Olá, resolvi contar um pouco da minha história. É uma história que pra mim é muito complicada em relatar, mas até como forma de desabafo resolvi "expor", preciso contextualizar, é algo que acontece há cerca de 3 anos então não vai ser fácil resumir. Vou relatar toda a minha história desde o início e não terei pressa alguma em concluir, vão ser vários textos pois ainda existem coisas ainda ocorrendo.
Me chamo Paula, tenho 44 anos, sou casada com Carlos de 66 anos e moro numa cidade de interior muuito pequena mesmo.
Sempre tive uma criação bem rígida, bem tradicional e religiosa, com muitos pudores e proibições, então esse pra mim era o normal, a única maneira de viver, sem batons, maquiagens, roupas sempre comportadas, calcinhas e sutiãs também. Meu pai é líder em uma igreja e sempre fui bem protegida de qualquer tipo de contato. Ele conheceu meu atual marido numa relação de trabalho, algum tempo depois ele pediu minha mão em casamento sem eu sequer saber de nada fui casada, a contra gosto tive um período de conhecimento do meu atual marido e depois de uns meses o casamento, porém, demoramos muito a ter algum tipo de relação sexual, e isso durou por 2 anos e logo que tivemos foi uma relação bem rápida eu lembro bem que durou pouquíssimo tempo, e achei que esse era o normal também, foi uma relação sem sequer tirar todas as roupas eu sempre usava uma camisola comprida e só erguia deitada. Assim, vivi por anos até que tive minha primeira filha, Carla, e depois de 9 anos meu filho mais novo, Carlos JR.
Segui durante esse tempo inteiro na mesma rotina, não terminei sequer meu ensino médio, nunca trabalhei, tenho uma vida financeira bem confortável, moramos em um condomínio de casas de alto padrão, porém sou muito desvalorizada pelo meu marido, com insultos, xingamentos e isso fez minha autoestima ir cada dia mais pra baixo. Sou morena, baixinha 149cm, tenho cabelos compridos, lisos e pretos, seios muuuito pequenos, bumbum grande, coxas médias, apesar de ter boas medidas e ser uma bela mulher, hoje eu reconheço isso, sempre fui chamada de feia pelo meu marido, esse é um dos nomes que escuto durante muitos anos e isso eu tomei como verdade, apesar de nunca me arrumar tanto eu passei a me arrumar menos ainda e ficar mais introspectiva.
Minha filha já mora em outra cidade, estudando medicina, mas durante o tempo que esteve em casa ela também sempre se portou aos moldes do pai tolhida sequer de decotes ou qualquer tipo de sensualidade. Isso é algo "normal" aqui onde moramos por ser uma comunidade pequena e praticamente todos seguir o mesmo padrão de comportamento.
Já meu filho é mais atrevido, sempre foi respondão e sempre teve um comportamento considerado errado por não se submeter a muitas coisas.
Naquela proteção natural de mãe acabei o protegendo e de certa maneira, permitindo que esse comportamento dele se torna-se cada vez mais evidente e presente!
Jr. se desenvolveu muito, com seus 16 anos já tinha 1,80 e tinha o corpo bem musculoso por conta dos esportes que sempre praticou.
É óbvio que notava os olhares das mulheres pra ele e aquilo me deixava extremamente irritada, também notava os olhares dele para mulheres e entendia o tipo de mulher que ele gostava de ver, geralmente mulheres com bunda volumosa e às que usavam roupas usadas eram as que se tornavam alvo dos olhares voluptuosos dele.
O maior ponto de mudança ocorreu quando em mais uma das corriqueiras vezes meu marido me chamou de feia e velha enquanto assistíamos a um programa de auditório e complementou que deveria ser proibido uma mulher daquela idade usar uma roupa daquele tipo, ao se referir a uma dançarina, que deveria ter por volta de 40 anos de idade, usando um mini short que mostrava as bochechas da bunda.
Foi quando o Jr interviu pela primeira vez e começaram a debater:
Jr- “Pai que coisa horrível! Qual o problema de uma mulher de 40 anos usar algo sensual?”
Carlos- “O problema da gente ser obrigado a olhar uma puta velha querendo ser nova!”
Jr- “Mas quem disse que é puta? Só é uma mulher bonita e sensual”
Carlos- “Claro que é puta! Uma mulher que veste algo assim não tem outro nome a não ser puta!”
Jr- “Nunca! Uma mulher de 40 não é velha e nem puta se usar algo menorzinho!”
Eu estava congelada no meio daquele bate boca acalorado! O tom era de briga, bate boca, discussão!
Olhava para um e para o outro sem saber o que fazer ou o que falar!
Carlos- “Claro que é! Você tem um exemplo em casa, sua mãe é velha e sabe que é feia, era quando nova e mais feia agora que é velha, por isso você nunca viu ela com nada desse tipo!”
Aquela frase doeu muito em mim, a vontade de chorar era enorme e meus olhos encheram de lágrimas…
Nesse momento o Jr levanta do sofá e com o dedo em riste retruca.
Jr- “Porra! Que idiotice! Parece que você é cego! A mamãe não é velha muito menos feia! Você falar isso que é feio! Você não sabe a sorte que tem de ter uma mulher como ela! E qualquer homem do mundo ia querer ver ela usar um shortinho como esse ou menor ainda!”
Meu marido começou a sorrir de maneira debochada e solta mais uma frase que me derruba por dentro…
Carlos- “Sua mãe tem que agradecer por eu ainda querer foder com ela as vezes!”
Por alguns segundos muitas coisas passaram na minha cabeça, como por exemplo: me dei conta que o sexo era algo raro e muito difícil de acontecer e que ultimamente estava sem fazer nada há mais de 1 ano e sempre acreditando que a culpa era minha… As lágrimas que estava contendo acabaram escorrendo… Era muita exposição, muita briga e o pior tinham virado os holofotes para mim…
Levantei do sofá aos prantos e segurei meu filho que estava enfurecido e quase partiu para cima do pai.
“Para com isso filho, por favor, isso está me machucando muito, para!”
Na minha cabeça eu era a culpada por tudo aquilo que estava acontecendo e deveria intervir para acabar com aquela briga. Eles esbravejavam e se xingavam… Pedi para o Jr parar e o Carlos no alto da sua soberba continuava sentado na poltrona sorrindo de maneira debochada.
Saí empurrando meu filho e pedindo para ele parar, apesar de tudo ele sempre foi muito obediente comigo e me ouvia bastante, dessa vez, ele foi relutante e dizia ter que me defender mas aos poucos foi me ouvindo e saiu subindo as escadas em direção ao quarto dele, logo em seguida também fui para o meu quarto sem falar mais nada, lá pude chorar muito mais e tomei medicamentos para dormir, logo adormeci sem sequer ver a hora que meu marido dormiu e preferia assim.
Esse é o primeiro capítulo.