Belo desastre - 15
- O que? Não me diga que você também acredita nessa besteira!
- Eu não disse nada! - ela exclamou.
Fiquei encarando-a, sem acreditar.
- Mas é isso que você acha?
América balançou a cabeça em negativa, mas não falou nada. Os olhares glaciais dos outro alunos ficaram subitamente aparentes, então me levantei e fui até a ponta da mesa.
- Precisamos conversar - disse, dando uns tapinhas no ombro do Travis.
Tentei parecer educado, mas a raiva que borbulhava dentro de mim colocou uma ponta de tensão em minhas palavras. Todos os alunos, incluindo a minha melhor amiga, achavam que eu estava envolvido com dois homens. Só havia uma solução.
- Então fale - disse Travis, enfiando algo empanado e frito dentro da boca. Fiquei inquieto, notando os olhares curiosos de tudo mundo que estava perto a ponto de ouvir nossa conversa. Como Travis não esboçou nenhum movimento, agarrei o braço dele e dei um bom puxão. Ele se levantou e me seguiu até o lado de fora com um sorriso no rosto.
- Que foi, Flor? - perguntou, olhando para minha mão em seu braço e depois para mim.
- Você tem que me liberar da aposta - implorei.
A expressão em seu rosto era de decepção.
- Você quer ir embora? Por quê? O que foi quee eu fiz?
- Você não fez nada, Trav. Você não notou o olhar de todo mundo me encarando? Estou me tornando rapidamente o vadio da Eastern.
Travis balançou a cabeça e acendo um cigarro.
- Isso não é problema meu.
- É sim. O parker me disse que todo mundo acha que é suicidio ele se envolver comigo porque você está apaixonado por mim.
Travis ergueu as sombracelhas e engasgou com a fumaça que tinha acabado de inalar.
- As pessoas estão dizendo isso? - ele me falou entre tossidas.
Fiz que sim. Ele desciou os olhos arregalados, dando outra tragada no cigarro.
- Travis! Você tem que me liberar da aposta! Não posso ficar saindo com o Parker e morando com você ao mesmo tempo. Isso passa uma péssima impressão!
- Então pare de sair com o Parker.
Olhei furioso para ele.
- O problema não é esse, e você sabe disso.
- É só por isso que você quer ir embora? Por causa do que as pessoas estão falando?
- Pelo menos antes eu era tido como sem noção e você o cara mau - resmunguei.
- Responde minha pergunta, Flor.
- Sim!
Travis olhou para o fundo, para os alunos que entravam e saiam do restaurante. Ele estava tomando uma decisão, e fui fiicando cada vez mais impaciente enquanto ele demorava para faze-lo.
Por fim, ele se manteve firme e decidido.
- Não.
Balancei a cabeça, certo de que tinha entendido errado.
- Como?
- Não. Você mesmo disse: aposta é aposta. Depois de um mês, você cai fora com o Parker, ele vai virar médico, vocês vão se casar e ter dois filhos e meio, e eu nunca mais vou ver você de novo. - ele fez uma careta para suas próprias palavras. - Ainda tenho três semanas. não vou abrir mão disso por causa de fofocas no refeitório.
Olhei pela janela e vi que o refeitório inteiro estava nos observando. Aquela atenção toda fazia meus olhos arderem. Esbarrei nele com os ombros e fui em direção à sala de aula.
- Beija-Flor - Travis me chamou.
Não me virei.
Naquela noite, América se sentou nos ladrilhos do banheiro e ficou falando dos meninos enquanto tentava dar um jeito nos meus cabelos, que já estavam na hora de cortar, na frente do espelho. Eu não estava prestando muita atenção, pensando em como Travis vinha sendo muito paciente - para os padrões dele, claro -, sabendo que ele não gostava da ideia de o Parker ir me buscar pra sair noite sim, noite não.
Passou como um lampejo pela minha mente a expressão em seu rosto quando pedi que me liberasse da aposta e, novamente, quando disse a ele que as pessoas estavam falando que ele estava apaixonado por mim. Eu não conseguia parar de me perguntar por que ele não tinha negado isso.
- O Shep acha que você está sendo duro demais com ele. Ele nunca teve ninguém com que se importasse o basstante para...
Travis enfiou a cabeça na porta e sorriu enquanto me olhava mexendo nos cabelos.
- Quer ir comer alguma coisa? - ele me perguntou.
América se levantou para olhar no espelho, passando os dedos nos cabelos dourados para penteá-los.
- O Shep quer ir num restaurante mexicano novo que abriu lá no centro. Se vocês quiserem ir também...
Travis balançou a cabeça eem negativa.
- Pensei em sair sozinho com o Flor hoje.
- Vou sair com o Parker.
- De novo? - ele falou, irritado.
- De novo - respondi animado.
A campainha tocou e passei correndo por Travis para abrir a porta. Parker estava parado na minha frente com os cabelos arrumadinhos, naturalmente loiros e ondulados, e o rosto bem barbeado.
- Você alguma vez está menos do que maravilhoso? - ele perguntou.
- Tomando como base a primeira vez que em que ele veio aqui, vou dizer que sim - comentou Travis atrá de mim.
Revirei os olhos e sorri, erguendo o dedo para que Parker me esperasse. Então me virei e joguei os braços em volta de Travis, que ficou rígido e surpreso depois relaxou, me abraçando forte.
Olhei nos olhos dele e sorri.
- Obrigada por organizar minha festa de aniversário. Podemos deixar o jantar para outro dia?
Diversas emoções passaram pelo rosto de Trav, então os cantos de sua boca se voltaram para cima.
- Amanhã?
Dei um apertozinho nele e abri um sorriso.
- Com certeza.
Eu me despedi dele com um aceno, e Parker me pegou pela mão.
- O que foi isso? - ele quis saber.
- Não estamos nos dando muito bem nos últimos tempos . Essa é a minha versão de bandeira branca.
- Preciso ficar preocupado? - ele me perguntou abrindo a porta do carro.
- Não - beijei-o no rosto.
Durante o jantar, Parker falou sobre Harvard, a Casa e seus planos para procurar um apartamento. Suas sombracelhas se juntaram, e ele me perguntou:
- O Travis vai acompanhar você na sua festa de aniversário?
- Não sei. Ele não me disse nada sobre isso.
- Se ele não se importar, eu gostaria de te levar.
Ele segurou minhas mãos e beijou meus dedos.
- Vou perguntar a ele. A festa foi ideia dele, então...
Eu entendo. Se não der, vejo você na festa - ele sorriu.
Parker me levou até o apartamento, diminuindo a marcha e parando no estacionamento. Quando demos nosso beijo de despedida, os lábios dele see demoraram sobre os meus. Ele puxou o freio de mão e sua boca viajou pela linha do meu maxilar até minha orelha , depois foi descendo até meu pescoço, o que me pegou com a guarda baixa. Em resposta, suspirei baixinho.
- Você é tão lindo - ele sussurrou.
Ele encheu meus pescoço de beijos e soltei o ar, deixando um gemido escapar.
Parker se concentrou em meus lábios. Pegou cada lado do meu rosto e me beijou com um pouco mais de firmeza do que costumava. Não tinhamos muito espaço dentro do carro, mas nos viramos como pudemos. Ele se curvou sobre mim, e dobrei os joelhos enquanto se apoiava na janela. Sua lingua deslizou na minha boca, e sua mão segurou meus tornozelos e subiu até minhas coxas. As janelas ficaram embaçadas em poucos minutos, por causa da nossa respiração ofegante. Ele passou os lábios em minha clavícula, então ergueu rápido a cabeça quando a janela vibrou com pancadas ocas e altas.
Parker se sentou e eu me endireitei, arrumando minhas roupas amarrotadas. Dei um pulo quando a porta se abriu. Travis e América estavam parados ao lado do carro. América estava com a testa franzida, mas solidária a minha situação, já o Travis... parecia faltar muito pouco para que ele tivesse um acesso de fúria.
- Que é isso, Travis?! - Parker gritou.
De repente, senti a situação ficar perigosa. Nunca tinha ouvido Parker erguer a voz, e os nós doos dedos dele estavam brancos enquanto ele cerrava nas laterais do corpo - e eu estava entre os dois. A mão de América parecia minúscula quando ela colocou no braço musculoso de Travis, balançando a cabeça para Parker em um aviso silencioso.
- Vem, Kevin. Preciso conversar com você - disse ela.
- Sobre o que?
- Vem logo! - ela exclamou.
Olhei para Parker e vi irritação em seus olhos.
- Desculpe tenho que ir.
- Não, tudo bem. Vai em frente.
Sai do Porsche, dispensando a ajuda de Travis, que fechou a porta com um chute. Eu me virei e fiquei entre ele e o carro, empurrando-o pelo ombro.
- Qual é o problema com você? Para com isso!
América parecia nervosa. Não levei muito tempo para descobrir o motivo. Travis fedia a uísque; ela havia insistido em acompanha-lo até ali, ou ele tinha pedido que ela fosse com ele. De uma forma ou de outra, ela era um obstáculo para a violência.
As rodas do Porsche reluzente de Parker guincharam quando ele saiu, do estacionamento, e Travis acendeu um cigarro.
- Pode entrar agora, Mare. - disse Travis.
Ela deu uum puxão na minha blusa.
- Vamos, Kevin.
- Por que você não fica, Ké? - ele falou, borbulhando de raiva.
Fiz um sinal com a cabeça para que América seguisse em frente e, relutantre, ela se foi. Cruzei os braços proto para brigar, me preparando para explodir depois do invevitável sermão. Travis deu vária tragadass no cigarro, quando ficou claro que ele não explicaria nada, minha paciência se esgotou.
- Por que você fez isso? - perguntei.
- Por que? Por que ele estava atacando você na frente do meu predio! - ele gritou.
Seus olhos não tinham foco, e pude ver que ele não estava em condições de ter uuma conversa racional.
Mantive a voz calma.
- Posso estar ficando no seu apartamento, mas o que eu faço, e com quem, é da minha conta.
Ele jogou o ciigarro no chão.
- Você é tão melhor que isso, Flor. Não deixe o cara te comer no carro como se você fosse uma dessas pessoas fáceis.
- Eu não ia transar com ele.
Ele fez um gsto indicando o espaço onde estava o carro do Parker.
- Então, o que vocês estavam fazendo?
- Você nunca ficou de amassos com alguém, Travis? Nunca ficou só brincando, sem deixar as coisa chegarem a esse ponto?
Ele franziu a testa e balançou a cabeça, como se eu estivesse falando bobagem.
- Qual é o propósito disso?
- Para um monte dde gente, existe esse conceito... especialmente para aqueles que namoram.
- Como eu ia saber o que vocês estavam fazendo? as janelas do carro estavam embaçadas e o carro balançando! Como eu ia adivinhar?
- Talvez você não devesse ficar me espionando!
Ele esfregou o rosto e balançou a cabeça.
- Não aguento isso, Beija-Flor. Sinto que estou ficando louco!
- Você não aguenta o que?
- Se você for para a cama com ele, não quero ficar sabendo. Vou ficar na cadeia um bom tempo de descobrir que ele... Só não me conta.
- Travis - falei com raiva -, não acredito no que você acabou de falar. Isso teria sido um grande passo para mim!
- É o que todos dizem!
- Não estou falando das vadias que você anda! Estou falando de mim! - eu disse com a mão no peito. - Eu nunca... argh! Não importa.
Sai andando mas ele me agarrou pelo braço e me fez girar para ficar de frente para ele.
- Você nunca o que? - ele me perguntou se contorcendo um pouco.
Não respondi, mas também não precisava. Pude ver que ele tinha entendiido pela expressão em seu rosto, e ele deu risada.
- Você é virgem?
- E daí? - falei, com sangue fervendo no rosto.
Ele tirou os olhos de mim, enquanto tentava refletir em meio a todo aquele uísque que tinha bebido.
- Por isso a América tinha certeza de que aquilo não ia lone demais;
- Tive o mesmo namorado nos últimos quatro anos da escola. Ele queria ser ministro batista. Acabou não rolando!
A raiva de Travis desapareceu, e o alívio ficou aparente em seus olhos.
- Ministro batista? E o que aconteceu depois dessa abstinência toda?
- Ele queria casar e continuar no... Kansas. Eu não quis.
Eu estava desesperado para mudar de aasunto. A diversão nos olhos de Travis era humilhante o bastante, e eu não queria deixar que ele escavasse ainda mais o meu passado.
Ele deu um passo à frente e segurou cada lado do meu rosto.
- Virgem - disse, balançando a cabeça. - Eu nunca teria imaginado depois jeito como você dançou comigo no Red.
- Muito engraçado. subindo as escadas e pisando duro.
Travis tentou me seguir, mas tropecou e caiu. Foi rolando e parou de costas no chão, rindo de um jeito estérico.
- O que você está fazendo? Levanta daí! - exclamei, ajudando-o a ficar de pé.
Ele se enganchou em mim, e fui levando ele até o quarto. Ele caiu de costas na cama me levando junto.
Quando aterrisamos meu rosto ficou poucos centímetros do dele, e sua expressão de repente ficou séria. Ele se inclinou para cima de mim, quase me beijando, mas eu o afastei. Suas sombracelhas se retrairam.
- Para com isso, Trav - falei.
Ele me apertou forte contra si, até que parei de tentar me soltar.
- Desde que a palavra virgem saiu dessa sua boca linda... sinto uma vontade irresistível de ajudar você a tirar essa roupa.
- Bom, que pena. Você estava preparado para matar o Parker pelo mesmo motivo faz vinte minutos, então não seja hipócrita.
- Foda-se o Parke. Ele não conhece você como eu.
- Trav, para com isso. Tira a roupa e deita na cama.
- É disso que estou falando - ele disse rindo.
- Quanto você bebeu? - perguntei, conseguindo finalmeste um apoio para o pés entre as pernas dele.
- O suficiente - ele respondeu, sorrindo e puxando minhas calças para baixo.
- Tenho certeza que já passou do suficiente a um bom tempo - falei, dando um tapa na mão dele para afastá-la.
Apoiei o joelho no colchão e puxei a camiseta dele pela cabeça. Ele tentou encostar em mim de novo, mas o segurei pelo pulso, sentindo o cheiro pungente no ar.
- Meu Deus, Trav, você está fedendo a Jack Daniels.
- Jim Beam - ele me corrigiu, com um aceno bêbado.
- Tem cheiro de madeira queimada e outras substâncias químias.
- E gosto também - ele riu.
Soltei a fivela do cinto dele e o puxei dos ganchos da calça. Ele riu com o movimento e ergueu a cabeça para olhar para mim.
- É melhor guardar sua virgindade, Flor. Você sabe que eu gosto de sexo selvagem.
- Cala a boca - falei, desabotoando a calça jeans e descendo-a por suas pernas.
Joguei-as no chão e fiquei em pé, com as mãos na cintura respirando com dificuldade. As pernas dele pendiam da ponta da cama, os olhos dele estavam fechados, e a respiração , profunda e pesada. Ele tinha apagado.
Fui andando até o armário, balançando a cabeça enquanto remexia nas nossas roupas . Tirei a blusa e os tênis jogando-os para longe e por fim tirei a calça.
O armério estava lotado de roupas dele e minhas, e soltei o ar, soprando os cabelos da frente do rosto enquanto procurava por uma camiseta em meio a bagunça. Quando puxei uma do cabide, Travis veio com tudo pelas minhas costas, envolvendo minha cintura com os braços.
- Você quase me mata de susto! - reclamei
Ele percorreu minha pele com as mãos. Elas estavam diferentes, lentas e decididas. Fechei os olhos quando ele me puxou de encontro ao seu corpo, enterrando o rosto nos meu cabelos e roçando o nariz no meu pescoço. Ao sentir sua pele nua encostada na minha, precisei de um tempinho para protestar.
- Travis...
Ele deslizou os lábios de um ombro para o outro. Beijou a pele desnuda na base do meu pescoço, e fechei os olhos - a maciez de sua boca era boa demais para fazer com que ele parasse. Um gemido baixinho escapou de sua garganta quando ele pressinou sua pélvis na minha, e através de sua cueca pude sentir que ele me desejava. Prendii arespiração, sabendo que a única coisa que nos impedia de dar o grande passa ao qual eu estava tão relutante a instantes atrás eram doi finos pedaços de tecido.
Travis me virou para que ficássemos frente a frente e pressionou seu corpo contra o meu, apoiando-me na parede. Nossos olhos se encontraram, e pude ver o desejo em sua expressão enquanto ele examinava detalhadamente as partes nuas do meu corpo. Já o tinha visto analisar mulheres com os olhos antes, mas aquilo era diferente. Ele não queria me conquistar. Queria que eu dissesse sim.
Ele se inclinou para me beijar, parando uns dois centímetros de distancia. Eu podia sentir o calor irradiante de sua pele e vindo de encontro aos meus lábios, e tive que me segurar para não pexa-lo para mim. Seus dedos se afundaram em minha pele enquanto ele ponderava, e então suas mãos delizaram por minhas costas para a borda da minha cueca. O dedos indicadores desceram pelos meus quadris, entre a pele e o tecido fino da cueca, e, no momento em que estava prestes a escorregar minha cueca pela perna, ele hesitou. Quando abri a boca para dizer sim, ele fechou os olhos.
- Assim não - sussurrou, roçando os lábios nos meus - Eu quero você mas não assim.
Ele foi cambaleando para trás até cair de costas na cama, e fiquei parado um instante, com os braços cruzados sobre a barriga. Quando sua respiração ficou regular, enfiei os braços nas mangas da camiseta que ainda tinha na mão e a vesti. Travis não se mexeu, e expirei sabendo que não seria capaz de refrear nenhum de nós se ele acordasse com intenções menos honradas.
Fui correndo até a cadeira reclinável e ali me joguei, cobrindo o rosto com as mãos. Senti ondas de frustração se debatendo dentro de mim Parker havia ido embora se sentindo afrontado, Travis esperou até que eu estivesse saindo com alguém - alguém de quem eu ralmente eu gostava - para demontrar interesse em mim, e eu parecia ser a única pessoa com quem ele não conseguia fazer sexo, nem mesmo quando estava caindo de bêbado.
Na manhã seguinte, coloquei suco de laranja em um copo alto e tomei um gole enquanto mexia a cabeça ao som da música do meu iPod. Acordei antes do sol nascer e fiquei me revirando na cadeira até as oito. Depois decidi limpar a cozinha para passar o tempo, até que meus colegas de apartamento acordassem. Enchi a lava-louça, varri, passei pano no chão e limpei as prateleiras. Quando a cozinha estava reluzindo, peguei o cesto de roupas limpas e me sentei no sofá, dobrando-as até ter mais de uma duzia de pilhas de roupas dobradas ao meu redor.
Ouvi murmúrios vindo do quarto de Shepley. América deu uma risadinha e depois tudo ficou quieto por alguns minutos. Seguiram-se ruídos que fizeram com que eu me sentisse desconfortável dentado ali, sozinho, na sala de estar.
Coloquei as pilhas de roupas dobradas dentro do cesto e levei para o quarto de Travis, sorri quando vi que ele não tinha saído da posição em que caíra no sono na noite anterior. Coloquei o cesto no chão e puxei a coberta para cima dele, abafando uma risada quando ele se virou na cama.
- Olha, Beija-Flor - disse ele, murmurando algo inaudível antes de sua respiração voltar a ficar lenta e profunda.
Não consegui evitar e fiquei observando-o dormir. Saber que Travis estava sonhando comigo me fez sentir uma excitação que eu não sabia explicar. Ele parecia ter voltado ao sono silencioso, então decidi romar banho, na esperança deque o som de alguém se levantando e andando pela casa fizesse com que Shepley e América parassem com os gemidos e as batidas da cama contra a parede. Quando desliguei o chuveiro percebi que eles não estavam preocupados com quem poderia ouvi-los.
Penteei os cabelos, revirando os olhos ao ouvir os gritinhos agudos de América, que lembrava mais um poodle do que uma estrela pornô. A campainha tocou, enrolei no roupão atoalhado e cruzei correndo a sala de estar. Os ruídos vindos do quarto de Shepley cessaram de imediato e abria porta do apartamento, dando de cara com o rosto sorridente de Parker.
- Bom dia - ele disse.
- O que você está fazendo aqui?
- Não gostei da forma como nos despedimos omtem à noite. Saí hoje de manhã para comprar seu presente de aniversário, mas não consegui esperar para entrega-lo. Então... - disse ele puxando uma caixa reluzente do bolso da jaquetaa - Feliz aniversário, Ké.
Ele colocou a embalagem prateada na minha mão e me inclinei para beijá-lo no rosto.
- Obrigada.
- Abre. Quero ver sua cara quando você abrir.
Deslizei o dedo por baixo da fita adesiva, então tirei o papel de presente e o entreguei a ele, abrindo a caixa. Uma fileira de diamantes reluzentes acomodava-se em uma pulseira masculina de ouro branco.
- Parker... - falei num sussurro.
Ele irradiava felidade.
- Gostou?
- Gostei - falei, segurando-a na frente do rosto, deslumbrado - mas é demais. eu não poderia aceitar esse presente nem se estivessemos saindo a uma ano, quanto mais há uma semana.
Parker fez uma careta.
- Eu já esperava que você dissesse isso. Procurei a manhã inteira pelo presente perfeito e, quando vi o bracelete, sabia que só havia um lugar onde ele poderia ficar - disse ele, tirando a pulseira dos meus dedos e a prendendo no meu pulso. - E eu estava certo. Ficou incrível em você.-
- É a coisa mais linda que já vi na vida. Ninguém nunca me deu nada tão... - a palavra caro me veio a mente, mas não quis dize-la. - sofisticado. Não sei o que dizer.
Parker deu risada e me beijou no rosto.
Diga que você vai usar amanhã.
Abri um sorriso de orelha a orelha.
- Vou usar amanhã - falei, olhando para meu pulso.
- Fico feliz que você tenha gostado. Valeu a pena ter ido em sete loja só para ver essa expressão no seu rosto.
Soltei um suspiro.
- Você foi a sete lojas?
Ele assentiu e eu segurei o rosto dele entre as mãos.
- Obrigado. É perfeito - falei, beijando-o rapidamente.
Ele me abraçou apertado e nos despedimos.
Entrei rápido no apartamento, sem conseguir tirar os olhos do pulso.
- Caraca, Kevin! - disse América, segurando minha mão. - Onde foi que você arrumou isso?
- O Parker me deu de aniversário.
Ela me olhou boquiaberta, depois baixou o olhar para a pulseira.
- Ele te comprou uma pulseira de diamantes? Depois de uma semana? Se eu não soubesse, diria que você tem um buraco mágico no meio das suas pernas!
Ri alto, dando inicio a um ridiculo festival de risadinhas na sala de estar.
Shepley saiu do quarto, parecendo cansado e satisfeito.
- Do que os dois seres maluquinhos estão gritando aí?
América ergueu meu pulso.
- Olha o presente de anivesário que ele ganhou do Parker!
Shepley apertou os olhos para enchergar melhor, então os arregalou.
- Uau!
- Não é? - disse América, assentindo.
Travis veio cambaleando pelo corredor, parecendo um pouco detonado.
- Cara como vocês fazem barulho! - ele resmungou, abotoando a calça jeans.
- Desculpa - falei, puxando a mão da pegada de América.
O momento em que quase transamos se insinuou em minha mente, e não consegui encara-lo. Ele tomou uma golada do resto do meu suco de laranja e limpou a boca.
- Quem me deixou beber daquele jeito noite passada?
América falou em tom de deboche:
- Você mesmo. Você foi compra agarrafa de uísque depois que Kevin saiu com Parker. E já tinha matado a garrafa inteira quando ele voltou.
- Cacete - ele exclamou, balançando a cabeça. - Você se divrtiu? - e olhou para mim.
- Você está falando sério? - perguntei, mostrando minha raiva antes de pensar.
- O que?
América deu risada.
- Você arrancou o Kevin do carro do Parker, enlouquecido de raiva, quando pegou os dois dando uns amassos que nem colegiais. As janelas estavam até embaçadas e tudo!
Os olhos de Travis ficaram sem foco, enquanto ele fazia uma varredura nas lembranças da noite anterior.. Fiz força para conter o mau humor. Se ele não se lembrava de ter me arrancado do carro, não se lembrava de como cheguei perto de lhe entregar de bandeja minha virgindade.
- Você está bravo? - ele me perguntou, encolhendo-se de medo.
- Muito.
Eu estava com mais raiva ainda porque meus sentimentos não tinham nada a ver com Parler. Apertei o roupão no corpo e cruzei o corredor pisando duro. Ouvi passos de Travis atrás de mim.
- Flor - ele chamou, segurando a porta quando tentei batela na cara dele. Ele a empurrou lentamente e ficou parado na minha frente, esperando que eu despejasse toda minha ira.
- Você se lembra de alguma coisa que me disse na noite passada? - eu quis saber.
- Não. Por que? Fui mau com você?
Seus olhos injetados estavam pesados de preocupação, o que só servia para aumentar minha fúria.
- Não, você não foi mau comigo! Você... nós...
Cobri os olhos com as mãos e fiquei paralisada quando senti a mão dele no meu pulso.
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CONTINUA....
ZE CARLOS: kkkkk bjss lindo <3
FLAANGEL: Não vai demorar muito...
CINTIA C: Continue na torcida pelo Trav <3
LOBO AZUL: <3
SAFADINHOGOSTOSO: Não é bem a familia, é só o pai dele, e sim tem um problema aí.. O Travis só está com ciúmes do Paker. No livro o Travis é hétero, e fica só com mulheres rsrsr, e eu o coloquei ele assim, porque se não ele teria que se descobri e blá blá blá...
MARC01CL: vai mesmo kkkk Niguem vai culpar o Travis não kkk e gente que cisma é essa q vcs tem com o Parker, de achar que ele está escondendo algo??? O apelido não é lá dos melhores mesmo, eu amo Bejia-Flor! rsrs O passado do Kevin vai vir mesmo a tona e não vai demorar muitoooooooo kkkkk Beijos <3
GORDIN.LEITOR: Não vai demorar muito para as coisas acontecerem entre o Travis e o Kevin, as dessa vez tenho certeza que não passa de cinco ou seis capitulo já que estou escrevendo muito... O Kevin tá tentando evitar ficar com o Trav, não quer que seu passado volte a tona, por que ele acha que é isso que vai acontecer se ficar com Travis... Nem deu tempo de ler o seu conto ainda tava escrevendo e fazendo um monte de coisa mas prometo que vou ler viu? Bjsss <3
TRAGER: é com essa festa as coisa parecem que vão começar a acontecer... <3
LIPM: O Trav só vai ser meio ciumento demais... O Parker é estranho kkk Beijos! <3
RU/RUANITO: Não tem de que <3
DESTINATION: Acho que não demorei né? kkk