Ônibus
Eu não costumo andar de ônibus. Detesto o excesso de pessoas, o risco de assalto e o desconforto em geral dos transportes públicos no Brasil. Costumo ir à faculdade no conforto do meu carro, apesar de ainda não ser a melhor motorista do mundo.
Aquele dia eu tinha para um happy hour com uma amiga que tinha terminado um namoro havia poucos dias. Ela estava inconsolável. Passou em casa, e fomos em seu carro para o barzinho, próximo da avenida paulista. Mal chegamos e o ex namorado dela telefonou e pediu que ela fosse encontra-lo para uma conversa do outro lado da cidade. Ela se desculpou e me deixou no ponto de ônibus mais próximo de onde estávamos.
- Tudo bem, eu entendo. Vai tranquila
Ela me explicou calmamente que ônibus eu deveria pegar e disse que ele me deixaria no quarteirão de casa.
Eu, um tanto perdida e atrapalhada com meus saltos certamente não apropriados para manter o equilíbrio, peguei o ônibus, meio na dúvida se era o certo. Já estava bastante lotado, e me senti alvo de muitos olhares. Só então me dei conta de que eu não estava vestida de forma apropriada. Ali a maioria dos passageiros eram homens voltando pra casa depois do expediente e não loiras de vestido curto e decotado, arrumadas para um happy hour frustrado, como eu.
As pessoas entravam se empurrando. Não havia mais lugar para sentar. Fui para a parte de trás do ônibus e fiquei em pé ali, tentando me segurar para não cair em cima de ninguém.
O ônibus partiu e não demorou pra que eu sentisse como se algo me espetasse. Virei. Um homem de aproximadamente uns 40 anos pediu desculpas e ajeitou a pasta para longe de mim. Reparei certa malícia em seu olhar. Ele era certamente belo, apesar de um pouco mais velho que eu. Conforme o ônibus seguia eu sentia seu corpo inclinar-se pra perto do meu. Talvez eu devesse ter reclamado, mas por algum motivo não o fiz. Alguns dos homens ali observavam meu decote. Nem todos disfarçavam. Alguns pareciam querer que eu percebesse.
A noite caiu e o homem atrás de mim ficava irritantemente se esfregando contra mim. Senti que ele estava excitado. A situação era inusitada e constrangedora... Mas, de alguma forma, eu senti minha calcinha encharcar a cada toque “sem querer” que ele dava em mim. Sua mão esbarrava na minha coxa como se testasse a minha reação. Não reagi. Fiz como se nada estivesse acontecendo. Um pouco por vergonha, mas um pouco tb por estar paralisada, sem saber o que fazer e molhada. Ele roçava o pau na minha bunda, agora, já sem muita cerimonia. Era claro que ele estava tirando muito prazer da situação.
De repente, o ônibus fez uma curva e sem que eu pudesse sequer prever, senti um dedo se enfiando bem fundo na minha buceta molhada, e depois saindo dela e se forçando no meu cú. Dei um gemido de susto e indignação, mas ele simplesmente colou em mim e seguiu me fodendo com os dedos da melhor forma que conseguia. Se alternava na minha buceta e no meu rabo, como se não estivéssemos ali. Olhei para trás e sua expressão era neutra, como se nada estivesse acontecendo. Mas eu sentia agora dois dedos metidos no meu anus, me estuprando sem dó, abrindo dentro de mim... Isso foi se repetindo por uma boa meia hora. Depois ele voltou a encostar aquele pau em mim e fez a festa, me encoxando, se esfregando mais forte, menos discretamente, mais bruscamente até que de repente, tudo parou.
Desci do ônibus totalmente perplexa. Passei a mão na parte de trás do meu vestido. Eu estava melada do gozo daquele homem. Cheguei em casa, tomei um bom banho e ao sair, fui procurar minha escova de cabelos na minha bolsa e achei um pedaço de papel que antes não estava lá. Nele um número de telefone e o nome Henrique.
Talvez eu deva ligar...