O jornalista e o enfermeiro 2

Não resisti e publiquei a outra parte kkk boa leitura

Com um salto pulei para trás, assustei com o grito do Pedro, eu não tinha nada a esconder mas não gostava de expor minhas intimidades para ninguém.

-Nada Pedro, vai dormir- respondi impaciente

-Boa noite, te atrapalhei? - perguntou Gabriel educado e sereno.

-Imagina, levanto pra ir mijar na minha casa e pego dois viados se agarrando na minha sala- respondeu Pedro irritado.

-Epa, sua casa não, nossa casa, vovó NOS deu como herança, e viado anda de quatro na floresta- respondi

-Acho melhor eu ir andando- disse Gabriel prevendo barraco.

-Você fica- apontei para o loiro lindo e músculoso em minha sala com um buquê nas mãos- e você....- olhei sério para Pedro- VA PRA O INFERNO.

Eu e Pedro moravamos juntos havia alguns meses na casa que nos foi dada pela nossa avó, como resolvi sair da Bahia e ele foi expulso de casa por ser um irresponsável, bêbado e infantil como diria titio, ocupamos nossa casa por direito. Eu era maduro apesar de ser mais novo, assumi as rédeas da casa, ditei regras e tarefas, enquanto o Pedro apenas as seguia na condição de eu não pegar no pé dele. Viviamos assim, não éramos amigos nem inimigos, cada um com sua vida sem opinar na vida do outro. Pedro balançou a cabeça em sinal de negação e voltou para o quarto.

-Ele não ia mijar?- Perguntou Gabriel rindo

-Acho que desistiu- respondi olhando para a porta do quarto se fechando. De repente, lembrei do que estava acontecendo antes da cena histerica do Pedro, e meu corpo voltou a entrar em colapso, Gabriel se aproximou de mim sorrindo, jogou o buquê e o boné no sofá, levantou meu queixo e me beijou profundamente. Seus braços já entrelaçavam minha cintura e aos poucos fui subindo meus braços até seus ombros, o carinho de suas mãos em minhas costas me causavam arrepios, com uns selinhos no meu pescoço ele termina o beijo, olha em meus olhos e pergunta:

-Você quer continuar?

-Sim- respondi, ele me jogou na cama ferozmente e ... Eu desperto de mais um transe e digo- Não.

-Porque?

-Porque hoje é terça, não gosto de começar nada as terças-feiras e seu amiguinho lá de baixo está muito feliz pra pouca coisa- desdenhei.

-Garoto você vai se arrepender

Eu estava mais derretido que manteiga no sol, meu lado santo pedia para eu parar e meu lado meretriz queria continuar, enquanto eu brigava internamente, estava sendo carregado por aquela escultura ambulante ao beijos, senti seu corpo pressionando o meu, estávamos na cama, eu deitado por baixo e ele entre minhas pernas. Recobrei minha sanidade e com a força de Sansão o empurrei.

-Chega- você só quer o que todos querem e eu já to blindado para seu tipo- exclamei

-Vai dar logo esse cu e me deixa dormir Lucas! - Gritou Pedro impaciente

-Senta no prego e rebola- respondi

Gabriel cai na gargalhada e se joga ao meu lado, olhar para aquele corpo era tortura.

-Isso que me atrai em você, seu bom humor- ele falou olhando para o teto- Não sei com que tipo de caras você saia, mas eu sou diferente- falou sentando na cama.

-É diferente, e eu sou Joana D'arc- ironizei.

-Vou te provar- ele disse olhando pra mim e depois para o relógio- Já são 02:40 tá tarde, já vou.

-Não, DORME aqui, amanhã você vai embora- frizei que ele iria dormir, no máximo.

-Tá querendo aproveitar esse corpinho né?- me provocou rindo.

Deitamos na cama, em meio a caricias e beijos ele dormiu com a minha cabeça pousada sobre seu tórax sarado e divinamente branco, em instantes adormeci junto aquela escultura encarnada.