Comum & Extraordinário - Capítulo 51

Boa Tarde...

Eu nem sei ao menos como agradecer, como os recompensar por todos os comentários e todos os retornos positivos que Jonathan e eu andamos recebendo. Fiquei muito feliz ontem quando abri o último capítulo e me deparei com todos aqueles comentários, mas infelizmente só fui sorrir hoje, porque ontem eu não estava me sentindo bem...

Eu sou muito grato a todos vocês por me deixarem compartilhar mais uma história, mais alguns meses de trabalho árduo e prazeroso. Sim, eu escrevo porque gosto, porque eu quero compartilhar com vocês, mas eu encaro isso como um trabalho, como um trabalho/hobby por assim dizer, porque eu amo o que faço.

Hoje eu posto o capítulo 51, depois de amanhã o 52, e por aí vai, até o fim do conto, mas saibam que esse não será o último. Assim que eu postar o último capítulo desse conto eu inicio o próximo, e por mais que eu queira os atualizar, postar assim que o capítulo estiver pronto, não vou fazer isso, porque não quero os deixar esperando caso eu passe duas semanas sem conseguir escrever nada por falta de tempo.

Como eu disse, pretendo começar um novo conto assim que esse chegar ao fim, mas estou com uma dúvida. Eu tenho duas alternativas, dois contos que eu escreverei e que pensei a respeito, só que não sei qual começo primeiro, então vou perguntar para vocês me baseando em outros contos que já postei.

Preferem que eu comece primeiro aquele que se aproxima de ‘Comum & Extraordinário’ ou daquele que se aproxima de ‘Dias Utópicos’?

No mais, fiquem todos bem. Agora vamos aos agradecimentos (Estou amando fazer isso). Rsrsrs.

- AllexSilva: Eu fiquei com os olhos brilhando ao ler esse capítulo de novo, então sei como se sente. Rsrsrs. E obrigado pelas palavras, obrigado mesmo Allex. Um abração.

- Pe_Henrique: Obrigado, mesmo. Rsrsrs.

- AnjoV: Obrigado pelas palavras, obrigado mesmo.

- Smashing Girl: Eu gosto de escrever sobre esses temas, sobre as coisas das quais não temos certezas, e isso porque também me sinto calmo ao me imaginar na situação. E é muito importante tirar um tempo para nós mesmos e colocar nossas coisas em dia. Faça isso, vai te fazer bem. Rsrsrsrs. E obrigado por ainda estar comigo.

- Belspie: Obrigado pelo comentário. Rsrsrsrs. Bem, o conto ainda não acabou, então espere por surpresas, porque elas irão acontecer.

- Lipe*-*: Viu? Não vou dar mais spoiler como eu prometi. Rsrsrs. Bem, isso você vai saber ao longo dos capítulos. Sem spoiler. Rsrsrs.

- JUJU_gordinha_sapeca: Obrigado Juju. Rsrsrsrs.

- Guiiinhooo: Obrigado pelo comentário Gui. Um abraço.

- Mrr. M: Não precisa agradecer. Rsrsrs. Obrigado... É que as vezes as pessoas a minha volta falam que isso é um defeito, que eu insisto em querer me defender, e eu acho que você foi a primeira pessoa em muito tempo que me parabenizou por isso. Obrigado. *_*

- S2DrickaS2: Você não faz ideia... Rsrsrsrs. Tem um capítulo em especial que eu amo, bem, dois, na verdade três, ou quatro, cinco talvez. Rsrsrs. Acompanhe e verá, e obrigado. Rsrsrs.

- Arthurzinho: Eu também, e olha que raramente eu choro, sou meio seco. Rsrsrsrs. Acompanhe o conto e veja por seus próprios olhos, vai se surpreender.

- diego campos: Eu tenho tantos capítulos preferidos nessa história que seria incapaz de escolher... E agora eu vou sempre citar os leitores nos comentários. Um abração. Rsrsrs.

- lucassh: Fico muito feliz que eu esteja agradando. Rsrsrs. Um abração.

- GabsSparks: Sério? Sério mesmo? Rsrsrs. E por falar em ‘Sol De Verão’, devorei o conto de ontem para hoje e estou amando. Curtindo de mais o Rodrigo de lá e o meu daqui. Rsrsrsrs; Obrigado.

- esperança: Fico feliz que eu tenha conseguido te emocionar, sério... Obrigado por comentar.

- isabela^^: Eu sei como é, já passei por isso... E obrigado. Eu também finalmente pude mostrar os dois juntos de novo, então estou muito feliz. Obrigado. Rsrsrs.

- Ru/Ruanito: As vezes isso é necessário, infelizmente. Há pessoas que só percebem o que perderão depois que foi embora, e há ocasiões em que percebem tarde de mais, mas pelo menos esse não foi o caso aqui... Obrigado pelo comentário. Rsrsrs.

- Isztvan: Rsrsrsrsrs. Sério? Eu faço tudo isso por você, pelos leitores, e claro, por mim... Obrigado por comentar, sério.

- NARCISO: Oi Narciso... Muito obrigado, e eu fico feliz que tenha conhecido meu conto, e se não for pedir de mais, pode conhecer os outros também? Rsrsrsrs. E sobre lançar um livro, eu penso nisso direito, que não faço a menor ideia de por onde começar.

- LC..pereira: Obrigado por comentar e pela nota, que eu vi como 1.000, Nara M: Então, eu quero realmente publicar, mas não tem necessidade de ser anônimo, só que eu não tenho ideia de por onde começar. Já pesquisei algumas coisas e me senti perdido, sei lá... Então, não posso contar sobre o conto nos comentários, infelizmente, mas acho que posso te surpreender. Rsrsrsrs.

- adriannosmith: Obrigado, mesmo. Eu amo escrever sobre esses temas, sobre os sonhos, sobre a irrealidade real, tanto é que já fiz isso em dois outros contos meus, então... Eu que tenho que lhe agradecer, sério, muito obrigado mesmo.

- Gustavo Miranda: Meu coração aperta toda vez que leio esse final. Rsrsrs... E obrigado pelo comentário e pela força, sério, isso é muito importante para mim.

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Comum & Extraordinário - Capítulo 51

Eu estava com meus olhos abertos e minha cabeça estava virada para o lado esquerdo da cama, onde ele estava deitado. Diferente dos meus, os seus olhos estavam fechados. Ele parecia tão cansando, tão pesado, que eu pensei que ele não iria acordar nunca. Quando ele se deitou ao meu lado, eu consegui cochilar um pouco, muito pouco, até porque, eu fiquei mais de dois meses de olhos fechados, e só o pensamento de ter que dormir de novo me cansava, então quando a gente dormiu, eu acordei duas horas depois, sentindo um pouco de dor de cabeça. Meus pais estavam no quarto, e no momento, eu tive um pouco de vergonha por Rodrigo estar dormindo ao meu lado, mas assim que eu abri os olhos, ainda de madrugada, meus pais apenas sorriram. Eles me disseram que desde o ocorrido, o Rodrigo não saiu desse hospital para nada. Meu pai falou comigo que ele praticamente estava morando aqui no meu quarto e que mal dormia, que não conseguia fechar os olhos direito porque queria me ver acordar, queria ser o primeiro a me ver abrir os olhos, e quando recebi a noticia, meus olhos se encheram de lágrimas.

Eles estavam lá fora agora, comendo algo, enquanto eu olhava para ele, sorrindo como um bobo por finalmente a gente ter se acertado. Passo minha mão em seu rosto, lhe fazendo um leve carinho, e isso o faz acordar. Ele primeiro sorri, sem mesmo abrir os olhos, e em seguida coloca sua mão sobre a minha, e então me olha. Apesar de o quarto estar meio escuro, eu conseguia o ver perfeitamente. Sua barba grande, que não era mais por fazer. Seus olhos claros. Seu sorriso lindo. Seus cabelos. Seu corpo. Eu estava com tanta saudade de o ter ao meu lado que eu estava praticamente chorando de felicidade.

- Oi meu bem... - Ele disse olhando para mim, ainda com culpa nos olhos.

- Oi... - Eu sorrio para ele.

- Eu tenho que me explicar para você.

- Não precisa fazer isso agora Rodrigo, só fica ao meu lado...

- Mas eu preciso te dar satisfações do que aconteceu. Por favor Jonathan, deixe eu me explicar... - Ele se senta na cama, ao meu lado.

- Tudo bem... - Eu sorrio. A essa altura, eu não me importava com os motivos que o levaram a terminar comigo, apenas me importava que estávamos juntos de novo.

- Eu não sei como começar a explicar isso para você, então vou ser direto. Você promete que vai me ouvir e tentar entender o meu lado?

- Eu pro... - Mais uma vez eu encontrei dificuldades para falar, e eu não sabia quando isso iria acabar. Fiquei um pouco frustrado com isso, mas no momento em que o Rodrigo segurou minhas mãos, tudo ficou bem. - Eu prometo. - Digo sorrindo.

- A Rafaela estava me chantageando.

- Ela fez o que? - Eu pergunto, assustado com a situação.

- Ela me chantageou com um vídeo nosso... - Ele parecia não querer me contar.

- Qual... Qua... - Acontece de novo, e eu torço para que isso acabe, porque eu não gostava de sentir aquele aperto no coração toda vez que eu não conseguia terminar uma frase.

- Não apresse as coisas meus bem. O médico disse que isso é normal nas primeiras semanas e que não houve danos em seu cérebro, então você vai voltar a falar normalmente com o passar dos dias.

- Obrigado... - Sorrio. - Qual vídeo? - Eu falo bem lentamente.

- A última vez que você foi lá em casa... Nós transamos em meu quarto, se lembra?

- Sim... - Eu digo depois de ficar cerca de um minuto tento recordar o que ocorreu. - Você tinha acabado de chegar do trabalho.

- Isso meu bem... Nós transamos no meu quarto, como eu disse, e aquela mulher conseguiu um jeito de nos filmar pela janela do quarto.

- Ela filmou a gente transando?

- Não necessariamente a gente. Ela só focou a câmera em você, de modos que apenas mostrava o seu rosto e o que você fazia em mim.

- E o que era?

- Ela filmou você fazendo oral em mim e depois me filmou fodendo você, só que não mostrou meu rosto, apenas o seu.

- Ela fez... Ela fez isso?

- Sim, mas não era o único vídeo que ela tinha... Você se lembra de naquele mesmo dia a gente ter saído com o carro do acostamento e termos transado dentro do carro no meio do mato?

- Eu... Eu acho que... - Eu tentava me recordar de algumas coisas, mas eu nem sempre conseguia. - Eu não consigo...

- Tudo bem... - Ele sorri para mim. - Ela fez outro vídeo, e novamente, não mostrou o meu rosto, apenas o seu.

- E... E como ela... Te chantageou?

- Ela ameaçou vazar o vídeo caso eu não terminasse com você, te destruindo, te fazendo chorar... Ameaçou te expor para todo mundo, e que se caso eu não cesse a chantagem, iria ser muito pior.

- Ela fez você... Terminar comigo?

- Sim. Eu sei que eu não devia ter permitido que ela fizesse isso, mas eu temi por você naquele dia, e eu não queria que ninguém visse aquilo que ela tinha em mãos, não queria conhecer o pior que ela poderia saber, porque a Rafaela tem contato com tudo quanto é tipo de gente, e eu fiquei com medo de acontecer algo com você. Fiquei com medo de te perder, de perder o meu filho, que ela também ameaçou levar...

- Você foi... - Eu paro por alguns segundos, me lembrando. - Tão frio comigo...

- Eu sei, e me perdoa por isso. Ela me obrigou a ir com um gravador dentro do bolso, para ouvir tudo depois, para confirmar tudo. Eu nunca feri tanto alguém como feri você aquele dia, e eu nunca vou me perdoar por isso. Eu saí da sua casa chorando, sem saber o que eu iria fazer sem você na minha vida.

- Rodrigo...

- Eu não fui homem o suficiente para você, para te proteger. Eu não fui homem o suficiente aquele dia e eu não fui agora, eu não te protegi de todo o mal que aconteceu com você.

- Não precisa...

- Eu preciso sim Jonathan, eu fui um verdadeiro filho da puta com você naquele dia, e se eu não tivesse cedido as chantagens dela, a gente não teria terminado, e por isso, você não estaria nessa cama agora.

- Não foi culpa sua. Não foi...

- Jonathan... - Quando ele ia falar, eu coloquei meu dedo nos lábios dele.

- Não foi... - Eu lhe dou um sorriso. - Esquece esse assunto, já passou...

- Infelizmente, ainda não. Tenho que arrumar um jeito de calar ela, de a fazer desistir desse vídeo.

- Ela não reclamou de você... De você estar vindo aqui?

- Sim, mas eu a convenci de que ficaria aqui até você acordar, e que depois voltaria para ela.

- E você vai?

- Não, nunca, eu vou sempre estar com você agora.

- Bobo. - Eu sorrio.

- Eu contratei um investigador particular para dar uma vasculhada no passado dela e ver se encontra alguma coisa. Eu também entrei em contato com os locais em que ela trabalhou quando esteve fora e estou reunindo algumas informações sobre o que aconteceu entre ela e seus patrões. Mas eu tenho fé que em pouco tempo eu acabo com a raça daquela vagabunda.

- E o Miguel?

- Ele vai ficar comigo. Ela só pariu o menino e o jogou no mundo, correndo atrás dela. Mas sua mãe vai me ajudar com isso.

- Vai?

- Eu conversei com ela há alguns dias atrás e ela já está levando o caso na justiça. Tenho chances de conseguir a guarda total dele.

- Que bom Rodrigo. - Eu estava feliz por ele.

- Obrigado... Só que eu pedi um tempo a ela, até eu conseguir as provas contra a Rafaela e a fazer recuar com os vídeos.

- Eu... Eu posso te ajudar.

- Não precisa Jonathan, eu quero fazer isso por mim, para aquela mulher sumir das nossas vidas e a gente ter um pouco de paz.

- Eu sei...

- Mas e você, como está se sentindo?

- Eu estou bem, eu acho... Estou com um pouco de dor de cabeça, mas está passando aos poucos...

- Meu bem, você... - Ele parecia ter medo de seguir com as palavras. - Você conseguiu se lembrar de alguma coisa?

- Ainda não... Eu já tentei, mas não consigo ver nada.

- Se eu souber quem fez isso com você... - Eu conseguia ver o olhar de ódio em seus olhos.

- Rodrigo, não... Eu só preciso de você agora, só de você, do seu amor...

- Tudo bem... - Ele se deita e eu coloco minha cabeça em seu peito.

- Rodrigo, depois que... depois que nos separamos, eu fiquei...

- Jonathan, você não precisa me contar.

- Eu preciso sim...

- Mas eu não quero ouvir meu bem, por favor... - Ele olha para mim. - Eu sei que você transou com o Carlos, você me disse, e se você transou com outro cara ou com outros, não tem problema. A gente não estava junto, eu magoei você, então foi o seu direito.

- Mas...

- Não tem mais. Agora você é só meu de novo, e isso é o que importa.

- Eu te amo. - Eu digo olhando bem dentro dos seus olhos.

- Eu também te amo. - Ele sorri.

Depois que ele me explicou tudo, acabamos dormindo de novo. Sentir o calor do seu corpo perto do meu fez com que eu me sentisse protegido outra vez, e meu coração se aqueceu só de pensar nele, e eu amei sentir aquela sensação outra vez. Eu o amava, muito, e eu sabia que ele sente o mesmo por mim, mesmo quando a gente estava separado eu sentia, mas eu estava tão cego pela raiva e tão magoado, que eu preferi não ver que tinha algo errado por trás de toda essa história, mas como ele mesmo disse, tudo passou.

Quando eu acordei de novo, já era dia. O sol entrava pela janela do quarto onde eu estava e iluminava tudo. Rodrigo não estava ao meu lado, mas tinha me deixado um bilhete no travesseiro dizendo que ia em casa tomar um banho, trocar de roupa e que depois voltaria. Sorri com os vários corações que ele desenhou e com as nossas iniciais dentro deles. Coloquei o bilhete debaixo do meu travesseiro e sorri. Quando eu olho para a porta se abrindo, meus olhos acabam lacrimejando. Carol entrava com o Caio, e ambos pareciam estar tristes também. Eles fecham a porta e se sentam perto de mim.

- Jonathan... - A Carol chorava ao tocar meu rosto. - O que aqueles monstros fizeram com você...

- Está tudo bem agora Ca... - Eu aperto os meus olhos, com ódio de mim mesmo e então aperto minhas mãos no colchão por não conseguir terminar o nome dela. - Me perdoa... - Eu digo, chorando.

- Não precisa meu bem... - Ela me abraça. - Tudo no seu tempo.

- E como está o meu irmãozinho... - Caio me abraça também, sorrindo.

- Eu estou bem, eu acho. Não... Eu não... - Tento outra vez. - Não estou conseguindo falar direito ainda...

- Mas você vai ficar bem, melhor até do que já era, você vai ver.

- Obrigado... - Eu sorrio. - E o... Matheus?

- Bem... - Seu olhar fica triste. - Eu tentei cuidar dele depois de tudo. Cheguei a morar na casa dele por umas três semanas, mas ele não conseguiu ficar aqui depois de tudo o que aconteceu. Mesmo não se lembrando direito, ele ficou com medo.

- Mas... Mas... E vocês dois?

- Ele quis dar um tempo... - Caio realmente gostava muito do Matheus. - Eu disse para ele que não precisava, que eu cuidaria dele, que o protegeria, mas ele quis ir embora e ficar sozinho, então eu tive que entender... A gente não terminou, pelo menos para mim isso não aconteceu.

- Vocês tem se falado?

- Não muito. Eu mando mensagens para ele o dia todo, contando sobre o meu dia, coisa que eu sei que ele gostava na época em que a gente estava junto, e eu não perdi esse hábito.

- Ele só deve... Ele está... Confuso com tudo...

- Eu sei Jonathan, e eu entendo o lado dele, eu realmente entendi o motivo de ele querer sair daqui. Ele não conseguia sair na rua depois que foi pra casa.

- Nossa.

- Eu tentei animar ele também. - A Carol disse. - Eu ia pra lá, a gente estourava pipoca, assistia um filme, mas tinha algo quebrado nele sabe, ele não era o mesmo.

- Eu espero que ele volte para mim... - Caio fala.

- Eu também espero que ele volte. - Eu digo.

Caio e Carol ficaram comigo por cerca de meia hora naquele dia e depois tiveram que ir embora. Fiquei sozinho naquele quarto por mais alguns minutos até que a próxima visita chegou. Carlos estava usando o seu uniforme de policial, e como sempre, estava muito bonito. Ele parecia ficar ainda mais alto com aquela roupa e todos aqueles acessórios da sua profissão, como o revolver, o cinto, o cassetete, e sua roupa justa dava ainda mais valor ao seu corpo. Ele também usava um colete a prova de balas e estava um pouco sujo. Ele sorri para mim e eu faço o mesmo.

- Acabei de ficar sabendo que você tinha levantado. - Ele se senta na cadeira ao lado da minha cama.

- Quem te fa... - Eu gaguejo. - Falou?

- Você não vai acreditar. - Ele cruza os braços sobre o peito.

- Quem?

- O seu namorado. - Ele sorri mais uma vez.

- O Rodrigo?

- Ele deixou bem claro para mim que era seu namorado. Quando eu perguntei quem era ao telefone, ele falou apenas isso, que era o namorado do Jonathan.

- Meu Deus... - Eu sorri.

- Então vocês voltaram?

- Sim... Ele me... Ele me explicou o que aconteceu.

- Fico feliz que tenham voltado. - Ele realmente estava feliz por mim, eu percebi. - Eu vou ter que dar os meus pulos agora, mas eu estou feliz. - Ele sorri.

- Você ainda vai encontrar... Alguém.

- Eu sei que vou, olha pra mim. - Ele começa a rir.

- Convencido. - Eu dou um meio sorriso para ele.

- Mas eu vim para saber se você está melhor.

- Bem... Eu acordei ontem de um coma de dois meses, mas eu estou bem, por... por incrível que pareça.

- Eu vi te visitar várias vezes, e olhando para você agora, você realmente está melhor.

- Obrigado.

- Jonathan. - Ele assume um tom mais sério. - Eu sei que o médico já lhe fez essas perguntas, é procedimento do hospital em um caso como o seu, mas eu preciso saber se você se lembra de algo.

- Já me perguntaram isso tantas vezes... - Eu me levanto um pouco do colchão, subindo meu corpo, ficando mais inclinado. - Eu não consigo...

- Sim, mas Jonathan, eu não estou falando exatamente do que aconteceu, e sim dos três caras que fizerem isso com você.

- Foram três? - Eu não havia me lembrado disso. Só de mesmo saber que foram três, meu corpo tremeu.

- Sim Jonathan, três covardes filhos de uma puta.

- Mas... Mas como você sabe?

- Nós encontramos as filmagens do ocorrido. - Ele parecia cauteloso.

- Vocês... - Eu gaguejava, mas dessa vez era de temor. - Você viu?

- Sim. - Ele olha dentro dos meus olhos. - Infelizmente é o meu trabalho. Mas não se preocupe, apenas três pessoas tiveram acesso ao vídeo.

- Que... Quem viu... O vídeo?

- O policial que trabalha comigo, o prefeito e eu. E quanto ao policial, não se preocupe, ele é honesto.

- O prefeito...

- Olha, sabendo de sua situação com a família dele, eu fiz o que pude para evitar, mas ele acabou assistindo da mesma forma. Ele se importa com você.

- Vocês conseguiram ver... quem era? - Eu tive medo da minha pergunta e ainda mais medo da resposta que estava por vir.

- Infelizmente não. Os desgraçados usaram proteção no rosto.

- Eu morri... Eu me senti morrendo... - Eu me lembrava de uma forte luz branca.

- Você se lembra disso... - Ele me encara. - Me foi informado que você realmente faleceu no local, mas um dos homens que te ajudou fez respiração boca a boca em você. Jonathan, você se engasgou com seu próprio sangue. Como você não conseguia mais engolir, acabou entalando na sua garganta.

- Eu não me lembro... - Eu deixo uma lágrima cair.

- Sabe, eu estou aqui para fazer o meu trabalho como policial também, porque sou responsável pelo caso, então tenho que agir como um agora... - Ele toma fôlego. - Eu preciso que você se lembre. Eu preciso que você tente se localizar na situação. Preciso que me conduza, que me diga como tudo aconteceu.

- Eu já tentei me lembrar.

- Preciso de alguma característica de pelo menos um dos três homens.

- Eu não... - Eu tento me lembrar, mas é tudo tão escuro que eu não consigo.

- Um cheiro, um tom de voz, altura, peso... A filmagem estava tão ruim, tão danificada, que não conseguimos ver direito, e é a única que temos, e por isso precisamos da sua ajuda.

- Carlos, eu não consigo...

- Eu sei Jonathan, mas se quisermos pegar aqueles filhos de uma puta, você tem que lembrar. Eu conversei com o Matheus, e seu amigo também não se lembra de nada.

- Desculpa... - Eu começo a chorar. - Eu juro que vou tentar, eu juro... - Eu passo a mão pelo meu rosto e pela minha cabeça, sentindo os pontos.

- Já está tudo bem Jonathan, você está bem agora.

- Mas e se eles voltarem? E se eles quiserem me matar? - Meu choro aumenta ainda mais. - Eles vão voltar para me matar Carlos... Eu não quero... Eu não quero morrer...

- Eles não vão voltar Jonathan. - Ele se aproxima e segura a minha mão. - E se eles voltarem, eu vou estar aqui para acabar com eles, e o Rodrigo vai te proteger. Vocês estão juntos agora e ele vai proteger você.

- Olha pra mim... Eu virei um monstro por... por causa desses homens e agora eu sou um imprestável, não sirvo para mais ninguém...

- Não diga isso. Os pontos não vão deixar cicatriz, foram cortes externos, superficiais...

- Mas... Mas eu vou... ficar marcado para o resto da vida Carlos... - Meu choro aumenta de novo.

- Jonathan, você tem família, amigos que se importam com você, um namorado... Você vai conseguir superar tudo isso com o tempo, e se não o fizer sozinho, você consegue com ajuda profissional.

- Eu estou com medo...

- Eu sei, mas esse medo vai passar, pode ter certeza disso.

- Obrigado... - Eu finalmente começo a parar de chorar.

- Não precisa agradecer. - Ele me encara, e eu realmente questionava algo. - Precisa de alguma coisa?

- Eu... - Tento falar novamente. - Eu quero ver... Eu quero ver as filmagens.

- Não.

- Carlos, eu preciso...

- Você não precisa assistir aquela merda Jonathan. Você não precisa passar por isso.

- Mas eu... Eu acho que posso me lembrar... Me lembrar de algo se eu assistir. Eu posso...

- Jonathan, eu não posso fazer isso com você, vai te quebrar, e eu não quero isso.

- Eles... Eles já me quebraram...

- Jonathan...

- Eu sei que eu... Que eu tenho que levar um maior comigo... Eu posso levar o Caio... Eu não... quero que o Rodrigo veja.

- Você não precisa de um maior Jonathan.

- Eu pensei que precisasse... - Minha cabeça volta a doer. - Eu faço dezoito daqui a três semanas...

- Jonathan... - Ele me encara com os olhos um pouco tristes. - Você já tem dezoito. Você passou o seu aniversário aqui...

- Mas eu... - Eu não estava tendo mais noção do tempo. - Eu fiz dezoito...

- Eu pensei que o médico havia lhe contado.

- Ele... - Tento me lembrar da conversa que tive com o médico, e ele realmente me falou. - Eu me lembrei. Ele... Ele falou. É que eu esqueci. - Dou um sorriso forçado para ele.

- Não se esforce tanto, você vai conseguir.

- Carlos... - Eu o encaro, pressionando por uma posição.

- Tudo bem Jonathan, mas venha acompanhado, porque a situação pode se complicar para você.

- Tudo bem...

- Mas espere a sua recuperação total.

- Eu espero...

- E enquanto isso, descanse bastante, esfrie a cabeça, pense, tente se lembrar, se alimente direito e beba muita água.

- Eu posso fazer isso. - Eu sorrio. - Só uma pergunta... Porque você... está sujo?

- Eu? - Ele olha para o seu uniforme sujo. - Invadi uma casa que funcionava como ponto de tráfico de drogas. Acabei me sujando um pouco. - Ele sorri.

- Você... Você prendeu alguém?

- Sim, três pessoas, e tive que correr atrás de outro em uma construção abandonada, e por isso estou sujo. Acabei me embolando com ele no meio da terra.

- O prendeu também?

- Sim.

- Sozinho?

- Não sou tão bom assim. - Ele sorri.

- É sim. - Eu também sorrio.

- Obrigado... - Ele se levanta. - Agora eu tenho que ir. Vou voltar para o trabalho. Fique bem Jonathan... - Ele me dá um beijo na testa.

- Você também... - Eu digo sorrindo e o vejo sair pela porta.

Assim que o Carlos saiu, uma enfermeira entrou pela porta empurrando um carrinho metálico com rodas. Ela sorriu para mim e fechou a porta, vindo em minha direção. Ela era a mesma enfermeira que segurou aquela vasilha de alumino quando eu vomitei ao acordar. Ela confere a minha temperatura com as mãos, checa os soros que pingavam e me pergunta se eu queria ir ao banheiro, e como eu estava com vontade, falei que sim. Com muito cuidado, cuidado até de mais, ela me ajudou a me levantar e me sentou em uma cadeira de rodas que estava perto da minha cama. Os soros que estavam pendurados ao lado da cama foram para um suporte na mesma cadeira. Quando chegamos no banheiro, ela me ajudou a me levantar e me sentou no vaso com cuidado. Mijei sentado mesmo, até porque eu não tinha forças nas pernas ainda. Fizemos então todo o trajeto de volta e ela me deitou na cama.

- Eu vou trocar o seu soro, e o próximo é um pouco mais forte, então você deve sentir sono e um pouco de fadiga muscular. Se seu corpo começar a pesar de mais, não se preocupe, é efeito do medicamento que vou aplicar junto com ele. Tudo bem?

- Sim... - Eu sorrio para ela.

Com cuidado, ela tira a agulha com o soro que estava em minha mão direita, e em seguida, logo depois mesmo, coloca o outro e pendura o soro no mesmo suporte. Ela pega um pequeno frasco de vidro escuro e enfia uma seringa com agulha nele, retirando um pouco do líquido, e então aplica em um lugar da mangueira que passava aquele líquido transparente, e em cerca de dez a vinte segundos eu começo a sentir um pouco de sono. Depois que ela vai embora, eu fico acordado por uns cinco minutos ainda, mas meu corpo pesou tanto, que eu resolvi simplesmente fechar os olhos e me deixar descansar mais um pouco. Acabei dormindo outra vez sem perceber, mesmo que o Rodrigo ainda não tivesse chegado. Eu fiz o possível para me arredar, deitar bem na beirada da cama para que ele percebesse que era para deitar ao meu lado, e eu acho que ele fez isso, porque eu senti alguém se deitar comigo, mas meus olhos estavam tão pesados que eu não consegui os abrir, então fiquei assim mesmo, com ele ao meu lado, sempre ao meu lado.


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Comentários

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03/10/2015 00:58:45
Vc é viciante Jhon! Capítulo perfeito! Nota 10 sempre Olha nunca desista vc tem potencial rapaz. Parabéns e Bjoks amigo
02/10/2015 06:25:09
Capítulo impecável, a sua sensibilidade me comove! É tocante o J. achar por um instante que virou um monstro, quando ele ė a vítima. E confesso que me senti reconfortada com todo o carinho e apoio que ele está recebendo... É como a vida deveria ser. Em relação ao próximo eu voto na linha do "Dias Utópicos"... Você sabe o quanto sou apaixonada por ele. Ah, e sempre estarei com você, mesmo que eu demore um pouco para ler ou para comentar; o meu amor por você é eterno e verdadeiro!
01/10/2015 18:11:56
Perfeito
01/10/2015 06:39:30
Sinceramente.... O Rodrigo me decepcionou um pouco com essa explicação.Mas ele cuidar do Jonathan o faz se redimir dessa palhaçada que ele fez. Eu tbm acho que o Talison gosta do Jonathan. E eu odeio ele,quando o pai dele descobrir que o "machinho"dele é uma "menininha" só quero ver. "Dias utópicos" é bom tbm, na verdade os dois são ótimo. Bjos e até mais. A.
01/10/2015 05:55:59
Histórinha mais esfarrapada desse Rodrigo...
01/10/2015 01:46:06
plot twist, é o thallison que na verdade é loucamente apaixonado pelo jonh
01/10/2015 00:43:16
Ta muito bom .10
30/09/2015 23:47:35
Querido eu não sei mais palavras para definir essa história!!! Amei o Rodrigo e o Jonathan ❤❤. Espero q o Matheus se recupere e volte a nos encantar. Vc me deixou na duvida sobre a proxima história... To gostando muito dessa, mas 'Dias Utópicos' é PERFEITO... Acho q foi uma das melhores historias q li. Então vou deixar a seu critério... Beijos ^^
30/09/2015 22:32:30
Estou ansiosa também para ver o acerto de contas.
30/09/2015 21:16:02
Acho que vou ter que fazer um transplante de coração pq eu vou acabar tendo um infarto de tanta ansiedade, pelo amor de Osíris acaba logo com a minha aflição e fode com o Thalisson e com o filho da puta do delegado. Estou Mega feliz que o R&J se acertaram estava torcendo por eles. O conto de hj estava perfeito, como sempre vc tem o meu 10!!
30/09/2015 20:49:49
Acho ótimo esse contato que o Matheus N tem com seus fãs. Bom, eu vi esse seu defeito como qualidade rss. Claro que os outros podem ver de outra maneira mas eu gostei rss.agora sobre o capítulo de hoje, estou aos prantos de ver ele tão impossibilitado, tão frágil. Da vontade de cuidar do Jonathan, ver ele melhorar logo. E espero que o Carlos encontre alguém rss. Bj
30/09/2015 19:49:40
Bom demais. Abraços.
30/09/2015 19:38:53
Torço para que o Matheus tb saia dessa e volte renovado e sem culpa e medo para o Caio. Rodrigo já não estava mais aguentando ficar longe do Jonathan e após o ocorrido, resolveu dar um basta, com a ajuda do investigador e da sua sogra ele colocará a vagaranha da Rafaela no lugar dela, e ao assistir o vídeo Jonathan se lembrará de tudo ou antes disso? E com isso todas as suas lembranças dos vídeos contra o delegado e o Thalisson, ansiosa para ver o Jonathan ressurgindo como uma fênix e ajudando o Carlos e o prefeito a elucidar tudo. Theus, o conto está instigante, vc e o Jonathan estão de parabéns, em relação ao próximo conto, como fiquei apaixonada pelo Zero e pelo Max, voto na linha de Dias Utópicos. Bjs e abraços.
30/09/2015 19:09:52
Nossa tá muito bom!!!!! Mas diz que até o final vc vai falar quem foi os três degradados que fez isso com ele?!?
30/09/2015 18:17:19
Já comentei lá no romance gay e vou comentar aqui também rsrs, a história está cada vez melhor e ver o Rodrigo eo Jonathan juntos novamente e muito bom.
30/09/2015 18:12:41
So observo... kkkkkk muito bom mesmo cara, quero ver quando eles forem pegos a como quero ver NOTA 10 como sempre amigo


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