Seguindo sua dica Danny 2012 deixo como opção a música "Right as rain" como trilha sonora, mas também aviso que sou péssimo nisto e não sei se irá ficar legal, rsrsrs.
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O luar levantava-se preguiçosamente na imensidão escurecida do céu. Tentei apreciar as estrelas, mas as fortes luzes da cidade ofuscavam essa beleza tão comum de onde eu vinha. Tão somente eu as imaginava, afinal ainda elas estavam lá, ocultas mas eram perfeitas para completar o universo de meus sentimentos. Aos quais beiravam o entusiasmo e voavam cegamente pela liberdade.
Eu precisava de uma noite viva e agitada. O lugar certo com toda a certeza era uma boa balada, haviam várias pela cidade só que a mais freqüentada era a do centro. Foi uma caminhada curta até o local, as pessoas se aglomeravam por todos os lados. Com uma estrutura cheia de pompa e luzes que percorriam o ambiente pulsando ao ritmo das músicas que intercalavam batidas e estilos diferenciados. A pista de dança era gigante, várias mesas com estofados confortáveis que se espalhavam pelas laterais da casa davam um ar casual em meio a todo o frenesi que se difundia entre os corpos quentes em movimento.
Me dirigi ao bar para refrescar a garganta e observar as pessoas. Enquanto eu esperava minha bebida próximo ao balcão um carinha acompanhado por uma garota de cabelos curtos e lábios rosados sentam-se ao meu lado. Ele exibia seus leves músculos sob uma camisa de gola V apertada e curta na medida certa. Seus cabelos eram espalhados com as raízes escuras que clareavam aos poucos até a ponta dos fios, os olhos finos e uma pele bronzeada completavam todo o seu charme. Acabei por abrir um sorriso ao perceber que ele também me lançava alguns olhares, estava sempre sorrindo enquanto conversava com a garota que parecia ser somente uma amiga.
Resolvi abrir e ler algumas mensagens que meus antigos amigos me enviavam, achei melhor não ficar encarando-o, afinal eu acabara de chegar e não queria arrumar confusão, só que ele não pensava assim. Por vezes o via a me observar descaradamente como se querendo chamar a minha atenção. Depois de alguns minutos a garota se afastou indo dançar com mais outras duas mulheres, ele então veio para perto de mim e disse:
_Sozinho. Só de boa irmão?!_A voz dele era forte e um tanto rouca.
_Éh! Só de boa..._Falei voltando a teclar no celular, após olhar rapidamente para ele.
Ele continuava ali parado, então decidi tirar de uma vez minhas dúvidas. Perguntei:
_E qual é o seu nome?
_Ivan...e o seu?
_Ehh...Ildo!_ Falei respondendo com o primeiro nome que me veio em mente, eu não estava a fim de dizer o meu.
Em meio a incredulidade e um meigo sorriso ele acaba por sentar-se junto ao balcão ao meu lado, dizendo:
_Cara você tá me zuando só pode!
_Claro que não! Você não saco que a gente faz a dupla perfeita ,O Ivan e o Ildo!
Ambos começamos a rir diminuindo o ritmo até sobrar apenas nossos olhos que se cruzavam de maneira profunda. Ficamos ali mais um tempo bebendo e conversando qualquer coisa até o assunto acabar. Ele então tocando de leve meu rosto disse:
_Alguma vez já te falaram o quanto você é tão gostoso?!_ Suas palavras saíam em meio a suaves mordidas nos lábios.
_Ah até que não...mas sabe oque eu mais gostaria de ouvir?_ Falei mordendo os lábios com maior pressão do que ele.
_Fala ae. O que?
_Se eu gostaria de dançar! Será que alguém me dirá isso hoje?
Ivan levantou sorrindo e me estendeu a mão dizendo:
_Se bora dançar então, adorei a idéia!
A noite parecia ter começado ali. As músicas passavam uma após a outra e nóis dois não paravamos, curtindo a mil com movimentos que pouco a pouco aproximava-nos. Após um tempo e já exaustos, Ivan começou a me puxar de lado em um canto onde os estofados eram pouco iluminados, antes mesmo dele ali me jogar, me beijava com afinco deslisando sua língua com chupões cheios de puro tesão. Ele pressionava minha cintura tentando me deitar sobre o sofá mas eu esitava. Enquanto minha mão se posicionava sobre sua nuca com os dedos entre os seus cabelos, as dele percorriam minhas costas e barriga. Meu coraçao estava a pulsar em sincronia com minha respiração profunda e rápida. Sentia os seus toques com os olhos fechados e meu corpo parecia sofrer com uma crescente falta de reação. Os braços de Ivan estavam a me envolver e o seu peso sobre mim conseguira me deitar abaixo dele. Suas pernas agora se posicionavam de forma a pressionar as minhas entre elas, juntamente apertava as coxas e minha bunda sem pudor algum com a mão.
Meus olhos se abriram e a escuridão do local que dificultava minha visão, tornou minha respiração lenta e sofrida os meus temores começaram a jorrar desenfreados, éu não conseguia continuar um vazio absoluto tomará conta de mim não deixando espaço para qualquer desejo ou tesão. Estava me alienando como todas as outras vezes que esse tipo de aproximação acontecia, sempre minha mente ficava confusa e qualquer toque se torna-va extremamente doloroso.
Não suportava mais nem um minuto meus olhos logo se encheriam de água, só consegui pedir com a voz sofrida:
_Para eu não consigo!...
Ele mordia minha orelha sugando minha pele, então ele disse baixinho no meu ouvido:
_Relaxa delícia, agora que està chegando a melhor parte.
Ele me pressionava cada vez mais porém movido por uma grande elevação de adrenalina me joguei para cima fazendo o afastar-se. Deslizei por entre seus braços que me envolviam de forma abrupta e levantei tropeçando e esbarrando nas pessoas ao redor. O Ivan veio em minha direção perguntando o que estava acontecendo mas não conseguia falar nada naquele momento. Toda a agitação e barulho do ambiente agora pareciam me engolir, sentia que as pessoas me olhavam com nojo, mas não era verdade. Corri em direção a saída sentindo o estômago revirar-se, em segundos eu já estava na rua ainda corria como se pudesse fugir dos meus pensamentos, que a todo instante me acusavam "Você nunca vai poder amar de verdade, nunca irá ser completo. Você sempre irá fracassar. Olhe sua sujeira!"
Meus passos eram largos e meus músculos se moviam pesadamente, os minutos que se passaram até minha casa foram como um corte no tempo, só consegui cair em si,quando senti a dor das contraçoes que empurravam todo o conteúdo do meu estômago para fora. Eu estava ao lado da privada do banheiro e aos poucos ali jogado, me acalmava. Liguei o chuveiro e tirei toda a roupa que parecia colada ao meu corpo, a água caía sobre mim misturando-se as grossas e pesadas lágrimas que ercorriam de meus olhos. Minhas costas deslisaram contra a parede gelada até me sentar ao chão e com os braços envolvendo minhas pernas, abaixei a cabeça a chorar baixinho.
Ao me deitar aquela noite eu só queria me esquecer de tudo e dormir mas mal sabia que até meus sonhos ainda me atormentariam. CONT..
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Essa parte do conto foi um tanto complicada, mesmo que pareça tudo muito exagerado foi bem real ao se viver. No próximo conto as questões ficaram mais claras espero que estejam gostando mesmo com toda a melação e os meus erros de escrita. Pois eu estou adorando seus comentários. Obrigado!
