Evan, O Escravo do Rei 1

Um conto erótico de Evan
Categoria: Homossexual
Data: 05/03/2013 23:13:41
Assuntos: Homossexual, Gay, Romance

Capitulo 1 O castelo dos lobos

Prisioneiro, era assim que me sentia, e eu nem sabia onde era essa prisão, o quarto era o mais estéril possível, além da cama simples, basicamente um colchão fino encima de uma armação de ferro, não havia mais nada no quarto. As paredes eram feitos com grossos tijolos cinza escuro, muito similar a pedras. Após algumas horas olhando para elas podia jurar que eu estava em um castelo medieval, a janela do pequeno cômodo retangular ficava acima da linha da minha cabeça, então eu não poderia olhar por ela.

Devo ter acordado do meu coma na noite anterior, era noite lá fora e não havia ninguém para me receber. Eu podia ver movimento pela fresta embaixo da porta de madeira (rustica e pesada, com uma placa de ferro no meio, perecendo ser bem antigo e dava suporte à tranca, o que me convencia ainda mais de que estava em um castelo antigo). A primeira alma viva que eu vi foi um negro alto que entrou no quarto sem se importar muito comigo, carregava uma bandeja na mão, ele usava um tapa olho de couro marrom, me lembrando muito um ator que atuou em um filme de ação, não me lembro o nome agora, mas esse homem que entrava no meu quarto sem me dar a menor atenção era mais novo, aparentando ter no máximo 28 anos. Usava uma jaqueta de couro negra que dava a sua pele chocolate ao leite um tom ainda mais sombrio, seu cabelo era trancado, num estilo muito parecido com rastafári, o farto cabelo era preso atrás, formando uma espécie de rabo de cavalo (com rastafári). A fina camisa branca por debaixo da jaqueta revelava músculos generosos, e seu modo de andar tinha a alta confiança de um vencedor.

Somente ao se aproximar da cama ele percebeu que eu estava sentado, seu olho dourado quase pulou da orbita de surpresa, mas ele não demonstrou outro tipo de reação com corpo. Entretanto ele não me dirigiu a palavra, apenas depositou a bandeja ao meu lado na cama e saiu como um pé de vento pela porta. Eu tentei iniciar uma conversa, mas ele foi-se muito rápido para que eu reagisse.

A bandeja tinha um prato com algo amarelo que eu desconfiava ser mingau e um copo de água, olhei para aquilo desgostoso. Não que eu fosse fresco em matéria de comida, mas a maneira com a qual aquela bandeja tinha sido arrumada me parecia algo que se é dado a um prisioneiro ou algo do tipo. Eu tentei me segurar ao meu orgulho e não tocar no prato, mas meu estomago roncou e minha garganta pinicou de sede, não havia colher, talvez não esperavam que eu estivesse acordado e aquilo tenha sido só uma formalidade. Então desci um pouco mais baixo no patamar de humanidade e comi o mingau com as mãos. Eu me sentia humilhado e quase chorei, mas segurei e o prato de mingau e o copo de agua se foram mais rápido do que eu pensava.

Naquela noite por diversas vezes ouvi barulhos do lado de fora da porta, por duas vezes eles foram seguidos de discursão, eu ouvia o tom alterado de voz se afastando, mas eu não sabia dizer quem era ou o que falavam, a porta era realmente grossa.

Eu não consegui dormir imediatamente, respirei fundo e me concentrei, deixei o pânico tomar conta de mim por exatos cinco segundos, então respirei fundo e analisei a minha situação.

A ultima coisa que me lembrava era Max voltando a sua forma humana, os lobos se submeteram a ele, então aquele deveria ser o grupo de Max. Se aquele era o grupo de Max ele estava a salvo. Vivian disse que nos primeiros meses os dois parceiros de um elo não poderiam se distanciar então Max estava em algum lugar aqui perto.

Eu não havia tentado fugir, o que seria logico, fechando os olhos respirei fundo e percebi que esse lugar não me inspirava perigo nem hostilidade. Me levantei e testei minhas pernas, não deveria estar a cinco anos em coma como nos filmes, porque minhas pernas ainda estavam firmes, um pouco tensas, mas eu ainda sabia caminhar.

Deitei-me novamente, pensei que não conseguiria dormir aquele quarto escuro, cuja única fonte de luz agora vinha de debaixo da porta e da janela que aparentemente ficava perto de alguma fonte de luz, um poste ou algo do tipo.

Mas eu apaguei e só me dei conta disso quando algo do lado de fora me chamou a atenção, não sei por que acordei, mas tinha alguém do lado de fora do cubículo onde estava confinado. Minha respiração acelerou, eu via nitidamente duas sombras, uma de cada pé, meu pensamento repetia o nome dele sem para, repetia tanto que eu não pude falar. Mas então uma voz feminina surgiu de outro ponto do lado de fora, ela falou e se alterou, mas eu não pude determinar o que dizia. Então a sombra sumiu.

Depois disso não consegui mais dormi e nada me dava ideia de onde eu estava ou do que se passava naquele local.

Pela manha o astro de cinema voltou, silencioso como sempre, mas dessa vez trouxe consigo uma espécie de criado mudo, para colocar ao lado da minha cama. Minha prisão ganhava moveis, que ótimo!

“Vai continuar ignorando minha existência?” eu disse no tom mais forte que consegui invocar antes que ele saísse do meu quarto, de costas para mim ele abaixou o rosto e presumo eu que ele sorriu.

“Você é mesmo muito corajoso, ou imbecil.” E dito isso se foi.

Somente retornou quando o sol estava a pino, calculo eu que era meio dia. Ao entrar dessa vez ele olhou para mim, seu olho dourado se fixou em mim até ele depositar a bandeja com mais mingau e agua no criado mudo.

Eu não ousei iniciar a conversa agora, se isso era um jogo estava na hora de começar a jogar.

Ao invés de sair ele fechou a porta e se encostou ao lado dela. “Você também é inteligente, eu aprecio isso, agora entendo como você foi capaz de me tirar um olho.”

Eu congelei. Minha primeira reação foi negar, que absurdo, eu nunca tinha visto aquele homem na minha vida, como eu teria tirado um olho dele. Então aquela noite na floresta me atingiu em cheio. A noite em que fui parar na fazenda do irmão do meu chefe e fui atacado por lobos.

LOBOS!!!

Minha visão ficou turva com a injeção de adrenalina, em um só salto eu pulei da cama, me colocando ao lado dela, com as pernas abertas na mesma largura dos ombros ergui meus punhos. Na minha frente estava o lobo que tinha me atacado na floresta, aquele na qual eu enfiara um galho seco no olho.

Na mesma posição que ele estava continuou, somente seu olho brilhou um pouco mais.

“Bons instintos, e sabe lutar também.”

Eu estava à beira do pânico, mas ele estava me analisando.

“Agora deite-se evan, eu não vou me vingar, isso vai ser curado na próxima lua cheia.”

Eu considerei mais um pouco, mas não senti ameaça em seu tom de voz, relaxei e sentei na cama, ainda mantendo ela entre nós dois.

“Foi-me permitido conversar com você, pelo visto vai ficar muito tempo entre nós.”

“E onde exatamente eu estou?”

“Aqui é a sede da nossa matilha, a fazenda Castelo dos Lobos”

Eu olhei ao redor, estava certo, estava mesmo em um castelo.

“Então você é igual ao Max, um lobo.”

“Alguns preferem o termo Lycano. E eu não sou como Maximilliam, eu sou um gama, Maximilliam é um alpha, o rei.”

“Se ele é o rei, porque você nos atacou aquela noite?”

O homem pareceu envergonhado.

“Nós não sabíamos que era o alpha, o cheiro dele mudou depois do feitiço, vocês entraram aqui na lua cheia, só estávamos defendendo nosso território.”

Ele se virou para sair. “Olha, Evan, as coisas não serão fáceis para você por aqui, eu mesmo não simpatizo com toda a situação, mas eu admiro sua coragem, e sou grato por defender nosso alpha, e devolver sua humanidade.”

“Qual seu nome?”

Ele se virou para mim novamente, a boca aberta em surpresa. “Erm. Bem, meu nome é Salvador.”

Eu acenei com a cabeça. “E eu sou um prisioneiro aqui Salvador?”

“Não! Meu deus, não, eu fecho a porta para te proteger, e na verdade, queremos evitar que você fuja, você entende que o elo é ainda muito novo, não queremos correr risco, a porta está destrancada, tem um banheiro no fim do corredor para você usar.”

Ele se virou para sair novamente, então parou e considerou. “Evan, seria melhor você não sair andando por ai, todos sabem que você não pode morrer, mas ainda não descobrimos quem traiu a matilha, temos que manter você e o alpha em segurança.”

Dito isso ele se foi. Comi minha dieta de mingau e agua e abri a porta, era um longo corredor, com portas de madeira semelhantes a minha em ambos os lados, contei 6 portas de cada lado, do lado direito da porta havia algo que se parecia com uma escada, do lado esquerdo uma porta no fim do corredor, deveria ser ali o banheiro, enquanto eu caminhava pude perceber tapeçarias penduradas no vão entre as portas, cenas desenhadas mostrando lobos fazendo todo tipo de atividades, desde caçar a uivar para lua, e uma mostrava dois lobos cruzando.

Talvez eu esperasse encontrar uma latrina no banheiro e um balde para me lavar, mas quando abri a porta um banheiro espaçoso me aguardava, pia de mármore e cerâmica negra no chão e paredes, atrás da porta havia um espelho que cobria toda sua extensão. A espaçosa área da ducha era separado do resto por um blindex escuro. Havia uma cadeira de plástico com toalhas e sabonete, acho que passei horas debaixo da ducha.

Quando sai e me olhei no espelho fiquei chocado, eu estava mais magro do que jamais estive, meus poucos músculos não se esvaíram, mas estavam bem mais definidos agora devido a massa que perdi, não era de todo o mal, mas era alarmante. Ainda tinha olheiras e meu cabelo estava um pouco maior, ou teria sido impressão minha? Fiz uma nota mental de perguntar a Salvador quanto tempo estive desacordado.

Ao sair do banheiro, vestindo um moletom branco genérico que me foi deixado junto com as toalhas acabei não resistindo, Salvador disse que eu não era um prisioneiro, e eu precisava explorar esse lugar fascinante, então ignorei a entrada do quarto mesmo marcando sua localização segui no rumo das escadas e desci, não havia corrimão, apenas uma descida íngreme, a escada devia ter uns 20 degraus, a pedra do chão era a mesma dos outros pisos, muito parecida, mas um pouco mais porosa do que as da parede e mais escura também. O castelo tinha um tom sombrio, mas de alguma forma confortante, e agora com o moletom percebi que era bastante frio também.

No pé da escada havia um salão grande, do lado oposto uma lareira apagada, daquelas de filmes. Apesar de a construção ser rustica os moveis e a tecnologia eram modernos, havia três sofás de cinco lugares de frente para a lareira, formando um ‘u’ , no meio deles diversos tapetes confortáveis, provavelmente pelegos, de cor quase branca. Na estante ao lado da escada vi um telefone desses de mesa, sem fio.

Tom, meu irmão precisava saber que eu estava bem. Dirigi-me a ele quando ouvi vozes vindas da porta ao lado da estante, era uma porta grande, dupla, feita com madeira vermelha. Ela estava entreaberta e percebi que havia um debate ocorrendo lá dentro.

“Talvez ter um ômega macho seja um privilegio, isso é muito raro entre nós, as matilhas que tem um alpha e ômega machos são sempre prósperas.” Essa era a voz de Salvador.

“É uma vergonha! Maximilliam jamais aceitará isso, nós deveríamos matar ele agora e seguir com o plano original, Maximilliam é comprometido!” essa voz era bem mais bruta, carregada de ódio, ela provavelmente vinha de um orc ou algo parecido.

“O que podemos fazer contra os desígnios do destino?” essa voz era mais suave, feminina e tinha uma nota de tristeza, tive que m e aproximar mais para escuta-la.

“O elo foi formado e cementado, não podemos matar o humano, o alpha enlouqueceria.” Salvador novamente, ele cada vez mais ganhava espaço no meu coração.

“Em circunstancias naturais isso nunca aconteceria, isso não é natural, como a linhagem real vai se manter?” o orc argumentava novamente.

“Mas isso não é uma situação normal, Dior. Tentaram matar nosso rei, alguém entre nós nos traiu, foi graças ao humano que o alpha está vivo, ele salvou a vida dele duas vezes, talvez até mais.” Mais uma anotação mental, dar um abraço e um beijo em Salvador.

“Ninguém faz ideia de quem tenha nos traído?” A voz feminina novamente.

“Não, Cobak está a caminho, enquanto isso ordenei a todos que se afastassem da propriedade, para manter a segurança do alpha e do ômega, apenas nós cinco estamos no castelo agora.”

“Não o chame de ômega!” o orc havia se descontrolado agora. “Eu não o aceito como ômega, ninguém vai aceita-lo como ômega, ele é um lixo, e seu cruzar com ele vou mata-lo. Na verdade, eu tenho certeza que esse viado quem armou tudo isso, a maldição, a emboscada, tudo para se aproximar do alpha!”

Meu sangue começou a ferver na medida em que o tom de voz dele ia aumentando, meus punhos se fecharam e antes que percebesse eu estava empurrando com tudo as portas e procurando a fonte das calunias.

Salvador estava mais próximo a mim, de costas, uma linda loira, tão alta e elegante quanto Salvador estava em pé mais adiante, e de frente para Salvador estava o caluniador, provavelmente a quem Salvador se referiu como Dior, seu rosto ainda estava vermelho em fúria, o cara devia ter uns dois metros de altura no mínimo, era branco e loiro como um viking, e grande como um armário, mas minha raiva me fez enxergar em vermelho.

“Como se atreve! Quem é você para me julgar, você nem me conhece, se me conhecesse saberia que eu nunca, nunca seria capaz de ir tão baixo para estar com alguém!”

Eu agora estava frente a frente com o viking, que usava calças jeans justas e camiseta regata, expondo diversas cicatrizes em seus braços massivos, ele olhava para baixo e eu olhava pra cima, mas não me senti inferior a ele, a ira me dava uma auto confiança incrível, e provavelmente burrice infinita.

“Eu não te dou o direito de me caluniar, se abrir a boca para falar algo de mim vai ter que provar, me entendeu?” seu olhar era de fúria pura, seus olhos azuis estavam gélidos, mas eu não recuei, e nem ele recuou, ficamos nos encarando, ele mostrou os dentes e eu mostrei também, mais um pouco e iriamos começar a mijar um no outro para provar nossa masculinidade. Mas uma mão suave desceu no ombro de Dior.

“Dior, por favor, aqui não, não faça uma besteira.” A moça loira afastou Dior, seu toque teve um efeito tranquilizador nele, mas ela me lançou um olhar apreensivo e algo parecido com ressentimento, em um segundo ela me escaneou da cabeça aos pés.

Olhei para trás e Salvador estava com a mão na testa, balançando a cabeça. “Isso não vai acabar bem...”

Dei uma breve analisada no local onde estava, era parecido com um hall, um salão, era bem amplo, um tapete vermelho com listras amarelas no centro e aos lados três colunas gregas enfeitava, o tapete vermelho terminava em um vitral colorido e bem grande, quase ocupava toda a parece oposta a entrada, e em frente a esse vitral tinha uma grande cadeira, eu só poderia descrevê-la como um trono, quando meu olho se acostumou com a luz que vinha do vitral eu pude ver quem estava sentado ao trono.

Max, meu Max. Ele estava vestindo uma calça de couro, suas pernas estavam cruzadas e a cabeça apoiada no braço direito, ele estava atento a conversa o tempo inteiro, a camisa branca de mangas curtas tinha botões abertos revelando seu peito cabeludo, eu poderia devora-lo ali mesmo, minha vontade era me jogar me seu braços, mas então vi o olhar frio que ele me lançou.

“Ah, que nojo, ele está exalando feromônios, tirem ele daqui.”

Lancei um olhar de puro ódio a Dior, a mulher olhava para Max, analisando sua reação.

Max olhou para ela, e então disse a Salvador sem olhar para mim. “Leve o humano de volta para seu quarto.” Sua voz saiu fria e cortante como uma navalha.

Meu coração parecia que ia se partir, eu não conseguia respirar, humano?

“Max....”

Então ele se ergueu, em toda sua gloria e fúria, seus cabelos balançaram com a força do seu movimento.

“MEU NOME É MAXIMILLIAM!!!”

Todos ali presente soltaram um som parecido com um ganido e se encolheram ante a força e fúria das palavras de Max, menos eu, estava chocado demais para me mover e só quando Max e sua cara retorcida de fúria sumiram do meu campo de visão percebi que Salvador me puxava de volta para o quarto.

“Você é mesmo muito burro, eu te avisei para se manter aqui, a pior coisa que podia ter te acontecido é ter Dior contra você.”

Salvador me atirou encima da cama e fechou a porta, mas se manteve dentro. Eu não respondi, ainda estava chocado com a maneira com a qual Max reagiu. Ele parecia não me conhecer, pior, aquele olhar frio me transmitiu desprezo.

Que idiota, eu havia sido avisado, não havia? Maximilliam era mal. Quando as coisas começaram a se encaixar e minha mente começou a trabalhar furiosamente Salvador me tirou dos devaneios.

“Hey, está me escutando?”

Eu foquei nele, surpreso dele ainda estar ali, e mais surpreso da expressão divertida que tinha nos olhos, seria aquilo orgulho?

“Você tem muita coragem, ninguém nunca peitou Dior daquele jeito, ele é o beta da matilha, essa posição só é dada a quem é membro da família real ou braço direito do alpha, como é o caso de Dior.”

Eu não tinha o que falar, apenas abracei minhas pernas e abaixei a cabeça, Salvador pareceu ter se tocado disso, antes de sair ele disse sorrindo. “A partir de agora me chame de Sal, é como meus amigos me chamam.” E dito isso se foi.

Salvador não voltou novamente aquele dia, nenhuma refeição foi trazida e eu julguei ser um castigo ou algo parecido, o que era loucura, eu não era uma criança para ser punida e colocada de castigo.

Mas também não desci, não sai do quarto. Eu tinha que pensar bem a respeito do meu próximo passo, que provavelmente seria ligar para Tom e pedir para ele me buscar, ou resgatar, caso fosse necessário.

Quando a noite caiu eu afastei o criado mudo e o coloquei abaixo da janela e subi encima dele para ter uma visão do lado de fora. Eu via um campo gramado circundando a casa, para minha surpresa o lado externo era em estilo colonial, provavelmente para manter aparências, somente o lado interno se assemelhava a um castelo medieval, dos dois lados eu vi balcões, então meu quarto era o único sem vista, eu estava no segundo andar, a vista era para a mata, então deveríamos estar no fundo da propriedade, provavelmente onde eu tinha visto as luzes na minha primeira trágica visita a esse local.

Eu ainda estava encima do criado mudo quando a porta se abriu e a moça loira entrou por ela. Tinha o cenho franzido e demonstrava preocupação, não comigo com certeza, mas sua expressão mudou quando me viu encima do móvel.

Ela trazia outra bandeja e me olhou tentando determinar o que eu estava fazendo, ensaiou algumas palavras mas não conseguiu formar nenhuma, coitada. Eu vagarosamente desci do móvel, e me sentei na cama novamente, cruzando as pernas sob mim, tipo como os monges fazem quando meditam, era minha posição preferida de sentar no chão ou na cama, remanescente das minhas aulas de artes marciais.

Ela levou a bandeja até o criado mudo que continuava abaixo da janela, numa rápida olhada vi que era mais mingau. Meu nariz deve ter retorcido automaticamente pois ela olhou para mim e sorriu.

“Isso não é uma punição, seu estomago ainda não deve estar resistente o bastante para comer algo pesado, você ficou apagado por cinco dias.”

Sua voz era melodiosa, mas aquele mesmo tom de tristeza e incerteza que eu tinha detectado antes ainda estava lá. Ela se dirigiu até a porta, como se fosse sair, mas ponderou e se virou para mim denovo, tentando manter uma firmeza que não me convenceu.

Mas parecia que ali todos estavam muito incertos quanto a conversar comigo ou não.

Ela apertava suas próprias mãos, incerta de como conversar a conversa.

“Qual seu nome? Perguntei no tom mais suave possível de voz, e coloquei no rosto o sorriso mais amigável possível.

“M-Melissa.” Então ela exalou o ar que estava retendo e relaxou um pouco, veio até a cama e se sentou do lado oposto ao meu, a posição de seu corpo levemente inclinado em minha direção e seus grandes olhos me indicavam que ela estava a beira do desespero, perdida, querendo respostas...

“É verdade? Você é mesmo o matêe do alpha?”

Seu tom de voz estava me matando, seu rosto não era feito para sofrer, era feito para ser exaltado. “E-eu sinto muito.”

Então sua expressão mudou, foi de tristeza para determinação. “Eu não vou desistir dele, eu amava ele muito antes de você aparecer!”

Então ela saiu como um furacão porta afora.


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Comentários

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20/08/2015 23:05:31
Uau, que loucura tudo isso, uma baita reviravolta
10/03/2013 21:27:19
mtu bom
08/03/2013 14:28:59
Apenas babando a cada parte lida, está maravilhoso!!!
Iky
07/03/2013 21:26:59
Cara parabéns, estou impressionado com sua história. Espero pela continuação.
06/03/2013 20:48:16
Uau! Está incrível!
06/03/2013 19:44:10
Adorando o conto novo, e odiando a forma como o Max ta tratando o Evan, e o Ivan dessa estória e o mesmo de Brutalidade? Espero que o Ric apareça logo pra ajudar o Evan, e que ele disperte logo seu lada nefling.
06/03/2013 19:40:54
Eu achando que o Evan e o Max iam se dar bem agora, fiquei chocado com a atitude do Max, acho que Tom é o Traídor. Cara você escreve muito bem.
06/03/2013 14:48:24
Que mal agradecido esse Max aff.
06/03/2013 14:08:43
Haa quero ver se o Max vai ficar tratando o Evam assim!
06/03/2013 12:34:59
se eu fosse o evan eu ia embora
06/03/2013 12:15:51
Eu não vou falar o que eu acho que está acontecendo com Max porque é chato quando as pesoas falam a história toda pelos comentários, mas só digo uma coisa , ainda gosto do Max
06/03/2013 09:01:39
o Evan vai virar esse jogo,com certeza.
06/03/2013 08:42:07
QUe ódio do Mas. Sò não penso em bater nele pq, decerto, morreria. Enfim, parabéns pelo conto e vê se não demore tanto a postar, pois a história está mais que envolvente.
06/03/2013 06:32:25
Affs Que nojo de Max-não-das-quantas! Continua que eu estou gostando muito.
06/03/2013 06:16:39
Adorei,ficou maravalhoso... Mais o Max não vai lembrar do Evan? continua logo
06/03/2013 05:31:34
Nossa! Tá muito complicada a situação do Evan. Eu, realmente, gostava do Max - quando o nomeavam de King ou homem-sonho - mas agora... E tipo, ele era comprometido com Melissa e quando retornou a forma 'humana', com certeza lembrou-se disso, e não sabe o que fazer com o Evan, já que o mesmo é seu mateê. Espero que o Rick seja inserido rapidamente na história, pois quero ver o que ele fará com o amado. Tom não pode morrer :(
06/03/2013 02:25:23
06/03/2013 02:25:21
Aaaaaaaaaah,muito bom! Fascinante,surpreedente!gosto de muitos contos da casa mas o seu e o do Luke sao especiais! Continua logo pelo amor de deus!!?
06/03/2013 02:17:24
poxa, to arrazado com o max, realmente torcia por vcs. nao curto mto o ric nao!
06/03/2013 01:16:03


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