Elias mal teve tempo de processar o que estava acontecendo antes de ver a linha de frente da polícia avançar, os escudos subindo e os cassetetes sendo erguidos. O pânico tomou conta dos estudantes, que começaram a correr em todas as direções, gritos de terror ecoando pelo campus. Elias via que Ana estava em perigo imediato. Ele abandonou sua conversa com o comandante e correu em direção a ela, desviando de corpos em pânico, chamas, e estilhaços de vidro.
Ana estava prestes a ser apanhada por dois policiais quando Elias a alcançou, agarrando-a pelo braço e puxando-a com força para longe da confusão.
— Vamos, Ana! Precisamos sair daqui agora! — Ele gritou, sem dar tempo para ela protestar ou hesitar.
Eles correram, atravessando a multidão, desviando de obstáculos e ignorando os gritos e sons de violência ao seu redor. O mundo parecia girar em torno deles em uma vertigem de ruído e caos, mas Elias manteve o foco, determinado a tirar Ana dali em segurança. Finalmente, após o que pareceu uma eternidade, os dois conseguiram se afastar da confusão. Continuaram correndo por várias ruas, o som dos distúrbios ainda audível ao longe, até que alcançaram a Praça da Candelária. Ali, finalmente pararam, ofegantes e suados, buscando refúgio e recuperando o fôlego ao lado do busto do Prefeito Pereira Barros.
Ana se dobrou, apoiando as mãos nos joelhos enquanto tentava normalizar a respiração. Elias, com o peito subindo e descendo rapidamente, olhou ao redor, ainda em estado de alerta. O caos deixado para trás não estava resolvido, e que a situação havia tomado um rumo que ele não conseguia mais controlar.
— Você... me salvou — Ana disse, ainda ofegante, sua voz misturando incredulidade e confusão.
Ela o olhou com olhos que agora mostravam uma mistura de gratidão e conflito interno. A forma como Elias havia agido, sem hesitar, abalou profundamente as convicções de Ana Clara. Enquanto corriam pelas ruas do centro do Rio de Janeiro, seu coração batendo forte no peito, Ana não conseguia afastar o pensamento de que, por um breve momento, sua vida esteve nas mãos de um homem. E ele, contrariando tudo o que ela acreditava, havia escolhido salvá-la.
Ana sempre se orgulhara de sua ideologia misândrica, de seu desprezo pelos homens e da crença de que eles eram a raiz de todos os problemas que enfrentava. Para ela, os homens eram opressores, manipuladores, e nunca fariam nada a não ser que pudessem tirar vantagem da situação. Mas Elias não se encaixava nesse molde. Ele era diferente. Ele não parecia ter segundas intenções, pelo menos não que ela pudesse discernir naquele momento de adrenalina e medo. O fato de um homem ter se mostrado mais preocupado com sua segurança do que com qualquer outra coisa a deixava confusa, dividida entre o que sempre acreditou e o que acabara de experienciar.
Ela não queria admitir, mas por um instante, talvez apenas um segundo, ela sentiu gratidão. E essa gratidão estava em desacordo com tudo o que ela defendia. Como poderia agradecer a um homem por salvá-la? Como poderia, de repente, ver algo de bom em alguém que ela deveria desprezar por princípio? Sentiu suas crenças vacilarem, uma pequena fissura se abrindo na muralha que havia erguido ao redor de seu coração. Ela sabia que, se continuasse a pensar nisso, talvez não conseguisse mais sustentar a mesma visão de mundo.
— Eu não podia deixar você se ferir — disse Elias ofegante.
Ela não respondeu imediatamente, ainda tentando processar tudo o que havia acontecido. Enquanto isso, Elias sentiu uma onda de preocupação. O plano estava claramente indo por água abaixo. A violência havia destruído qualquer chance de uma saída pacífica, e agora ele estava com Ana, isolada, mas em um momento de vulnerabilidade. A cabeça de Ana estava a mil, reavaliando tudo o que sabia e acreditava. O contato próximo com Elias, e o fato de ele ter se mostrado diferente de qualquer homem que ela conhecia, estava abalando suas certezas. Mas Elias não sabia se isso seria suficiente para completar sua missão. Ele temia que toda essa confusão tivesse destruído qualquer chance de sucesso.
— Isso… Não era para acontecer assim — Elias murmurou, mais para si mesmo do que para Ana. Ele temia que tudo estivesse desmoronando, que talvez ele estivesse perdendo o controle da situação — e, pior, que ele pudesse estar perdendo a confiança de Ana antes de conseguir inoculá-la com a cura.
— E agora? — Ana perguntou, sua voz carregada de incerteza.
Elias a olhou, ainda ofegante, percebendo que ela estava tão confusa quanto ele — Agora… a gente precisa decidir o próximo passo. Mas primeiro, vamos respirar um pouco.
Eles ficaram em silêncio por um momento, recuperando o fôlego e tentando entender o que fazer a seguir. Elias digitou rapidamente a mensagem para Natalia, seus dedos correndo sobre o teclado do celular:
🗨 ELIAS: “Levando Ana para o meu quarto. Evite aparecer."
Quando chegaram ao quarto do hotel, Ana ainda estava visivelmente abalada pelo que havia acontecido. Elias, mantendo uma postura autoritária, indicou uma cadeira próxima à cama para que ela se sentasse. Ele permaneceu de pé, as mãos descansando nos quadris, os olhos fixos nela com uma intensidade que não deixava espaço para dúvidas.
— Ana — ele começou, a voz firme, mas não agressiva — você precisa entender que o mundo que você idealiza, esse sonho de um sistema perfeito, não existe. Quando os rebeldes assumem o poder, eles se tornam exatamente aquilo que lutaram para destruir. E o pior, se tornam tiranos com sede de vingança. Sempre foi assim e sempre será assim.
Ela levantou o olhar para ele, o rosto ainda marcado pelo choque das últimas horas. Elias se aproximou, diminuindo a distância entre eles, e continuou:
— Os mesmos que hoje clamam por liberdade e justiça, amanhã serão aqueles que imporão suas próprias regras, muitas vezes de forma ainda mais opressiva e cruel. O ciclo da tirania não se quebra apenas com uma mudança de poder; ele se perpetua.
Ana mordeu o lábio inferior, claramente lutando para absorver o que ele dizia. Elias viu a dúvida surgir nos olhos dela, uma pequena chama de incerteza que ele sabia que precisava alimentar.
— Você tem a chance de fazer a diferença, Ana, mas não da maneira que você pensa. Não com violência, não com ódio. A verdadeira mudança vem de dentro, e você precisa ser mais forte do que as ideologias que a cegaram até agora.
Ana ficou em silêncio, com o peso das palavras de Elias pressionando contra suas crenças. Ela não esperava encontrar alguém que a fizesse questionar tudo o que acreditava. E agora, ali, no quarto de um hotel, confrontada com a dura realidade de suas próprias convicções, ela sentia-se perdida, mas curiosamente atraída pela força e determinação de Elias.
Ana sentia como se um véu tivesse sido arrancado de seus olhos. A cada palavra de Elias, sua visão do mundo, antes tão segura e fundamentada, desmoronava diante dela. Nunca havia imaginado que alguém poderia penetrar tão profundamente em suas convicções, muito menos alguém que representava exatamente o que ela sempre rejeitou: autoridade masculina. Mas Elias era diferente. A maneira como ele falava, com uma força inabalável e uma convicção que irradiava poder, a atraía de uma forma que ela nunca pensou ser possível. O discurso dele havia abalado as fundações de suas crenças, mas foi a presença dele, a forma como ele a fazia sentir-se pequena e frágil, e ao mesmo tempo protegida, que quebrou suas barreiras.
Ela se levantou da cadeira e deu alguns passos na direção dele, seus olhos fixos nos dele. Elias não recuou; ao contrário, ele esperou, sabendo que esse era o momento que ele precisava aproveitar. Quando Ana parou diante dele, tão próxima que podia sentir o calor do corpo dele, seus lábios tremeram ligeiramente antes de se curvarem em um sorriso quase imperceptível.
— Elias… — ela sussurrou, sua voz tomada por uma mistura de dúvida e desejo.
Elias, percebendo que todas as defesas dela haviam caído, ergueu a mão e, com a mesma autoridade que havia usado em suas palavras, segurou o rosto dela. O toque dele era firme o suficiente para mostrar que ele estava no controle, mas sem forçá-la. Ana fechou os olhos por um momento, respirando fundo, antes de abrir novamente, encarando-o com uma intensidade que ela própria não reconhecia.
— Você está começando a enxergar a verdade — Elias disse, sua voz baixa e quase hipnótica — É natural sentir-se atraída por algo maior do que nós mesmos, por alguém que pode guiar você para fora da escuridão.
As palavras dele fizeram um arrepio percorrer a espinha de Ana. Ela não resistiu quando ele se inclinou para perto, o rosto dele a poucos centímetros do dela. Sem mais palavras, Elias a beijou, dominando completamente o momento. O beijo era profundo, cheio de uma paixão contida, mas também carregava a força que Elias emanava. Ana correspondeu com igual fervor, suas mãos deslizando pelas costas dele, apertando-o para si.
As emoções de Ana estavam à flor da pele, e ela sentiu como se estivesse sendo consumida por um desejo que nunca havia experimentado antes. Elias, percebendo que ela estava completamente entregue, começou a guiar a situação, levando-a em direção à cama.
Ele a deitou sentindo o corpo dela perder todas as tensões musculares à medida que seus lábios a explorava. Seus dedos afastaram cada peça de roupa que impedia o contato de suas peles. Sobre ela, a penetração foi suave e seus movimentos cadenciados a levava em escaladas cada vez maiores de prazer.
Ana o abraçou com as pernas, sentindo toda a masculinidade preenchendo seu interior em movimentos cada vez mais rápidos. Seus músculos vaginais contraíram sobre o pau fingindo resistência, mas desejando cada centímetro penetrado, cada estocada infligida. Uma corrente elétrica surgiu desde a sua espinha até possuir por inteiro seu corpo fazendo-o explodir em um orgasmo arrebatador.
Elias, por sua vez, sentia o corpo de Ana estremecer debaixo dele, seu pau ser apertado pela vagina e o líquido fluir em abundância. Ele sentiu seu corpo em brasas, seus quadris se movimentando como uma máquina furiosa, bombeando mais forte até sentir a cabeça ultrapassar o último portal que havia dentro dela. A descarga de seu gozo foi volumosa e intensa, com jatos fortes preenchendo a última recâmara e seu esperma se misturando ao néctar em um mix de autoridade masculina e rebeldia feminina.
A missão havia se completado, mas as mãos de Ana não se afastavam dele.
Com um olhar pervertido, ela se colocou de quatro abrindo a porta dos fundos. O coração de Elias acelerou, e seu pau, de uma sobrevida, voltou a ficar em riste. A entrada foi dura, mas a mistura de seus fluidos facilitou a invasão que acontecia lenta e carregada de tensão. A gruta era forçada a se acomodar à grossura e a dor era inevitável.
Ana se agarrou aos lençóis da cama, comprimindo os olhos enquanto sentia seu cu pegando fogo enquanto se rasgava para receber aquele homem. Nunca em um milhão de anos se imaginava naquela situação, mas ali estava ela, submissa, dominada, entregue, e o mais impressionante, amando.
Estando satisfatoriamente lá dentro, Elias começou a movimentar os quadris de forma suave, sem pressa, até que ela se acostumasse. Em retribuição, Ana empurrava sua bunda contra a virilha dele demonstrando que estava pronta para algo mais intenso. Envolvendo-a pela cintura, Elias começou a estocar com força e velocidade. Logo, estavam mergulhados em êxtase intenso novamente sentindo cada fibra de seus corpos se energizar, com gemidos que ecoavam pelo quarto até se tornarem uníssonos em seu ápice como a última nota de uma sinfonia.
Ana estava exausta e deitada ao lado de Elias, ainda ofegante e em choque com a intensidade do que havia acabado de acontecer. Ela não sabia que aquele momento de entrega também significava sua salvação e, talvez, o início de uma nova forma de pensar e viver.
Elias, por sua vez, observava Ana com um misto de satisfação e melancolia. Sua missão estava completa, mas sabia que aquilo que começara ali, naquele quarto de hotel, teria repercussões muito além daquela noite.
*****
Enquanto as portas do elevador se fechavam, levando Ana de volta ao térreo, Elias ficou parado na entrada do quarto, observando o vazio do corredor. Ele soltou um suspiro, sentindo um misto de alívio por ter cumprido mais uma etapa da missão e uma vaga sensação de vazio, que sempre vinha após completar uma tarefa. O corredor do hotel estava silencioso, a não ser pelo ruído suave do ar-condicionado, e Elias se preparava para retornar ao quarto quando ouviu o leve som de uma porta se abrindo.
Ele se virou e viu Natalia na entrada do quarto dela, do outro lado do corredor, sua expressão uma mistura indecifrável de emoções. Ela cruzou os braços, apoiando-se no batente da porta, os olhos fixos nele. O silêncio entre eles era denso, carregado de tudo o que não precisavam dizer, mas que estava presente.
— Acho que ela não foi muito difícil de convencer, no final das contas — Natalia finalmente disse, sua voz baixa e desprovida de qualquer acusação direta, mas com uma curiosidade evidente, talvez até uma ponta de ciúme velado que ela tentava esconder.
Elias deu de ombros, tentando manter a expressão neutra.
— Faz parte do trabalho — respondeu, abrindo a porta do quarto e gesticulando para que Natalia entrasse.
Ela hesitou por um momento antes de cruzar a porta e seguir para dentro do quarto. Elias atravessou o ambiente ainda carregado com as lembranças recentes do que havia acontecido ali.
— Está na hora de começarmos a nos preparar para o próximo alvo — ela disse, sentando-se na poltrona ao lado da cama.
Elias assentiu e foi até a mesa, pegando a pasta de documentos que continha todas as informações sobre o próximo alvo: Emilia Ibarra. Ele a abriu, folheando rapidamente as páginas enquanto Natalia observava, seu olhar ainda carregado de uma mistura de sentimentos que ela mesma não sabia ao certo como lidar.
— Emilia Ibarra — leu em voz alta, mais para si mesmo do que para Natalia. Ele estudou a foto que acompanhava o dossiê: uma mulher de beleza estonteante, cabelos negros e longos, olhos expressivos e uma presença que transbordava da imagem, uma combinação de atriz e modelo que fazia sucesso no México — Atriz e modelo, reside em Guadalajara, mas é famosa em toda a América Latina.
Natalia se levantou e se aproximou para olhar por cima do ombro dele.
— Ela parece ser o tipo que gosta de atenção e, provavelmente, não tem muita dificuldade em conseguir o que quer — comentou, a voz dela refletindo uma análise objetiva, mas com um toque de algo mais profundo — Será interessante ver como você lida com ela.
Elias virou a página para estudar as informações detalhadas sobre a rotina de Emilia, seus hábitos e onde ela costumava passar o tempo.
— Vamos precisar de uma abordagem que faça sentido no mundo dela, algo que desperte o interesse sem levantar suspeitas.
— Você já tem algo em mente? — Natalia perguntou, a voz dela mais suave do que antes, enquanto observava as fotos e as informações espalhadas sobre a mesa.
— Sim — respondeu, fechando a pasta — Mas antes de colocar o plano em prática, precisamos nos familiarizar com o território. Vamos para Guadalajara o mais rápido possível.
Natalia assentiu, mas não se moveu de onde estava. O silêncio caiu novamente entre eles, mas dessa vez não era desconfortável. Era um silêncio cheio de compreensão mútua, um reconhecimento tácito de que cada missão os estava aproximando de formas que nenhum deles esperava. Elias finalmente se afastou da mesa e olhou para Natalia, sentindo a gravidade do que estava por vir.
— Vamos fazer isso direito — ele disse, a voz firme, mas com uma suavidade que indicava mais do que simples determinação profissional.
— Vamos — Natalia concordou, finalmente se movendo para voltar ao seu quarto e preparar o que precisavam para a viagem.
Elias observou-a por um momento, notando como ela se movia com uma eficiência calculada, mas com uma graça que ele estava começando a apreciar. Havia uma beleza por trás da frieza e da fachada profissional que ela mantinha, algo que ele começava a notar cada vez mais. Ele se virou para olhar a cidade pela janela, sabendo que, apesar de todas as dificuldades, estavam cada vez mais conectados, e cada missão os forçava a confiar mais um no outro.
Deitado na cama, Elias sentiu o cansaço do dia começar a pesar sobre seus músculos. O quarto estava escuro, iluminado apenas pela luz suave que vinha da cidade lá fora, filtrando-se pelas cortinas. O silêncio era profundo, quase reconfortante, mas sua mente estava inquieta, percorrendo os eventos recentes e as mulheres que haviam cruzado seu caminho desde que a missão começou.
Lara Schmidt, a jornalista alemã, sempre tão firme e intransigente em suas convicções, tinha sido um desafio não apenas pelo seu casamento, mas também pela armadura emocional que ela usava. No entanto, Elias conseguira encontrar uma brecha, uma vulnerabilidade que ele explorou até que ela se entregasse a ele. O processo foi calculado, mas não sem riscos. E no fim, foi a própria persistência de Elias que a desarmou, quebrando as barreiras que ela havia erguido em torno de si.
Depois, havia Ana Clara Costa. Ainda podia sentir o cheiro persistente de maconha em suas roupas, uma lembrança pungente da sua natureza caótica. Era impulsiva, idealista até o ponto de fanatismo, mas também profundamente perdida em suas próprias crenças. Ele a havia arrancado de uma situação perigosa, arriscando sua própria segurança para protegê-la. E ao fazer isso, abalou as convicções que ela havia carregado por tanto tempo. A maneira como ela cedeu, como todas as suas barreiras desmoronaram diante da autoridade e convicção de Elias, era algo que ele não conseguia esquecer. Ela era diferente de Lara, mais jovem, mais apaixonada.
No entanto, antes delas, houve Anya Petrova, uma mulher que o marcou de uma maneira profunda e inesquecível. Anya era diferente de todas as outras. Uma mulher poderosa, ela dominava não apenas em sua carreira, mas também entre quatro paredes. Elias se lembrava claramente da noite que passaram juntos, quando ela, inicialmente inabalável, havia cedido ao desejo que ele conseguira despertar nela. Aquela noite havia sido um jogo de poder, onde Anya tentou controlar a situação, mas acabou se rendendo à autoridade natural de Elias. A conexão entre eles foi intensa, carregada de uma tensão sexual que quase ofuscou o objetivo da missão. A experiência com Anya o havia afetado mais do que ele gostaria de admitir, deixando uma marca profunda que ele carregava até aquele momento.
Por fim, havia Natalia. Ela não era um alvo da missão, mas seu papel ao lado de Elias era inegável. A relação entre eles estava mudando, e a proximidade que compartilhavam estava começando a confundir a linha entre o profissional e o pessoal. A forma como ela apareceu na porta de seu quarto, ouvindo os gemidos que vinham de dentro, demonstrava que algo mais profundo estava crescendo entre eles, algo que Elias não poderia ignorar.