O que é o Amor! (3a Temporada - CAPÍTULO 05) - Uma Senhora Especial

Um conto erótico de IDA (Autorizado por Nassau)
Categoria: Heterossexual
Contém 6534 palavras
Data: 30/11/2022 18:37:44
Última revisão: 01/12/2022 20:02:39
Assuntos: Heterossexual

Na França Bruna começa um novo curso e se depara com um amigo da adolescência que nutri uma certa paixão por ela. Na ocorrência de um pequeno acidente automobilístico ele teve que pedir socorro para ele. Depois deste socorro ambos tiveram uma noite de sexo meia boca, mas o rapaz começou a agir como seu namorado.

No escritório de Renato, Edna coloca um plano em execução. Ela deseja alçar Elisa como a responsável por um dos setores do escritório. Renato é contra, mas aceita fazer um teste com a funcionária. O objetivo do teste é verificar a capacidade de Elisa.

Continua ...

Capítulo 05 – Uma Senhora Especial

A vida que Bruna estava um caos. Tudo o que ela não queria que lhe acontecesse, estava acontecendo e ela se sentia pressionada com a eterna presença de Anderson ao seu lado. Tudo bem que o cara fosse muito atencioso e gastasse todo o seu tempo tentando adivinhar um desejo dela para ele realizar.

Porém, era aquela atenção pegajosa, grudenta e, para piorar, ele agia como se ela tivesse a obrigação de agraciá-lo com uma medalha por cada boa ação que ele fazia, ou achava que fazia. Era sufocante. Para piorar ainda mais a situação, Clara apareceu sem avisar e a presença da amiga, amante e confidente criou uma situação embaraçosa para todos. Por sorte, ela nunca permitiu que Anderson dormisse em sua casa.

Algumas vezes com jeitinho, outras sendo mais incisiva, sempre encontrava uma forma de dar um “bota fora” nele depois de transarem. Ela já tinha passado a noite no apartamento dele e outras vezes foram à praia que fica a cinquenta quilômetros de Nantes, onde se hospedaram em um hotel. Mas na sua casa ela não permitia, agindo de forma que ele entendesse que ali era seu canto, seu santuário ou um mundo para ser só dela. Só assim conseguiram, ela e Clara, se jogarem nos braços uma da outra e, sem saber o motivo, Bruna não conseguiu se entregar ao prazer como acontecia antes.

“Que diabos está acontecendo comigo?”. Perguntou-se ela diante da angústia que lhe invadiu.

Porém, ela não era o tipo de mulher que conseguisse conviver sob a sombra de outra pessoa, seja essa pessoa homem ou mulher. Ela passara a ser a administradora de sua própria vida. Mesmo no período em que era casada com Renato ela não tinha deixado isso acontecer, se bem que, com seu marido, isso foi muito fácil, pois ele era um homem do tipo que prefere levar a vida compartilhando e com mais cumplicidade do que impor sua vontade e, pensando isso, se deu conta que ultimamente andava pensando muito em seu marido, pois ela o considerava ainda como ‘seu marido’, uma vez que nunca houve a separação formal.

E com o pensamento focado em Renato, veio a saudade e a vontade de saber como ele estava. Só não sentiu nenhum arrependimento, pois Bruna ainda não estava suscetível a esse tipo de sentimento.

Para ter algum tempo livre de Anderson, começou a arrumar novas atividades, porém, algumas não deram certo. Quando ela resolveu frequentar uma academia, no pouco tempo livre que tinha, não demorou três dias para que ele, na mesma academia e no mesmo horário estivesse lá, ao seu lado, respirando apressado todo o ar a sua volta e deixando-a sufocada. A mesma coisa aconteceu quando ela, com a desculpa de melhorar o francês alegando que, se a conversação estava boa, a gramática deixava muito a desejar e lá estava Anderson como se sua vida dependesse de ter um bom conhecimento daquele idioma.

Então ela radicalizou. A semana seguinte ao que Clara voltou para o Brasil haveria um feriado prolongado na França. Seriam cinco dias, começando num sábado e indo até a quarta-feira da semana seguinte, sendo que todas as atividades só seriam retomadas na quinta-feira.

Ansiando se ver livre de qualquer amarra, ela abriu um mapa em seu celular e expandiu toda a região do litoral ocidental da Europa e depois, com os olhos fechados, girou o aparelho várias vezes e colocou o dedo em um ponto. Ao abrir os olhos, viu que estava apontando para um ponto onde a cidade litorânea mais próxima era Ericeira, em Portugal.

Sem vacilar, jogou algumas peças de roupas em uma mochila e junto a elas tudo o que uma mulher precisa para sobreviver, desde absorventes íntimos até a inseparável necessaire onde fica a maquiagem. Quer dizer, não foi exatamente tudo, pois ao ver que não havia mais espaço, desistiu do eterno e inseparável secador de cabelos.

Tomou um banho rápido, vestiu-se de forma despojada, com uma calça jeans preta e uma camiseta com estampa de uma banda de rock, também preta, chamou um táxi e em menos de meia hora estava no aeroporto aguardando a chamada para embarque de um voo para Lisboa previsto para dali a três horas. Comprou um livro na livraria do aeroporto, procurou um local bem discreto e se dedicou à leitura.

Chegou a Lisboa por volta das três horas da tarde. A distância entre Lisboa e Ericeira é de aproximadamente quarenta quilómetros e ela resolveu alugar um carro. Quando já havia escolhido um modelo popular, pois não queria chamar a atenção, se lembrou da maldita licença internacional para dirigir e comunicou o fato à jovem mulher que a atendia, dizendo que ia precisar de um motorista.

A moça chamou um supervisor que veio até ela e perguntou se ela tinha licença para dirigir e de qual país e, ao receber como resposta que era do Brasil, disse que estava liberado dirigir em Portugal com aquela licença. Bruna já ia comunicar que estava impedida, por decisão judicial, de dirigir, quando resolveu omitir esse detalhe, afinal, era uma imposição da justiça francesa e as chances daquele fato ser conhecido em Portugal quase não existia.

Quinze minutos depois estava na estrada seguindo as instruções que o aplicativo em seu celular ia dando. O percurso que, numa estrada normal poderia ser percorrido em meia hora, ou um pouco mais, demorou mais de duas horas, pois, além de ser uma região montanhosa, Bruna dirigia com extremo cuidado, pois tudo que não podia acontecer com ela era se envolver em um acidente.

Chegou ao seu destino antes das seis horas, mas era o mês de julho, pleno verão e o sol ainda brilhava próximo ao horizonte, fazendo do Atlântico um mar de tom dourado. Procurou por um hotel e resolveu descansar até o dia seguinte, comendo um lanche por lá mesmo e depois foi se deitar.

Mesmo cansada, Bruna demorou em dormir. Ela estava vivendo uma aventura que nunca tinha vivido em sua vida, porém, não sentia a excitação que normalmente se sente em situações como essa e isso a incomodava. Pensou a respeito e concluiu que sentia saudade do tempo em que conseguia se sentir ansiosa na expectativa de algum acontecimento que sabia estar por vir e avançou em seus pensamentos para concluir, no final, que suas ações e escolhas a transformaram quase que em um robô, pois tudo o que fazia ultimamente era levar a vida quase de forma mecânica.

Na manhã seguinte, depois de um farto desjejum, foi para praia onde se portou como se fosse a única pessoa ali. Não reparava nas pessoas à sua volta e evitava reparar se tinha alguém a observando, chegando ao final do dia à conclusão de que a solidão não a aborrecia. Se bem que também não lhe trazia nenhuma satisfação. Então disse para si mesma: “Você é um robô. Não se lembra?”.

Assim passou o primeiro dia em seu refúgio. As únicas conversas que teve foram com a recepcionista do hotel e com o garçom do restaurante que escolhera para fazer suas refeições e essas conversas se restringiram aos seus pedidos. A solidão, porém, não a aborrecia. Muito pelo contrário, já havia muito tempo que não se sentia tão tranquila e em paz.

Foi quase um retiro espiritual. Porém, não durou muito, pois no segundo dia foi surpreendida por uma jovem senhora, talvez uns 20 anos mais velha que Bruna que, se aproximando dela, a cumprimentou e depois iniciou uma conversa em que a mulher fazia perguntas e ela apenas respondia. Bruna percebeu de imediato que a mulher, pelo sotaque, só podia ser brasileira. Depois de algumas perguntas respondidas com monossílabos, a mulher resolveu revelar porque tinha se aproximado de Bruna, dizendo:

–(Mulher) Estou vendo que você não está muito a fim de diálogos. Desculpe-me, mas estou te observando desde ontem e fiquei curiosa. E depois que eu ouvi você falando sozinha e percebi que você não era de Portugal. Mas estou vendo também que você não está a fim de ser incomodada. Perdão por perturbar o seu descanso.

Dizendo isso, a mulher virou as costas e saiu andando indo se sentar em uma cadeira de praia que ficava a uns vinte metros de onde Bruna estava. Sentindo-se mal por ter sido tão antissocial, Bruna se levantou e foi até ela levando a esteira com ela. Ao chegar perto, colocou a esteira diante da mulher e se sentou sobre as pernas cruzadas e disse:

–(Bruna) Eu que tenho que pedir desculpas. Não costumava ser assim antes, mas ultimamente minha vida tem sido um desastre atrás de outro. – E sem dar tempo para a mulher se manifestar, começou a fazer perguntas, sendo a primeira se ela era brasileira, descobrindo que estava certa em sua conclusão.

A partir daí, a conversa se desenvolveu com facilidade. A mulher se apresentou, dizendo que seu nome era Ida e elogiou o nome de Bruna, dizendo que achava um nome muito bonito. Meia hora depois as duas se falavam como se fossem velhas conhecidas. Quando sentiu fome, Bruna perguntou para Ida se ela aceitaria comer alguma coisa, já que havia um quiosque próximo a elas.

Porém, a mulher recusou a oferta dizendo que tinha que voltar para o hotel, pois seu marido a esperava para almoçar e foi aí que Bruna descobriu que ela não morava ali. Expressou esse fato como uma pergunta e foi confirmado que não, ela e o marido, aproveitando o início do verão antes que as praias ficassem extremamente lotadas, pois o marido detestava agitação.

Quando se separaram, Bruna perguntou para Ida se elas se veriam novamente, tendo recebido como resposta a informação que, ainda naquela tarde, ela estaria no mesmo local e que isso dependeria apenas dela.

Bruna resolveu comer alguma coisa no quiosque mesmo e depois ficou à sombra de seu guarda-sol, conseguindo até um cochilo tranquilo sem ser importunada. Ida estava certa, a praia tinha poucos banhistas que eram, em sua maioria, de famílias compostas por casais e seus filhos que demonstravam não terem nenhum interesse na presença dela ali.

Despertou de seu cochilo quando ouviu o barulho de uma cadeira de praia sendo aberta e abriu os olhos para descobrir que sua nova amiga, Ida estava de volta e optara por ficar perto dela. Logo a conversa voltou. Aquela mulher demonstrava uma curiosidade radiante em saber das coisas de seu país natal e Bruna, na medida do possível, pois já estava fora do Brasil há mais de um ano, se esforçava para satisfazer a vontade dela.

Bruna também fez muitas perguntas sobre Portugal e ela respondia a todas de forma agradável e, muitas vezes, com um humor sagaz e inteligente que as pessoas da idade dela têm, mas fazem questão de não deixar que se manifeste.

Foi uma tarde agradável e ficou melhor ainda quando, ao chegar ao restaurante para jantar, Bruna se deparou com Ida sentada ao lado de um senhor com idade compatível a dela, não sendo difícil concluir que se tratava do marido dela. A senhora acenou para ela convidando-a a se aproximar e foi logo afastando a cadeira que ficava ao seu lado, o que fez com que ela se sentisse constrangida em recusar o convite para jantar com eles.

As apresentações foram feitas e Bruna achou o marido de Ida muito simpático e distinto, muito embora ele ficasse totalmente alheio às conversas das duas mulheres, só participando quando a esposa lhe fazia alguma pergunta ou pedia sua opinião a respeito de alguma coisa. Era notório que, apesar da diferença de idade, estava nascendo uma amizade ali.

Depois do jantar, sozinha em seu quarto de hotel, Bruna repassou os acontecimentos do dia e só então foi se dar conta de que, durante o jantar, Ida fizera algumas perguntas que ela respondera sem nenhum problema. Agora, porém, pensando a respeito, eram sobre assuntos íntimos seus e ela se admirava de ter respondido a todas as perguntas sem nenhuma ressalva e, o melhor de tudo, não se arrependia disso.

No dia seguinte Bruna foi cedo para a praia e ficou exposta ao sol até às nove horas, quando então abriu o guarda-sol para se proteger. Com o olhar, buscou por toda a praia e não encontrou a nova amiga e esse fato a deixou um pouco triste. Era tão bom conversar com ela que já sentia sua falta. Chateada pelo fato de a mulher não aparecer, recolheu suas coisas quando era aproximadamente meio-dia e foi até o restaurante. No íntimo, tinha vontade de encontrá-la, porém, isso não aconteceu e teve que almoçar sozinha.

Depois do almoço, Bruna ficou indecisa sobre voltar para praia ou ficar no hotel descansando. Optou pelo hotel, porém, em menos de meia hora se sentiu inquieta e ansiosa. Deu-se conta que a solidão antes tão ansiada agora a incomodava. Sabendo que não conseguiria descansar, jogou uma saída de praia por cima do biquíni e voltou para a praia.

Qual não foi sua alegria ao ser recebida por um largo sorriso de Ida que agiu como se a esperasse. Retomaram a conversa até que, sem um motivo específico, a mulher perguntou:

–(Ida) O que aconteceu para deixar esse seu coraçãozinho tão aflito?

–(Bruna) O que? Do que você está falando? – Perguntou Bruna estranhando a pergunta.

–(Ida) Desde ontem, quando te vi aqui sozinha, fiquei pensando no que uma mulher jovem e tão bonita poderia estar fazendo sozinha na praia. Depois, observando melhor, pude perceber que, a despeito da beleza, porque você é muito linda, faltava alguma coisa em você e por isso me aproximei. Aí, ao retornarmos ao hotel, meu marido e eu tecemos algum comentário e ele confessou ter ficado com a mesma impressão. Então ele me disse que eram seus olhos. Que nos seus olhos não se nota aquele brilho que as pessoas que vivem intensamente demonstram. Seus gestos também são um pouco mecânicos. Falta espontaneidade. O que foi que te machucou tanto assim minha amiga.

Bruna então olhou para aquela mulher e o que viu a deixou impressionada. Era uma senhora que, como um anjo da guarda enviada por Deus, aparecera ali para ajudá-la, pois tudo o que ela disse até então era a mais pura verdade. Por outro lado, havia alguma coisa familiar naquela mulher que ela ainda não conseguira saber o que era, então, com os olhos já iniciando a se encherem de lágrimas, identificou o que era.

Aquela mulher ali era como uma pessoa querida que sempre estivera presente para lhe estender a mão ou lhe apontar um caminho a seguir. Uma mulher que não a forçava a nada, apenas emitia a sua opinião sobre as coisas e deixava que ela mesma fizesse suas próprias opções e, por mais incrível que possa parecer, não associou a mulher à sua mãe. Na verdade, lhe vinha a nítida impressão de quem estava ali na sua frente, pronta para ouvir a ela e às suas mágoas, era Edna. A sempre presente e carinhosa Edna de outrora.

Bruna começou a chorar e Ida apenas se aproximou dela, sentando-se ao seu lado e fazendo com que ela repousasse a cabeça em seu ombro e deixou que ela chorasse. Quando finalmente conseguiu controlar o choro, sem que houvesse nenhum pedido, sugestão ou qualquer outra coisa nesse sentido, ela começou a falar. Falou da sua vida. Do distanciamento dos pais, da infância ao lado de Aline e da atenção que Ester lhe dedicava quando criança, depois de Renato, do episódio com o tio dele e da forma como tudo acabou.

Muitas vezes, seu relato era interrompido pelas lágrimas que teimavam em lhe banhar o rosto e nesses momentos Ida não tinha nenhuma reação e ficava a lhe fazer carinhos nos cabelos, até que ela controlasse o choro e voltasse ao relato de sua história. Não omitiu nada e só parou de falar depois de contar sobre Anderson e do relacionamento do qual queria se ver livre e que era o motivo dela ter ido parar naquela praia tão distante de todo o seu mundo atual e indesejável.

Quando percebeu que ela tinha acabado de contar sobre sua vida, Ida começou a falar:

–(Ida) Você se encontra realmente em uma situação complicada. Mas a primeira coisa que você tem que assumir é que a culpada disso tudo é você mesma.

–(Bruna) Eu? Como assim eu? – Perguntou Bruna se voltando para ela e olhando admirada para aquele rosto bondoso que a fitava de forma impassível.

–(Ida) Olha Bruna. As pessoas têm a mania de procurar culpados para justificar seus problemas. Lógico. Isso é bem mais fácil. Alguém não agiu direito e por isso eu me encontro na situação atual, é o que normalmente dizem. Porém, isso é uma fuga da realidade, ou pior, é tentar passar a responsabilidade para outros. E você tem muitas pessoas para poder culpar. O desinteresse de seu pai e sua mãe que sempre agiram como se o dinheiro compensaria a falta de atenção, atenção essa que você foi encontrar nessa tal de Ester. Aliás, há muita semelhança entre seus pais e aquela mulher e a principal delas é o dinheiro.

–(Bruna) A Ester nunca foi rica! – Explicou Bruna que foi logo interrompida por Ida.

–(Ida) Não se trata de ter ou não ter dinheiro, mas sim do que o dinheiro, ou a falta dele, faz às pessoas. Veja bem, seus pais que nunca tiveram esse problema, usaram o dinheiro achando que te dar tudo o que você queria, e até o que não queria, era uma demonstração de amor, quando na verdade nunca passou de uma compensação pela falta do amor. Já essa Ester. – E sempre que falava de Ester Ida demonstrava certa repulsa. – Essa tal Ester fazia qualquer coisa para conquistar esse dinheiro. Até mesmo a filha ela entregou a um homem que tinha posses, na esperança de conquistar o que queria.

“Foi a ganância de Ester que corrompeu a filha e foi essa mesma ganância que a matou. Mas, voltando ao assunto culpa, apesar dos defeitos e deficiências que eles demonstraram, apesar da falta de caráter, as escolhas sempre foram suas. Dizer não ao tio de seu, na época namorado, era uma opção sua. Recusar-se ao assédio de Ester e se afastar dela também. Você fez as escolhas erradas e foram essas escolhas que te levaram até a situação que você se encontra. Não as deles. E tem mais”.

Continuou Ida.

–(Ida) O seu momento atual é responsabilidade sua. Culpa sua. Você não precisa aturar ao seu lado um homem que você quer ver longe. Onde está a sua capacidade de administrar sua vida, menina? Quem foi que falou que, pelo fato de você ter cedido ao desejo, dele e seu, de se entregarem um ao outro criou um vínculo que não pode ser rompido? Você precisa simplesmente aprender a pronunciar mais a palavra “não”. Mas tem que ser sempre um “não” definitivo. Um “não” que não deixe dúvidas sobre o que você deseja e o que não deseja. Na verdade, você tem se deixado ser conduzida pelos outros que administram sua vida para os próprios interesses deles. Pelo que você me contou, você é uma mulher instruída, inteligente e só não é uma advogada brilhante porque nunca se importou com isso, pois capacidade para isso você parece ter.

“Você fugiu de sua vida. Veio para a Europa para se esconder da sua própria culpa enquanto mentia para você mesma de que a culpa era dos outros. E o que adiantou isso? Só serviu para você continuar levando pancada da vida, pois é isso que acontece quando você abre a guarda para a vida, ela te dá pancadas. Tem uma coisa que você contou a seu respeito que você acha que foi o maior absurdo que já te aconteceu, que foi o episódio com o casal de argentinos. Porém, veja isso de outra forma. Foi ruim, eu sei. Ruim não, foi horrível. Só que o baque que você recebeu fez você colocar sua vida em movimento”

Ida parou de falar por um momento, esperando Bruna assimilar o que ela lhe falará e depois continuou:

–(Ida) Você viu que tinha que mudar o rumo de sua vida e foi a luta. Procurou enriquecer o conhecimento que já tem naquilo que você escolheu para ser sua profissão e ainda aproveitou para aprender outros idiomas. Isso foi louvável. Você só precisa ir em frente com isso enquanto se prepara psicologicamente para voltar para casa e retomar sua vida. Não estou dizendo que tudo vai ser como antes. Melhor dizendo, acho que nunca mais vai ser como antes, a vida não costuma dar essa chance a ninguém. O que a vida faz é abrir novos horizontes para que você possa fazer novas escolhas e seguir em frente. A vida segue, não para. Mas, e daí se você não voltar a ter a mesma vida. E daí se você não conseguir retomar o seu casamento e descobrir que perdeu Renato para sempre. Isso é horrível eu sei.

Ida fez mais uma pausa antes de completar o raciocínio:

–(Ida) Mais horrível ainda quando se deseja desesperadamente que aconteça. Mas nisso você vai se sair bem, pois, como você mesma disse, passou a maior parte desse tempo sem ficar pensando muito no Renato. Essa é uma característica que você vai ter que usar para seguir em frente. Eu queria mesmo estar errada quando digo que entre você e ele não haverá volta e de repente até pode acontecer isso. Quem sabe o que o futuro nos reserva. Mas as chances, no meu entender, são pequenas. E no seu caso acho que é menor ainda, pois o Renato sempre demonstrou ser uma pessoa determinada em seguir os caminhos que escolhe para ele e, se o caminho escolhido por ele for um em que você não está, aí as chances serão zero. Não vai ter volta.

“Não estou aqui pretendendo dizer o que você vai ter que fazer e quais opções deverá fazer no seu futuro, mas posso te dar alguns conselhos. O primeiro é você se livrar desse Anderson. Esse relacionamento não tem conteúdo nenhum, não tem raízes, apesar de terem sido próximos na infância e adolescência, não tem. Livre-se disso. Não importa se ele vai ser magoado no processo, pois afinal, temos que concordar que ele é o elo fraco dessa corrente, embora esteja se sentindo a última bolacha do pacote. Livre-se, expurgue, saia fora, ou qualquer outra coisa que vocês mais jovens costumam dizer a respeito disso. A escolha de ficar ao seu lado foi dele e ele que resolva isso”.

Bruna esboçou um leve sorriso.

–(Ida) Pare de se responsabilizar pelas escolhas dos outros e cuide mais das suas. Depois, termine esse curso e, fazendo outros ou não, volte para o Brasil quando se sentir preparada. Volte à sua profissão, mas não se preocupe em voltar à vida antiga. Não existe vida antiga. No que se refere a vida, existe apenas o presente e o futuro. Preocupe-se em se dedicar ao que você gosta de fazer que você vai ver como será bem-sucedida, agora ainda mais com os novos conhecimentos que você adquiriu. E, para terminar, só um aviso. Você pensa mesmo que essa tal de Clara é sua amiga? Você acha que ela tem todo esse amor por você e que procura sempre vir te ver por amor? Se você pensa assim, então preste atenção. Eu ainda sei como são as coisas no Brasil e sei o que é ou não ter poder aquisitivo.

“Você acredita mesmo que a empresa dela rende tanto dinheiro assim para que ela possa viajar a cada dois meses, no mínimo, para a Europa? Faça as contas do custo de cada uma dessas viagens. Ela não te ama coisa nenhuma. Pode até ser que ela aprecie os momentos que estão juntas, que adore o prazer que você proporciona a ela. Porém, para mim, aí tem muito interesse. E, pensando melhor, quem mais teria interesse em ter uma pessoa que ficasse próxima de você para depois repassar todas as informações que obtém com isso para poder controlar a sua vida, mesmo remotamente?

–(Bruna) Meus pais? – Disse Bruna, muito mais como uma afirmação do que como uma pergunta e vendo pela expressão de Ida que acertara em cheio o pensamento dela, completou: – Isso seria muita injustiça nessa vida. Eu não mereço isso.

–(Ida) E quem foi que te falou que a vida é justa, Bruna? Não é. A justiça e a injustiça só são encontradas nas ações humanas. A vida, como costumamos dizer, apenas segue seu curso.

Bruna evitou fazer qualquer comentário e Ida também se manteve em silêncio. Por vários minutos as duas mulheres ficaram perdidas em seus pensamentos sobre aquela história. Quando voltaram a se falar Bruna se sentia mais leve, mais solta. Era como se, tal qual o herói mitológico Atlas, o peso do mundo estivesse até aquela conversa repousando em seus ombros e, para sua maior surpresa, ao olhar à sua volta, se deu conta da beleza ao redor. Parecia até que uma névoa tinha se instalado ali e um sol forte e brilhante a obrigara a se dissipar. Um sol chamado Ida.

Olhou para sua mais nova amiga e viu que ela apenas a encarava em silêncio e seus olhares se prenderam. Então sorriu. Foi um sorriso radiante. Não tão feliz, mas um sorriso de quem acabara de descobrir o que tinha que ser feito. À sua frente, Ida sorriu de volta.

A partir daquele momento, Ida e Bruna se dedicaram a curtir a praia. Pela primeira vez a loira foi até onde as ondas se quebravam com a amiga ao seu lado. Ali brincaram como duas crianças. Era segunda-feira e Bruna tinha apenas mais um dia para permanecer ali, uma vez que o outro seria gasto para fazer a viagem de volta, porém, quando chegou a hora de voltar e descobriu que Ida e o marido ainda permaneceriam na cidade até o final de semana, resolveu permanecer junto para beber um pouco mais da taça de sabedoria do instigante casal. Foram os dias mais felizes da vida de Bruna nos últimos dois anos.

Bruna concluiu que foi só pode ter sido a providência divina que colocou Ida em seu caminho. As palavras ditas pela jovem senhora ecoaram forte na mente e no coração de Bruna. Finalmente havia “caído a ficha” e Bruna sabia exatamente o que deveria fazer. Precisava exorcizar os seus fantasmas, que não eram poucos. Ela iria voltar para o Brasil e retomar a sua vida. Uma nova vida, mais centrada nos seus sentimentos e expectativas. Quanto a Renato, mesmo tendo uma ponta de esperança na reconciliação, sabia que o caminho seria longo. Contudo, ela não sabia o que esperar quando chegasse.

A influência daquela conversa com Ida foi tão significante que Bruna que ela partiu para a parte prática. Desbloqueou Anderson no seu celular. Estava se preparando para dormir e as centenas de mensagens não lidas e ligações não atendidas lhe chamou a atenção. Não que ela não estivesse esperando por algo assim, porém, o número era muito maior do que ela imaginava. Sabendo que nessas ocasiões as pessoas são repetitivas, não se preocupou em ler todas as mensagens, se concentrando apenas nas últimas que eram praticamente iguais.

Anderson insistia em saber onde ela estava, se dizia apavorado e exigia que ela entrasse em contato urgente. Ela apenas sorriu, atirou o celular para o lado e se deitou. Seus pensamentos foram povoados pelas lembranças de momentos felizes que tivera ao lado de Renato e desejou ardentemente que aqueles recados fossem dele e ficou imaginando como agira cegamente nos últimos dois anos.

Havia uma coisa que ela discordava de Ida. Reconquistar seu marido era possível sim e ela iria lutar para isso. Estava nesse pensamento quando a música que identificava as chamadas de Anderson soou em seu celular. Ela pensou: “Bom. Vou lutar, mas isso vai ser depois. Por enquanto vou ter que beber dessa bebida amarga chamada arrependimento”.

Atendeu então o telefone, explicou onde estava e mentiu para Anderson quando ele disse que viria ao seu encontro dizendo que estaria regressando já no dia seguinte. Tudo o que não queria era tê-lo por perto. Sua atitude, somada ao fato de seu sumiço por vários dias deixou o homem muito irritado e começaram a discutir, mas a discussão não durou muito, pois logo o ciúme dele fez com que fizesse alegações de que ela estava com outro homem na praia e Bruna, tranquilamente, encerrou a conversa e desfez a ligação.

Virou-se para o lado impressionada que a discussão, somado à acusação de traição de Anderson não a deixara irritada, porém, não se passou cinco minutos e nova ligação. Olhou no visor do celular para ver o rosto risonho de Clara. Novas explicações, porém, dessa vez Bruna foi muito diplomática, evitando aqueles assuntos que não desejava conversar por telefone, agiu com simpatia, mas sem exageros e não se importou em dizer a ela onde estava e o motivo.

Clara quis arrancar mais informações dela que com inteligência evitou qualquer assunto mais sensível, mantendo a conversa em banho maria, com apenas os assuntos insignificantes sendo abordados.

Bruna viajou para a França somente no domingo de manhã. Porém, com tantas escalas, só chegou a Nantes quando já era noite e ficou feliz ao ver que ninguém a esperava. Ela temia que, por ter mentido para Anderson que voltaria na quarta-feira e só fazer isso no domingo, o que provocou novas discussões entre eles, já que não desligara mais o celular, embora a tentação de bloquear a ele fosse imensa.

Tomou um banho demorado, trocou a roupa da cama, deitando-se a seguir vestindo apenas uma calcinha. Como ela manteve a luz do abajur ligada, ficou observando as paredes e móveis do seu quarto e se deu conta que as cores das paredes eram de muito bom gosto, assim como os móveis. Sorriu ao se dar conta de que, em tantos meses morando ali, não tinha reparado nisso ainda.

...

Na quarta-feira à tarde a secretária de Renato anunciou Elisa. Ela desejava falar com ele. Autorizada, entrou na sala dele como um tufão e já foi dizendo:

–(Elisa) Euachoquealinhadedefesaaser …

–(Renato) Epa … pode parar. Respira, vamos lá. Inspira, respira, “aaaaaa”,

Elisa olhou fixamente para Renato. A expressão em seu rosto era a de que ia lhe agredir a qualquer momento. Ele percebeu isso, porém, em vez de ficar bravo ou assustado, pensou: “Que bom, ela está furiosa. Já é uma reação nova e não vai começar a gaguejar e nem travar de vez”.

–(Renato) Vamos lá Elisa. Comece de novo. Mas dessa vez mais devagar.

Elisa respirou forte e o efeito em Renato foi o oposto do que se esperava. Ao ver seus seios firmes se expandirem dentro da camisa que parecia ser de um ou dois números menor do que deveria e ele sentiu um frêmito de desejo. Pela primeira vez estava enxergando a jovem advogada como mulher e não como uma menina esbaforida e assustada. Porém, não teve muito tempo para pensar nisso. Bem lentamente, Elisa começou a falar:

–(Elisa) Penso que a defesa pode adotar outra linha de conduta nesse processo.

Renato fez um sinal com a mão que indicava que queria que ela continuasse a falar. Ela começou explicando que, em todas as peças que compunham o processo, o Promotor Público conseguia colocar o acusado no local do crime e que, a única coisa importante no libelo dele contra o réu era a denúncia feita pela ex-esposa do réu.

Explicou que ainda que mesmo a vítima, em seu depoimento, afirmou categoricamente que havia visto apenas um vulto, não podendo afirmar se era realmente o acusado que disparou contra ele com uma arma do tipo rifle. Mas não parou por aí. Foi desfiando várias falhas que detectou na acusação do Promotor e da defesa sobre aquele aspecto, passando a seguir a explicar qual a forma de rebater cada um deles.

Renato olhava para ela admirado. Acontece que, depois de iniciar sua explanação de forma claudicante, falando lentamente, gaguejando às vezes ou começando a acelerar sua fala. Porém, a própria Elisa percebia quando isso acontecia e se corrigia. Ele estava admirado pela capacidade dela de se autopoliciar e se corrigir em seguida. Porém, não foi só essa capacidade que o impressionou, pois, à medida que ouvia, percebia que os argumentos dela eram irretocáveis.

Como foi que o advogado que preparara a defesa deixara passar todos esses detalhes, se bem que tinha que reconhecer que ele mesmo já examinara tudo e não percebeu, em momento algum, como eram fracos os argumentos de defesa, principalmente, se comparados aos novos argumentos que Elisa desfiava sentada diante dele, sempre manuseando o processo com uma presteza impressionante, encontrando o que desejava em segundos e, quando olhava para ele após comentar algum detalhe e via algum indício de dúvida, se levantava da cadeira, se inclinando sobre a mesa e virando o processo para permitir que ele mesmo examinasse.

Renato, nesses momentos, se dividia entre olhar para o processo ou para os seios dela que, diante da inclinação, permitia que ele tivesse uma visão deles que, embora cobertos por um sutiã bem-comportado, mostravam-se lindos e apetitosos aos seus olhos. Então, usava toda a sua força de vontade para que a atenção voltasse ao processo.

E aí veio a cereja do bolo. À medida que avançava em seus argumentos, Elisa parecia se esquecer da presença dele ali e sua fala foi se normalizando até se tornar incisiva, dando ainda mais credibilidade ao que ela falava. Antes mesmo que ela terminasse sua explanação ele já mudara sua avaliação, achando que ela era perfeita.

Quando ela acabou, ele fez algumas perguntas sobre alguns detalhes que não entendera bem, ela emitiu sua opinião e depois ficou em silêncio por quase cinco minutos e, durante esse tempo, notou que Elisa estava retornando ao seu estado natural de nervosismo. Isso fez com que ele, embora estivesse muito a fim de conversar mais com ela, talvez com o único propósito de mantê-la ali, linda, inteligente, decidida e eficiente, a dispensasse com um só comentário seu:

–(Renato) Muito bom. Pareceu-me certo o que você disse. Pode providenciar as mudanças que você sugeriu.

Elisa sorriu satisfeita em saber que Renato concordou com ela e agradeceu, falando apressadamente e foi saindo da sala, porém, antes dela chegar à porta, ele a chamou:

–(Renato) Elisa, só não jogue o que já está pronto fora. De repente a gente chega à conclusão de que vamos precisar usar isso.

Ela concordou com um aceno de cabeça enquanto pensava: “Infeliz. Gostou da ideia, mas ainda acha que a incompetente aqui vai fazer caca no processo dele”,

Na sexta-feira eles passaram quase todo o expediente juntos discutindo o processo, fazendo uma ou outra alteração, com Elisa demonstrando estar mais segura de si. Se bem que, em vários momentos, tinha que se esforçar para desacelerar a sua fala ou interromper a gagueira. Mas isso acontecia quando percebia que ele ficava olhando para ela como quem estivesse admirando seu corpo.

E era verdade, Renato não conseguia evitar de admirar aquele corpo esguio dentro de um vestido preto cujo comprimento estava acima dos joelhos e que, por ser um pouco apertado, delineava o corpo deixando claro a quem a olhasse as curvas acentuadas de sua cintura e o quadril ir se expandindo até formar uma bundinha empinada e firme ou os seios que pareciam que, a qualquer momento, se revoltariam com sua pressão e explodiriam aquele sutiã singelo para se tornarem livres. Quando não estava olhando para seu corpo, admirava o rosto com sua maquiagem discreta, o nariz perfeito e a boca que, com um batom rosa claro, parecia estar pedindo para ser beijada.

Entre uma distração e outra, Renato chegou a pensar que a crença popular costuma dizer que as mulheres são, ou inteligentes ou bonitas, não sendo possível ser as duas coisas ao mesmo tempo e pensou que, se isso fosse verdade, alguém tinha vacilado na hora que Elisa foi feita, pois ela conseguia ser as duas coisas.

A duras penas resistiu até o final do expediente e quando estava guardando o processo e informando a ela que na segunda-feira iam se concentrar no discurso de defesa, cometeu o erro de comentar:

–(Renato) O dia foi cansativo, porém, produtivo. A gente podia tomar um suco, ou uma cerveja para espairecer um pouco.

–(Elisa) Eunãopossotenhoqueirpracasa.

Ele se lamentou pensando: “Pronto. Foi tudo para o buraco de novo. Essa garota não tem jeito mesmo. Será que ela pensou que eu estava a fim dela?”.

Nem precisou pensar na resposta. Cinco minutos depois Edna entrava na sua sala, já pronta para ir embora e falou da porta mesmo ao perceber que a secretária de Renato já havia se retirado:

–(Edna) Escuta aqui Renato. Desde quando você começou a dar em cima de nossas colaboradoras. Você nunca foi disso! O que foi? É a idade?

–(Renato) O que você quer dizer com isto? Eu não dei em cima de ninguém.

–(Edna) Diga isso para a Elisa. Ela está chorando no banheiro.

–(Renato) Essa garota é doida. Eu só sugeri que, pelo dia ter sido cansativo e ao mesmo tempo proveitoso, se ela não aceitava ir tomar um suco, ou talvez uma cerveja.

–(Edna) Ah! Um suco ou uma cerveja! Sei bem do que você está falando.

–(Renato) Pare com isso Edna. Você, melhor que ninguém, sabe que eu não sou disso.

–(Edna) Vai saber! Nunca é tarde para começar. Não é neném.

–(Renato) Oras bolas. Quer saber de uma coisa Edna. Vá se … Ops … desculpe. Não quis dizer isso.

–(Edna) Sei que você não quis e isso acontece sempre quando alguém está sendo acusado de alguma coisa. Principalmente se a acusação tiver um pouco de verdade.

Dizendo isso, Edna se afastou rindo, deixando Renato sem ação, olhando para a porta onde ela estava antes com a expressão de um emoji de susto.

Observação: A personagem Ida é baseada em uma leitora que tem acompanhado a saga de Renato e Bruna. Aliás, o intuito é fazer uma homenagem a ela que sempre faz comentários dizendo o que gosta, o que não gosta da forma que, como comentou outra leitora a respeito, são “cirúrgicos”. Ela se identificou com o Renato e demonstrou certa revolta pelas atitudes da Bruna, porém, sem nunca ficar atirando pedras, apenas expressou seu sentimento de contrariedade pelo que ela fez. Então pensei: Quem melhor que a Ida para ajudar a Bruna a se reencontrar e colocar sua vida nos trilhos.

Em seus comentários, a Ida demonstrou ter uma personalidade muito parecida com a da Edna e fiz questão de deixar essa semelhança registrada no texto.

Muito obrigado Ida.

Continua ...


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Comentários

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Novamente Bruna recebeu conselhos assertivos, igual Edna fez no passado, com isso fez ela enxergar a culpa e arrependimento. Mas não vejo em nenhum momento Renato expressar falta de Bruna.

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Esta foi uma singela homenagem que o autor me fez. Me emocionou muito. Veja bem, o Renato está tentando refazer a vida e mais coisas irão acontecer. A quarta temporada irá explicar tudo o que aconteceu e, principalmente, os motivos para ele agir desta forma. Aguarde e continue acompanhando.

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O que Ida disse a Bruna foi o que todos aqui desejavam dizer,estragou o casamento pelo desejo de ser entregar ao prazer,não que eu possa dizer "o Renato era um bom rapaz"longe disso ele também teve sua parcela de culpa,não soube evoluir no casamento dos dois,mas Ida bateu forte ,foi fundo na ferida,fez Bruna acordar, agora e estranho está clara toda hora indo onde Bruna estar, parece que e pau mandado indo e vindo parece a mando de alguém,Bruna meta o pé na bunda deste Anderson,cara chato ele até agora foi um P A de Bruna,não pode cobrar, agora Elisa está menina precisa urgente de um psicólogo,chorar a toda hora que o Renato falar com ela vai causar uma enchente na cidade,bjs Ida e um feliz natal amiga

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, pelos seus comentários, eu acho que você vai adorar a continuação desta temporada.

Um Feliz Natal para você também !!! Ho, ho, ho

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Ida, apenas uma observação, apesar de já ter lido todas essas temporadas na versão do Nassau, tenho acompanhado e lido as suas postagens para prestigiar seu trabalho. No.seu perfil, pelo menos para mim, os capítulos aparecem fora de ordem. Não seria melhor organizar por ordem temporal...?

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Alexandre33, eu adoraria se isto fosse possível. Infelizmente o site faz a ordenação pela data da postagem considerando o texto original. Como eu estou republicando, às vezes, o site considera que o texto é original (razoavelmente diferente do que havia sido postado pelo Nassau) por este motivo a data fica mais recente. Quando o site identifica que eu estou postando um texto que já havia sido postado eu tenho que "recuperar" o texto original, editar, alterar e salvar o texto. Nestes casos fica valendo a data em que o Nassau postou o texto original. Não sei se consegui me fazer entender.

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Acho que a Bruna vai ter uma surpresa quando voltar rs.

Como sempre: três estrelas..

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Uma só não !!!! Vão ser várias !!!! Rsrsrs

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Caro Jambo, prometo publicar o sexto capítulo até amanhã pela manhã.

Como das outras vezes eu vou avisar quando o fizer.

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Não conheço a Ida pessoalmente (quem sabe um dia😊), mas me apaixonei por ela quando a notei já nos primeiros comentários que li aqui no CDC, sempre centrados e objetivos, e que quase sempre coincidem com minhas próprias opiniões. Sinto mesmo uma sintonia incrível com ela.

Mas o Nassau neste capítulo se excedeu. Se a Ida real não escreveu mesmo a conversa final da personagem Ida com a Bruna, seu espírito incorporou em Nassau! Impressionante e emocionante. Já havia lido esse capítulo quando Nassau publicou, gostei realmente, mas dessa vez teve um gosto diferente, talvez pela empatia que agora sinto pela Ida. Li e reli mais duas vezes e realmente é uma aula de vida que dona Bruna recebeu.

Nota mil e mil ⭐⭐⭐

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Querido SnowCastle, o sentimento é recíproco. A emoção bateu muito forte.

PS: Juro que não participei da escrita do texto.

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Capitulo muito bom.

Ida saindo dos comentários para dar uma dose de realidade na Bruna 😁. Penso que pela primeira vez, alguém isenta dá-lhe uma visão alternativa ao que ela pensava ser o correto que tinha sido reforçada por pessoas que tinham algo a ganhar com isso.

É engraçado que apenas a perspectiva que iria perder o marido a fez pensar nele. Tanto a Ida (personagem) como a Edna têm a mesma opinião e pessoalmente concordo com elas.

Existe aquele ditado, a primeira toda a gente caí, a segunda cai quem quer à terceira cai quem é burro. Ignorando o fato de ele se começar a sentir atraído pela Elisa e possivelmente começar a ter sentimentos por ela o que já tornaria a reconciliação complicada, para quê insistir no erro quando pode tentar algo novo. Mesmo sem Elisa no quadro uma pessoa voltar para alguém que já traiu várias vezes e ele sabe é complicado, a confiança na outra pessoa foi-se. Apesar de não estar no texto mas extrapolando, durante a "relação" dela com o Anderson imagina o Renato ver alguma foto ou vídeo dos dois em França numa rede social, fazem parte mais ou menos do mesmo circulo social alguém poderia ver e lhe contar. Tendo em conta o perfil do Anderson não seria irrealista pensar que postaria algo. O Renato iria aceitar uma reconciliação depois do que já passou com ela e vendo isso? Ela a curtir a vida com o "novo" namorado e depois voltava para ele para continuar uma relação? Mesmo do lado da Bruna, para quê tentar reconciliar? "Uma nova vida, mais centrada nos seus sentimentos e expectativas." Ela sabe que o Renato não é o amante que ela gosta de ter, sabe que o prazer e liberdade que gosta de sentir não consegue ter ao lado do Renato, porque não procurar alguém mais compatível e seguir a vida?

Seguem as 3 ⭐ e vamos ao próximo capitulo.

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Excelente capítulo. Me tocou muito.

Que bom que você está acrescentando o seu olhar. Está ficando muito rico.

Parabéns!!!

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Neo, fico muito grata pelo seu comentário.

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Aproveito para me desculpar. Nao estou tendo tempo de acompanhar o seu conto Mulheres Devassas. Mas, ja esta na minha lista de pendências.

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Até que enfim! Alguém com juízo nessa joça. Ida apareceu para mostrar a realidade da vida, nua e crua. Gosto muito, Ida! Depois daquela segunda temporada totalmente incoerente, esta está tentando arrumar a coisa e devolver o conto aos trilhos da primeira.

Parabéns, estrelado no máximo.

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NaughtyDog, a segunda temporada teve um propósito. Ela serviu a um propósito. A terceira está começando a explicar tudo o que aconteceu com os protagonistas. A quarta temporada vai fechar o ciclo. Te prometo finalizar a obra de uma forma bem coerente com tudo explicado.

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Cara Ida, agora entendi o motivo desse capítulo ser tão especial para você rs. Parabéns pela homenagem. Ansioso pelos próximos capítulos.

⭐⭐⭐

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É muito especial mesmo.

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Jambo, você não sabe como eu me emocionei quando li pela primeira vez o texto que o Nassau escreveu !!!!

Juro para você que eu li umas cinco vezes seguidas.

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O que falar.......somente dar 3 estrelas!!! Show de texto Ida!! Só fiquei um pouco tristonho pois se a tal "Ida" for meio vidente meu time dançou!! rsrsrs

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Antoper, fique tranquilo. A Ida pode ser muita coisa, mas vidente ela é !!!! Ou é um pouco sim !!!!

Rsrsrs

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Deus te ouça!!! Mas independente disso, qualquer que seja o (s) caminho (s) que os dois protagonistas tomarem, a emoção de acompanhar essa estória é grande!!!

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Antoper, eu fico realmente muito contente que voce esteja gostando.

Muito grata por acompanhar.

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Esse capítulo é forte, poderoso. Daqueles que vem para colocar a casa em ordem e dar todo o sentido a um texto de qualidade ímpar.

⭐⭐⭐

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Vocês podem não acreditar, mas eu não tive nada a ver com a parte escrita. Foi uma grande surpresa para mim quando o Nassau postou o capítulo original. Não só pela homenagem, mas muito mais por ser exatamente o que eu falaria para a Bruna. Palavra por palavra. Foi incrível o que o Nassau fez.

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Eu acompanhei quando aconteceu. Vi tudo de camarote. Como você pode ver até hoje, todos tem a mesma opinião do Nassau. 😘😘😘

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O Nassau é, sempre foi e vai continuar sendo incrível.

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Este é o Quinto Capítulo da Terceira Temporada.

Um capítulo muito especial para mim. Espero que gostem

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Listas em que este conto está presente

O QUE É O AMOR!
Em ordem de capítulos.


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