Vulcão (5)

Fiquei a olhar o embrulho do presente pensando como curaria aquela ferida que eu mesmo tinha aberto, pensando no quê iria cura-la , eu não sabia lidar com aquilo, era muito novo pra ter sentimentos tão profundos e dolorosos, mas eu apenas sentia, e exteriorizava pelas lágrimas e pelo estado de humor pensativo/deprimido, ’ talvez eu devo parar de falar com ele, é a melhor solução’, lembrei do sonho , ‘mas ele nem tem culpa, sempre fomos obcecados por meninas, quem criou isso foi eu, eu que devo destruir’ era os pensamentos que rondavam minha mente confusa, escuto alguém me chamar no portão, meu coração disparou na hora, é ele.

- Eaê mano! aconteceu algo ? que cara é essa ?

Toco em sua mão (como sempre nos cumprimentávamos) , fiquei em silêncio, olhei em seus olhos, ele estava olhando nos meus, coloquei a mão em seu ombro direito, logo abaixei a cabeça, e me aproximei dele, o abracei forte (foda-se quem olhava).

Aquele abraço significava várias coisas, mas eu não consigo definir sucintamente o que eu estava sentindo naquele momento, talvez conforto de um peito amigo, embora fosse por ele a minha mágoa , perdurou por alguns segundos nosso abraço.

-Parabéns Ricardo. Feliz aniversário.

Minha voz estava rouca, profunda , tentei esboçar uma cara animada.

Puxei o embrulho do bolso, que naquela hora para mim pesava 1 tonelada, eu sentia seu olhar sobre mim, o silêncio do fim de tarde intensificava tudo, eu ainda estava de cabeça baixa, ele levantou meu rosto e me abraçou de volta, me senti acolhido, ‘droga, esse desgramado já está começando a me desarmar’ pensava eu.

-Obrigado mano, só tu lembrou de mim!

Ele falava rindo sem graça, mas, notei sua tristeza interna, radar de dor, tenho acoplado em mim. Ele abriu o presente e o olhar que me observou me valeu o dia, como brilhavam aquelas jabuticabas, ficou a observar o humilde presente e a me olhar, como que me analisando, bufou:

-Fala logo, o que aconteceu, que cara é essa? Tu é meu mano caralho, não pode ficar assim!

Fiquei em silêncio uns instantes.

-Coisas da vida Ricardo, eu crio e não sei lidar.

-como assim mano ?

-é que imagino muito, acabo me perdendo nessa imaginação, e fico triste por ela não ser válida como a realidade é, sabe, o modo do mundo não é meu modo.

-tipo louco ? (rindo)

-sim. Eu sempre vou ser assim, o previsível não me satisfaz. Eu sou esquisito.

-bora ali ?

-peraê mano, só vou calçar minhas sandálias.

Fui indo pra dentro de casa buscar as benditas, e pensando como ele mudava meu humor rápido, como o rosto dele me atraía, como eu era um moleque burro e pau no cu.

Eu nem sabia onde a gente iria, e estava com um sentimento ambíguo, ao mesmo tempo que estava triste, estar ali com ele era bom , algo me dizia para apenas deixar por deixar as coisas como estavam, e afinal ele de nada tinha culpa, estava sendo gentil, e eu só queria esquecer tudo um pouco.

Fomos andando, em poucos minutos já estávamos longe de casa, continuamos em direção à uma área verde, nunca tinha ido , fiquei curioso para onde iríamos, e o perguntei;

-onde vamos ?

-fica tranquilo, lá é ‘moo’ legal.

Continuamos a andança , eu já estava ofegante, o sol ainda nos alcançava, até chegarmos até um local, com veio de água, cercado totalmente por vegetação, lá era muito bonito, Ricardo sempre soube que gostava de coisas naturais.

Eu estava encantado, já nem lembrava das coisas ruins, impressionante a natureza e seu poder.

-caralho mano que foda esse lugar

-sabia que tu ia gostar safado

Fiquei observando o perímetro, tocando nas folhas, encantado com as flores que tinha lá , os insetos, até notar um movimento estranho, brusco, olho pra traz e vejo Ricardo tirando a blusa, droga, começou...

-Caraí tô todo suado mermão

- é eu também suei pra caramba

E agora ? meus olhos já não me obedeciam mais, a pesquisa já se iniciara fiquei olhando seu dorso, , que pele branca, rígida, seus mamilinhos rosados, sentia vontade de tocar eles, de morder , de babar neles, ele estava muito sexy.

Sua bermuda estava folgada, mostrando a alça da cueca de pano, aqueles tecidos finos, delineava a curvatura exata de seu glúteo e a entradinha de sua cintura; nossa! , o peito estufado, e ele me encarando, fiquei imaginando o cu dele , devia ser um tesão que só, puto safado, parecia um homenzinho, meu pau começou a inchar e fiquei com vontade de mijar, mas , pra disfarçar aquela super olhada/análise , logo desconversei:

- caraí man, quero ficar que nem você, todo cheio de músculos e bonitão. Vou dar uma mijada aqui safado

Levantei vacilante e ainda delirando e fui até o caule de uma árvore que ficava bem próximo da entrada e quando estou abrindo a bermuda e tirando a rola semi bombeada pra mijar , ele vem e tira o pau pra fora e começa a mijar junto comigo , com um braço no meu ombro , a mão na rola e olhando pra mim, que tesão. Meu pau começou a endurecer.

Eu ficava muito confuso com as decisões dele, mas acabou que fizemos uma troca de toques, foi muito excitante pois gozamos bastante , mas nem gosto de lembrar muito, porque foi depois disso que ele ficou frio comigo, e depois de algum tempo, foi embora, e quando voltou quem estava congelado era eu.

Quinta parte do conto, espero que vocês tenham gostado, se quiserem posso tentar contar dessa experiência e de um sonho que tive, fudendo ele, que acordei novamente gozado e que me rendeu muitasssss punhetas delirantes, aquela alça da cueca dele, nunca vai sair da minha cabeça, que bunda, que pau.

Crianças...

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