O valentão do colégio - 10
Gente! Mil desculpas pela demora! De verdade. Não deu pra escrever nada, pois eu tive que viajar pra Manaus por causa do trabalho. Eu pedi pro Gabriel escrever esse conto, mas ele tava muito ocupado também. Então. Aí vai:Acordei no dia seguinte por volta das 10. Gabriel estava dormindo atrás de mim, e eu não me lembrava de mais nada. Quando eu olhei para ele, eu lembrei de tudo. Da briga, do filme, dele me comendo, e a nossa pequena discussão. Eu olhei para seus lábios rosados e dei um selinho, antes de voltar à posição original e dormir de novo.
Às 10:30, eu acordei, mas ele não estava mais atrás de mim. Olhei ao redor e vi sua mochila. Ufa! Ele não foi embora. Fiquei no corredor dos quartos e o vi na sala, vendo TV. Voltei ao meu quarto, escovei os dentes no banheiro e desci as escadas.
- Bom dia, meu bebê.
- Bom dia. - Eu respondi, deitando em cima das pernas dele.
Ele começou a fazer carinho na minha cabeça e olhou pra mim. Ele abaixou sua cabeça e começou a me beijar. Aquele gosto de chocolate ao leite tocando meus lábios, aquele cheiro que me hipnotizava... Ele me deitou no sofá e começou a tirar a própria roupa (ele descobriu mais cedo que eu não me sentia confortável quando eu ficava sem roupa primeiro) e depois começou a tirar a dele. Ele foi beijando meu pescoço e me virou de bruços. Ele começou a fazer massagem nas minhas costas. Eram mãos de algodão. Aquilo era tão gostoso. Ele colocou uma camisinha com uma das mãos e passou o pau entre as duas nádegas. Eu fiquei excitado.
Ele pegou o lubrificante gelado e passou na entradinha do meu cuzinho. Em seguida, ele me pediu para ajoelhar no sofá pro pau dele entrar mais fácil. E entrou. Meu cu ainda não havia parado de doer, mas eu esqueci da dor assim que Gabriel começou a colocar a cabecinha na porta e enfiar devagar, dando estocadas leves. Quando entrou tudo de uma vez, nós gememos juntos. Ele começou a bombar bem devagar, me alucinando. Era muito gostoso.
Ele ficava me chamando de gostoso, e eu ficava gemendo e fazendo carinho em sua coxa, enquanto ele beijava meu ouvido. Ele tirou o pau dele de dentro e eu quis saber o por que. Ele me virou de barriga pra cima e eu fiquei na posição frango assado. Ele voltou a enfiar, e agora, nossos rostos estavam bem próximos. Ele ficava me beijando, e eu chamando ele de gostoso, até ele começar a me masturbar. Eu gozei rápido na minha barriga, seguido por ele, que lotou a camisinha com seu leite quente.
Nós ficamos rindo abraçados esperando nossas respirações voltarem ao normal. Ficamos deitados no sofá nos acariciando por uns 15 minutos, quando nós vamos tomar banho no quarto do meu pai. Repetimos o que fizemos ontem no banho. Após sairmos, ele me enxugou e nós nos vestimos.
- Você quer ir tomar sorvete? - Ele perguntou.
- De manhã assim? Geralmente eu tomo café antes.
- Então vamos tomar café.
Ele me carregou até a mesa da cozinha e me sentou lá. Ele foi pegando as coisas pro café e fez dois sanduíches pra nós. Eu fiz um café com leite pra mim e ele pegou o suco pra ele. Assim que terminamos, fomos para o quarto e eu fui pro computador. Ele ficou deitado na cama lendo um livro e eu fiquei jogando mmorpg como havia prometido pra essa semana. Após meia hora ele solta uma bomba.
- Daniel. Me conta como era o seu ex?
- O que? Por que?
- Por que você terminou com ele?
Eu saí do jogo e sentei na cama ao lado dele. - Bom. Ele era quatro anos mais velho que eu. Quando eu comecei a namorar ele, ele ia fazer 18, e então começou a beber. Ele me levou numa festa com os amigos da faculdade dele e nós até curtimos, mas ele estava meio distante comigo. Quando eu tava apertado, eu fui procurar o banheiro, mas eu vi ele conversando com uma loira que ele viu na festa.
- E aí?
- Aí eu escondi e ele ficou olhando pra ver se eu aparecia, quando ele enfiou a língua na boca dela. Eu apareci na hora e fui embora. Um amigo dele viu e me ofereceu carona até em casa, e eu desabei.
- Que tenso.
- Mas por que a pergunta do nada?
- Só não queria cometer os mesmos erros que os dele... Mas eu nunca te trairía.
- Eu sei disso, lindo. - Beijei ele.
O telefone começou a tocar. Fui pra sala atender. Era minha tia.
- Oi, tia! O que foi?
- O Victor já chegou?
- Victor? Ele vai vim pra cá?
- Eu estraguei a surpresa. Hahaha. - Quando ele chegar, manda um abraço pra ele.
- Tia, me faz um favor.
- Diga, meu sobrinho.
- Eu nunca estive nessa casa, essa conversa nunca existiu e você não sabe que eu não estou aqui.
- Por que?
- Se o Victor perguntar, eu nunca estive aqui. Por favor!
- Ok!
Despedi dela e desliguei o telefone. Bom, deixa eu explicar. Victor, meu irmão mais velho que faz faculdade em João Monlevade, já foi preso uma vez, por que ele brigou com um cara no meio da rua. O cara saiu todo estraçalhado. Motivo? O cara tava segurando as mãos do namorado. Victor foi processado pelos pais do cara, e, como meu pai não quis pagar, Victor foi pra cadeia. Ele é bem pacifista, de verdade. Quando não é com um gay. Agora, imagine com um adolescente em sua própria casa?
Fui pro quarto do meu pai, peguei uma mala do guarda roupa e subi correndo pro meu quarto. Gabriel se assustou com meu comportamento, por que eu comecei a enfiar todas as roupas que eu encontrava nas gavetas pra dentro da mala. Peguei dois livros e desodorantes.
- Bebê, o que tá acontecendo? - Perguntou Gabriel.
- Guarda suas coisas e prepara pra gente sair daqui. Explico no caminho pra sua casa.
Ele começou a guardar seus pertences e logo já estava pronto. Desci pra cozinha e peguei o pacotinho de ração pra gato e peguei o Chico no caminho. Guardei eles na mala. Sim, o gato foi junto. Ele não reclamou. Tranquei as portas e subi pro quarto.
- Você consegue pular essa janela? - Perguntei enquanto desligava o computador.
- Consigo.
- Então vai.
Ele pulou a janela e eu fui depois. A queda não era muito grande. Eu não lembrava onde a gente tava, por que faz muito tempo que eu fugi pela janela. Ela dava numa rua atrás da casa. Nós fomos pro ponto de onibus e comecei a explicar tudo pro Gabriel.
- Meu irmão tá vindo pra cá.
- Ah, que ótimo! Por que...
- Não é ótimo. É horrível! Ele é homofóbico e já foi preso por que quase matou um cara.
Gabriel estava boquiaberto. Ele achou que eu tava brincando, mas depois viu que eu não tava.
- Posso dormir na sua casa até sábado?
Ele ficou muito feliz e me abraçou. Daí, nos beijamos mais uma vez, antes do meu celular tocar no meu bolso.