Amigo demais parabéns nota mil kkkk
Magalu, a casadinha iniciante - 2
Parte 2.
Entrei no meu banheiro focado naquela ideia hiper excitante de que ela estava louca para dar na frente do marido corninho, e ele muito tesudo de ver a esposa assumindo o desejo de ser uma putinha bem safada para nós dois. Olhei a foto da bocetinha linda e já ataquei o nosso amigo Leoncio Júnior com uma covardia insana, de cinco dedos e uma palma da mão quente contra um pau desencapado, provocando em todo o corpo aquela vontade louca de meter. A mente foi ficando fixada na fantasia. Um minuto de luta frenética entre um falo enrijecido pelo tesão contra a mão tomada por uma vontade louca de levar ao gozo, e eu já estava querendo abreviar aquela batalha e me render ao prazer. Mas o exercício de prolongar é um aprendizado importante, para que o gladiador descubra que quanto mais ele tiver a capacidade física de se manter firme e forte na luta, maiores as chances que ele terá de vencer na hora importante da verdadeira batalha na arena úmida e quente da morena gostosa. Mas a mente safada de um libertino também prega peças ao próprio corpo. Eu deixei por segundos que à minha mente voltasse a imagem da Magalu, cavalgando o meu ventre e gemendo de prazer, exclamando: “Ah, corninho, que delícia este macho gostoso fodendo com seu pau tesudo a minha bocetinha que já não é mais somente sua!”
Pronto, bastou esse descuido, e por pouco a vaca não foi pro brejo e despejou seu leite antes da hora. Eu cheguei a sentir os arrepios por todo o corpo, mas por fim consegui dominar o impulso de expulsar os jatos do gozo. Bastou aliviar um pouco a pressão dos dedos, e segurar apenas a base da rola, apertando com dois dedos em pinça, e o impulso foi controlado. Aprendizados do Tantra. A respiração ofegante e a ereção dali para a frente se manteria naquele estado latente de prontidão para a luta futura que poderia ser longa. Depois desse treinamento, ao perceber que ainda dominava as técnicas milenares que eu aprendera nos meus muitos anos de curso avançado de safadeza, fui recuperando o ritmo cardíaco normal, a respiração se normalizando. Acabei me sentando sobre a tampa fechada do vaso sanitário, e fiquei ali meio largado, a cabeça divagando um monte de ideias sem controle. Foi quando eu olhei a minha imagem refletida no grande espelho da parede e me ocorreu uma outra questão: “O que faz uma mulher linda, jovem e sedutora, se sentir atraída e interessada sexualmente em um homem maduro que tem quase o dobro de sua idade?”
Ao longo dos meus últimos anos, eu tivera a oportunidade de ver várias situações semelhantes acontecerem, algumas inclusive, comigo. E tinha sido uma grata surpresa perceber que mulheres jovens, bonitas, e sensuais, sentiam desejo de se relacionar com um homens maduros. Eu sabia que grande parte do mérito dessa conquista, era delas, era um fator de escolha delas, mas, certamente, alguma coisa eu deveria ter ou fazer, ou falar, que acionava aquele gatilho do desejo delas. Ao longo da minha vida, tive muitos relacionamentos, minhas namoradas e esposas, sempre foram mulheres muito belas e atraentes, e na disputa com pretendentes ou cortejadores até mais belos, mais fortes, mais jovens e mais ostensivos, eu acabara levando a melhor. Poderia ser apenas sorte, se ocorresse uma única vez, mas acontecera muitas vezes em diferentes estágios da minha vida. Olhando no espelho eu via um homem já velho, mas que conservava uma boa imagem corpórea, claro que com a barriguinha não exagerada da idade, que se formou com o tempo, já não tinha os ombros e braços tão musculosos como foram até os quarenta anos, as pernas também eram de bom formato, mas nem de longe tinham o desenho musculoso e bem desenvolvido do tempo em que eu lutei e joguei futebol. Mas eu conservava a agilidade dos movimentos e uma certa harmonia que a dança me ajudou a desenvolver. Capoeira e samba sempre ajudaram a soltar o molejo do corpo. Tive uma amante que dizia que quem não sabe dançar, dificilmente é bom de sexo. Eu tenho um rosto bem-feito, sem ser um homem belo como um modelo, mas meus olhos claros, meu nariz reto e de tamanho harmonioso, minha testa alta e meu sorriso sempre presente, com um traço de malícia, o cabelo curto num corte moderno, desalinhado, que ajudava a dar um ar de informalidade mais jovem, tudo isso formava um conjunto que segundo minha própria esposa, me colocava num patamar de bom nível de atração, se comparados a muitos homens com até vinte anos a menos. Mas, mesmo assim, eu não deixava se ser velho. Me lembrava que algumas mulheres com quem tive romances, casos e até somente sexo, que disseram que eu exercia uma forte atração, pelo conjunto, mas o mais importante, era a minha tranquilidade de não querer me insinuar, minha masculinidade segura sem precisar me portar como um Alfa machista e dominador. E o ponto mais forte, o bom-humor, a alegria de viver, e mente ágil e sagaz, que eu realmente tinha e era a minha marca pessoal. Além, claro, de ser um macho que olha para a mulher com serenidade e desejo, sem ser desrespeitoso, sem abusar, mas que não deixa dúvida da sua preferência e admiração como homem.
Me recordava de uma mulher muito bela e desejada por muitos, modelo e atriz de destaque no Rio de Janeiro. Me disse uma vez que o olhar da mulher sobre um homem, é próprio da mulher, não tem nada de semelhante ao que os homens possam imaginar. Disse que elas se guiam por elementos muito mais subjetivos do que objetivos.
Aquilo ficou em minha mente, e entendi que para um homem exercer algum fascínio sobre a mulher, ele deve ser do seu jeito, exatamente, e não tentar ser o que pensa que ela gostaria. A mulher que se sentir atraída, reagirá a alguma química com a sua própria forma de ser. Isso é o que funciona. Desde então, quando aprendi isso, eu fui descobrindo que quem deseja, escolhe, aceita e se decide a se entregar é a mulher. Ela até pode se fazer de difícil, num jogo de sedução, mas se ela tiver vontade, se for tocada pelo desejo, é ela que fará tudo para que essa entrega aconteça. E a gente nunca saberá exatamente o que foi que aconteceu. Com aquilo em mente, eu fiquei muito satisfeito de que a Magalu tivesse escolhido a mim para ajudar na sua primeira experiência com outro homem, no bar de swing. Não saberia exatamente os fatores que influenciaram, mas era uma sorte danada.
Aquele raciocínio, me levou a uma outra reflexão. Mesmo quando a relação seja movida apenas pelo desejo sexual, pelo tesão, é diferente para o homem e para a mulher. O homem se conecta, se estimula, se interessa pela forma física, beleza externa, fica atraído pela estética, e pela atitude safada da mulher. Mas a mulher não, mesmo que ela ame realmente seu parceiro, e esteja satisfeita com ele como par, para ela se sentir motivada para fazer sexo com um outro homem, ela precisa sentir algo mais, e não é paixão, é um conjunto de pequenos detalhes, fatores na maior parte das vezes subjetivos, mas que são determinantes para ligar o desejo nela. O tesão do homem é direto, linear, superficial e não se preocupa muito como é o jeito de ser da criatura. Ele quer possuir, desfrutar, ter intimidade. Tomar posse. A mulher, no geral, sem generalizar, é óbvio, tem um código de senhas próprias, que ela vai destravando conforme vai se interessando, até que muito antes do homem desconfiar, ela decidiu se quer dar, e ter aquele parceiro. Esse aprendizado eu tive bem cedo, quando vivia de aventuras sexuais com muitas mulheres diferentes, numa época da minha juventude onde eram elas que me escolhiam, e me despertavam o desejo. Eu só tinha que me colocar disponível, alerta, soltar meus feromonas, deixar muito discretamente que elas captassem a presença de um macho viril e cheio de vontade. Isso funcionava muito bem. Me lembro na praia de Ipanema, um monte de homens elegantes, machões, destilando testosterona abertamente para cima das gatinhas, e a atitude muitas vezes insinuante ou afoita da parte deles as fazia ficarem na defensiva, dificultarem o acesso. Aí, eu chegava com a minha prancha, voltando de pegar umas boas ondas, me mantinha sereno, como quem não quer nada, está feliz, olhava, fazendo um reconhecimento do ambiente, me fazia notar, mas depois relaxava, e me deixava ficar interagindo com amigos e amigas, descontraído, sem querer aparecer, mas o radar ligado para captar e perceber sinais muito discretos de onde a onda estava favorável para o meu lado. Era sempre muito mágico.
Acontecia algo muito incrível, bastava uma das moças dar sinais de que estava interessada, por mais discreta que fosse, elas entre elas se entendiam, e outras acabavam entrando na mesma sintonia. Tudo muito sutil, discreto, quase imperceptível. E os machões alfa se pavoneando, mostrando as asas musculosas, bíceps, coxas, panturrilhas e volumes na sunga. A chance de não terem nenhuma chance era enorme, e eu ria. No fim, a interessada achava um jeito de pedir um cigarro, ou fogo, puxar assunto, e naquela troca repentina de olhares, estava dado o sinal de que a porta estava aberta para eu começar uma conversa. Era o começo do engate. Mas era ela que tinha resolvido e decidido. Acontece que bastava uma sendo conquistada, certamente as outras ficavam interessadas depois, e os truculentos depósitos de músculo e pouca informação na cabeça, ficavam revoltados como é que eu tinha tanta sorte. Não aprenderiam nunca. Nunca olharam para uma mulher para vê-la realmente, só viam um corpo, uma beleza desfrutável, e um desejo deles de as possuir.
Perdido naquelas elocubrações e reminiscências, eu me toquei que a noite estava chegando e eu precisaria iniciar a minha preparação.
Sim, é fundamental a preparação.
Sempre me portei como um gladiador que vai para uma arena de combate de vida ou morte. Cada “combate” é vital e determinante, e o bom Samurai analisa o embate que terá, planeja, estuda os prós e contras. Examina cada perfil e identifica sinais que nortearão suas atitudes. Tem gente que vai ter a relação sexual com a mulher do outro, achando que está com a bola toda, que ela está louca para se entregar, que vai deixar a mulher no bagaço, possuí-la de todas as formas, confiando apenas no tamanho e na dureza de sua rola. Mas nem sempre isso basta. Chego a dizer que muitas vezes atrapalha.
O primeiro cuidado a se ter, é considerar e respeitar os desejos e fetiches do marido. Afinal, ele também está sentindo prazer de ver a esposa se entregar ao outro em busca de novas emoções e sensações. Mesmo quando o corninho tem prazer em ser diminuído e humilhado, o amante deve estudar a melhor forma de fazer isso, sem diminuir o parceiro diante da esposa, pois no geral, no fundo, ela não quer que ele seja atingido, ofendido ou magoado. A menos que esse seja mesmo o desejo exato deles. Mas se assim for, eles vão demonstrar. A sutileza com que são feitas as ações, as falas, e estabelecido o jogo de sedução, é fundamental para que o casal ganhe confiança e estabeleça um vínculo mínimo de cumplicidade e aceitação do amante. Muitos casais não querem intimidade, amizade, nem fornecer detalhes, então ser discreto e não abusado no início determina muito do sucesso daquela eventual amizade colorida.
Na primeira noite em que eu conheci a Magalu na casa de swing, notei que ela estava tensa, nervosa e tímida.
Me portei de maneira elegante, descontraída, brincalhona, como se estivéssemos no pátio da piscina de um clube normal e falávamos do ambiente e da liberalidade do local. E em nenhum momento fiz uma referência de que eu ou ela estivéssemos nos estudando para conferir se nascia o desejo. Acontece que o desejo já estava nela, havia ficado excitada com cenas que vira nas salas coletivas, o marido a estimulara para experimentar, e ela tinha sentido o meu perfume carregado de feromonas, que sutilmente tinham feito seu papel na libido dela. Ela já tinha escolhido, senão não viria conversar comigo, os bicos dos seios dela saltavam querendo furar o vestido tubinho preto, e suas pupilas dilatadas indicavam o grau de excitação que ela se encontrava por dentro, ao tomar uma atitude tão arrojada, e inesperada. Tudo isso, graças à minha experiência, eu percebi e captei em poucos segundos. Minha atitude brincalhona, alegre, despojada de arrogância foram conquistando a confiança da morena, e do marido, que num arroubo de desejo, sugeriu que a gente fosse para uma cabine. Eu realmente não estava acreditando na sorte, e morrendo de medo de queimar a largada na primeira encoxada. Tive que usar de truques e artifícios para não me empolgar tanto. E acabou que deu certo e o resultado era que dois dias depois eles haviam me ligado. Era de se esperar. Não sendo eles experientes, tinham a mim como uma espécie de guia, um instrutor que explicava, e ensinava, além de ajudar para que realizassem sua fantasia. Eu esperava que eles ligassem, nem que fosse apenas para comentar. Mas eles queriam uma nova aventura. Magalu tivera um prazer enorme que jamais imaginou possível, fazer sexo com outro homem, na frente do marido, e realizando o desejo do corninho. Ouro sobre azul, combinação perfeita. E a Magalu, talvez tivesse, como Freud sempre disse, que muitas filhas sentem atração pelos pais. E se fosse o caso, ela estaria ali projetando essa fantasia com um homem que poderia ser seu pai.
Bem, certo é que eles gostaram, e tiveram a vontade de repetir. Como ela havia dito, na primeira noite não se soltara completamente. Fiquei imaginando se ela se soltasse mesmo, quem ia passar apertado era eu. Mas estava muito animado.
Com aquelas reflexões, eu completara o primeiro ciclo de preparação, onde relembrava de tudo, analisava o caso, e concebia uma estratégia. O segundo ciclo de preparação foi aparar o bigode e o cavanhaque cuidadosamente, tomar um bom banho, aproveitando para dar uma atenção maior nas partes onde a depilação precisa ser completa. Uma faixa do corpo que vai do sovaco até na virilha. Sovacos, peito, barriga, umbigo, saco, pênis, tudo liso e sem pelos. Principalmente porque além de favorecer a higiene, facilita o passeio das mãos e dos lábios dela por toda aquela área. Depois do banho, uma boa massagem com um creme hidratante e desodorante pelo corpo todo.
E finalmente, o terceiro ciclo, a preparação das armas e a armadura de combate. A escolha da cueca é muito importante. Normalmente, eu não uso cueca boxer, pois me incomoda nas coxas. Prefiro as cuecas slip, de microfibra, que não apertam nem enrolam nas coxas. Mas sabendo que as mulheres mais jovens preferem esse modelo masculino de cueca boxer, coisa da moda atual, escolhi uma de cor cinza chumbo. Costumo ter umas muito boas que eu compro na Europa, que são de material superior aos modelos brasileiros. A malha antialérgica é fina e a mulher pode perceber e sentir o volume e as formas com mais facilidade. Muitas delas, adoram tatear e brincar por fora, antes de pegar na coisa de verdade. E isso realmente é muito gostoso. Uma calça Jeans de Índigo cinza escuro, quase preto, num modelo tradicional, com a barra dobrada para fora. Um sapatênis preto com meias rasas também pretas. No calçado, umas borrifadas de pó desodorante para pés, com cheiro de menta, mantém os pés sempre sem chulé. Mulheres são muito sensíveis a isso e basta um cheiro leve de provolone ali e pronto, lá se foi a libido. Mulher em geral adora sentir cheiro de macho, mas macho cheiroso. Sovaqueira só nas horas mais agitadas de festa sertaneja, ou no meio de um pagode. Uma camiseta cor de canela, de malha fina, com mangas compridas, mantidas arregaçadas ao meio dos braços, com uma estampa no peito de folhagem de palmeiras, discreta e elegante, fecha o vestuário. Uma pulseira de couro trançado e fechos de metal, num dos pulsos. Dá um toque mais jovem e informal. Não gosto de usar relógios. Finalmente, umas borrifadas do perfume francês que combina com o meu DNA e potencializa meu poder de magnetismo. Então, uma cartela de preservativos no bolso, um sachê com lubrificante íntimo, carteira, documentos e um lenço no bolso de trás. Um lenço no bolso da calça já me salvou de inúmeras situações de aperto.
Uma hora depois do banho eu já aguardava a chamada deles. Comi um pouco de castanhas de caju, uma barrinha de chocolate para dar energia, e tomei dois dedos de água com uma colherinha de pó de guaraná. Isso garantiria estímulo e disposição para várias horas de combate, sem perda de entusiasmo. Tudo muito natural e energético. Depois escovei os dentes e estava pronto.
Pontualmente às vinte e duas horas, o telefone tocou e eu mandei minha localização. Em vinte minutos eles estavam chagando e esperei no portão da minha casa. Embarquei no carro deles, um Jeep Renegade, de cor azul metálico escuro e quando vi a Magalu meu coração batia na garganta. Ela estava linda, com um vestido verde cor de musgo, feito de um tecido muito delicado, alcinhas nos ombros, decote generoso, e parecia ser curto e folgado em baixo. Solano de calça social azul marinho, camisa tipo polo, da Ralph Lauren, azul bem clarinho.
Nos cumprimentamos formalmente, e o Solano perguntou:
— Querem ir a algum barzinho antes, beber alguma coisa, quebrar o gelo?
Eu sorri e disse:
— Só se a Magalu desejar. Se havia algum gelo, na hora que eu vi a Magalu linda como está já derreteu e evaporou.
Eles deram risada e ele disse:
— O que eu mais gosto de você é que não dissimula e nem disfarça nada. Isso inspira confiança.
Eu dei risada e para começar a brincar disse:
— Não querendo me beijar na boca, tá tudo certo. Você não faz o meu tipo.
Eles deram mais risadas, e isso ajudou a descontrair. Magalu perguntou:
— Me diz, que perfume é esse? É uma delícia.
Eu fiz um certo mistério:
— É um segredo guardado a sete chaves. Mas depois eu conto no seu ouvido.
Ela insistiu:
— Guerlain?
— Não.
— Balenciaga?
— Hum, você entende de perfumes. Pronunciou certinho. Mas está frio.
— Hermès
— Nananinanão.
— Gucci.
— Não, bem frio.
— Ralph Lauren
— Não, ele tem bons perfumes, mas não é.
— Armani. Giorgio Armani.
— Não. Mas você conhece bem.
— Paco Rabanne.
— No! Não também.
— Já sei, Jean Paul Gaultier, Le male...
— Não também.
— Azzaro?
— Também não.
— Ah, que mistério! Chanel?
— Também não, passou longe.
Magalu perdeu a paciência e disse vários que ela lembrava:
— Issey Miyake, Prada, John Varvatos, One 1 million do Paco Rabanne, Prada, Carolina Herrera, Dolce & Gabbana...
— Você disse tantos, e não disse o certo. Por isso eu guardo o segredo. Poucos conhecem. Então, para você saber vai ter que merecer o segredo.
Eu sabia que a curiosidade feminina era algo que provocava revolução. E tinha razão. Ela se virou no banco do carro, e me puxando pelo pescoço colou o nariz no meu ouvido, inspirou fundo, e disse assoprado:
— Que tesão esse cheiro. Agora eu quero saber de qualquer jeito.
Eu dei risada e perguntei ao Solano:
— Posso chantagear?
Ele deu uma boa risada, estava gostando de ver a Magalu excitada.
— Claro que pode, agora a Maga vai fazer de tudo para descobrir.
Perguntei:
— Eu vou dar a você o segredo, o que você vai dar para merecer isso?
Ela entendeu a brincadeira, e muito esperta respondeu:
— Ah, meu querido, é o contrário, eu dou a você o que você quer, mas ainda não disse, mas é você que vai ter que merecer.
— Estou fodido! – Exclamei como se tivesse perdido a disputa.
Caímos da gargalhada. O clima do encontro estava maravilhoso. Nem reparei que já havíamos chegado e estávamos entrando no Motel Mont Blanc, um dos bons motéis da cidade. Solano escolheu uma suíte de luxo e nos encaminhamos para lá.
Quando entramos na suíte eu tive um déjà vu. Estivera ali naquela mesma suíte alguns meses antes. Conhecia o local em detalhes. Eu gostava daquele motel pois era de muito bom-gosto, tudo de qualidade, e o logotipo era uma preciosidade, o desenho somente em traço escuro de uma mulher nua sentada com as duas pernas dobradas para cima e uma calcinha descida pelos tornozelos. Eu sempre reparei nesses detalhes. É nos detalhes que a gente verifica o cuidado que uma empresa tem com o seu empreendimento. Somente aquilo já havia me conquistado na primeira vez que fui. Mas aquele fator de já conhecer as instalações me dava uma certa vantagem, pois podia explorar melhor as comodidades na companhia daquele casal que ficava cada vez mais íntimo.
Parei no centro da suíte e fiquei olhando para a Magalu, reparando na sua beleza, a cor ligeiramente mais bronzeada pelo sol que tomou.
Vi seus pés bonitos e delicados calçados em uma bela sandália de salto. O pior é que eu reconheci o modelo. Havia comprado uma dourada, daquele modelo, a menos de um mês, para minha mulher ir a uma festa importante. Eu disse:
— Nossa, você tem pés lindos, e com uma Clarita Block verde claro combinando com seu vestido ficou irresistível.
Magalu parou me olhando admirada:
— Ah, vai dizer que conhece também as marcas de calçados e de roupas. De onde você saiu?
— Eu sorria divertido, e revelei com simplicidade:
— São muitos anos ajudando a montar figurinos das modelos para ensaios fotográficos. Vocês não sabem, mas eu já fui fotógrafo de moda no Rio de Janeiro. Minha segunda mulher era modelo. Eu presto atenção em detalhes que muitos nem ligam.
Magalu se aproximou, segurou na minha mão e em seguida me abraçou. Ela olhou para o marido e disse:
— Qual o detalhe que você está interessado agora?
Em seguida me beijou na boca. Ela disse baixinho:
— Você está se saindo muito melhor do que a encomenda.
Eu não respondi. Não precisava, estava entregue aos beijos que ela fazia questão de dar. Nossas bocas se exploravam, as línguas invasoras e sugando numa entrega enorme. Eu sentia meu pau duro já pressionando a cueca e a calça.
Vi o Solano se afastar, ir ao frigobar, abrir uma garrafinha de uísque e servir uma dose em um copo. A seguir ele se sentou numa poltrona e ficou bebericando enquanto assistia aquele começo de encontro entre sua esposa e o coroa safado.
Eu tentava me concentrar nos cuidados que precisava ter para não capotar na primeira curva do circuito. Mas, notar que a morena estava fervendo de tesão, era algo que me tirava totalmente do controle.
Ficamos de pé, abraçados, trocando carícias e beijos. Eu disse para ela no ouvido, mas num tom audível para o marido entender:
— Nossa! Acho que já morri e tudo isso não passa de um delírio. Que maravilha!
Magalu beijava muito sensual e fez:
— Shiiiiihhhh, não diga nada. Não quebre o encanto.
Minha emoção sugeria que eu estava entrando em campo no Maracanã para jogar pelo Botafogo e enfrentar o Flamengo na decisão do campeonato. E o meu coração batucava mais forte do que os surdos da Escola Estação Primeira de Mangueira.
Continua.
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