Paixão de Um Bissexual No Ensino Médio - Parte 4
Aos leitores,
O dia a dia tá bem corrido e por isso não postei esses dois dias. Irei tentar compensá-los postando dois capítulos hoje. Beijão!
O show iria rolar em uma praia muito conhecida da minha cidade, a Praia de Pirangi do Sul. Como o combinado, fomos eu, Carlos, Gabi, Maria e Matheus para a casa de praia de João, que é lá. Chegamos lá por volta das 3h da tarde. Haviamos combinado de passar a tarde na praia e à noite irmos todos juntos para o show, que era às 21h.
Descemos para a praia lá pelas 16h. Matheus como sempre gostoso, com uma sunga azul que marcava muito o volume dele. Ficamos no mar por umas duas horas, rindo muito, nos divertindo muito. Por algum motivo, Matheus voltou a ser o fofo que era, não sei se pela alegria de estar reunido com os amigos, mas voltou. Brincamos até de briga de galo, eu em cima dele contra João em cima de Carlos (um garoto moreno, bem gordinho e forte). Ganhamos deles e como parabenização Matheus me deu um abraço bem apertado e animado. Fiquei muito feliz de ele ter pelo menos voltado ao normal.
Por volta das 19h subimos para nos arrumarmos. Como a casa de João só tinha o banheiro dele para usarmos - o outro era o dos pais dele que estavam deitados no quarto, então não tinha como usar - ficamos naquela demora de esperar um por um para tomar banho. Matheus foi o primeiro, fiquei logo nu com a toalha amarrada na cintura esperando-o sair. Após uns 10 minutos fui bater na porta.
EU: MATHEEEEUS! Vai logo, tem muita gente pra tomar banho! - gritei. Ouvi o chuveiro desligar e após uns segundos ele falou:
MATHEUS: pode entrar! - abri a porta e me deparei com a seguinte cena: ele estava pelado dentro do box, todo ensaboado e com o pau duríssimo - e se mole já era grande, duro então... tinha 20cm fácil - de frente pra mim.
EU: PUTA MERDA! Você tem que parar de fazer isso comigo, Matheus! - tapei os olhos e já ia fechando a porta quando ele disse:
MATHEUS: não gosta do que vê?
EU: você sabe que gosto... mas é muito vergonhoso pra mim vê-lo assim. Ainda mais se você é hétero, aí fica só o desejo... - falei assim pra ver se ele falava algo sobre o “ser hétero”, mas em vão.
MATHEUS: você não precisa ter vergonha, eu não tenho... e quem tá nu sou eu! - riu.
EU: mas eu tenho, ok? Não faz mais isso se não for rolar mais nada depois... - joguei a indireta e ele só sorriu. Ligou o chuveiro e continuou o banho.
Fechei a porta e me encostei na porta pensando naquela cena. Seu corpo pálido ficava lindo molhado e ele era simplesmente perfeito. Tudo em seu devido lugar, pernas torneadas, abdômen definido, o peitoral e, claro, aquele membro! Foi o maior que eu já havia visto para alguém da nossa idade e, além de grande, era lindo...
Ele terminou o banho e saiu com a toalha amarrada na cintura. Entrei no banheiro e tomei uma ducha bem quente. Pensei na cena que havia acabado de acontecer. Matheus nunca havia sido descarado assim, sempre foi muito fofo, carinhoso e muito na dele. Cogitei a possibilidade de ele ter feito tudo isso porque queria alguma coisa comigo, mas, por outro lado, poderia ter feito só pra me zoar e ver minha reação. Saí do banho e todos foram tomar um também. Me vesti - uma bermuda preta, uma camisa básica salmon e um Vans preto - e gostei bastante do resultado. Eu vinha gostando do meu corpo cada vez mais, mesmo não malhando há muito tempo, via que estava ficando com músculos mais definidos. Me sentia cada vez mais autoconfiante e sentia que podia investir em quem eu quisesse sem medo. Mas com Matheus era diferente, eu tinha medo de o que ele poderia pensar e medo dele se afastar de mim e, por mais que eu odeie adimitir, eu amo muito esse garoto...
Perto das 21h, Maria, João, Gabi e Carlos foram comigo no carro para o show e o Matheus pegou um uber junto com dois amigos dele de uma escola antiga. Chegamos no show e cada um já comprou um daqueles copos de plástico com letra de música pra podermos tomar alguma bebida dentro da arena.
O primeiro show foi de Jorge & Mateus, que eu não curto muito. Sempre fui mais voltado ao pop, reggae e eletrônica. Matheus e João foram andar pela arena para arranjar alguém, o que me deixou um pouco emburrado logo no início da festa. Fiquei junto com Carlos, Gabi e Maria. Como Gabi e Maria têm namorado - namorada, no caso da Gabi, que é lésbica - prometemos ficar juntos pra nos divertirmos bebendo e dançando. Após uma hora e meia de música que nós odiamos, foi anunciado que Alok iria começar. Todos os não Héteros Top gritaram e levantaram os braços. Os Héteros Top e suas respectivas namoradas piranhas vaiaram. Em uníssono, todos os homossexuais, bissexuais, etc vaiaram os héteros e rimos bastante.
Mesmo após anunciado, Alok demorou uma hora para entrar em palco, e nesse período eu consegui ficar bem alterado (rsrs) com as Skol Beats que eu, Maria, Gabi e Carlos estávamos tomando. Quando começou a tocar This Girl saímos da área VIP e fomos pro pé do palco e encontramos Matheus. Como ele é meio tímido tinha vergonha de se soltar.
EU: SE MEXE GAROTO!! - gritei em meio ao som alto. Peguei nas suas mãos e fiquei balançando ele.
MATHEUS: eu não sei dançar muito bem... - fez uma cara que deu pena.
EU: APRENDE! Ué, e cadê seus amigos? - perguntei aproximando-me do ouvido dele
MATHEUS: sairam pra caçar meninas. - falou ao meu ouvido.
EU: e você não foi junto por que?
MATHEUS: não tô a fim disso hoje...
EU: e tá a fim de que?
MATHEUS: só de me divertir com meus amigos mesmo. - deu aquele lindo sorriso que só ele sabe dar.
EU: ENTÃO DANÇA PORRA!! - ri. Começamos a dançar. Após um bom tempo nisso Alok anunciou:
ALOK: ISSO AÍ GALERAAAA!! Agora vou chamar meu amigo Zeeba para tocarmos nosso hit Hear Me Now!
Foi uma gritaria geral! Se alguém lendo esse conto gosta de Alok, sabe que Hear Me Now é uma das músicas mais conhecidas dele - e acontecia de ser a nossa (minha e de Matheus) favorita. Nos olhamos com uma cara de “esse é o nosso momento”, uma cara que até hoje eu me lembro, a cara que me fez ter certeza de que era ele quem eu queria e que isso não ia mudar...
Começamos a dançar abraçados com as mãos entrelaçadas nas costas do outro ao som do assobio da música - quem conhece sabe. Devíamos estar muito fofos juntos, porque não demorou muito pra Maria e Gabi dizerem:
MARIA: AH, SE PEGUEM LOGO!
GABI: O QUÊ QUE VOCÊS TÃO ESPERANDO? BEIJAAA!
Matheus me olhou, depois olhou pra elas e disse:
MATHEUS: ele é só meu amigo... - deu de ombros e fez uma cara meio envergonhada.
Senti isso como uma facada no peito. Se naqueles 5 minutos tinha acontecido o melhor momento do show, também havia acontecido o pior! Quando acabou a música todos aplaudiram e gritaram alto, e eu disse:
EU: tenho que ir pegar uma bebida. - puxei Maria pelas mãos e fomos para o bar.
MARIA: o que ele disse doeu até em mim... - fez uma cara triste.
EU: imagina em mim, viada! - rimos. - Não importa, hoje a gente bebe até cair! Uma garrafa de tequila José Cuervo, por favor. - falei ao barman.
MARIA: Dudu, uma dessas é 250 reais aqui...
EU: tô nem aí, vale a pena. Além do mais, recebi um aumento na mesada.
Paguei à vista, porque infelizmente não aceitava cartão (óbvio, era um stand da Skol em um show de arena). Pegamos a garrafa e fomos para perto da Gabi e do Carlos.
EU: QUEM TOPA?! - gritei e levantei a garrafa.
CARLOS: VIAAAAADO! De onde tu tirou tanto dinheiro?
EU: dei pro Eike Batista! - rimos. - Não faz diferença! Vamos beber!
Após vários “shots” de tequila já tava todo mundo muito doido, terminamos ela em 15 minutos. De longe vi quem eu mais queria ver naquele dia de meu Deus: o Kevin. Ele me viu também e acenou, acenei de volta, chamando-o. Ele veio dançando ao som da eletrônica. Chegou perto de mim e falou no meu ouvido:
KEVIN: eu tava com saudade! - sorriu.
Não falei nada, só o puxei e o beijei. Aquele mesmo beijo voraz da última vez, forte e gostoso. Eu o apertava e pegava em sua bunda. Parei o beijo e disse:
EU: acho que eu também tava com saudades. - sorri.
Ficamos nos beijando por mais um tempo, mas o Kevin teve que ir embora, pois sua mãe estava passando por perto da arena e não poderia pegá-lo mais tarde. Ofereci uma carona mas ele disse que sua mãe não deixaria. Me beijou e saiu. Notei que o Matheus estava me olhando, mas só me virei e fui procurar as meninas e Carlos.
Achei Carlos e Gabi e perguntei.
EU: Gal (apelido carinhoso do Carlos), cadê a Maria?
CARLOS: tá muito bem acompanhada, nem se preocupe! - começou a rir.
EU: COMO ASSIM? Ela tá pegando alguém? MAS ELA TEM NAMORADO!
CARLOS: sim, mona. Vai dizer isso pra ela.
EU: e cadê essa louca?
CARLOS: olha pra trás...
Quando me virei vi a Maria ficando com a Victoria, uma das meninas mais bonitas da escola, ruiva de olhos verdes.
CONTINUA...