Um amor duplamente proibido II (parte 20)
Eu devia ser mais racional, mas fazer oque né? Aqui estou, fora de horário, para deixar mais um pedaço da história... Espero que apreciem a leitura...
Parte 20
Dormi com os ‘nãos’ flutuando pela minha memória. Meu sono foi novamente um mar de pesadelos, por fim acordei gritando, novamente, e não consegui voltar a dormir. Na manhã seguinte eu estava acabado, fiz o que pude para me manter com uma cara boa para não preocupar meus pais, mas parece que isso não deu muito certo, pois em certo momento minha mãe falou: “você está com cara de morto vivo”. Eu achei graça, mas quando fui olhar no espelho percebi que era verdade. Eu estava péssimo.
O sábado passou sem surpresas, além de não falei com o Rafael (nem tentei), não consegui falar nem com o Timos nem com a Ana. Noite de sábado para domingo, pesadelos. O domingo estava se arrastando.
Era umas cinco da tarde, e eu estava tentando tirar um cochilo no sofá da sala. Minha mãe havia saído com meu pai. A campainha tocou.
Eu – quem será uma hora dessas, será que não percebe que estou tentando dormir? – eu já estava irritado com qualquer um que aparecesse... Menos “ele”, eu sabia que no fundo eu só queria falar com ele, nem que fosse uma mensagem...
Quando abri a porta o Rafael estava lá. Linhas pretas marcavam logo abaixo de seus olhos verdes, mostrando que, assim como eu, ele não havia dormido bem. Mas ele estava bem melhor que eu, estava arrumado e cheiroso e eu estava só com um shortinho e provavelmente com ‘cheiro de sono’. Meu cabelo deveria estar um horror e meus olhos sujos, pois não tomava banho dês de ontem. Fiquei imediatamente com vergonha.
Eu – Ra... Ra... Rafael. O que você ta fazendo aqui?
Rafael – eu precisava vir aqui. Vamos dar uma volta?
Eu – uma volta?
Rafael – sair um pouco, conversar – minha cabeça estava gritando para mim aceitar.
Eu – desculpa, mas eu... Você pode esperar eu me arrumar?
Rafael – claro – ele disse com o sorriso que eu adoro.
Eu – pode entrar, eu não devo demorar.
Rafael – claro.
Ele entrou e eu fechei a porta. Pensei que ele fosse esperar na sala, mas quando eu sai do banheiro para me trocar ele estava lá, na minha cama, esperando e me observando. Fiquei um pouco envergonhado, mas peguei a roupa e tirei a toalha, eu sabia que ele estava me ‘comendo’ com os olhos, todavia eu não me permitiria pensar nele dessa forma e não teria uma ereção... Por que eu fui pensar nisso? Antes que eu não pudesse esconder minha excitação vesti as roupas.
Rafael – o que foi? Você parece tenso.
Eu – nada...
Para falar a verdade ele também parecia tenso. Rafael estava com seu carro. Ele me levou ao cinema, fique de repete preocupado com o que parecia, mas foi tão bom que o pensamento se esvaiu de minha cabeça. Ele não largou da minha mão durante todo o filme e eu, tão pouco, queria que ele soltasse. A sensação da pele dele na minha era maravilhosa.
Depois fomos jantar, ele me levou a um restaurante no centro da cidade. Estava meio lotado quando chegamos, mas conseguimos uma mesa ótima. Dessa vez eu mandei uma mensagem para minha mãe dizendo onde eu estava. Eu ri bastante durante todo o tempo, o Rafael me fazia sentir bem de uma maneira que ninguém jamais conseguiu.
O pensamento que meus pais me colocaram de que eu poderia ter sentimentos mais profundos pelo Rafael sumiu, não era importante. Era mais ou menos dez horas quando minha mãe me ligou para eu voltar para casa, disse que eu tinha aula no outro dia. Rafael me levou até em casa, e eu não pude deixar de notar como ele era bom para mim. Chegando em casa ele me acompanhou até a porta.
Eu – então... Acho que acabou – falei com desânimo.
Rafael – posso dormir com você hoje, quer dizer, na sua casa?
Eu – não sei se os meus...
Maria – pode Rafael – disse minha mãe aparecendo na porta.
Rafael – obrigado.
Maria – mas dormir ouviu? – ela disse com uma cara de poucos amigos.
Rafael – claro – ele disse com um tom de voz sem emoções.
Maria – só estava esperando você voltar para mim dormir. Boa noite – disse ela a mim, indo embora par seu próprio quarto.
Eu – boa noite mãe – respondi alto para que ela ouvisse
Fomos para o meu quarto, eu só percebi que estava segurando a mão dele quando ia entrar no banheiro. Fiquei um pouco vermelho e soltei ela. Tomei um banho rápido e logo que eu sai o Rafael entrou. Enquanto eu me trocava percebi que havia uma mochila na minha cama... Ela não estava ai quando entrei no quarto... Olhei dentro e vi que tinha roupas e alguns acessórios.
Finalmente o Rafael saiu do banheiro enrolado na toalha. Antes que eu pudesse olhar para ele e minha mente pensasse coisas que não deveria pensar, desci para dar privacidade. Fui beber um pouco de água e o Rafael apareceu para também tomar água. Depois subimos para dormir.
Eu – você pode dormir na cama comigo, se quiser...
Continua...
Comentem, perguntem e até a próxima...