Vocês dois não tem mais nada junto, ele te traiu, te fez sofrer, aliás, ainda faz e mesmo assim você corre atrás dele, parece que gosta dessa situação! O que você pensa em fazer em, ir lá e vê eles juntos? Porque Caique mentiria pra você sobre o porquê de estarem vendendo tantas coisas? Poxa, Lucas.

No fim pude senti-lo arfando, havia perdido o ar despejando tudo que pensava em cima de mim sem dá pausas. Era horrível admitir, mas ele estava certo, Caio não precisava mais de minha ajuda, ele tem seu irmão e, agora sua mulher, onde e porque eu entraria nisso? Ficaria estranho, além de que isso só me faria sofrer ainda mais, o que eu não precisava no momento.

_ Desculpa. – ele disse depois de um minuto de silencio de ambos os lados.

_ Não, você tem razão. Que tipo de amigo seria se só falasse o que eu quisesse ouvir?

_ Então... A viagem ainda está de pé?

_ Sim, está. Quarta nós iremos a Portugal!

_ Tem certeza? Não quero sentir que esteja te forçando a algo que não tem certeza.

_ Não se preocupe.

_ Não sabe o quanto fico feliz com isso. Depois a gente se fala, pode ser? Os alunos estão me esperando.

_ Ah claro, vai lá. Boa aula.

_ Lucas? – chamou como se quisesse falar algo.

_ Sim?

A resposta não veio de imediato, até pensei que tivesse caído a ligação, mas quando iria perguntar se ele ainda estava lá, ele rompeu o silêncio.

_ Não se esquece de que eu te amo tá.

_ Tá. – foi o que consegui dizer antes dele desligar. É verdade que ele já havia me dito isso antes, mas não era/é uma coisa rotineira, pois ele sabe que isso me deixa confuso a cada vez que é dita, então ele só diz quando não aguenta mais segurar só para si. O entendia perfeitamente.

_ Que história é essa de Portugal, pai?

Estava tão perdido em meu mundo que me assustei com a voz de Aquiles vindo tão repentinamente.

_ Estava escutando minha conversa? – Perguntei o encarando parado na porta entreaberta.

_ O bastante para saber de seus planos. – disse se aproximando. – só, por favor, me diz que não é com Marcelo com quem o senhor vai.

_ Com o próprio essa quarta-feira.

_ Quarta-feira? Já? Como assim?

_ É, eu iria contar a vocês só que não estava com muita coragem.

_ Quando iria contar? Quarta quando já estivesse no aeroporto? – disse indignado.

_ Desculpa filho, como vocês não gostam do Marcelo, eu fiquei com receio. Quando ele me convidou eu pensei ser uma ótima ideia pra poder fugir um pouco de meus sentimentos.

_ O senhor vai deixar meu pai logo agora?

_ Ele quem me deixou, e já foi há meses atrás, eu não tenho mais nada a ver com isso.

Ele suspirou e olhou pra baixo.

_ Estou preocupado com ele.

_ Ele é inteligente, vai sair dessa.

_ Acho que não dessa vez. – soltou, como se soubesse de algo a mais do que eu.

_ Como assim?

Ele pareceu pensar no assunto antes de dizer algo.

_ Não, nada. Só intuição.

Apesar de também ter a intuição de que não era só isso, deixei passar. Um erro meu.

A quarta enfim havia chegado e com ela muitas coisas estranhas, como por exemplos; meus pais não estarem mais com raiva do ocorrido na festa de Aquiles, ate haviam sorrido para mim no café da manhã, Aquiles também estava estranho, estava animado, apesar de que na noite passada eu ter o pego chorando ao telefone enquanto conversava com o pai, ele parecia mal com a situação de Caio e agora estava sorrindo aos quatros vento assim como meus pais.

_ As coisas estão melhorando lá na fazenda.

Foi o que ele argumentou quando o indaguei.

_ Sério? – disse sentindo um sorriso brotar em meu rosto.

_ Sim! Sim! – ele disse eufórico.

_ Vejo que está feliz em.

_ As coisas vão se ajeitar pai, finalmente. – ele disse quase se emocionando, por um momento tive a leve intuição de que ele falava sobre outra coisa, sei lá, pensei ser besteira minha.

_ Espero que sim, filho. Mas me diz uma coisa, seus avôs estão felizes assim por causa de Caio?

Era uma explicação lógica, porém confusa, já que eles não gostam de Caio e se tratando de meus pais, é difícil alguém ter segunda chance com meus coroas depois de terem pisado na bola. Marcelo que o diga.

_ Aí eu já não sei.

_ Hum. – Murmurei.

_ Lembre-se, cavalo dado não se olha os dentes.

_ Tem razão. – disse rindo.

_ Pai, eu vou tomar um banho e depois irei na casa de um amigo.

_ Volta antes de eu viajar tá. – disse lhe beijando a testa.

_ Pode deixar. – disse já indo em direção as escadas, por onde meus pais desciam, ambos bem produzidos.

_ Vão sair?

_ Sim, vamos visitar a sua tia Meridith.

_ Mas isso é em outra cidade!

_ Sim.

_ Pensei que vocês fossem está aqui quando eu for viajar.

_ Não vai ser necessário. – minha mãe falou com um sorriso estranho no rosto, como se aquela desfeita não fosse nada demais.

_ Mas...

_ Tchau filho. – foi o que disseram antes de sair pela porta.

Estava bom de mais pra ser verdade.

Resultado: Depois que Aquiles saiu, fiquei o resto da tarde, sozinho, sucumbindo ao tédio, pois a televisão da sala e do meu quarto haviam misteriosamente parado de funcionar, e ah, tinha a internet também que havia caído. Tentei me distrair como pude até a noite chegar e poder me preparar para a viagem. De banho tomado olhava a cada instante para o relógio, apreensivo por Aquiles não ter chegado ainda. Já discava o seu numero quando ouvi a companhia da sala tocar.

_ Até que enfim. – Exclamei aliviado já certo que assim que abrisse a porta o veria. – Já estava...

Minha voz se calou instantaneamente assim que vi aquele ser em minha frente, alto, moreno e olhar de esguelha para mim. Assim que meu cérebro processou as informações, meu coração disparou, minhas pernas tremeram e o ar faltou aos meus pulmões, me senti vulnerável, desde aquele dia no quarto não o tinha visto mais.

_ Lucas... – sussurrou abrindo um sorriso lindo, como se meu nome fosse uma musica nostalgicamente boa.

_ O que... O que faz aqui? – me forcei a perguntar.

_ Que tal a gente caminhar um pouco? A noite esta tão bonita. – ele disse olhando brevemente para o céu como se eu não houvesse lhe feito uma pergunta.

_ O que está acontecendo Caio? Eu vou viajar daqui a pouco. Não pode chegar assim e do nada me chamar pra sair.

_ Eu prometo te tirar todas suas dúvidas, mas só se vir comigo. – e então ele deu as costas para mim e saiu andando.

“Que porra é essa?” – foi o que minha mente conturbada conseguiu pensar. Estava crente que aquilo era apenas mais um sonho maluco meu em que ele voltava pra min, devo ter dormido no sofá, só pode ter sido isso, mas ao me beliscar para tirar a prova, eu sentir dor, o que só podia significar uma coisa; eu estava acordado, bem acordado. Estava ficando com pouco tempo pra pensar, logo o perderia de vista. Pelo sim ou pelo não, decidi ir atrás dele após constatar que ainda dava tempo para a viagem – Acho que teria ido mesmo se não houvesse mais tempo.

_ Pra onde estamos indo? – perguntei já em seu encalço.

Ele parou na esquina e eu também me detive ao seu lado. Ele com olhar compenetrado a sua frente, mas com a cabeça em outro mundo e eu com o olhar e a cabeça nele.

_ Lembra desse lugar?

Como esquecer? Eu me lembrava toda vez que passava por ali. Foi naquela esquina que há dezessete anos eu fui ousado e até um filha da puta ao pedir um beijo ao namorado de minha melhor amiga.

_ O que você está querendo com isso? – disse cruzando os braços. Queria que minha voz tivesse saído dura e firme ao invés de cansada e quase ao sussurro.

Meus batimentos ainda estavam em processo de estabilização assim como o ar que voltava aos poucos aos meus pulmões.

_ Uma vez me disseram que homem galinha uma hora ou outra sempre acaba experimentando coisas novas, eu tirei na brincadeira e neguei categoricamente que nunca experimentaria essas “coisas novas”, mas confesso que por um milésimo de segundo eu considerei aquilo e advinha quem me veio em mente? Você, mais ninguém, ali eu descobria que tinha um pequeno desejo no amigo de minha namorada. Só sei que depois disso eu acabei esquecendo, deixei de lado, vim só me lembrar desse pequeno desejo quando tentei te agarrar totalmente alcoolizado, aquilo acabou sendo a ponta do iceberg, não parei mais de pensar em ti, não era nada romântico ainda, era mais carnal, queria por que queria te pegar e matar aquela curiosidade, mas não sabia como, você estava com raiva de mim e sabe se lá se eu teria coragem mesmo. E aqui, há exatamente dezessete anos, você facilitava as coisas pra mim ao pedir aquele beijo.

Passamos anos juntos, mas era a primeira vez que ele me dizia aquilo. Enquanto as lembranças vinham a medida que sua voz vibrava o meu corpo, eu tentava me manter intacto e não dá muita importância, sei que se eu deixasse a emoção me invadir depois de quase um mês, ela me destruiria, e sem ele por perto não me recuperaria mais. E apesar de não saber no que aquilo iria dá, o segui novamente assim que ele recomeçou a andar.

Três passos após, já começava a ter alguma ideia para onde ele me levaria, então rapidamente parei, ele também, assim que percebeu que eu não o seguia.

_ Você não pode chegar assim e foder com tudo, o que é? Seu prazer é me ver mal? – explodi.

_ Por favor, Lucas, vem. Eu não viria aqui só pra te fazer mal.

Ele falou aquilo com uma cara de cachorro que foi abandonado tão grande que simplesmente não consegui dizer não, uma rápida olhada para trás e para o relógio e eu já estava novamente me deixando levar.

Como esperado, ele me levou até o apartamento em que ele morou enquanto namorava Teresa e conseguinte eu, era onde havíamos nós beijado e transado pela primeira vez. Naquele ponto o medo de me machucar nem se comparava a curiosidade que eu sentia em saber o que ele queria com aquele tour nostálgico.

_ Boa noite seu José. – disse Caio para o porteiro quando passou pelo mesmo.

_ Boa sorte aí, Caio. – ele disse. – Boa noite, Lucas.

Sorte com o que? – pensei.

_ Boa noite seu Jo... – interrompi quando vi algo atrás dele.

Atrás dele havia uma pequena tv que estava sintonizado em algum canal de notícias, o mesmo mostrava uma fazenda, não qualquer uma, a de Caio e vários carros de policias parados.

_ Seu José, por favor, aumentar o volume.

_ Claro. – ele disse pegando o controle e aumentando o volume.

_ Lucas. – Chamou Caio ao voltar pra onde eu estava assim que notou que parara de o seguir pela segunda vez. Ele me viu olhando para TV, principalmente para o conteúdo que era apresentado e me olhou apreensivo.

“Ontem foi desarticulada uma das maiores quadrilhas do mundo especializada em aplicar golpes milionários, dessa vez eles tentavam aplicar o mesmo golpe em um empresário chamado Caio que reside no interior do estado, eles usam principalmente de chantagem emocional com a vitima, lhe prometendo matar todos seus familiares caso as transações que eram feitas aos poucos para não chamar a atenção de autoridades ou de outras pessoas fosse realizado, dessa vez uma ligação anônima impossibilitou que a ação fosse concluída.”

E como se já não fosse o bastante aquele choque de realidade, em determinado momento da reportagem, foi mostrado algumas armas usada pela quadrilha para manter Caio na linha, foi inevitável não pensar no dia em que quase o perdi por causa de uma arma como aquela. Meu peito se apetou e como se alguém o esmagasse, o sentir doer. Ele havia me afastado só para me proteger, meses longe dele por achar que me traiu, deveria ter ouvido mais Aquiles, eu deveria.

_ Queria que fosse eu o primeiro a te contar. – lamentou.

Sua voz foi como um caminho de volta depois de ter me perdido dentro de mim mesmo. Eu só quis lhe abraçar, e assim o fiz. Ele até cambaleou um pouco para trás com tamanha intensidade que foi retribuída pelos seus braços forte envolvendo meu corpo.

_ Eu sinto muito. – disse sentindo as lágrimas virem.

_ Eu estou bem.

_ Eu te amo. – disse com a voz já embargada. – se algo tivesse acontecido com você, eu não sei o que seria de mim.

_ Eu também te amo Lucas, sempre te amei e vou te amar até o ultimo dia de minha vida.

_ Porque me afastou? Eu poderia ter ajudado!

Ele saiu um pouco do abraço, segurou com delicadeza minha cabeça e limpou minhas lágrimas com o dedo mindinho enquanto fungava o próprio nariz.

_ Não me perdoaria se algo tivesse lhe acontecido.

_ E aquela mulher? Qual era o proposito dela? Quem foi que denunciou?

Ele suspirou.

_ Vamos subir? Te conto tudo lá em cima.

_ Tá.

Cumprimentamos novamente seu José que fingia não prestar a atenção em nós e então subimos pelo elevador. Assim que a porta se fechou não pude me conter, lhe agarrei e o beijei com toda a vontade reprimida de meses, lhe beijei como se pudesse perdê-lo novamente a qualquer segundo.

_ Eu quero te falar algo, é importante. – ele disse entre um beijo e outro quando entramos no apartamento, pelo menos eu, pela primeira vez em muitos anos.

_ Depois, eu quero matar a saudades. – disse levando minha mão ao seu abdômen por baixo da camisa. Por um momento ele pareceu concordar, mas então segurou minhas mãos.

_ É sério. Preciso te dizer uma coisa antes, poderia inventar algo e assim não teria problemas em te ter de volta, provavelmente nunca saberia a verdade, mas não quero recomeçar esse relacionamento omitindo as coisas pra você.

Algo me dizia que ele iria estragar as coisas.

Suspirei e então fui até o sofá e me sentei, ele também ao meu lado. Olhei ao redor e pude ver que nada havia mudado ali, estava tudo do mesmo jeito, todos moveis no mesmo lugar, assim como eu me lembrava desde a ultima vez que estive ali, há dezessete anos.

_ Nunca entendi porque nunca alugou esse apartamento. – comentei.

_ Não quero ninguém morando aqui, nem que tampouco mexam nas posição dos moveis. Esse lugar me traz muitas lembranças boas, a você não?

_ Nosso primeiro beijo foi aqui e a minha virgindade foi tirada ali no chão. – disse apontando para o local com um ar de riso. Ele também riu. – Então sim, tenho muitas lembranças boas daqui.

_ Eu não era nada romântico né, aposto que não era daquele jeito que imaginava sua primeira vez, no chão de um apartamento. – constatou rindo.

_ Não era a situação que eu desejava, mas foi com a pessoa que eu queria que fosse, os detalhes não tem importância diante disso.

Ele sorriu, mas então ficou sério novamente e baixou a cabeça levando seus olhos em direção a sua mão que brincava com uma pulseira de couro com um símbolo de uma âncora no seu braço direito.

_ Também tenho boas lembranças de Teresa, sabe. Tenho saudades dela.

_ Também tenho. – disse sentindo meus olhos encherem de lagrimas novamente. – Mas e aí – disse colocando minha mão sobre a sua e balançando-a levemente. – Vamos para de enrolar?

Ele sorriu levemente.

_ Ano passado quando estava numa das minhas viagens de negocio conheci uma mulher chamada Luiza em um barzinho, muito bonita, me senti atraído por ela assim que a vi, ela estava sozinha, mas mesmo assim me contive e fiquei na minha apenas bebendo...

_ Deixa eu adivinhar, ela foi até você, deu em cima de você e você não resistiu. Acertei?

_ Em cheio. – disse com os olhos fechados. – Ela fazia parte da quadrilha, enquanto estávamos lá – ele fez um movimento com a mão que evidenciou sexo, tive que suspira fundo para me manter firme. – pegaram minha carteira não sei como e se apropriaram das minhas contas bancarias como forma de me ter na mão, além, claro, de ameaçar até a minha ultima geração. Se isso ajuda de alguma forma, quero que saiba que eu me arrependi bem antes de ter descoberto do golpe.

_ No fim das contas eu ainda sou corno. – disse em tom de brincadeira, fazendo-o olhar com cara de “Quê?”.

_ Você não...

_ Não tenho mais paciência pra isso Caio. – disse esfregando o pescoço. – Não vou por obstáculos nem tão pouco ficar puto e sair daqui rumo a foça que eu estava pra meses depois te perdoa e voltar, acho que já sofremos o bastante pra duas vidas. Agora tenha em mente que se veio atrás de mim, é com intuito de conquistar novamente minha confiança.

_ Sim, sim, sim! – disse eufórico. – Não vai se arrepender, eu prometo meu amor. – e então me beijou.

_ Podemos voltar pra onde paramos? – disse jogando meu peso pra cima dele.

_ Nananinanão – disse me segurando de novo. – só depois do casamento.

_ Que papo é esse agora? – perguntei sorrindo sem entender nada.

Nesse momento um barulho muito alto de helicóptero nos chamou a atenção e juntos olhamos pra janela em extinto.

_ Acho que nossa carona chegou. – disse se levantando.

_ Carona? Pra onde?

_ Vem, vamos. – ele disse pegando em minha mão para que me levantasse.

_ Pera. – disse enquanto ele me guiava pela mão rumo a saída. – Preciso ligar para o Marcelo.

Ele revirou os olhos, mas disse:

_ Tá, liga. Mas vai rápido.

Assenti com a cabeça e fui até a janela pra ter um pouco mais de privacidade.

Chamou três vezes até ele atender.

_ Oi, Lucas. – ele disse.

_ Oi, onde você está? Que barulho é esse?

_ Pois é, o aeroporto está bem lotado hoje.

_ Como assim você já está no aeroporto? – tirei um segundinho o celular do ouvido para poder olhar a hora. – Deveria está passando lá em casa pra me pegar não?

_ Seu filho me ligou e disse o que iria acontecer. É melhor assim, seja feliz Lucas. Irei em busca da minha.

_ Eu sinto muito, Marcelo.

_ Tudo bem. Acho que isso é um Adeus.

_ É um até mais. Por favor, não me deixa sem notícia, você é muito importante pra mim.

_ Você também é.

_ Boa viagem. Te desejo toda felicidade do mundo.

_ Obrigado. Até mais então, Lucas.

_ Até, meu amigo.

Algo lá no fundo me dizia que ficaríamos sem contato por anos. Apesar de não sentir o mesmo que ele sente por mim, eu gostava dele, ele me ajudou muito nesse período em que fiquei mal.

Já havíamos nos despedido, mas ambos não conseguimos desligar o celular por um ou dois minutos, até ele tomar a iniciativa e criar forças para desligar, aquele “tun tun” que o celular fez reverberou dentro de mim como uma melodia triste de quando algo chegava ao fim.

_ Lucas? Vamos? – Caio chamou me despertando do mergulho que fiz nas lembranças que tinha de Marcelo.

_ Mas e Aquiles. – disse virando pra encara-lo.

Ele abriu um sorriso largo.

_ Já está lá. Todos estão meu amor.

_ Caio! Como assim todos estão? E onde estão? – disse me aproximando dele sentindo a curiosidade transbordar.

_ Vem que você vai descobrir. – disse já me puxando pra fora.

Seguimos de volta para o elevador comigo em seu ouvido implorando pra que ele me desse pistas, o mesmo se manteve calado e só ria de mim.

_ Porque vamos subir? – disse ao notar o andar que ele selecionou, era o térreo. – Ah não, eu não vou. – ao ligar os pontos notei que o helicóptero era a carona.

_ Eu te seguro, não vou te deixar cair. – ele disse ao me trazer pra mais perto do seu copo. Em seguida me beijou me fazendo instantaneamente ficar mais calmo.

_ Só me diz pra onde vamos que precisamos de um helicóptero. – disse enquanto a porta se abria, revelando lá fora, uma gerigonça enorme e assustadora.

_ Vamos pra fazenda.

_ O que vai ter lá?

_ Você disse que era só uma.

_ Mas...

_ Vamos. – disse me tomando pela mão.

_ Como você vai pagar isso? Conseguiu o dinheiro roubado de volta? – disse um pouco alto, pois as hélices já começavam a girar a todo vapor.

_ Ainda não, mas ainda temos bastante dinheiro.

_ Ual.

_ Pera, deixa eu subir que eu te dou a mão.

_ Meu Deus do céu. – disse morrendo de medo enquanto lhe estendia a mão para poder subir.

_ Moço, isso aqui não vai cair não né? – disse para o piloto que riu.

_ Pode ficar tranquilo.

_ E aí Luiz, beleza? – Caio disse o cumprimentando com um aperto de mão. – Vamos voar?

_ Agora mesmo.

Meu coração que já estava em ritmo frenético, acelerou ainda mais quando começamos a sair do chão. Por foça do extinto fechei os olhos e contraí a face em uma tremenda cara de medo e quase sem perceber interrompi o fluxo de sangue da coxa de Caio que por sua vez a tirou de lá e a entrelaçou entre seus dedos, me beijou no pescoço e falou:

_ Ei, vai fica tudo bem. Eu estou aqui. Com os olhos fechados não vai ver nada dessa visão privilegiada.

Me sentido um pouco mais seguro por sentir sua mão tocar a minha e por se mostrar tão confiante, passei a abrir os olhos devagar até estarem totalmente abertos e estupefatos com aquela visão do alto.

_ Ual.

_ Não te falei?

Era uma verdadeira selva de pedra iluminada, não era nem uma imagem deslumbrante de um local paradisíaco, mas mesmo assim era lindo.

Deitei minha cabeça em seu ombro e contemplei nossa viagem sem me lembrar que antes havia sentido medo.

_ Quem foi que denunciou aquilo?

_ Nosso filho. Fez o que estava com medo de fazer a muito tempo.

_ Ele sabia?

_ Ele me pressionou tanto que acabei o contando tudo.

_ Ele não corre risco não né.

_ Não meu amor, já foi tudo resolvido. – disse me tranquilizando.

_ Aquilo é uma festa? – disse apontando para próximo a fazenda onde uma decoração se destacava.

_ Mais ou menos. – ele disse olhando para o local como se sentisse orgulho.

O helicóptero já começava a descer e apesar de ter espaço de sobra na frente da fazenda, a escolha foi por uma área um pouco mais afastada no lado de trás, deduzi uns cinco minutos de caminhada.

_ Me deixa adivinhar, não vai me contar enquanto não chegarmos lá não é?

_ Aprende rápido em. – disse sorrindo.

Assim que nos despedimos do piloto, descemos do helicóptero e começamos a andar de mãos dadas rumo a fazenda, na metade do caminho eu já começava a distinguir uma silhueta próximo a entrada dos fundos da fazenda, não dava pra ver quem era ainda, mas parecia nós aguardar.

_ Sabe quem é? – ele disse apontando pra pessoa.

_ Não é possível. – disse ao perceber de quem se tratava.

_ Lucas! – disse a pessoa com empolgação assim que saímos da penumbra.

_ Caralho Fagner! – disse também empolgado ao soltar a mão de Caio e começar andar a passos largos, em poucos segundos, já estávamos abraçados.

_ Que saudades, cara.

_ Meu Deus, nem me fala. – disse já sentindo que iria chorar DE NOVO.

_ Ah, vei, vai chorar por quê? – ele disse saindo do abraço para em seguida segurar minha cabeça.

_ Ei amor, o que foi? – Disse Caio que até então havia se mantido afastado.

_ É um dia feliz, temos que sorrir.

_ Não estou chorando de tristeza. – disse tentando me controlar. – É que finalmente as coisas estão voltando a ser como era antes, Caio ainda me ama... – fiz uma pequena pausa, ainda tentando conter as lágrimas que se intensificou levemente ao falar o ultimo trecho. – E te ver novamente aqui, é muito bom, dá uma sensação boa de déjà vu, sabe.

_ Abraço coletivo! Vem Caio!

_ Posso participar? – disse uma voz próxima à soleira da porta dos fundos. Era Caique.

_ Vem logo seu cretino! – disse fazendo todos rirem, até ele, que se aproximou para completar o abraço.

_ Uma família novamente. – disse Caio.

_ Nada, ninguém e nem viagem alguma irá nós separar novamente. – Anunciou Fagner, fazendo Caique o olhar estranho, ambos trocaram sorrisos e tão logo soube que aquilo também era novidade pra ele, uma boa novidade, com certeza.

_ Sem mais delongas, os pombinhos aqui precisam se arrumar. – Caique disse desmanchando o abraço.

_ Meu coração não aguenta mais emoção gente, pelo amor, me digam o que tá rolando aqui. – disse colocando sofrimento forçado na voz.

_ Aguenta sim, você é forte. Vem, vamos. – Fagner disse me tomando pela mão, até olhei para Caio que permaneceu no mesmo lugar com o irmão e apenas balançou a cabeça assentindo. Tá né. Desisto de tentar entender algo.

Ao adentrar aquele casarão fui tomado novamente pela emoção que me abateu quando vi que minha família estava de volta, mas dessa vez me forcei a não chorar. Passamos pela cozinha e ao passar pela sala para subir as escadas rumo a um dos quartos, pude ouvi barulhos de pessoas ao longe, mas a porta da frente estava fechada, nem dava pra ver nada.

_ Você desistiu das olimpíadas? – perguntei enquanto subíamos.

_ Foi.

_ Por quê?

Ele parou assim que chegamos ao topo próximo ao primeiro quarto do corredor e olhou para mim.

_ Aquilo não é pra mim, Lucas. Estava perdendo mais do que gostaria de ganhar.

_ Como assim?

_ Estava perdendo o contato com as pessoas que mais amo nessa vida. Uma medalha de ouro que é composta por quase oitenta por cento de bronze, não vale a pena.

_ Caique se fechou com sua ausência, acho que todos nós, inclusive Caio, mudamos um pouco depois que você se foi, era como se faltasse uma peça da engrenagem. Fico muito feliz que esteja de volta.

Ele sorriu.

_ Lembra de como nós conhecemos?

_ Eu estava esperando Caio passar para poder ir junto com ele pra escola, quando você falou comigo, o vizinho novo. – disse com um sorriso bobo ao lembrar-me daquele dia.

_ Nunca imaginei que iria ficar feliz com o dia de hoje. – ele disse andando um pouco para trás para poder abrir a porta do quarto.

La dentro sobre a cama, tinha um terno preto, muito bonito, com detalhe vermelho no bolso e com gravata listrada entre preto e também vermelho.

O olhei e só então notei que ele estava vestido em traje de gala, aliás, Caique também estava. Sabendo que no mínimo iria rolar uma festa em comemoração daquele pesadelo ter acabado eu entrei no cômodo e senti a textura do paletó, parecia coisa fina, ou seja, muito cara.

_ É pra eu vestir?

_ Isso.

_ Deve ter custado os olhos da cara.

_ Com certeza. – Fagner disse rindo.

“Nunca imaginei que iria ficar feliz com o dia de hoje”. “Só depois do casamento”. – veio de repente a minha mente causando uma explosão de claridade sem igual, como não havia pensado nisso antes? Meu Deus.

_ Fagner. – disse com a voz falha ao me virar pra ele que sorria.

_ Finalmente ligou os pontos né.

Era a confirmação que eu queria pra ter certeza. Minhas pernas tremaram com uma mistura de medo, ansiedade e nervosismo que me fez cair sentado na cama boquiaberto.

Eu queria mais do que tudo aquilo, mas será que conseguiria?

_ Fagner, eu não planejei nada. Eu... Eu não posso.

Ele deu um leve suspiro e então se sentou ao meu lado.

_ Sabe quem planejou toda a decoração que está lá fora? Você, Lucas.

_ Como eu posso ter... Ah, foi a muito tempo, não é possível ele ter se lembrado.

Flashback:

(capítulo 33) Quando mais jovens tínhamos ido a fazenda fazer acontecer o reencontro entre Caique e os pais dele que os haviam expulsados de casa quando souberam que o mesmo era gay. Se passado toda essa emoção algumas coisas aconteceram e eu acabei sendo picado por uma cobra venenosa, chovia muito naquele dia e Caio muito desorientado com a situação tomou o caminho errado de volta a fazenda, mas conseguindo graças a Deus, achar uma chácara onde os moradores que também eram gays e tinham uma filha adotiva nos acolheram naquela noite.

– Já pensou como será o nosso casamento? – perguntou me pagando de surpresa com o assunto que há segundos pairava sobre meus pensamentos.

– Quero que seja ao livre, em um lugar em que o verde prevalecesse.

– E se chover?

– Uma tenda grande e circular em tecido branco seria uma boa.

– Hunhun, de dia ou à noite?

– Noite. – respondo convicto. – de preferencia em noite de lua cheia. Assim poderíamos usar como iluminação, velas decorativas, daquelas que tem um perfume agradável. Poderia se estender em linha reta até o altar, seria perfeito.

– Terá tapete vermelho?

– E também pétalas de flores brancas no chão.

– Já é muito batido. A onda agora são folhas verdes. Ficam foda.

– Onde viu isso – perguntei levantando a cabeça para olha-lo.

– Eu que estou dizendo. – disse me puxando para um beijo.

– E nosso traje? Quem vai de vestido de noiva. – ele perguntou rindo.

– Esse alguém não será eu. – retruco sorrindo – Vamos os dois de terno preto. Cada um entrará ao mesmo tempo com um membro da família.

– Huum. Vamos poder nós ver antes?

– Claro que não, dá azar.

Ele riu.

– Pensei que só funcionasse em casamento hétero.

– É melhor não arriscar.

Ele sorriu.

– E as alianças?

– Ouro puro, se não for eu jogo na sua cara. – digo brincando. Ele ri.

– Pressinto que esse casamento vai doer no meu bolso.

– Só um pouquinho.

Retornei com a cabeça ao seu peito e fechei os olhos que já pesavam por conta do sono que aos poucos se instalava.

– Será perfeito esse dia. – digo.

– No final da cerimonia seriam legais fogos de artificio, que assim como no ano novo serve pra marca um novo ciclo, no nosso casamento serviria pra marcar um inicio de uma nova vida.

_ Sim, seria legal.

Fim do flashback.

_ Só saberá quando cruzar a porta lá de baixo. Você sempre quis isso, não vai se perdoar se não for. – Fagner disse me trazendo de volta a realidade.

Ele tinha razão.

_ Você também...

_ O que? Não, Lucas. – disse sorrindo. – Eu e Caique nunca almejamos isso.

Eu estava muito nervoso, mal conseguia respirar direito.

_ Chama Caio aqui, por favor.

Ele pôs a mão na minha perna e disse com a voz mais serena possível.

_ Relaxa cara, você tem que ficar feliz, não nervoso ao ponto de ter um treco, na hora certa vocês vão se ver. Ei, lembra pelo tudo que tiveram que passar no passado para poderem chegarem até aqui? Ele é o amor da sua vida, desde o primeiro segundo de vida de ambos, de certa forma já sabiam que necessitavam um do outro.

Se ele estava tentando me ajudar com o nervosismo falando aquilo, digo que ele havia conseguido, pensar daquela maneira me fez sorrir, o nervosismo ainda persistia, mas nem se comparava com a felicidade que me inundava.

_ É isso ai, Lucas.

_ Valeu meu amigo.

Desde sua vitória sobre a doença que o levaria a morte, seu copo ganhara mais volume e sua voz que antes era suave, ficara mais grossa e seu rosto antes angelical ganhara também alguns pelos e contornos mais, digamos que másculos, mas apesar dessas mudanças, nunca deixou de ser o menino que entrou na minha vida há alguns anos atrás e a bagunçou toda junto a Caio.

_ Agora enxuga essas lágrimas e vai tomar um banho rapidão.

E assim enquanto pensamentos borbulhavam em minha mente e sorrisos bobos fugiam do meu controle assim como algumas lágrimas de pura emoção, eu me apressei no banho, pois estava muito ansioso. Com a ajuda de Caique vesti o terno, coloquei a gravata e alinhei meu cabelo, no final ficou parecendo que a vaca havia lambido, mas mesmo assim, modesta parte, havia ficado lindo.

_ Pronto. Está preparado? – ele perguntou me encarando pelo espelho.

Apesar de ter caprichado no look, havia feito tudo o mais rápido que pude, pois a ansiedade estava nas alturas, mas agora que não tinha mais nada pra fazer a não ser descer e ter o meu momento, eu voltava a ter receio.

_ Quem está aí, Fagner?

_ Seus pais, seu filho, nosso afilhado, alguns colegas seus da escola e vários outros conhecidos tanto seu quando de Caio.

Ficamos em silencio por alguns segundos, ele me analisando e eu tentando não surtar com aquilo até que algo bizarro veio a minha cabeça.

_ Pera. – disse me virando um pouco na cadeira pra poder vê-lo. – Caio não vai tá no altar me esperando com um buquê de flores não né.

Ele por sua vez caiu no riso descontrolado.

_ Essa... Foi boa... Não. – disse tentando se conter. – Ele já deve está te esperando lá fora, na entrada. De acordo com ele, isso foi uma exigência sua, daria azar.

_ Verdade... Vamos logo. Não aguento mais isso. – disse me levantando e indo em direção a porta quando a mesma foi aberta...

_ Cadê vocês? – era Caique. – está todo mundo te esperando.

_ É, eu sou a noiva. – disse passando por ele, mas me detive um pouco adiante – ah... como ele está, Caique?

Ele sorriu.

_ Vai lá e veja você mesmo.

Suspirei e segui o seu conselho, ambos me seguiram. Cada passo que eu dava rumo a porta sentia cada musculo do meu corpo vibrar a medida que ouvia passos, agitação, falas abafadas atrás da porta, poderia até imaginar de olhos abertos o que me aguardava, sentia que dali pra frente minha vida mudaria, as coisas finalmente estavam voltando a se encaixar.

Narrado por Aquiles:

_ Quanto tempo Luan. – disse me aproximando de um ex-colega meu de escola que acabava de chegar. Era da minha altura, ruivo, olhos claros e com algumas sardas charmosas no rosto, estava usando uma blusa verde xadrez com uma calça branca na altura do joelho e sapatênis também brancos.

_ Pensei que já tivesse esquecido da minha existência. – disse de maneira rude. – me diz logo o que quer pra eu poder vazar daqui.

_ Também senti saudades. – disse de maneira debochada, fazendo com que ele me olhasse com cara de “fala sério?”. – Bem, foi a ultima vez que me utilizo daquele vídeo pra lhe chantagear.

_ Por favor, Aquiles, não o publica. – ele disse de forma desesperada. Acabou que fui muito mal interpretado.

_ Toma. – disse tirando um pen drive de dentro do bolso de meu paletó para em seguida lhe dar. – É a ultima cópia que tenho desse arquivo. Juro.

De raiva sua cara se contorceu em uma tremenda confusão mental enquanto olhava para o objeto em sua posse.

_ Porque tá fazendo isso.

_ Porque eu mudei. Me desculpa pelo que eu fiz.

_ Se for realmente verdade, sim, eu desculpo. – disse sem nem pensar duas vezes.

_ Quero que saiba que mesmo tendo te tratado tão mal enquanto estudava aqui na cidade, eu sempre te admirei, lá no fundo eu sempre quis ser você, corajoso, prestativo, bondoso...

_ Não dá pra imaginar. – comentou envergonhado.

_ Mas é verdade. Me desculpa mesmo pelo que te fiz, estou tentando concertar meus erros.

_ Tá desculpado. – ele finalmente colocou o pen drive no bolso de traz, olhou para um lado, depois para outro meio encabulado com o silencio chato que se instalou. – Bem, eu vou indo.

_ Espera! Queria te apresentar a alguém antes. – disse segurando em seu braço.

_ Como assim? Quem?

_ Vem comigo.

Sem fazer mais perguntas ele me seguiu até a parte onde estava toda a comida. Era cedo ainda, logo não havia quase ninguém ainda.

_ Vai me apresentar ao Vini? – ele perguntou quando notou nossa direção.

Surpreso por ele saber o nome de Vinicius, confirmei com um breve “sim”, pude notar certo animação e nervosismo na expressão dele, tão logo soube que seria o cupido do ano.

_ Ei brother, deixa um pouco pros convidados. – disse dando uns tapinhas em suas costas.

_ Ah, oi. – ele disse levando a mão a boca para não vemos sua boca cheia de salgados. Assim que viu que eu estava acompanhado ficou todo sem graça.

_ Conhece o Luan?

_ Claro, era primeiro ano quando eu estava entrando no terceiro não foi? E aí, cara. – ele disse estendendo a mão para Luan que prontamente apertou.

_ I... Isso. Vini... digo, Vinicius né? – disse se atropelando todo com as palavras.

Ele gosta do meu “irmão” – deduzi – isso não poderia ficar melhor.

_ Ah, pode me chamar de Vini mesmo.

_ Sabia que Luan trabalha em uma ong que cuida de animais feridos mano? – disse.

_ Não, é serio? Como é lá? – disse Vinicius se excitando com a conversa.

Eles tinham muita coisa em comum em minha opinião, mereciam se conhecer. Acabou que depois desse assunto da ong, eles engataram em vários outros assuntos, demonstrando uma química de imediato, eu mal falava, por isso decidi pegar uma bebida e ir pra outro lugar, mas não antes de concluir a minha ultima etapa do plano.

_ Mano. – disse chamando sua atenção quando tive brecha. Me aproximei do seu ouvido e disse. – O chama pra beira da lagoa, ele é afim de você manezão.

A cara que ele fez pra mim ao ouvir aquilo foi hilária, de perplexidade pura, quase não contive o riso quando me aproximei de Luan para também cochichar em seu ouvido.

_ Dá em cima dele. – e então bati em seu ombro e me virei deixando os dois extremamente envergonhados.

Dois passos adiante uma menina passou distraída na minha frente e acabou esbarrando em mim, fazendo um pouco da bebida respingar em minha blusa.

_ Puta que pariu. – xinguei dando uns passos para trás. – não olha...

Iria ser rude, mas ao olhar pra ela, me senti incapaz. Era de uma beleza tão rara e angelical.

_ Me desculpa, eu sou muito distraída. – ela disse nervosa sem saber o que fazer com as mãos, se as deixava quietas ou se as usava para enxugar o manchado em minha blusa.

_ Não, tá tudo bem. – disse com cara de bobo. – Só foi um pouquinho de nada. – de repente olhei para trás e vi Vini se afastando com o Luan. – Quem sabe se me dizer qual seu nome, eu te desculpo.

Ela sorriu demonstrando interesse e eu fiz o mesmo.

Narrado por Lucas:

Ao abrir a porta fui tomado por uma emoção que nunca pensei que existisse, Caio já me fez muito feliz, mas nada comparado aquilo, era o meu sonho realizado bem na minha frente. Ele estava um pouco adiante com meus pais, Aquiles e Vini, sobre o gramado em frente da entrada da cerimonia incrivelmente lotada por rostos conhecidos e não tão conhecidos, ele usava um terno parecido com o meu.

Movida pela emoção, minhas penas começaram a andar apressadamente ao mesmo passo que me emocionava mais e mais. Ele sorria enquanto eu me aproximava, todos sorriam.

_ Te amo. – disse quando me joguei em seus braços. Se ele fosse um pouquinhos menos forte teríamos caído na grama.

_ Gostou?

_ Você é louco.

_ Se não fosse pra causar, eu nem teria ido atrás de você. – ele disse arrancando sorrisos em meio às lágrimas.

_ Está igual ao que planejamos há anos atrás, como se lembra?

_ Eu nunca me esqueci, só me acomodei. Mas hoje quero reparar de uma vez por todas esse meu erro.

_ Te amo. – disse mais uma vez.

_ Também.

Sai de seus braços só para poder repousar em outros.

_ A senhora é uma boa atriz – brinquei com minha mãe.

_ Quem dera. Estou muito feliz por você meu filho. – ela respondeu.

_ Meu menino está grande. – disse meu pai emocionado, ainda mais do que a minha mãe.

_ Só agora que percebeu pai? – disse sorrindo.

_ Finalmente vou ter minha família de volta. – disse Vini me emocionando ainda mais.

Se anteriormente havia dito que meu pai estava emocionado, foi porque não havia reparado atentamente em Aquiles ainda.

_ Tá vendo pai, tudo deu certo. – disse choroso.

_ Desculpa por não ter acredito em você. – disse no mesmo estado que ele. – Obrigado por ter cuidado dele, filho.

_ Nada mais importa. – como um lembrete do que eu tinha que fazer, uma trilha instrumental começou a ser tocada, a música? Like I'm Gonna Lose You de Megam Trainor. A mesma tocada no dia em que tivemos nosso primeiro jantar romântico. – Vai ser tudo diferente de agora por diante. – finalizou ao me soltar.

_ Tá preparado amor? – Caio perguntou.

Beijei a testa de Aquiles e limpando as lágrimas confirmei, ele pegou em minha mão e a beijou olhando para mim antes que pudéssemos prosseguir. Meus pais, Aquiles e Vini deram a volta pela lateral. A caminhada até o altar durou quase uma eternidade, pois a todo o momento eu queria emocionado abraçar aqueles que eu conhecia e que estavam perto do “corredor”. Ao chegar lá, meus pais, Caique e Fagner já se faziam presente, e pensei comigo mesmo que não poderiam ter escolhido por mim padrinhos melhores.

_ Conhecidos ainda muito jovens – Começou o Juiz de paz, um cara baixinho, branco e meio calvo assim que eu e Caio ficamos um de frente para o outro. – Lucas e Caio descobriram o amor em uma situação não muito propicia, as pedras jogadas, causada pelo preconceito foram fichinha diante de tantos imprevistos que poderiam ter os afastado precocemente para sempre, mas quando duas almas desde que colocada na barriga de uma progenitora esta predisposta a se encontrarem, não há força no mundo que impeça isso. Como pessoas com duas cabeças, duas cores de olhos diferentes, que tiveram experiências de quase morte ou até mesmo como a pedra preciosa painita, alma gêmeas são raras, muito raras. – ele fez uma pausa e pareceu se emocionar com algo, ate pensei que ele pudesse está se sentindo mal. – E por isso, me emociono, pois não é todo dia que vejo uma, é um privilegio para mim oficializar essa união.

Eu já não mais sabia se chorava ou se ria, acabava por fazer os dois, Caio sempre mais durão que eu, sorria, apesar de algumas lágrimas teimarem em cair. As pessoas batiam palma e ovacionava com assovios as lindas palavras do Juiz de paz que me fez entender por que eu amo tanto aquele moreno a minha frente, mesmo tendo se passado tantos anos e tantas dificuldades.

_ Vamos aos votos agora né. – disse o Juiz quando os nervos dos convidados estavam mais amenos. Meu coração naquele estante foi no chão e voltou, pois eu não havia escrito nada pra falar e convenhamos que eu não estava em situação de falar algo. – Bem, sei que não tiveram tempo para planejar o que iriam falar, então se quiserem pular essa parte... – ele disse salvando minha pele, ou quase, já que Caio pediu o microfone, apesar de também está sem papel.

_ Quando eu conheci essa pessoa maravilhosa, senti algo mudar dentro de mim, não vou dizer que foi amor à primeira vista, por que não foi. – disse fazendo muita gente rir, inclusive eu. – foi como se ali ele tivesse plantado uma semente dentro de mim que germinaria meses depois com sua coragem e doçura, e desde o dia que a palavra “eu te amo” saiu da minha boca, eu tive a certeza que havia encontrado a pessoa por quem eu mataria e morreria – ele falava com os olhos penetrados em mim, era difícil me manter sem chorar. – Lucas, eu te amo e não tenho vergonha de dizer isso pra ninguém.

Os únicos ruídos que se faziam presente eram os barulhos da câmara fotográfica, do meu fungar de nariz e de mais algumas pessoas perdidas no meio da multidão que assistia tudo enquanto Caio falava, se tornando com seu encerramento, batidas de palmas, assovios e vivas ecoando por toda a parte.

Sorrindo me abraçou brevemente e eu muito emocionado peguei o microfone de sua mão, estava nervoso e não tinha muita certeza se o que iria sair da minha boca faria sentido, mas mesmo assim quis o fazer, pois seria injusto da minha parte não fazer o mesmo esforço que ele fez sem ter planejado os votos.

_ Estou muito nervoso e fui pego de surpresa, então se eu falar algo incoerente, relevem. – disse fazendo todo mundo rirem, pouco após de terem se acalmado. – Primeiramente queria agradecer a todos vocês que puderam está aqui hoje, mesmo tendo sido feito tudo às pressas. Pra falar a verdade, não lembro muito bem o momento que passei amar esse moreno, talvez desde o dia em que ouvi seu nome soar como música em meu ouvido. – eu sorri e ele fez uma cara brincalhona para os convidados como se se gabasse do que eu havia dito. – Quando eu falei “eu te amo” pela primeira vez, nem sonhava que um dia ele poderia, não só retribuir como lutar contra o mundo ao meu lado para que esse dia de hoje fosse possível. – Abaixei um pouco a cabeça e após um segundo de pausa, a levantei e olhei para Aquiles sentado ao lado de uma loira bonita na primeira fileira. – Queria agradecer a Teresa que poderia ter levado ao tumulo um ódio crescente de nós, mas preferiu nos apoia e – olhei para Caio. – apoiar o nosso amor. Eu te amei por mil anos e te amarei por mais mil se for preciso. – Finalizei com a letra de uma música que eu amava muito, levando todos novamente ao estéreo.

Devolvi o microfone ao Juiz que esperou calmamente todos se acalmarem com um sorriso no rosto, assim como eu e Caio que hora olhávamos para os convidados, hora nos encarávamos, e foi numa dessas olhada que ele disse apenas batendo a boca:

_ Eu te amo.

_ Eu também. – disse no mesmo esquema.

_ Agora repita comigo, por favor. – disse o Juiz colocando o microfone próximo a boca de Caio. – Eu...

_ Eu, Caio Sobral, te recebo como meu esposo, prometendo-te, ama-te e respeita-te todos os dias da minha vida, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, na alegria e na tristeza, até que a morte nós separe.

_ Lucas, você aceita esse gentleman como seu esposo?

_ Sim! – disse com mais empolgação do que desejara colocar na palavra.

_ Agora sua vez, repita comigo. Eu...

_ Eu, Lucas Medeiros, te recebo como meu esposo, prometendo-te, ama-te e respeita-te todos os dias da minha vida, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, na alegria e na tristeza, até que a morte nós separe.

_ Caio, você...

_ Sim, sim. – disse de forma ansiosa e ainda mais empolgante do que a minha, todos riram.

_ Tá né. – brincou o Juiz. – As alianças! – pediu fazendo Caio olhar na direção de Aquiles que prontamente veio sorrindo ao nosso encontro. Ao se colocar a nossa frente abriu uma caixinha branca de onde Caio tirou uma das alianças douradas e levou ao meu dedo. _ Repita comigo. Lucas, receba...

_ Lucas, receba essa aliança como símbolo do meu amor e da minha fidelidade e com ela, nos unimos para sempre.

_ Sua vez Lucas. Caio, receba...

_ Caio, - disse pegando a aliança das mãos de Aquiles que ficou livre para voltar a se sentar. – receba essa aliança como símbolo do meu amor e da minha fidelidade e com ela, nos unimos para sempre.

_ Se ninguém não tiver nem uma objeção contra esse casamento...

_ E quem é doido? – Caio disse novamente levando os mais atentos aos risos, eu já nem chorava mais de tanto que já tinha rido.

_ Então vós declaro, casados. Podem se beijar.

Nós olhamos sorrindo e no mesmo estante que aproximamos nossos lábios, a música voltou a tocar.

“Então, eu vou te amar

Como se eu fosse te perder

Vou te abraçar

Como se estivesse dizendo adeus”

E no céu, fogos de artificio romperam o pouco silencio que ainda restava no ambiente.

_ Há o inicio de uma nova vida. – ele disse antes me beijar.

Fim.


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Comentários

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E claro, não posso me esquecer de te agradecer LIPE,o autor, na qual o tenho em grande estima.muito obrigado por me proporcionar tantos momentos prazerosos de leitura, te agraço do fundo do meu âmago por isso. Continue escrevendo.

Um pedido de um fã seu.

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“ Não poderia ou jamais conseguiria encerrar essa leitura sem antes deixar um comentário de despedida. O quê eu faço sentindo um enorme aperto no meu coração .”

E tão difícil para mim, aceitar o fim de uma história...😭

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Uma história extraordinária...não sei se mais alguém irá um dia notar este meu singelo comentário,mas, vou publicar assim mesmo:esta narrativa é incrível, bela, singular e apaixonante.sinto um certo pesar toda vez que chego no final de uma história, ainda mais quando a mesma conta com tantas emoções fortíssimas. Mas, uma forma de manter viva essa história é viver intensamente a nossa, nos inspirar nela para buscar a nossa felicidade...espero um dia me conhecer por completo

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Genteeee que história é essa??!!! To apaixonada 💕💕💕 Espero que vc volte a escrever em breve, por q vc arrasa einnn...

Vc posta no wattpad tbm???? Pq vc deveria😘😀😗😀

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Fiquei até desidratada com esse final lindo e emocionante, adorei!!! Parabéns 😤!!!! 👏👏👏👏 💐🙌

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Apaixonante este fim superou todas as minhas expectativas. Desde o começo amei o Caio pra mim sempre foi o Caio e não podia ser outro, há contos que pelo que o outro sofre nós queremos mais e cada um busque seu caminho, mas este em especial o casal só se encaixam juntos...linda história...deveria ter continuidade com Aquiles, este menino me surpreendeu...A história do filho futuro de Aquiles seria ótima. Mais uma vez meus parabéns.... Vou ler suas outras histórias quando postar..

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Vi(c)tor, cara do céu, não sei lidar com tantos elogios rsrs, fico até sem palavras e tbm feliz, claro por ter conseguido passar tantas emoções, valeu amigo, até mais.

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Ameii esse lindo final mas pra dar o toquesinho final poderia ter relatado a lua de mel e os dois trocando juras de amor...bjs

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Nada mais feliz que um final feliz kkk. Amei esta saga. Um abraço carinhoso,

Plutão

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Legalsinho lindo final daria um ótimo curta metragem

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cara, eu tô chorando tanto mas tanto, eu me caguei todo de lágrimas na parte da tereza e enquanto lia fazia um flashback mental desses 1 ano e pouco, já foram tantas coisas q aconteceram e todos leitores e inclusive vc mudaram nesse um ano. é lindo e emocionante ver uma historia linda dessas se finalizar com um final lindo e perfeito como esse. fiquei um pouco mexido pelo caio realmente ter traído ele mas sl sabe, depois tudo se resolveu e tudo ficou bem. o fagner, nossa como eu chorei nossaaaaaaa kkkk. queria finalizar dizendo q vc é um escritor incrível, tens uma capacidade pra escrita impressionante, já nos fez chorar, nos fez rir e sentir todos sentimentos possíveis, e poucos escritos conseguem transmitir todas essas sensações. nunca vou conseguir te dizer o quanto amei e amo esse conto, aí aí so many emotions kkkkkk, muito obrigado e adeus lucas e caio, me sentia amigo deles e agr adeus mas um até logo q nem do marcelo pq irei reler pq sou dessas kkkkkkk.

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Bom , mas queria que o Lucas fizesse o Caio sofrer um pouco kkkk ...bjs

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