Meu Mundo, Meu Universo XII
Descobriram Nosso Universo - Ato XII
A sensação de ganhar no jogo deles era indescritível, eu me sentia leve e realizado. Minha mãe olhava tudo aquilo como sem entender e entendendo ao mesmo tempo, como se as coisas fizessem sentido e ao mesmo tempo não fizesse nenhum, ela não tinha sido consultada sobre aquilo e iria exercer sua voz de comando como em uma tentativa de demonstrar que ela era quem dava as ordens ali, mas na realidade só tentava se enganar de que tinha algum poder.
- Dormir fora de casa? – minha mãe perguntou de forma irônica – De forma alguma. Eu não conheço a família dele, o Felipe é um bom garoto mas não conheço os pais dele, não sei se são pessoas de bem – ela continuou falando de uma forma prepotente.
- É verdade Lucas, sua mãe está certa. Nós não conhecemos a família dele, por isso não é certo você dormir lá – meu pai disse serio dando razão a minha mãe, o que me fez sentir ali que o plano estava ruindo – Amanha depois da aula peça para ele vir aqui e diga que queremos conhecer a mãe dele, e ai veremos – continuou ainda num tom severo tentando encerrar o assunto.
Ufa, foi o que pensei, por segundos acreditei que meu pai tivesse mudado de lado, mas era só uma estratégia dele para tranquilizar e convencer minha mãe. Após a ultima fala do meu pai minha mãe resmungou muito como se procurasse motivos para discordar da decisão, mas eu e meu pai não prestamos atenção, ele já tinha decidido e a ruína da ultima inimiga era iminente.
Após algum tempo, já estava no meu quarto deitado me preparando para dormir quando liguei para o Felipe contando o que tinha acontecido e nos fazendo planejar o próximo passo, que seria o golpe final que levaria a decadência a aquela ditadura que eu vivi por anos.
Ao acordar percebi que o tempo estava passando mais rápido que o normal, como em segundos já estava na sala de aula terminando os planos por mensagens no celular com o Felipe, mais algum tempo havia passado e já era o fim da aula. Meu pai dessa vez chegou cedo e logo fomos para casa. No caminho ele tocou no assunto varias vezes e de varias formas, dando dicas de como eu deveria fazer tudo, perguntou se eu tinha preservativos e todo esse tipo de coisa já dando por certo a ideia de dormir na casa do Felipe.
Chegando em casa como sempre fui direito tomar banho antes do almoço, ainda no chuveiro escutei a campainha tocar o que me fez terminar rápido, eu já sabia do que se tratava. Descendo vi a razão da minha alegria sentado no sofá de costas para a escada como da vez que ele tinha dormido na minha casa, sentada ao lado dele estava sua mãe, muito bem vestida toda de branco. Mais de perto percebi que ela estava diferente, usava óculos e tinha os cabelos presos passando um ar bem mais serio do que vi quando a conheci, isso me fez pensar que ela sem duvida já estava envolvida naquela guerra.
Nossos pais haviam se dado bem, principalmente meu pai que era exageradamente simpático, já minha mãe fria e calculista porem educada a tratou ate melhor do que eu imaginava. Depois do almoço veio à mesa o motivo daquela mobilização de guerra que havíamos preparado.
- Então, esses dois estão querendo ir para o cinema e depois ir lá pra casa estudar para prova e fazer trabalhos – a mãe do Felipe disse com um tom bem natural – o Felipe me perguntou se podia e eu concordei sem problemas, gosto muito do Lucas, quando o conheci percebi que é um bom garoto – ela completou passando a mão pelos meus cabelos e rosto.
- Não sei se é uma boa ideia, ele não tem costume de dormir fora de casa – minha mãe respondeu já derrotada, mas não querendo entregar a batalha facilmente.
- Nossa mãe, é aqui perto e outra vocês vão sair e voltar tarde, pelo menos lá eu não fico só – eu disse a enfraquecendo ainda mais com a ideia de uma mãe que deixa um filho adolescente só em casa a madrugada inteira.
- Bem, hoje estou de plantão, entro daqui a pouco e saio as 10 posso pegar eles no cinema sem problema – a mãe do Felipe completou já mostrando que estava tudo convergindo para nossa vitória.
- Tudo bem, mas isso é uma exceção em Lucas não gosto da ideia de você dando trabalho na casa dos outros – minha mãe disse agora finalmente derrotada no próprio campo de batalha.
- Que isso, o Lucas não incomoda é um anjinho – a mãe do Felipe disse de forma carinhosa enquanto passava outra vez a mão pelos meus cabelos - Diferente desse daqui que não para de falar um segundo o dia inteiro, só pode ter puxado isso da família do pai dele, da minha não foi – ela completou rindo e falando de forma engraçada enquanto fazia cocegas no Felipe.
- Vocês tão vendo como ela me ama né? – Felipe disse tentando forçar um ar de sofrimento o que fez todos rirem.
Pronto a guerra tinha acabado, éramos vencedores e agora viria a comemoração. Depois de nos despedirmos, esperei meus pais saírem para o trabalho para começar a arrumar as minhas coisas, não queria demonstrar que tinha ficado animado de mais com aquilo. Não sabia muito bem o que levar, acabei pegando a minha mochila maior e guardando ali mais coisa do que provavelmente seria preciso.
Assim que minha mãe chegou ela foi ate meu quarto e verificou minha mochila reclamando que tinha coisas de mais e que não era preciso, arrumando tudo do jeito dela. Rápido eu já estava vestido com a roupa para ir ao cinema, com minha mochila e me despedindo da minha mãe, enquanto ela falava mil coisas sobre como me portar e o que fazer, me mandando ser educado e dando mais algumas centenas de recomendações. Sai de casa e logo já tinha chegado no prédio do Felipe, ele estava na frente me esperando.
- Nossa Lucas, você ta tão bonito – Felipe disse com a boca aberta enquanto olhava para mim. Eu estava vestido para sair anoite, com uma camisa social justa azul turquesa pouco abaixo da cintura cobrindo o cinto com as mangas dobradas, calça jeans preta, tênis preto com detalhes azuis, cabelos bem penteado e bastante perfume. Na realidade eu não achava que estava lá tão bem arrumado – Por que tá tão bonito assim? – ele perguntou fazendo cara de duvida.
- Pro cinema ué – respondi pensando que ele tinha esquecido.
- Isso não era parte da desculpa? – Felipe perguntou sem entender também – não sabia que agente ia de verdade – ele completou.
Nessa hora isso me fez pensar que na realidade não tínhamos motivo algum para irmos ao cinema, realmente era só uma desculpa e eu que não havia parado para me atentar sobre isso.
- É mesmo né? – eu falei confuso – nem pensei nisso, mas pelo menos eu menti direito pensando que ia – completei enquanto riamos juntos já chegando ao seu apartamento.
- Pronto, agora vamos ter nosso primeiro dia de noivos – Ele disse fechando a porta do apartamento e me abraçando bem devagar com carinho – passar o dia inteiro juntos e sozinhos – ele completou passando seu rosto no meu pescoço.
- Mas e sua mãe? – perguntei desconfiado.
- Ela vem depois do plantão só pra trocar de roupa, ela vai sair – ele respondeu me tranquilizando e me apresentando as partes do plano que eu não conhecia.
Outra vez tudo que acontecia ali era mais fantástico do que consigo descrever, não sei se o fato de nos descobrir era o motivo de toda aquela aura de magia a nossa volta ou se realmente as coisas estavam acontecendo de uma forma surreal. Nós andávamos e nos beijávamos fazendo coisas naturais que casais normalmente fazem, só que era especial por algum motivo, talvez pelo real significado de podermos ser como um casal normal as coisas aconteciam diferentes, ali não existiria preconceito ou preocupações.
Ainda adolescentes percebemos o valor e a importância de coisas simples como assistir TV na sala deitado no colo um do outro, abrir a geladeira enquanto estávamos abraçados, dar beijos na sacada do apartamento, andar pela casa inteira nos chamando de namorado/amor/noivo sem preocupação de que alguém ouviria. O apartamento do Felipe era a nossa realidade, ali ficava nosso planeta terra azul e verde, protegidos da ignorância e do preconceito, naquele lugar éramos em fim um casal.
Sentado na cama, Felipe com calma me deitou segurando minhas costas ate chegar ao colchão. Ele abria os botões da minha camisa sem pressa, aos poucos fazendo revelar a luz que residia em meu peito que parecia dar força a luz interior dele, nos despimos sem nervosismo ou erros, tirávamos nossas roupas em sincronia enquanto nos beijávamos e no abraçávamos, na realidade parecia que ainda deitados estávamos reproduzindo de forma perfeita uma dança ensaiada, como se pensássemos juntos. Durante algum tempo eu e Felipe beijamos cada parte do corpo um do outro, aos poucos encontramos uma posição perfeita onde podíamos nos tocar ao mesmo tempo. Invertidos e com o corpo arqueado sobre a cama, com o nosso rosto na altura da cintura um do outro(sim 69, rsrs). Naquela posição usamos a boca de uma forma mais intensa da que já tínhamos feito no passado, com minha mão direita sobre a barriga do Felipe eu podia sentir seu corpo inteiro vibrar, era como se eu pudesse ouvir uma sinfonia com a ponta dos dedos. Aquela sensação de dar prazer a pessoa que eu mais amava no mundo era forte de mais.
Agora eu já sabia tudo que precisava fazer ali, aprendemos juntos a dar o máximo de amor um ao outro, já conhecíamos cada centímetro do corpo um do outro. Em pouco tempo já podíamos sentir absolutamente tudo a nossa volta se movendo de acordo com o que fazíamos, planetas e Deuses se curvavam perante nosso sentimento, eu e Felipe éramos ali o centro do universo, a centelha da criação, o inicio o meio e o fim, juntos chegando ao orgasmo éramos o principio absoluto da existência humana, o amor.
Todo aquele desespero em aproveitar o máximo de cada segundo que podíamos ser normais fez o tempo passar mais rápido do que imaginamos. Deitados na sua cama sem roupa abraçados com as pernas uma entre a outra, passando nossas mãos um no rosto do outro após nos amar como casais normais, nos olhávamos tentando entender o tamanho do que sentíamos um pelo outro e nos perdemos lendo nossas almas.
De repente escutamos passos dentro do apartamento, como se estivesse saindo do transe Felipe rápido se levantou e trancou a porta do quarto para nos vestirmos. Ele me ajudava com os botões da minha camisa enquanto com o controle remoto tentava ligar a TV do quarto dele, se aquele desespero todo não bastasse a mãe dele bateu na porta e tentou abrir percebendo que estava trancada.
- Felipe, pra que essa porta trancada? – a mãe dele perguntou preocupada.
Ao Felipe abrir a porta ela me viu sentado enfrente a mesa do computador como se estivesse pesquisando algo com a camisa toda amassada(eu na realidade nem sabia o que tava fazendo ali, só sai de perto da cama por instinto).
- Por que trancou a porta? - ela perguntou mais uma vez desconfiada e olhando por todo o quarto, como se procurasse alguma coisa.
Ela olhava para mim mas não me dirigia a palavra, me fitando como se soubesse o que estava acontecendo ali, percebendo nosso nervosismo, as roupa amassadas, televisão ligada no canal do mosaico, cabelos bagunçados e cama desarrumada fez eu me preparar para a gritaria e a guerra que viria sobre nos, eu não estava pronto mas já sabia lutar, puxei toda sombra e frio dentro de mim para resistir ate onde pudesse a aquela briga.
- Presta atenção em! To sacando vocês, mas vou fingir que não vi nada – a mãe dele disse andando pelo quarto e piscado o olho pra mim.
Heeeeeeeiiiinnn????!!! – eu pensei.
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Então, mais uma parte da minha historia. Quero antes de agradecer pedir desculpa, eu tenho passado por problemas sérios com o tempo, antes eu conseguia postar ate 3 Atos por semana, mas as coisas realmente estão complicadas, mt trabalho to realmente sem tempo, minha diversão tem sido escrever aqui, já faz umas 2 semanas q não vejo meus amigos... ta tenso mesmo, mas não vou parar de escrever vou postar uma vez por semana ate td melhorar por aqui, pode ser essa segunda e a próxima? Espero q sim rsrsrs
Aah!! Ontem fez um mês q to escrevendo aqui Ô.o, descobri ontem por acaso e o q isso significa? Exatamente, nd rsrsrs só q um mês se passou mais rápido do q eu pensava. Mas sério esse mês foi um dos melhores dos últimos tempos, fiz amigos sinceros q falam comigo todos os dias e que me ajudam mt a continuar, a cada dia q passa, lendo os comentários de vcs, me sinto cada vez mais normal e menos culpado por amar pessoas do mesmo sexo q o meu. Obrigado por tudo, aos q comentam, aos q votam e aos q só leem, de verdade para mim todos são importantes, mesmo!
Quero pedir desculpa pelos erros, to sempre tentando melhorar. :******
Alguma dica ou sugestão: ;D
Ru/Ruanito - parte hetera foi ótimo, fazer oq né cara... lei da sobrevivência rsrsrsrs Obrigado por continuar lendo. Cara vc ta aqui dês do meu primeiro post ^^ ei isso é importante p mim de verdade. Mt mt mt obrigado :**
Monster – Nossa cara vc tb ta aqui dês da minha primeira postagem, adoro seus comentários, mt mt mt obrigado de verdade por não desistir de mim rsrs :**
Geomateus e geomateus – vc tb ta dês do começo aqui cara, é vc mesmo ou são pessoas diferentes com nomes iguais? rsrsrs, mt mt mt obrigado mesmo, espero q ainda esteja gostando. :**
LaaLah – Obrigado sua linda(o)!! rsrs Espero q tenha gostado dessa parte, mt mt obrigado mesmo :*******
_hunter – Eeei eu vi q vc votou e comentou em todas as partes da minha historia rsrsrs serio espero q tenha gostado, isso foi bem legal da sua parte, mt mt obrigado :* ᗡ:
Sori – Vi que vc comentou e votou recentemente nos capítulos antigos, desculpa não ter citado vc antes, mas eu vi e mt mt mt obrigado pelo q disse, espero q continue gostando :****
guigo1 – É eu ainda sentia raiva pelo q eles fizeram, nessa época eu já não era mais criança, eu tinha q me defender né? Rsrs Mt obrigado mesmo, sei q vc vem acompanhando minha historia a um tempão, espero q o que escrevi aqui tenha ajudado. Adoro seus comentários mesmo, vc é mt importante, obrigado mesmo ^^
rewfew – Ei eu vi q vc votou nas partes anteriores, obrigado mesmo, tomara q tenha gostado. Ei to lendo sua historia, serio adoro ela, morro de rir(de uma forma boa, ok?) rsrsrs Vou continuar lendo, mas posta logo ow!!! rsrsrs :*****
Sei q isso não significa mt coisa mas vou fazer assim mesmo. Dedico o Ato – XII da minha historia a 3 pessoas realmente importante p mim:
Irish – Minha irmãzinha de alma, eu não canso nunca de falar o quanto vc me inspira e me ajuda. Dês do meu primeiro post vc ta aqui comentando, serio daria p encher uma piscina com o tanto de lagrima q já derramei lendo seus coments(eles são tão lindos ^.^) e lendo seu conto perfeito tb, eu até tenho um personagem lá, interpretado por mim mesmo rsrsrs, vc é uma das melhores pessoas q já conheci. Te adoro, e sou seu fã, pra sempre, pra sempre, pra sempre!! :*******
May Lee – Sua liiiinda, aquilo q vc disse na sua historia: “Como a gente pode gostar tanto alguém que a gente nem conhece pessoalmente?” nééé??? rsrsrsrs Não sei como pode isso mas gosto e pronto :p Vc ta aqui comigo dês do meu primeiro dia, já falei varias vezes o quanto isso me ajudou mas vou continuar repetindo. rsrsrs Seu conto é perfeito, sempre vou ler td q vc escrever, te adoro e tb sou seu fã, pra sempre, pra sempre, pra sempre!! :******
Drago*-* - E vc tb né?? tb dedico essa parte em especial p vc. ^.^ Vc tb ta dês do meu primeiro post, cara eu adoro seus coments, serio são lindos, me sinto tão bem com as coisas q vc fala. Acho q vc não sabe o quanto td q vc fala me incentiva a continuar, vc é um dos culpados por eu não ter parado. Rsrs Vc é mesmo mt especial p mim e para minha historia, queria poder fazer mais do q só dedicar p vc, tipo fazer vc um personagem q nem a Irish fez cmg, mas não da meu conto é biográfico, ficaria estranho... :( mas já to pensando no próximo conto e vc vai ser sim um dos personagens principais, de verdade prometo!!! Adoro vc seu lindo, obrigado pra sempre, pra sempre, pra sempre. :******