Era uma tarde comum, ou pelo menos deveria ser. Eu estava na sala de espera, cercado por pessoas ocupadas, distraídas por seus celulares ou papéis. O ar estava carregado de um misto de perfumes e o som abafado de conversas distantes. Mas algo mudou quando ela entrou.
Ela não chegou com alarde, mas sua presença era impossível de ignorar. Vestia um tailleur justo que destacava suas curvas de forma discreta, mas provocante. Seus cabelos caíam em ondas soltas sobre os ombros, e seus olhos, de um tom profundo que eu não conseguia definir, pareciam capturar a luz do ambiente. Sentou-se à minha frente, cruzando as pernas com uma naturalidade que parecia um convite involuntário.
Foi então que percebi: ela estava brincando com uma caneta, deslizando-a lentamente entre os lábios, como se estivesse absorta em seus próprios pensamentos. Meu coração acelerou, e eu senti um calor subir pelo meu corpo. Ela olhou para mim, e nossos olhares se encontraram por um instante que pareceu durar uma eternidade. Havia algo naquela troca de olhares, algo que não podia ser ignorado.
Quando finalmente fui chamado, me levantei com cuidado, tentando disfarçar a excitação que já começava a tomar conta de mim. Ela estava atrás do balcão, digitando algo no computador. Ao me aproximar, senti o cheiro do seu perfume, algo doce e envolvente, como flores tropicais misturadas com um toque de musk. Era intoxicante.
Ela sorriu ao me perguntar meu nome, e eu respondi com uma voz que tentava parecer calma, mas que traía minha ansiedade. Enquanto ela anotava meus dados, notei a aliança em seu dedo. Um sinal de que talvez aquela conexão fosse apenas uma ilusão. Mas então, ela me devolveu o papel com um número escrito e um sorriso malicioso.
"Saio às 17h", ela disse, sem mais explicações.
Nos encontramos em um bar discreto, longe dos olhares curiosos de colegas ou conhecidos. O ambiente era aconchegante, com luzes baixas e música suave ao fundo. Pedimos drinks, mas mal conseguimos prestar atenção no que estava sendo servido. Nossas conversas eram superficiais, mas nossos olhares diziam tudo o que precisávamos saber.
Ela brincava com o copo, umedecendo os lábios de forma deliberada, enquanto eu me perdia em seus gestos. Cada movimento dela era calculado, como se soubesse exatamente o efeito que causava em mim. Quando finalmente me aproximei, senti o calor do seu corpo antes mesmo de tocá-la. O beijo foi inevitável, intenso e cheio de desejo reprimido.
O caminho até o hotel foi uma mistura de risos contidos e toques furtivos. Mal conseguíamos esperar para ficar a sós. Quando a porta do quarto se fechou atrás de nós, não houve mais necessidade de disfarces.
Ela me empurrou contra a parede, seus lábios encontrando os meus com uma urgência que me deixou sem fôlego. Suas mãos deslizaram por meu corpo, explorando cada curva, cada músculo. Eu a segurei pela cintura, puxando-a para mais perto, enquanto ela desabotoava minha camisa com dedos ágeis.
A ducha foi apenas o prelúdio. A água quente escorria por nossos corpos enquanto nos beijávamos, nossas mãos explorando cada centímetro um do outro. Ela se ajoelhou diante de mim, seus olhos fixos nos meus enquanto envolvia meus quadris com os braços. O calor da sua boca me fez perder o controle, e eu precisei me segurar na parede para não cair.
De volta ao quarto, ela se deitou na cama, convidando-me com um olhar que não pude resistir. Eu a beijei devagar, explorando cada parte do seu corpo, até chegar ao seu centro. Ela arqueou as costas, gemendo meu nome enquanto eu a levava ao limite.
Quando finalmente nos unimos, foi como se o mundo ao nosso redor desaparecesse. Cada movimento era uma sinfonia de prazer, cada gemido um acorde perfeito. Ela me puxou para mais perto, sussurrando palavras que só aumentavam minha excitação.
"Me come, vai... mete essa pica, vai... VAI!"
Eu obedeci, perdendo-me no ritmo alucinante dos nossos corpos. Quando finalmente atingimos o clímax, foi como se o tempo parasse. Ficamos deitados, ofegantes, enquanto o mundo lentamente voltava ao normal.
Ela se virou para mim, um sorriso nos lábios. "Hoje você me comeu de jeito", ela disse, brincando com um fio de cabelo. Eu ri, sabendo que aquela noite seria apenas o começo de algo muito maior.
E assim, entre beijos e carícias, nos perdemos novamente, explorando os limites do prazer e da paixão.