Take Me - Capítulo 14

Um conto erótico de M.J. Grey
Categoria: Gay
Contém 2171 palavras
Data: 07/12/2022 10:54:18
Assuntos: Gay, Homossexual

CAPÍTULO 14

**MATT**

Acordo desnorteado sem saber onde estou, minha respiração acelera, tento me levantar, mas fico tonto. Tento me acalmar, mas está tão difícil, esses pesadelos acabam comigo. Controlo a minha respiração, olho a minha volta e os acontecimentos de hoje cedo me voltam como um tapa na cara. Levanto-me e vou para o banheiro tomar um banho. Tomo meu banho e me visto, saio do quarto e ouço bastantes vozes, desço as escadas e vou em direção à grande sala, vejo um monte de gente e algumas crianças brincando. Sorrio para aquela cena na minha frente.

- Matt que bom que você já acordou! - Lúcia me abraça. - Venha, vamos conhecer essas maravilhosas pessoinhas. - fui apresentado para tanta gente que cheguei a ficar tonto. Em momento algum eu vi Connor o que foi um grande alívio para mim. Quando chega a hora do almoço começo a me sentir nervoso, não tinha como escapar de Connor.

Todos foram para a varanda na parte de trás da casa, eu não tinha visto o lugar todo, mas quando cheguei na varanda minha boca caiu aberta, o lugar era deslumbrante, cheio de árvores, tinha duas piscinas, uma cachoeira que passava no meio. De longe podia se ver o enorme celeiro, os cavalos muito bem tratados. Podia ouvir os latidos dos cachorros. Fecho os olhos e relaxo, deixo a luz do sol filtrar minha pele, o vento fresco tocar meu rosto. Aquele lugar era o paraíso, ainda bem que trouxe minha câmera, eu podia registrar tudo. Meus olhos se abriram e de longe posso ver Connor caminhando em minha direção. Meu coração se acelera, minhas mãos começaram a tremer.

A medida que ele se aproximava posso ver que ele estava com uma calça jeans toda desgastada e uma camiseta branca e botas de cawboy. Ele estava com bota de cawboy, minha nossa. Connor estava um deus grego. Umedeço os lábios, ele estava gostoso. Quando Connor chega onde eu estava ele passa por mim sem ao menos me olhar. Senti meu coração doer. Espero Henry, a primeira coisa que fez foi me abraçar. Meus olhos se arregalaram ao olhar para a cara dele.

- Oh meu Deus, o que foi que aconteceu com você? - pergunto preocupado.

- Bem isso que dá mexer com o homem de outro. - diz encolhendo os ombros.

- Eu não entendi. - falo com sinceridade. - Não sabia que você estava pegando alguém comprometido. - Lúcia ri quando eu falo isso.

- É brincadeira dele Matt. - ela diz rindo. - Eu sei que meu filho é um safado, mas ele não pegaria homens comprometidos. - ela para e pensa. - Bem eu acho que ele não faria isso. Ou faria?

- Não mãe, eu não faria. - Henry diz revirando os olhos.

- Ah bem, isso é um alívio de se ouvir.

- Mas como você conseguiu essa linda marca no seu rosto? - pergunto.

- Brincadeira de homens, querido. - ela pisca para mim e olha para Connor. Oh não. Não acredito que ele fez isso. Olho para o Henry e ele pisca para mim. Bufo para ele.

Lúcia me coloca sentado de frente para o Connor e ao lado de Henry, as crianças com seus pais sentam em várias mesas espalhadas pelo grande quintal, começamos a comer em pleno silêncio até que Jhonnatan fala.

- Como você conheceu o nosso filho, Mat5? - fico tenso na hora, eu pensei que Henry tinha contado para eles.

- Henry não contou para vocês? - pergunto.

- Não, ele só contou que você trabalha para o Connor. - começo a rir.

- Você não contou para eles? - falo me virando para o Henry. - Não quer que seus pais descubram que seu filho não é tão bonzinho né. - Henry arregala os olhos.

- Não acredito que meu filho foi um cavalo com você! - exclama Lúcia. Começo a rir.

- Mãe sou o maior cavalo que a senhora já viu! - ele diz rindo. - As pessoas que sabem e me agradecem por isso! Sempre digo a elas, agradeça aos meus pais que me fizeram. - eca.

- Henry White não foi sobre isso que me referi. - todos na mesa começam a rir, menos o Connor.

- Respondendo a sua resposta Lúcia, seu filho não foi grosso comigo. - falo sorrindo. – Nos conhecemos quando eu pedi comida, já que estava dois dias sem comer. – a mesa fica em silêncio ninguém fala. Lúcia e Jhonnatan me encarram com lágrimas nos olhos.

- Oh querido nós não sabíamos. Sinto muito por ter perguntado.

- Não tem problema, eu não ligo em falar que já morei na rua por três anos. - Lúcia solta um soluço. Ela levanta e vai até a mim e me abraça forte.

- A partir de hoje você tem a mim e a Jhonnatan querido, nós somos sua família agora. E mesmo que meu filho não esteja namorando com você. Você é nosso agora. Sempre que precisar nós estaremos aqui. - agora quem está chorando sou eu.

- Viu mamãe agora a senhora deixou o Matt triste. - Henry me abraça.

- Eu não estou triste seu bobo. Estou feliz por você ter me mostrado sua maravilhosa família. -todos sorriem.

- Ele é um amor. - Lúcia fala. Voltamos a comer. A mesa se enche de conversa. Connor me ignora todo o tempo. E isso me deixa incomodado, sei que ele ainda vai me encurralar em algum momento. E tenho que estar preparado.

******************

**CONNOR**

Esse almoço foi uma merda, ignorar Matt foi mais difícil do que imaginei, e aquele chororô todo foi a gota d'água para mim. Não sei como eu vou falar para Matt que amanhã ele tem que ir embora bem cedo. Não posso deixá-lo conhecer minha família eles vão se apegar a ele, e isso não pode acontecer. Primeiro tenho que confiar nele, para depois deixar minha família conhecê-lo, eles se apegam demais. E não quero que eles sofram do mesmo jeito que sofreram quando conheceram o verdadeiro lado de Octávio, lembro-me de como Sílvia ficou quando ela descobriu que seu melhor amigo era um farso, minha irmã foi atrás dele e acabou ouvindo o que não queria. Preciso evitar que esse desastre aconteça mais uma vez. Olho para frente e sorrio para a cena que vejo. Matt está montado em Perságus o melhor cavalo do rancho e ao seu lado está Mark montado em Esperança.

Mark é a criança que não fala com ninguém a não ser sua mãe e Lúcia, elas são as únicas pessoas com quem ele fala. Sorrio mais ainda ao ver que ele deixou Matt não só chegar perto, mas também falar e brincar com ele. Saio do meu transe quando ouço Matt gritar olho em sua direção e vejo Perságus agitado, saio correndo em sua direção. Meu Deus o cavalo está muito agitado que tenho medo que Matt caia e se machuque. Paro na frente do cavalo.

- Calma garotão, está tudo bem. - falo suavemente. Perságus nunca ficou deste jeito, alguma coisa o assustou, olho para o chão tentando procurar a razão pela qual ele ficou desse jeito. Vejo uma tarântula perto de sua pata e sorrio.

- Então é isso que te deixou desse jeito garanhão, pelo visto você não é tão corajoso assim. - falo tirando a aranha de perto dele. - Pronto agora se acalme antes que se machuque. - falo para ele, Perságus tem medo de aranha desde o dia em que ele foi picado por uma e ficou doente por um mês inteiro. Perságus se acalma, quando percebo que Mark está aos berros em sua égua. Desço Matt e ele sorri meio sem graça para mim.

- Obrigado!

- Não me agradeça, eu só não queria que Perságus se machucasse. - Minto para ele. Matt Bufa e sai em direção a Mark. Ele sabe que eu menti.

- Está tudo bem meu amor, estou bem, veja. - ele diz tirando ele da égua e o abraça. – Se acalme querido. - Ele beija a sua testa e ele fica mais calmo. Ouço um suspiro atrás de mim, me viro e vejo a mãe de Mark com a boca aberta e os olhos arregalados.

- Meu Deus, você é um anjo. - ela diz para Matt. - Ele deixou você não só abraçá-lo, mas beijá-lo também. - Matt sorri para ela.

- Seu filho é uma criança maravilhosa.

- Eu não sou criança. - Mark diz emburrado. Eles riem de seu protesto.

Eu ajudo a guardarem os cavalos e vou me encontrar com Jhonnatan no local onde terá a grande festa da fogueira como eles chamam. Jhonnatan está montando uma enorme tenda onde estarão os alimentos. Assim que o alcanço ele começa a falar.

- Você já pediu desculpa para Matt sobre seu vergonhoso comportamento hoje de manhã? – ele fala e eu me sinto como uma criança sendo repreendida.

- Não. - minto para ele. - Ainda não tive a oportunidade. - ele me olha de rabo de olho, sei que ele não acreditou nem um pouco no que acabei de falar, ele apenas acena com a cabeça.

- Bem, hoje à noite você terá a oportunidade de se desculpar quando tirar ele para dançar. -engasgo com o que ele acabou de falar. Nem morto eu pedirei para Matt dançar comigo. Eu não falo mais nada, apenas o ajudo.

A noite chega e eu vou para o meu quarto me arrumar, sabendo que ainda hoje tenho que falar com Matt.

**********************

**MATT**

Depois do grande ato de heroísmo de Connor, eu vou ajudar Lúcia com os preparativos da grande fogueira. Sorrio quando lembro-me de um Connor super preocupado tentando acalmar o cavalo. Sim sei, ele não queria que Perságus se machucasse. Tá legal, eu sou o papai noel então. Ele pensa que sou burro só pode. Passo o restante da tarde ajudando Lúcia a fazer a comida para o povo.

Ela me explica como é a festa na fogueira. Dizendo que não é só para as crianças e suas famílias, mas é para todos da região, é uma festa para que todos possam se conhecer e se divertir e para que as crianças interajam com todos. Achei bem legal a intenção deles. Depois de tudo pronto eu subo para o meu quarto para me arrumar. Tomo o meu banho e coloco uma camiseta branca e por cima uma camisa aberta florido de frente, e uma bermuda branca, e por último calço minha bota, me olho no espelho e sorrio. Uau, eu estou espetacular.

Saio do quarto e dou de cara com Connor, por incrível que pareça seu quarto é infelizmente ao lado do meu. Finjo que não o vejo e começo a andar.

- Matt! - ele me chama e eu paro. - Eu preciso falar com você. - respiro fundo e conto até três.

- Tudo bem, pode falar. - falo com toda calma que consigo.

- Preciso que você vá embora amanhã bem cedo. - minha boca cai aberta pela ousadia dele.

- Desculpa Connor, mas eu não vou a lugar nenhum. - falo para ele, Connor fica vermelho de raiva.

- Não estou pedindo Matt. Amanhã de manhã eu quero você fora desta casa! - ele diz dando um passo à frente.

- Eu posso saber o porquê disso? - Ele sorri.

- Porque eu não quero que a minha família te conheça. - nossa essa doeuEntão quando eu me levantar de manhã, não quero ver a sua cara nessa casa! - meu peito dói. Sinto-me tão estranho que começo a rir. - Contei alguma piada? - ele pergunta.

- Sim Connor, você contou! - falo para ele, minhas pernas estão tremendo. - Vou deixar uma coisa bem clara aqui! - começo a falar nervosa. - Eu sou um convidado, e não vou a lugar algum!

- Eu acho que você não está entendendo o que estou falando Matt. - ele diz olhando nos meusolhos. - Não quero você aqui. Entendeu? - Eu dou um passo à frente e minha boca fica a um centímetro da sua.

- Eu entendi Connor, é você que não entendeu o que acabei de falar! - olho para os seus lábios e sorrio. - Não vou embora daqui. Você não é o dono dessa casa, então você não tem o direito de me expulsar, e aqui não sou seu empregado. Então meu querido, eu vou continuar aqui. Estou explicando direitinho ou quer que eu desenhe? - pergunto. Minha boca quase encosta na sua, Connor prende a respiração, a tensão entre nós pode ser vista e sentida de longe. - As únicas pessoas que podem me mandar embora são, Lúcia e Jhonnatan e pelo que eu sei eles não vão fazer isso. O único jeito é me aturar Connor. - sorrio para ele. Connor respira fundo, ele está puto da vida com a minha atitude. Bem estou pouco me fodendo para isso. Quando voltar para sua casa, eu vou apenas pegar o que me pertence e vou embora de lá o mais rápido possível. Para deixá-lo com mais raiva ainda eu completo. - Entendeu ou quer que eu explique mais uma vez? - ponto para mim. Connor me pega pelo braço.

- Não tente a minha paciência criança! - eu abro a boca para respondê-lo, mas ele me beija, um beijo cru, faminto. Sua boca saqueia a minha sem pena. Quando eu me entrego ao beijo ele me solta.

- É melhor você não estar aqui quando eu acordar Matt, não vai ser bonito se eu ver sua cara pela manhã. - com isso ele sai me deixando desorientado. Essa noite vai ser a mais longa da minha vida.


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Comentários

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Os capítulos são realmente surpreendentes mas eu continuo com ranço do Connor. Pra mim ele está sendo cada vez pior. Além de ter humilhado Matt na frente de todos, agora quer que ele vá embora e ainda brinca com os sentimentos dele e depois ameaça??? Não, realmente para mim isso não é uma atitude digna... Entendo todos as questões que ele tem, mas isso não justifica descarregá-las todas em cima de uma pessoa que nem estava presente quando ele passou pelo que passou. Seus sentimentos estão confusos, sim estão, mas ele também se deixou envenenar pelo cara que fez ele passar por todo aquele sofrimento. Ele é um homem adulto que precisa agir como tal e não como um menino mimado de 15 anos...

Amei a atitude de Jhonnatan!!!!

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Voce me surpreende em cada capítulo!! Não sei se fico com raiva do Connor ou com dó

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Eu estou exatamente desse jeito kkk

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Uau! A cada capítulo você me surpreende! Está de parabéns M.J.Mander👏💗

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