COMANDADOS PELO CHEFE MARRENTO - CAPÍTULO II
Senhor Viana era o dono do próprio ramo há numerosos anos... Crescera assim como florescera na vida como uns dos mais influentes, poderosos e desejados de SP. A palavra daquele homem era a Lei, e todos os funcionários beijavam o piso que tivesse a honra de sentir os pés do Superior. Os quatro novatos do capítulo anterior começaram a trabalhar faz poucas semanas; entretanto todas esse tempo passado fora - e ainda estava sendo - recheado de situações humilhantes, degradantes, grupais... Todavia, nenhum deles gostaria de perder o cargo - o qual, futuramente; resultaria em uma grana desejada por muitos. Estava sendo, em suma; uma disputa acirrada pelo posto de melhor submisso ao patrão.
| Recapitulação |
Após dar umas boas gargalhas contudo também não estar mais 100% sóbrio, Senhor Viana mandou a loirinha ir verificar o estado dos maquinários responsáveis pela pintura dos carros; deixando-o apenas com os três gays que estavam degradando-se sem parar fazia horas.
- Haha, pode para com a massagem agora, vocês três - Ordenou, um sorriso debochado ao passo que tirava os pézões do apoio - Agora, Renato; dê um trato no meu suvaco, vai - Ordenou com um ligeiro olhar para trás; o otário só posicionando-se à lateral e começando a desabotoar o sobretudo bordado do patrão, passando depois para o terno branquíssimo - E vocês dois aí, tirem minhas meias e vão dá um trato dos bons no meu pé - Finalizou, estendendo - suavemente - ambas as solas no carpete prateado; os calcanhares grandes apoiados ao passo que a palma dos pés se estendiam, mostrando aquelas curvas sinuosas dos ossos.
- Sim, senhor; sim, senhor; sim, senhor... - As vozes responderam em um tom respeitoso, a cabeça baixa mostrando a hierarquia dos poderes evidente ali.
Os três obedeceram tudo como fantoches: afinal, uma das habilidades do Senhor Viana era controlar todos na ponta dos dedos, amarrando - discretamente - cordas na mente de cada um; fazendo deles uma fonte de risos, prazer, diversão; ou qualquer outra coisa que brotasse naquela mente de Líder.
- Aaaah... Isso mesmo - Suspirou, estendendo as mãos na nuca larga; todavia sabendo o que todos ali estavam sabendo pelo tateamento... Já haviam não só tirado-lhe todas as vestimentas superiores; como também deslizado - totalmente - ambas as meias para fora, os dedos roliços, grossos, calejados movendo-se ao ar, aquela sensação prazerosa de ter os pés livres de sapatos abafados, apertados, após horas e horas e horas de serviço...
Fechou os olhos e só aproveitou toda aquela situação ridícula - mas demasiada excitante para o Senhor Viana - enquanto o tempo passava, o relógio de plantina sob o centro da mesa correndo furiosamente; o Sol passando do ponto máximo e angulando-se ao Horizonte; sendo engolfado tanto por esse quanto pelos altos, cinzentos, monótonos prédios que intercalavam-se com pouquíssimas zonas esverdeadas...
Sentiu aquelas linguadas caprichadas em cada pelo presentw naquelas axilas, ao mesmo tempo que as solas e os dedos eram massageados, lambidos, chupados... Não deu a mínima - como sempre fazia - para o cansaço dos inferiores, afinal; o dever deles era - simplesmente - obedecer e nada mais. Abrira os olhos - uma vez ou outra - e dava um bom tapa naquelas bichas idiotas, mandando-as melhorarem, aperfeiçoarem o que estavam fazendo: o macho-alfa merece tudo de melhor, pisando em tudo e todos que ousem interferir em alguma de suas Ordens.
- Eai, bicha; chupa esse dedão direito PORRA - Gritava com um, dando uma bofetada naquela bochecha bronzeada; fazendo-o cambalear e - imediatamente - voltar àquilo que estava fazendo. Como resposta, o novato chupou o dedão cabeçudo do patrão por uns dez minutos; a boca já quase dormente de tanto subir e descer naquela pele morna, grossa dos membros inferiores - Isso aí porra, continua assim, quem sabe te dou uma notinha no final - Deu uma risada meio-bêbado, o odor de saliva acumulando, ressecando, acumulando, ressecando inundando todo o cômodo... Aquilo era um paraíso para o chefe.
- Perdoe-me, senhor, perdoe-me - Respondia qualquer um deles quando recebia seja uma olhada rasgante do patrão, seja um tapão bem carregado - Haha, continuem, continuem - Gargalhava o Senhor Viana, parando - de uma hora ou outra - para atender alguma ligação ou responder alguma mensagem referente ao trabalho no majestoso Iphone 14 Pro Max dourado que ostentava; os dedos grossos deslizando na cartela de Malboro e acendendo mais um cigarro mentolado: a fumaça nebulosa ora serpenteando-se, ora dissolvendo-se no ar, tirando uma com a cara dos três e quer baforando na cara baixa de um, quer mandando um segurar o apagador assim como - propositalmente - derrubando um pouco do produto da combustão carcomido quentíssimo na pele sensível do pescoço.
O suvaco e os pés do chefão já estavam quase ensopados de tanta saliva quando o mesmo saiu do transe e olhou pela janela... O Sol já estava quase totalmente ausente, os tons púrpuras escuros crescendo; sendo as luzes da própria cidade - e algumas estrelas germinando - a única fonte de claridade. Ordenou para os três submissos para irem parando, dando uma notinha de 50 para cada um - porém dera uma de 100 ao que chupara o dedão por todo aquele tempo - e mandou que eles secassem os fluidos no corpo dele com um pacote de lenço que repousava na extremidade da mesa, e que também colocassem toda a roupa de volta, imaculadamente.
- Isso, isso mesmo, hahaha - Riu, o pescoço empinado como um Rei se destacando em meio aos súditos - Muito bem-feito! - Riu, apertando o nariz de um com o dedão e o vizinho enquanto colocava o sapato social de volta no outro pé - Agora, já sabem como se despedir, não preciso comentar uma palavra à mais - Concluiu, as pernas agora firmadas, abertas; os braços - perfeitamente repousados - sobre os apoios laterais. Os três fizeram uma fila - de joelhos - e beijaram - abundantemente - o topo dos sapatos sociais do patrão; deixando aquela marca curvada, aquosa, reluzente naquela superfície dura, polida.
Todos os inferiores saíram pela porta de mármore-nobre, deixando o Senhor Viana sozinho no grande cômodo - que mais parecia algum recorte de um palácio de tão exuberante que era. O machão relaxou, colocando - ambos os pézões poderosos, a ponta afunilada dos sapatos apontadas ao teto, ambas as mãos apoiadas no colo, o volumão do saco marcado na malha grossa, pomposa.
O lustre - agora acendido - reluzia ao topo: umas quarenta camadas espiraladas decrescentes de cristais branquíssimos em formato de esferas, quadrados, retângulos, losango; vários pingentes, correntes, detalhamentos ofuscantes oscilando com a brisa noturna, aquela sensação refrescante relaxando a nuca do patrão.
- Hahaha, a cara de felicidade deles com um 50tinha... - Relembrou o Senhor Viana, afinal; aquilo representa uma quantia infinitamente ínfima da fortuna colossal que possuía.
- Amanhã, mais um dia, mais vou usar esses imprestáveis - Comentou em bom-tom, uma gargalhada fusionada à fala. A Lua-crescente agora coroava o céu, uma luz - em formato côncavo - tremeluzindo por detrás das vidradias aos fundos, a luz do cômodo do Senhor Viana no topo - assim como ele próprio sempre esteve - de tudo, o prédio - mais chamativo - da região mostrando a sua apoteótica presença.