Quase um Sonho 3
Tudo começou, no inicio do 2º semestre da faculdade, parecia um dia normal, com exceção de 1 novo colega de turma, o Peter, ele havia sido transferido de horário e conseqüentemente, caiu na mesma classe que eu. O Peter, é moreno claro, bonito, 1,70mt, e meio gordinho, com 86kg. E desde que, ele entrou na sala, notei um brilho diferente nos olhos dele. Ele ficou olhando pra todos, procurando um lugar para sentar-se e como as mesas são separadas em pares, esperou todos se acomodarem. Eu estava esperando a Monika (minha colega de aula) chegar, mas soube que ela havia trocado o horário com o Peter. Então ele me cumprimentou se acomodando ao meu lado, ele falava bastante, na verdade ele não parou de falar, e já ficou atrasado no 1º dia.
Depois da aula, encontrei meu gatinho (o Naldo, lógico) deitado no sofá de casa, sem camisa e com aquela bundinha perfeita e durinha, virada pra cima, coberta por aquela bermuda que fica tão bem nele. Ele dormia tranqüilamente, então, não resistindo, comecei a passar a mão nas costas dele, que se virou, despertando. Pegou meus livros e jogou-os sobre a mesinha, me puxando pra cima dele, me beijando com muita vontade, já tava tirando minha camisa, quando o Joe (meu pai, que mora conosco) chegou, dizendo: - Opa, calma crianças, que é hora do jantar!!!! Começamos a rir, enquanto o Naldo foi vestir uma camisa, eu e meu pai fomos para a cozinha por a mesa, e depois do jantar, fomos para o quarto, ai começou a brincadeira, porque assim que o Naldo entrou no quarto, eu saltei em sua costas e comecei a beijar os largos ombros dele, depois de trancar a porta do quarto, ele me levou para a cama, deitando-se comigo e abrindo minha camisa, expondo meu tórax e abdômen à luz do luar que entrava pela janela, nos iluminando. Eu via o brilho da lua, que refletia nos lindos olhos castanhos claros (cor de mel) do Naldo e sabia que sempre o teria, porque mesmo depois de 3 anos continuo tão apaixonado por ele como, desde o 1º momento que o vi. O Naldo começou a beijar meu pescoço e foi descendo ate mordiscar meus mamilos, me levando as alturas sem me tirar do lugar, ele passava sua língua quente por cada milímetro do meu corpo, e continuou descendo ate tirar meu short e cair de boca no meu pau, que tava ate doendo de tanto tesão. Enquanto me chupava, ele abriu minhas pernas e me laceava com os dedos, começando com 2 dedos, fazendo movimentos de vai-vem, enfiando meu pau no fundo de sua garganta, me fazendo gozar em sua boca, engolindo tudo. Depois, ele acabou de se despir e deitou-se ao meu lado, olhando para o teto, começamos a conversar. Ele queria saber como foi meu dia, então contei sobre o tagarela do Peter, meu novo colega de aula. O Naldo não gostou nem um pouco da noticia, mesmo eu demonstrando desinteresse pelo Peter, ele pareceu inseguro. Então comecei a bolina-lo, quando vi o tesão dele subir, cai de boca naquele monumento, em seguida, comecei a cavalgá-lo, fazendo aqueles 18cm de puro prazer me invadir, inteirinho. Eu saltava sobre ele, fazendo nossa cama gemer alto, ele estava com os olhos vidrados e quando gozou, pensei que tivesse desmaiado, mas ao fazer menção de me levantar, o Naldo me segurou pela cintura, não permitindo que eu saísse, sentou-se da melhor maneira que pode e me abraçou, simplesmente dizendo: - Eu te amo, Joshua!!! E selando aquele momento com um beijo apaixonado, fomos dormir.
Quando acordei de manhã, o Naldo já havia saído pra trabalhar, tomei café e ajudei a Ashley (nossa cozinheira) à arrumar a cozinha, depois fui pra faculdade. Durante a 1ªsemana, só tivemos revisões de matéria e pude conhecer melhor o Peter, ele é bastante divertido, mas em se tratando de estudar, o Peter é uma negação. Na 2ª semana, começaram os testes preliminares e trabalhos de revisões, e como o Peter não tinha quase nada da matéria, ele pediu pra estudar comigo, e como não podia emprestar minhas anotações, convidei-o para estudar em casa. Quando chegamos lá, encontrei um bilhete do Naldo dizendo que tinha descido para praia (já que moramos bem próximo), e que voltaria logo. Então levei o Peter para sala e fui a cozinha preparar um suco, quando voltei para sala, ele estava sentado no chão, em posição de butterfly(ou Lotus), parecendo um jovem Buda com o livro entre as pernas, muito bonitinho. Me sentei de frente a ele e comecei a revisar minhas anotações, depois de um tempo, notei que ele não estava mais lendo, e sim me observando. Quando olhei para ele, estendeu sua perna até alcançar minha virilha, e ficou me massageando com as pontas dos dedos, quando fez menção de se levantar, o Naldo entrou na sala, pareceu que não nos viu. Ele estava lindo, apenas de short e todo molhadinho de suor, quando nos viu, cumprimentou o Peter com um oi e me deu um beijo, me abraçando e me molhando todo, na frente do Peter, e depois foi para o banheiro. Notei que o Peter estava com aquele diferente brilho nos olhos voltados para o Naldo, então eu disse: - Peter, está bem tarde, acho que esta na hora de você ir, amanhã nós continuamos, certo?!!! Ele disse: - Ok, posso me despedir dele???
Então chamei o Naldo, mas ele estava no banho e saiu de toalha, perguntando o que tinha acontecido, disse-lhe que o Peter estava indo e queria se despedir. O Naldo apertou a mão dele, sorrindo, e voltou para o banho. Enquanto o Peter o olhava, de boca aberta, depois de tirar ele do transe, me despedi dele e o acompanhei ate a porta.
Fui até o banheiro e fiquei olhando o Naldo acabar o banho, quando me viu perguntou se eu queria algo?, mas como estava com raiva, perguntei porque ele havia entrado sem camisa, em casa? Ele se virou e disse: - Ora, justamente porque estou em casa, e o que você estava fazendo com o Peter aqui, sozinhos, hein, Joshua?. Fiquei mudo, sei que tinha exagerado, mas não esperava aquilo, então respondi, que estávamos apenas estudando e pedi desculpa. Sai do banheiro e fui ate a varanda, fiquei tentando absorver tudo o que tinha acontecido, primeiro o Peter me assedia, depois tenta comer o Naldo com os olhos isso é um absurdo, o que será que ele quer?!!! Então o Naldo chegou, me abraçando por trás e perguntando( o de sempre): - Onde estamos??? Então respondi( o de sempre e rindo): - Estamos perdidos.... Então voltamos para sala, para conversar.
Perguntei o que o Naldo tinha achado do Peter, então ele respondeu: - Parece ser simpático, mas não faz meu tipo... . Então perguntei: - E quem faz o seu tipo? E ele disse: - Pro meu tipo, tem que ser loiro, lindo, olhos claros e se chamar Joshua, Você conhece algum??? Perguntou, já me abraçando... Ficamos assim, abraçados, ate meu pai chegar, em seguida fomos jantar.
No dia seguinte, acordei atrasado, e só consegui assistir a partir da segunda aula, assim que entrei na sala, o Peter perguntou o motivo do atraso, e só pra irritá-lo, disse que o Naldo não tinha me deixado dormir direito, o que era meia-verdade. E ainda bem que ele havia copiado toda a matéria, já que não tinha ninguém pra conversar, depois da aula, fomos pra minha casa estudar. O Naldo estava deitado (dormindo) no sofá, com um livro ( The exorcist ) aberto sobre a virilha e uma roupa bem fina. Pedi para o Peter sentar-se na poltrona, enquanto eu ia ate a cozinha pegar algo para bebermos, quando voltei, ele estava sentado no chão encostado no sofá, nisso o Naldo já havia acordado e observava o Peter estudando, em silêncio, me juntei a eles e comecei a copiar as anotações da 1ª aula, quando de repente, o Peter diz, rindo, para o Naldo: - Tá vendo, se você deixasse o Joshua dormir direito, não teria perdido parte da matéria. Eheheheh!!! E mesmo rindo, o Naldo perguntou-me: - Você chegou atrasado a aula hoje, Josh??? Então respondi: - É, acordei tarde... mas só perdi a 1ª aula. O Naldo me olhou com aquele jeito de censura e disse: - Bem, vou dar umas voltas de bike, e deixarei vocês estudando, certo... Volto mais tarde. Então disse-lhe para não ir muito longe, pois estava tarde.
Depois que o Naldo saiu, eu e o Peter voltamos a estudar por um tempo, até eu sentir o pé dele na minha virilha (de novo), então afastei seu pé, pedindo pra ele não fazer aquilo, pois como ele já tinha visto, eu sou BEM comprometido, então ele parou, mas aquilo já tinha mexido comigo, acabei ficando de pau duro por um bom tempo, sempre que ele olhava pra mim, eu acabava corando. Ficou um clima meio tenso entre nós e depois que ele foi embora, fiquei imaginando como seria gostoso provar aquela bunda redondinha.
Quando o Naldo voltou, fui logo puxando ele para o nosso quarto e trancando a porta, nem deixei ele falar, e fui tirando sua roupa, cai de boca naquele pau maravilhoso, fazendo-o enrijecer bem no fundo da minha garganta e tirando suspiro dele. Há muito tempo que, não sentia tanta necessidade de me satisfazer assim, já que minha vida sexual era bastante ativa, mas meu fogo havia sido atiçado e meu desejo estava em chamas. Depois de algum tempo, mudei de posição e fizemos um 69 fantástico, o Naldo me chupava de maneira excepcional, me deixando louco de tesão, não pude esperar mais, levantei as pernas dele e o penetrei com muita vontade, fazendo-o gemer de prazer, e cada vez penetrava-o mais fundo, enquanto ele vidrava os olhos e chupava meus dedos, e quando gozei, inundando seu cuzinho de sêmen e tirando vários suspiros do fundo de sua alma. Me deitei sobre seu corpo beijando seu peito, enquanto nos recompúnhamos, mas eu ainda não estava satisfeito. Quando nossas respirações se normalizaram, comecei a mordiscar os mamilos dele, que se contorcia sob meu corpo e pressionava minha cabeça de encontro a seu tórax , e quando senti seu pau forçando meu estômago, me levantei , ficando na posição de quatro, o Naldo se posicionou por trás de mim, e foi me penetrando bem devagar, pois queria sentir cada centímetro do seu pau dentro do meu cuzinho, e cada vez ele metia mais rápido, ele se inclinava beijando minhas costas e alisava cada músculo do meu abdômen, acabei gozando de novo e o Naldo me acompanhou, enchendo-me de sêmen e fazendo vazar, quando ele saiu de dentro de mim, eu adormeci. Um pouco mais tarde o Naldo me despertou para jantarmos, depois de mais uma boa gozada, praticamente desmaiamos.
Na manhã seguinte, pra variar, cheguei atrasado, e novamente o Peter perguntou porque me atrasei, então respondi: - Dessa vez, por sua culpa...(o que era meia-verdade). Ele, sem entender, perguntou o que tinha feito, não respondi sua pergunta, mas quis saber se ele havia copiado a matéria da 1ª aula. Disse-me que sim, então voltamos aos estudos, mas no intervalo de aulas, ele insistia em saber o porque, e de que forma, ele era responsável pelo meu atraso, então respondi, deixando-o muito envergonhado e pela 1ª vez sem palavras. Por incrível que pareça, o Peter assistiu o restante das aulas, em silencio e só falou no final, querendo saber se nós poderíamos estudar!!! Disse-lhe que tudo bem, então fomos.
Ao chegarmos em casa, encontrei um recado do Naldo, dizendo que a Anne (minha meia-irmã) havia ligado, pedindo para ele ir até lá, e que ligaria depois, caso precisasse passar a noite. Então pedi para o Peter começar a repassar a matéria, enquanto eu tomava uma ducha e o deixei na sala, e fui direto para o banheiro de 1º andar deixando a porta apenas encostada, se caso o Peter me chamasse, eu ouviria. Então após um tempo, ele foi ate a porta e pediu para usar o banheiro, pois estava apertado, então consenti, depois de me enrolar com uma toalha, ele entrou no banheiro. Notei que ele tinha aquele brilho nos olhos, e me paralisei, quando se virou para mim e mordeu os próprios lábios, vi aquele estranho brilho nos olhos dele se transformar em uma espécie de chama contendo puro desejo, então ele se aproximou, me abraçando pela cintura e invadindo minha boca com sua língua quente, não consegui me desvencilhar dele, e como também não queria perder a oportunidade de experimentar aquela boca, correspondi, travando assim, uma batalha contra a língua dele; mas de repente, vi uma coisa que fez meu coração parar, o Naldo havia chegado, e nos observava da porta, e de boca aberta. Quando olhei para ele, vi a magoa estampada em seu rosto, então ele saiu correndo em direção ao nosso quarto, fui logo atrás, o chamando, mas foi inútil, o Naldo se trancou no quarto e não respondeu aos meus chamados. Fui ate o quarto do meu pai para apanhar uma muda de roupa e me vestir, porém, quando voltei até meu quarto, esperando que o Naldo estivesse mais calmo, encontrei a porta aberta, mas ele não estava lá e parecia que tinha passado um furacão dentro do quarto, pois estava completamente bagunçado, notei a falta de várias peças de roupas e de uma mochila de camping, sai correndo em direção a porta, e passando pela sala, onde encontrei o Peter, sentado no sofá, tentando cobrir, com a mão, o olho que parecia estar vermelho, e quando cheguei do lado de fora da casa, ouvi a porta da garagem ser fechada e o Naldo, se afastando de casa, na bike dele. Voltei para dentro de casa e perguntei ao Peter o que tinha acontecido, então ele me disse: - Não sei bem, o Naldo passou por mim, furioso, falou alguma coisa em português, acho que tava me ameaçando ou coisa parecida, me deu um soco no rosto e saiu, batendo a porta com força!!!. Depois de pedir desculpas por ter provocado aquilo, recolheu seus livros e foi embora. Liguei para casa da Anne, e pedi para ela me ligar, ou para o meu celular, caso o Naldo aparecesse por lá.
Logo depois, peguei minha bike e fui atrás dele, pedalei por quase 2 horas antes de voltar para casa, e quando cheguei, meu pai já estava nos esperando para o jantar. Contei-lhe o que tinha acontecido e, ele não gostou nem um pouco, começou a criticar minha falta de consideração e respeito, e disse que eu deveria sair novamente para procurá-lo,... quando o telefone tocou!! Era a Maureen (minha mãe), dizendo que o Naldo estava lá, e que ele havia pedido para ela não ligar, pois ele não queria falar comigo, e nem queria que eu soubesse que ele estava por lá, e que ela teve que esperá-lo adormecer, para poder me ligar. Disse-lhe que estaria indo para lá agora, mas ela pediu pra não fazer isso, pois o Naldo precisava de um tempo para descansar e que ele estava mais furioso que o normal, então garantir-lhe que estaria lá bem cedo.
Não dormi, a noite inteira, esperando amanhecer, para poder ir buscar o Naldo e imaginando como iria convencê-lo a me perdoar por aquele momento de fraqueza!!! Quando cheguei, bem cedo, na casa da minha mãe, ela me disse que o Naldo ainda não tinha se levantado, então tomei o café-da-manhã, antes de ir chamá-lo, mas quando entrei no quarto, encontrei-o vazio, com apenas um bilhete sobre o travesseiro, destinado para minha mãe, que dizia:
Maureen, obrigado pela força, e desculpe sair sem me despedir, mas ouvi você ligando para casa, dizendo que eu estava aqui, e só não fui embora ontem, porque estava muito cansado e imaginei que eles viriam aqui bem cedo, mas eu preciso de um tempo sozinho, ate me conformar que o Joshua não precisa mais de mim, e voltar para o Brasil. Mas prometo me despedir de você, da Anne e do Joe, antes de ir, e sinceramente desejo que o Joshua seja feliz com o Peter ou com quem ele escolher, já que não sou mais o suficiente para ele. Até Breve. Naldo
Li aquele bilhete e quase desmaiei, comecei a correr para fora, quando minha mãe, exigiu que eu explicasse o que tinha acontecido, entreguei-lhe o bilhete e disse que precisava encontrar o Naldo, antes que ele fizesse alguma bobagem e sai correndo da casa dela. Faltei a faculdade aquele dia, e em casa, passei amanhã inteira ligando para vários amigos e conhecidos, tentando encontrá-lo, ate que meu celular tocou, e era um dos nossos amigos, que disse que tinha visto o Naldo andando pela praia, com uma mochila enorme!!! Fui ate lá, e o encontrei sozinho, sentado na borda de um cais, me aproximei chamando-o, mas ele continuava me ignorando, ele olhava para algum lugar fixo ou lugar nenhum, mas simplesmente não me encarou e nem respondeu quando falei com ele, estava com o rosto manchado pelas lágrimas e não fez nenhum gesto, quando toquei seu rosto e comecei a limpá-lo, após terminar, ele simplesmente perguntou o porquê??? Então respondi: - Não sei o que aconteceu comigo, foi apenas um momento de fraqueza e não esperava provocar aquela confusão toda... Mas parece que disse a coisa errada, pois o Naldo se levantou, em um salto, e começou a me chamar de irresponsável e que ele jamais esperaria aquilo de mim. Então ele pegou a mochila e saltou do cais para a beira da praia, onde a bike estava encostada num banco de areia, e se afastou bem rápido, tentei segui-lo, mas o Naldo pedalava muito rápido e 10 minutos depois o perdi de vista, voltei para casa com o coração partido. Não imaginei que o Naldo tivesse tão magoado, ao chegar em casa, encontrei meu pai (o Joe), disse-me que tinha saído da empresa mais cedo para resolverMOS nosso problema familiar, contei-lhe o que tinha acontecido, ele ficou pensativo, por um tempo, depois começou a me criticar pela minha fraqueza, e também criticou o Naldo, pelo seu temperamento, mas não gostei dessa critica, disse-lhe que eu tinha me apaixonado por ele inteiro (incluindo sua personalidade), e não aceitaria que ele fosse criticado pelo meu erro, o Joe ficou me observando muito seriamente, depois disse que iria sair e que não era pra mim por o pé do lado de fora, até ele voltar.
Eu estava tão infeliz, que realmente não tinha a menor vontade de sair nunca mais daquele quarto, adormeci pelo fim da tarde inteira e só acordei ao ouvir o Joe, aos gritos, me chamando até a sala, pensei que fosse a hora de jantar, mas estava sem fome, e me levantei apenas para dizer-lhe isso ele. Quando cheguei na sala, e para minha surpresa encontrei o Joe bloqueando a porta de saída e o Naldo, encostado na parede, parecia perplexo. O Joe disse-me que o tinha procurado em vários hotéis, ate encontrá-lo e convencê-lo a vir falar comigo, e se nós, não nos entendessemos ele tomaria outras medidas. Obrigou-nos a sentar e disse que esperaria do lado de fora, para impedir alguém de sair. O Naldo tornou a levantar e disse-me que não tinha muito tempo e pediu para me apressar, virando-se de costas para mim, logo notei que ele continuava irritado, só não consegui imaginar como meu pai, que é muito menor que ele conseguiu trazê-lo, e sabia que, apenas pedir desculpas não seria o suficiente, então apelei para o lado mais dramático, me ajoelhando e dizendo: - Naldo, me PERDOA por isso, sei que errei, mas isso nunca mais vai acontecer... nunca aconteceu antes e jamais tornara a acontecer, eu só te peço mais uma chance?... Ele se virou, me olhando com aquele bonito par de olhos, marejados em lagrimas e disse: - Josh, eu não merecia passar por isso, nós sempre fomos muito francos, um com o outro... (e relembrou o caso do Rodrigo, ex-namorado da Anne, que aconteceu no ano anterior). Então disse, olhando bem dentro dos olhos dele: - Naldo, por favor, não vamos jogar fora, toda nossa vida, por um momento de irracionalidade, me dê mais um chance?...
O Naldo passou um bom tempo pensando e quando ele consentiu, foi a minha vez de ficar paralisado, mas apenas por um segundo, logo em seguida, saltei sobre ele, desequilibrando-o sobre o sofá e selando aquele momento com um longo beijo que, foi retribuído com muita vontade e com o sabor salgado de sua lagrima. Ele não permitiu, quando eu fiz menção de abrir sua calça, disse-me que, mesmo tendo me dado uma 2ª chance, deveríamos ir devagar, pois ele ainda estava muito ferido, e que poderíamos tentar mais tarde, porque agora, ele estava faminto, e começamos a rir.
Na manhã seguinte, imaginei que meus problemas haviam terminado, mas ainda restava alguns detalhes para ser resolvidos e que não seria fácil. Primeiro tive que me desculpar com o Peter, pelo Naldo, pois ele tava com uma marca roxa no rosto, disse-me que não precisava me desculpar, pois eu era tão vítima quanto ele. E perguntou-me se o Naldo já havia ido embora, disse-lhe que o Naldo e eu havíamos nos entendido. O Peter ficou pasmo, disse-me que tinha achado que o Naldo não voltaria e, muito furioso, disse-me que faria com que o Naldo pedisse desculpas para ele pessoalmente!!! Falei para manter-se afastado dele, pois o Naldo parece inofensivo, mas pode ser extremamente violento quando é desafiado, fora que ele é faixa azul em ju-jitsu, mas não disse isso há ele, e que o Peter não teria a menor chance se enfrentá-lo, então me disse que, por mim, ele enfrentaria até o exército se fosse necessário e que também não era tão inofensivo quanto parecia, repeti-lhe para se manter afastado do Naldo, mas ele nem quis saber e voltou para a sala de aula.
Voltei rápido para casa e encontrei o Naldo na cozinha, fui logo contando o que tinha acontecido, ele ficou quieto, pareceu que não se importou nem um pouco, mas vi um brilho em seu olho, não era o tradicional brilho de desejo que eu estou tão acostumado, era um brilho frio, como uma serpente pronta para dar o bote, ele se virou pra mim com um sorrisinho dos mais cínicos e perguntou: - O Peter está apenas com o ego ferido ou tem outro motivo para ele querer me enfrentar??? Então respondi que EU era um dos motivos, nisso o Naldo me abraçou de encontro a ele e disse: - Se fosse apenas o problema do ego ferido do Peter, eu pediria desculpas, numa boa, mas se eu tiver que brigar com ele por você, pode encomendar o paletó de madeira dele, porque de mim, ninguém te tira... E me deu um violento beijo, não queria que brigassem, mas saber que estou sendo disputado por eles, me deixa cheio de orgulho.
Acompanhei o Naldo durante o café, ele parecia bem calmo, mas aquele olhar assassino ainda não havia se extinguido, ele parecia fatalmente calmo, a ponto de assustar, nunca tinha-lo visto em tal situação, claro que eu já tinha visto o Naldo se irritar por motivos bem menores, tá certo que a maioria dos motivos acabava me envolvendo, mas dessa vez ele parecia uma mina subterrânea, pronto para explodir ao mais leve toque. Depois de comer, o Naldo disse-me que iria dormir mais cedo e sem jantar. Fiquei na sala, imaginando o tamanho da confusão que tinha arrumado, quando meu pai chegou, a 1ª coisa que quis saber era se tava tudo em paz conosco, respondi-lhe que o problema havia aumentado, então contei-lhe toda a historia, ele apenas disse para não me preocupar, pois o Naldo sabia se defender muito bem, mas isso não me aliviou em nada, e quando fui me deitar, o Naldo estava dormindo, com a apostila de ju-jitsu sobre o rosto.
No dia seguinte, o Peter estava com outro humor, que chegava ate há ser inconveniente, ele tentava me abraçar durante o intervalo de aula e na frente da turma, nem todos sabiam que sou gay, por isso me incomodei tanto, mas consegui me livrar das investidas dele e fui rapidamente para casa, e quando cheguei, e para meu desespero, encontrei o Naldo usando um antigo quimono, que a muito tempo não saía do guarda-roupa, ele praticava diversos golpes aéreos e quase acertou meu rosto quando cheguei, mas ele estava tão feliz por voltar a treinar, que nem me importei e quando me viu, foi logo me agarrando e perguntando como foi meu dia? Disse-lhe que foi normal, mas não contei nada sobre a inconveniência do Peter.
O Naldo foi até nosso quarto, guardar a apostila, enquanto eu trocava de roupa, foi quando ouvi uma voz chamando-me do lado de fora da casa, fui atender, sem camisa mesmo e para minha surpresa, era o Peter, acompanhado pela Monika (minha ex-colega de aula) e o Marco (irmão da Monika), um rapaz legal, divertido e inteligente, de 26 anos, pele clara, cabelos curtos e escuros, olhos verdes e seria muito bonito se, não tivesse o nariz tão grande ( parecendo uma batata) e muito magro.
Assim que sai, o Peter foi logo perguntando pelo Naldo, disse-lhe que ele estava em casa, mas eu não queria que brigassem. Cumprimentei a Monika e o Marco, e quis saber o que eles estavam fazendo com o Peter, responderam que estavam apenas o acompanhando. O Naldo saiu e foi logo dizendo: - Tá me procurando, Peter capoeirista? E porque será que não estou surpreso com a sua presença aqui, Marco?!!! Foi então que notei a calça que o Peter usava e o cordão azul, amarrado em sua cintura, que era de capoeira, e estranhei muito aquela afirmação sobre o Marco. Tentei ficar entre os dois, mas a Monika puxou meu braço, pedindo para sair do meio, pra não me ferir!!! Disse-lhe que o Naldo jamais me machucaria, mas então o Marco me afastou, deixando livre o espaço entre os dois, que se encaravam, com a fúria estampada em seus rostos. O Naldo fez uma leve reverência ao Peter, mas quando o Peter começou a gingar, o Naldo saltou sobre ele, aplicando um forte chute em seu tornozelo, fazendo-o se desequilibrar e antes que o Peter conseguisse recuperar o equilíbrio, o Naldo o empurrou no chão, na tentativa de imobiliza-lo, então o Peter tentou acertar a garganta do Naldo, mas não alcançou, e vendo seu braço esticado, o Naldo o torceu para trás, amarrando os pulsos do Peter com o próprio cordão, e disse para ele ficar quieto, senão ele iria apanhar pra valer.
Então, o Naldo se levantou, e partiu pra cima do Marco, que ficou apavorado e tentou fugir, mas o Naldo foi mais rápido e o alcançou, arrastando-o de volta e jogando-o próximo ao Peter e mandando-o ficar quieto também!!! Ele se virou para Monika e perguntou se ela estava envolvida naquilo?!!! Ela não respondeu, pois estava paralisada. O Naldo não se importou com ela, no momento, e ordenou que o Marco começasse a me explicar tudo, detalhadamente, ou ele sairia com, no mínimo, os dois olhos roxos. Ele, muito apavorado com a ameaça, começou a falar:
- Desde que conheci vocês, no fim do semestre passado, eu fiquei apaixonado pelo Naldo e tentei me aproximar dele, mas ele nunca me deu chance, então comecei a sonhar com ele e ficar meio que, fascinado e obcecado, imaginei que se vocês se separassem, eu teria alguma chance, então tive uma idéia, comecei a pagar um curso de Português para Monika, já que ela sempre quis aprender o português, para poder conversar, em particular, com vocês, então foi fácil convencê-la a mudar de horário com o Peter, por causa do curso... Então perguntei: - E onde o Peter entra em tudo isso? Foi quando o Naldo disse-me: - O Peter é irmão do Rob, um dos mensageiros do escritório, e quando descobri isso, comecei a fazer perguntas a respeito dele, e descobri que o Peter já estava apaixonado por você, Josh, mas nunca teve coragem de te seduzir, e o Marco vivia me seguindo, quase todos os dias, eu o encontrava na frente de casa e quando saía do escritório, por isso eu sempre mudava meu horário, um dia saindo mais cedo e em outro dia fazia hora extra, porem voltando sempre, antes de você chegar, por isso, eu sempre estava dormindo quando você chegava!!! E o Marco continuou: - ... então conheci o Peter e como nós dois tínhamos um interesse em comum, nos unimos para separar vocês, mas o Naldo é mais esperto do que parece, ele percebeu que logo após dele ter saído daqui, fui um dos 1º a saber e quis consolá-lo, mas como sempre, ele me repeliu e fugiu também... O Naldo completou: - Foi quando decidi ir para praia, e fiquei esperando você aparecer, para poder me explicar, mas você disse exatamente o que não devia e como eu estava com pouca paciência, fui embora para um hotel, onde seu pai me achou, e me convenceu a falar com você. E o Marco terminou: - e depois que o Naldo foi embora, soube que jamais teria alguma chance, então fiquei com depressão e imaginei que o Peter tivesse mais sorte que eu, mas quando ele soube que o Naldo tinha voltado, ele se irritou e, jogando as favas pro ar partiu para o tudo ou nada, ele só não esperava que o Naldo soubesse se defender tão bem e queria apenas humilhá-lo na sua frente, mas ele só fez isso por gostar de você.
O Naldo foi ate onde o Peter estava deitado e puxou o cabelo dele, perguntando se ele confirmava, então ele respondeu que sim, depois o Naldo soltou o Peter e disse para ele ir embora e não chegar nem perto de mim e que para o próprio bem dele, que trocasse de horário de novo, pois se fosse preciso, ele iria me esperar na frente da faculdade, todos os dias, até ele sair. Com relação ao Marco, disse-lhe que não queria vê-lo nunca mais, e se percebesse que esta sendo seguido, iria fazer com que o nariz dele ficasse maior ainda, e o mandou embora, não antes de dar-lhe uns tapinhas no rosto. Em seguida quis saber a participação da Monika nessa história toda, ela respondeu que, não sabia de nada até poucos dias, mas o mal, já havia sido feito e que ela tinha por obrigação apoiar seu irmão, mas que também tinha tentado fazê-lo mudar de idéia, e pedindo desculpas, ela foi embora, garantindo que iria trocar de horário com o Peter novamente, se nós a ensinássemos a falar português, então topamos.
Finalmente, aquele problema havia terminado e poderíamos voltar a ter nossas pacíficas vidas de volta. Na semana seguinte, o Peter não estava mais na minha turma, e não o vi por vários meses depois e como havíamos prometido, ensinamos a Monika a falar português, com relação ao Marco, quando seus pais souberam o que ele havia feito, o mandaram para outra faculdade, e meses depois, forçaram-no a um casamento com uma garota que, sinceramente, é muita feia, porém rica. Ele esta morando em New York, e seu casamento parece que não vai muito bem.