Era uma vez um pequeno reino, governado por um rei egoísta e tirando, onde as pessoas viviam pobres e sem esperança. Porém, um dia um homem surgiu alegando que sua filha podia transformar palha em ouro e isso mudaria para sempre a vida da jovem.
“Contos de Fadas: Rumpelstitiskin”
As línguas já corriam por toda a cidade, e um rumor agourento permeava a mente das pessoas naquela tardezinha taciturna e de aspecto sombrio. E lá, no tão famoso quanto decadente bar marco do percurso, nas terras de Kars Voghen e na encosta das grandes muralhas do rei Edmont, uma voz berrava e gritava, com um tom roco e desagradável, aos quatro cantos do mundo “Minha filha pode transformar palha em ouro”
Esta era a voz de Smith, um velho ferreiro bêbado que fazia bicos por toda a cidade e agora trabalhava em sua maior parte como moleiro. Ele era uma pessoa desprezível e só ficou pior quando sua esposa fugiu com um músico viajante, deixando-o sozinho e sem dinheiro, apenas com sua bela filha, a doce Odilia.
Odilia, assim como sua mãe, tinha um belo corpo, com curvas acentuadas, seios fartos e um rosto suave e angelical. Mais de uma vez ela teve que carregar seu pai bêbado para casa e mais de uma vez ela teve que escapar de sua investidas quando ele a confundia com sua mãe, teve uma vez que ele invadiu seu quarto sem roupas a noite e trancou a porta, achando estar com sua esposa, e Odilia teve muito trabalho para salvar sua intimidade nessa situação. Porém ultimamente estava pior.
Além de Smith passar a maior parte de seu tempo bêbado, ele por algum motivo acreditou firmemente na ideia de que sua filha era capaz de transformar palha em ouro. Isto é claro era tolice, Odilia nunca teve uma habilidade dessas, mas, em uma cidade pequena de pessoas simples, ignorantes e supersticiosas é claro que o boato da garota que transformava palha em ouro se espalhou como fogo. E como era de se esperar os rumores chegaram ao castelo.
Se passaram alguns dias, até que Smith foi acordado de sua sujeira com o batido estridente e alto em sua porta. Ele abriu e deu de cara com a guarda real, os cavaleiros do rei. Estes, com suas montarias majestosa e armaduras cintilantes trataram logo de se dirigirem ao homem repugnante questionando-o por suas afirmações nos bares.
– Chegou aos ouvidos do rei que aqui a filha do moleiro é capaz de transformar palha em ouro. – Disse o cavaleiro enquanto sua manta branca voava com o vento fraco – Agora, disseram me que você estava se vangloriando disso no bar, mas que estava bêbado. Diga-me agora se isso é verdade, quero ouvir as palavras de um homem sóbrio dessa vez.
Smith lambeu os lábios e olhou timidamente para os vários cavaleiros que o cercavam. – Esse fosse conversa de bêbado? – Ele falou com receio na voz.
– Então você seria preso, velho moleiro, e jogado em uma cela fétida por vadiagem e mentiras bêbadas, e teria sorte de passar o resto de seus dias na companhia de ratos imundos como você. – Disse o cavaleiro se aproximando com um par de algemas.
– Bem, então de fato os rumores são verdade. Sim, minha linda filha faz tudo que peço, e pode com certeza transformar palha em ouro. Odilia venha cá. – Ele a chamou. – Oh, vocês vão adorar minha filha, ela é um pedaço de mal caminho.
Odilia então caminhou tímida até seu pai e os homens que o encaravam. Quando os cavaleiros colocaram os olhos nela eles ficaram bem interessados.
– É, realmente essa garota tem um corpo de respeito, é até difícil acreditar que uma coisa linda como essa saiu de um velho asqueroso como você.
– Ah com certeza ela é mais linda quando vista de perto. Podem olhar –Ele falou enquanto empurrava sua filha mais próxima dos olhares lascivos dos cavaleiros.
– O rei ordena que a levemos, ele quer ver pessoalmente essa garota que tece fios de ouro.
– Oh, mas ela é minha única filha eu não posso perde-la, bem, não sem um bom preço.
O cavaleiro então tirou do bolso um saco de moedas de ouro e o jogou na direção do velho moleiro. O saco caiu no chão e o moleiro se abaixou, como um porco para catar as medas.
Os cavaleiros então se aproximaram de Odilia, prendendo seus pulsos em algemas de ferro.
– Papai, por favor. Não deixe que me levem, por favor. – Odilia implorou aos prantos, mas um cavaleiro deu-lhe um tapa no rosto e depois agarrou seus decote, rasgando suas vestes e revelando seus fartos e rosados seios. Não tinha porá que eles fazerem isso, só queriam humilha-la.
– Sinto muito, filha, mas são ordens do rei. Seja uma boa menina e vai ficar tudo bem. – O moleiro falou ainda agachado enquanto pegava as moedas na lama.
Os cavaleiros então jogaram Odilia em uma carroça e partiram em direção ao castelo. A estrada era longa e tortuosa, e por conta de já terem vindo e terem que voltar de novo os cavaleiros estavam cansados e irritados, mas agora eles tinham algo para pássaro tempo.
Odilia se assustou quando viu um dos cavaleiros desamarrar suas calças e retirar seu manto. – Eu não tô nem ai se essa história do ouro for falsa, você vai pagar o valor com seu próprio corpo. – Odilia, agora apavorada, tentou se debater e fugir, mas seus braços estavam presos pelas correntes. Então antes que ela percebesse, o cavaleiro segurou suas pernas enquanto outro rasgava o resto de seus vestido, a deixando nua e com sua vagina amostra.
– Olha pra essa bucetinha, eu tô achando que encontrei os fios de ouro aqui em baixo hahahaha – O cavaleiro falou rindo com os outros, enquanto segurava seu pênis ereto na direção da vagina de Odilia.
– Espere. A magia só funciona se eu permanecer pura, sem ser molestada. – Odilia falou, fazendo os cavaleiros pararem sua investida.
– Quer saber, acho que vale o risco, E no fim das contas essa história nem deve ser verdade mesmo. – O cavaleiro disse de forma sarcástica.
– E o que acontecerá quando o rei souber quem foi que tirou dele a magia de ter ouro? Eu tenho certeza que existem muitas prostitutas mal-humoradas que podem saciar seu desejo e sem o risco de perder sua cabeça a mando do rei.
O cavaleiro se afastou um pouco, resmungando e voltando a vestir sua armadura, mas depois se aproximou. Agarrando o rosto de Odilia. – Muito bem. Sempre podemos encontra-la mais tarde se soubermos que você está mentindo. E se for esse caso eu vou pedir pessoalmente ao rei para deixar cada cavaleiro arrombar essa sua bucetinha de depois te jogar no bordel como uma vadia.
Odilia engoliu seco, mas pelo menos ganhou algum tempo sem ser estuprada para pensar em algo para fugir dessa situação. Porém, a cada galope do cavalo se aproximando do castelo ela percebia que não tinha jeito de sair dessa situação.
Quando chegou ao castelo Odilia foi levada até a presença do rei Edmont, este que ficou surpreso ao ver uma bela jovem nua e amarrada na frente de todo o reino.
– O que é isto? – Questionou o rei, para os cavaleiros ajoelhados diante dele.
– Senhor, trouxemo-nos a garota que pode transformar palha em ouro.
– Muito bem então, levantem-na. – Os cavaleiros foram rudes enquanto levantavam a pobre garota nua. O rei a encarou de cima a baixo e disse – Meus cervos prepararão uma cela nas masmorras para você, você será limpa e receberá roupas, e a cela será cheia de palha você deve tecê-la e transformá-la em ouro até o amanhecer. Se quando eu for lá pela manhã não houver um fardo de ouro os soldados estarão permitidos a fazer o que quiserem com você e depois você será levada ao bordel, e todos seus ganhos serão dados a mim, como pagamento pelo ouro falso.
Odilia nem pode responder e já foi levada, lavada e vestida e jogada na masmorra escura e cheia de palha. Ela esperou os cavaleiros irem embora para desabar de chorar, e chorou por várias horas.
Os cavaleiros por outro lado resolveram dormir alí perto da masmorra mesmo, estavam ansiosos pela manhã quando poderiam acabar com essa jovem e bela garota de todas as forma, só deles pensarem em como enfiariam em todos os buracos dela enquanto ouviam seus gritos eles já ficavam com água na boca.
Odilia ouvia as risadas e conversar dos cavaleiros sobre como a usariam pela manhã e chorava, miserável e desolada, não tinha mais esperanças, podia apenas torcer para que eles fossem rápidos e a mandassem logo ara o bordel, mas ela sabia que eles não seriam rápidos, eles demorariam e curtiriam cada segundo de seu abuso. Odilia não tinha mais esperanças, mas foi então, que nas sombras do fundo da masmorra ela viu alguma coisa se movendo.
– Por que você chora tanto, doce donzela. – Uma voz fina e arranhada falou e se revelou das sombras. Diante dela estava o que parecia ser um home muito pequeno, uma criatura feia e desforme de pele esverdeada com uma cabeça pequena e pernas tortas. A criatura se aproximou dela e Odilia se afastou com uma mistura de medo e nojo. – E então, está chorando por algum motivo ou é apenas uma tola que chora por nada?
Apesar da repulsa e medo Odilia se aproximou da criatura, que foi o único a lhe tratar com um mínimo de respeito e começou a falar. – Meu pai é um homem horrível, espalhou a mentira de que posso transformar palha em ouro e agora o rei ordenou que eu o fizesse, caso contrário seus cavaleiros me estuprariam e me mandariam como prostituta para o bordel. – Ela falou ainda em prantos e com lágrimas nos olhos.
– Ah, sim. – Suspirou o pequeno anão – é realmente um dilema horrível que você está enfrentando.
– Eu sei. – Odilia falou limpando as lágrimas, mas não há mais nada que eu possa fazer.
– E se houver. – A criatura falou se aproximando dela – Diga me, donzela qual é o preço por um milagre? Pois, se quiser podemos fazer um acordo e eu posso transformar essa palha em ouro e livra-la de seu sofrimento.
Os olhos de Odilia brilhara, – Sim, por favor faça isso. – Ela falou caindo de joelhos e implorando.
– Ora vamos, suas lágrimas e bajulação não a salvaram até agora e continuarão não a salvando. Toda magia tem um preço queridinha, eu vou ajuda-la, mas você terá que me dar algo em troca.
– O que você quiser. – Disse Odilia – Eu não tenho nada em minha posse agora, mas se quiser minha roupas eu lhe dou. – Ela falou tirando seu vestido e expondo seu belo e atraente corpo nu. – Se quiser usar o meu corpo eu também lhe darei, você pelo menos será apenas um já os cavaleiros serão vinte. O que você quiser de mim será seu, apenas salve-me deste destino miserável.
O duende a rodeou e a olhou, cada detalhe de seu jovem corpo desnudo. – Você ainda é nova, e está na fase perfeita de procriação. Muito bem, sendo assim eu quero seu primogênito. Seu primeiro filho será meu.
– Tudo bem, você vai querer transar comigo aqui ou...
– Não minha jovem, não é assim que a magia funciona, o filho não pode ser meu. Só seu. Quando você encontrar um homem e tiver um filho dele eu voltarei para pega-lo.
Odilia então concordou, sem ter mais o que fazer. E assim o duende se aproximou da palha, pegando a palha caia no chão e dando-lhe um brilho amarelo mágico, e em um segundo toda a palha havia se tornado ouro.
No dia seguinte o rei foi até a masmorra e encontrou a pulha de ouro fino aos pés de Odilia, ele abriu um sorriso e encarou a bela jovem, no auge de seus dezenove anos, cuja beleza ele não havia prestado atenção no dia anterior.
O rei então abriu seu roupão e foi para cima de Odilia. Ele arrancou sua vestes e a derrubou na cama, segurando seu corpo com força para que ela não fugisse. – Você me agradou muito minha jovem, agora aceite sua recompensa.
– Espere, se você fizer isso a magia vai sumir, eu preciso estar virgem para tecer o ouro.
O rei então se levantou, falando com ela. – Esse foi o primeiro monte de ouro, você fará mais dois, se conseguir darei a mão do meu filho, o príncipe em casamento e você será princesa. O rei então saiu da masmorra e naquela noite mais um fardo de palha foi entregue na masmorra.
Odilia sabia que casando com o príncipe ela seria seu brinquedo, e seu pai ainda a usaria como quisesse se lhe desse vontade. Mas talvez uma vida de luxo valesse esse sacrifício. Mas talvez houvesse uma outra opção. Ela então chamou seu novo amigo, para novamente transformar a palha em ouro, mas talvez dessa vez ele lhe ajudasse a fazer algo mais por seu destino...
