![Foto de perfil de 𝕰𝖘𝖕𝖊𝖈𝖙𝖗𝖔](/hotpornpics/imagens/perfil/274407/64-94423d47a3bd25058de31fb5fffcce2bb9cf414b.jpg)
Excelente narrativa! Escrita refinada e muito detalhada... Continuarei lendo!
No meio daqueles bárbaros, com uma corda amarrada no pescoço me mantendo preso à cintura do meu dono, eu fui arrastado por um caminho que parecia levar a lugar nenhum. O Sol era uma fornalha e seu calor queimava minha pele. Meu corpo estava muito sujo e dele subia o forte odor da urina de Hakon. Em meu rosto estavam as marcas avermelhadas que ele havia feito com sua chibata de carne e em minha boca ainda havia o gosto do seu leite. O cheiro do seu falo havia entrado por minhas narinas e penetrado profundamente em minha consciência, o que me impedia de esquecer que agora eu pertencia a um homem.
Sem cansaço, Hakon marchava a passos largos, obrigando-me a andar cada vez mais rápido. Se eu não mantivesse o mesmo ritmo que ele, a corda em meu pescoço me enforcaria. Aos tropeções, eu saltava sobre pedras e pisava em espinhos, machucando-me a todo instante. A corda que amarrava meus pulsos machucava minha pele e deixava meus braços dormentes. O cansaço tornava meus passos mais difíceis e eu não sabia até quando conseguiria me manter em pé. Mas o bárbaro parecia se tornar cada vez maior e mais forte durante aquela caminhada, e isso estimulava os outros homens a marcharem no mesmo passo que ele.
O calor era insuportável. Como animais ferozes, os homens soltavam grunhidos uns para os outros, e eu não conseguia entender nada do que eles conversavam. Seus corpos estavam banhados de suor e, para ter um pouco de alívio, muitos haviam puxado seus caralhos para fora das sujas e apertadas tangas de couro de animais. Os mais impacientes arrancaram essas tangas, deixando expostas suas bundas peludas e seus pesados ovos, sobre os quais seus caralhos se agitavam para cima e para baixo, como se fossem bichos à procura de carne para devorar. Cercado por aqueles machos violentos e famintos, eu era uma presa no meio de uma matilha de lobos.
Como se fizesse aquela caminhada sozinho, Hakon permanecia calado e andava altivo à frente do bando. Arrastado por ele, eu observava aquela montanha de músculos em ação. Meu dono era o maior homem do grupo; o topo da minha cabeça não alcançava a altura do seu ombro. Ao lado do meu corpo pequeno e magro, ele parecia um gigante. Seus braços eram longos, fortes e cobertos de veias saltadas. Em torno de cada um de seus pulsos, havia uma larga faixa vermelha pintada na pele. Dentro da tanga, os grandes e rígidos músculos de sua bunda se chocavam um contra o outro a cada passo que ele dava.
Quando Hakon se virava para avaliar o ritmo da marcha, mesmo com medo, eu não conseguia deixar de olhar para seu rosto comprido e agressivo. E meus olhos logo se dirigiam para o volumoso membro aprisionado dentro de sua tanga. Eu não compreendia como ainda estava vivo, depois de ter recebido no fundo da minha garganta aquele falo colossal.
A marcha prosseguia sem tréguas e eu fraquejava a cada passo. A tristeza, o medo e a raiva tomavam conta de minha mente; o cansaço, a sede e a fome castigavam meu corpo. Eu não havia comido nada no começo daquele dia em que a mão do bárbaro me arrancou da minha aldeia e me levou para um destino desconhecido.
Quanto mais nos distanciávamos do lugar onde eu nasci, mais eu me sentia perdido no mundo. Meu povo estava morto e o corpo da minha mãe, a sofrida Kelana, ainda deveria estar ardendo no fogo. A imagem dela pairava na minha frente, fazendo minhas lágrimas descerem e se misturarem ao suor que banhava meu rosto.
Eu não tinha mais ninguém. A nenhum daqueles homens interessava saber quem eu era. A partir de agora, eu não seria mais chamado pelo nome que recebi quando vi a luz pela primeira vez — Enil de Kelana. Como escravo, eu era apenas mais uma posse do homem que liderou o ataque à minha aldeia. Eu deveria ter menos valor do que qualquer um dos objetos que ele havia tirado do meu povo e que carregava pendurados nos ombros.
O Sol começou a baixar e o calor na terra diminuiu. Com a língua para fora, eu sentia meu corpo girar e a cabeça doía como se houvesse uma imensa rocha sobre ela. A fome me castigava cruelmente. Eu não sabia se ainda andava ou se era arrastado pela força de Hakon. Ao passarmos por uma trilha de pedras, eu tropecei e meu corpo tombou. Furioso, o bárbaro ainda deu dois passos à frente, ameaçando me enforcar. Quando eu pensei que morreria sem conseguir respirar, ele veio em minha direção. Caído no chão, eu olhei para seu rosto e tive certeza de que ele iria me matar, para se livrar daquele peso que estava atrasando sua caminhada.
Hakon passou a mão pelo meu pescoço e me colocou em pé. O pedaço de couro que eu usava em torno da minha cintura ficou preso nas pedras, deixando-me completamente nu. Com barulho, eu puxava todo o ar do mundo, buscando forças para continuar a segui-lo. Seus olhos percorreram minha nudez, deixando-me envergonhado, e num gesto inesperado, ele pegou em meu queixo e me obrigou a abrir a boca. Mirando dentro dela, ele atirou algumas cuspidas sobre a minha língua; foi disso que eu me alimentei para continuar a caminhada.
Mas logo ele puxou a corda em torno do meu pescoço e me obrigou a acompanhar seus velozes passos. Mesmo sem saber de onde me vinham forças, eu continuei a segui-lo, esforçando-me para não cair novamente.
A caminhada havia se tornado numa luta de vida ou morte. Agora, além de precisar vencer o cansaço, a fome, a sede e o medo, eu precisava me proteger do olhar dos outros homens, que pareciam prestes a avançar sobre minha nudez, como se fossem animais carnívoros ao redor de uma infeliz presa. Se um deles não conseguisse controlar seus instintos, toda a matilha avançaria sobre mim e eu morreria com várias lanças de carne ensebada sendo enterradas em meu corpo. Aqueles homens seriam capazes de usar seus dentes pontiagudos para arrancar pedaços da minha carne e matar sua fome.
Mesmo evitando olhar para eles, eu sentia seus olhos percorrendo meu corpo e temia que um deles cravasse os dentes em minha bunda que, diferente das suas, era pequena, sem marcas de ferimentos e livre de pelos. Meu rosto sem barba ainda parecia o de um menino e meu corpo era pequeno, fraco e liso. Tudo isso despertava ainda mais a fome daquelas feras. Sem ter nenhuma mulher por perto, eu era a única pessoa que eles poderiam devorar para dar vazão aos seus instintos de machos selvagens. A única coisa que os impedia de me atacar era o fato de que eu pertencia ao seu chefe. Nenhum deles seria capaz de afrontar o grande Hakon por causa de um escravo. Pelo menos eu acreditava que fosse assim.
Já era noite e finalmente o bando parou numa clareira perto de um córrego, para poder se alimentar e descansar. Sem me aguentar em pé, eu desabei no chão, mal conseguindo manter os olhos abertos. Eu nunca havia caminhado por tanto tempo; a falta de alimento deixava meus pensamentos confusos e meu corpo parecia não me pertencer mais.
Antes de sair para ir se banhar junto com os outros homens, Hakon soltou a corda do meu pescoço e usou-a para amarrar meus pés, deixando-me completamente imobilizado no chão. Essa era a garantia de que eu não iria fugir, embora eu não tivesse forças nem mesmo para ficar em pé, quanto mais para correr na escuridão de uma floresta. A fome gritava dentro de mim e a sede queimava em meu corpo, provocando-me ondas de vertigem.
De olhos fechados, eu esperava que o bando voltasse e que meu dono se compadecesse e me desse um pouco de água e alguma coisa para comer. No meu desespero, eu desejava até que ele me desse mais um pouco de sua saliva, ou mais alguns jatos do leite produzido no meio de suas pernas. Meu sofrimento era tanto que eu desejei até que ele me desse um novo banho de urina, para que eu aproveitasse para me alimentar com um pouco da bebida espumante e quente produzida dentro de seu corpo. Talvez a morte fosse o melhor que poderia me acontecer naquele momento, mas eu ainda queria viver.
Quando senti os dentes cravarem em meu peito, eu abri os olhos e soltei um grito abafado, mas o homem que havia se atirado sobre mim colocou a mão na minha boca e continuou a sugar e a morder meu pequeno mamilo, como se fosse arrancá-lo. Com mãos e pés amarrados, eu só conseguia serpentear de um lado para o outro, e isso o deixava mais agressivo. Sua língua subiu pelo meu pescoço e seus dentes se fecharam em torno do meu queixo, fazendo brotar algumas gotas de sangue.
Movido pelo desejo de se apropriar de meu corpo de todas as formas, ele cravou os cacos podres de seus dentes em meus lábios e tentou empurrar sua língua pelo meio deles. O cheiro de carniça que saiu de dentro de sua boca fez minhas entranhas revirarem. Sem poder me defender, eu assistia com horror àquele animal avançando sobre minha pele, disposto a me devorar.
Saltando para trás, ele ficou em pé e me exibiu seu membro grande e sujo, com um grosso fio de baba escorrendo de sua cabeça. O cheiro azedo que subia do meio de suas pernas me causou ainda mais repugnância. Ajoelhando-se ao lado da minha cabeça, ele levou seu rolo inchado até a minha boca, mas eu mantive os lábios bem fechados, para impedir que aquele monstro se deitasse na minha língua.
Para piorar, outro homem também avançou sobre mim, dobrou minhas pernas para cima e passou a lamber e morder minha bunda. A cada mordida, minha carne era puxada com tanta força que eu imaginava que logo ela seria rasgada. Seus instintos exigiam que eles usassem toda violência contra mim.
Eu estava prestes a ser abatido. O homem ajoelhado ao meu lado deu um forte tapa no meu rosto e conseguiu enfiar na minha boca a cabeça do seu falo cabeludo. Num reflexo, eu fechei os dentes com força e o animal ferido soltou um uivo abafado e me deu uma forte bofetada, para que eu o largasse. Quando estava livre, ele pulou sobre mim e descarregou sua raiva no meu peito e no meu rosto.
A visão de um macho espancando uma presa acendeu ainda mais os instintos do outro homem, que passou a aplicar fortes tapas na minha bunda e nas minhas coxas. Desde que meu pai morreu, eu nunca mais havia apanhado tanto. As dores que as pancadas me provocavam eram insuportáveis e eu esperava a morte.
Pegando-me pelos pés, o homem a quem eu havia mordido me virou de costas e montou em mim. Com suas garras, ele abriu minha bunda para que sua vara entrasse. Quando a cabeça pulsou no portal que dava entrada para o meu corpo, eu reuni todas as minhas forças e, sem saber se seria ouvido, gritei o mais alto que pude.
— Hakon!
Furioso, o homem deu um forte tapa em minha nuca e tudo escureceu ao meu redor. Enquanto um empurrava minha cabeça no chão, esfregando meu rosto na terra, o outro se agitava sobre minhas pernas, usando toda sua força para conseguir invadir meu corpo. Quando a ponta da sua lança bateu no meu anel, meus músculos se contraíram em defesa, mas eu imaginei que não resistiria por muito tempo.
Repentinamente, o peso foi arrancado de minhas costas, dando-me um pouco de alívio. Com esforço, eu consegui virar o rosto, para ver o que estava acontecendo. Não sei se ele ouviu meu grito ou se foram seus instintos que o alertaram, mas Hakon tinha vindo me socorrer. Com o braço dobrado em torno do pescoço do homem que ameaçou violar meu corpo, ele o arrastou para longe de mim e o atirou contra uma parede de pedras, lascando sua cabeça ao meio.
O outro homem ainda teve tempo de pegar seu machado, mas o meu dono foi mais rápido e o atingiu no peito com a força do seu enorme pé, lançando-o ao chão. Tomando-lhe o machado da mão, Hakon rasgou sua barriga ao meio, fazendo suas vísceras saltarem para fora, junto com uma cascata de sangue.
Olhando para aquela cena, os outros homens se curvaram diante de Hakon, numa demonstração de obediência. Com aquele exemplo, nenhum deles se atreveria a tocar em mim. Ele não perdoaria se alguém tentasse lhe tirar o direito de ser o primeiro a entrar no meu corpo.
Lançando um olhar enfurecido para os dois cadáveres, Hakon me puxou pelos cabelos e me colocou em pé na sua frente. Resmungando coisas que eu não entendia, ele avaliou os ferimentos em meu corpo e abriu a mão na frente do meu rosto, como se fosse descarregar sua raiva em mim. Com o horror brilhando nos meus olhos, eu aguardei que ele começasse a me espancar, para me castigar por eu ter despertado a fome daqueles homens, mesmo eu não tendo feito nada.
Mas Hakon não me bateu. Sua mão deslizou com força pelo meu rosto, como se ele estivesse limpando a sujeira que os homens fizeram em mim. Ao ver o sangue descendo do meu queixo, ele pressionou o polegar sobre o corte e sua voz grossa passou por entre seus dentes fechados.
— Malditos!
Para o espanto do bando, o chefe bárbaro me ergueu em seus braços e saiu andando em direção ao córrego. Naquele mundo de selvagens, nenhum homem trataria outro daquele jeito. E poucas mulheres seriam protegidas daquela forma. Quando ele me colocou dentro d’água, eu me desequilibrei e meu corpo afundou. Com a boca bem aberta, eu deixava a água entrar livremente. Eu seria capaz de morrer afogado, só para saciar minha sede.
Mas Hakon me puxou de volta e me colocou sentado entre suas pernas, com minhas costas apoiadas em seu peito. Depois de esfregar seu corpo, ele usou as mãos para jogar água em mim e esfregar minha pele e meu cabelo, limpando-me de toda a sujeira que eu havia acumulado ao longo da caminhada e de tudo o que os homens haviam feito em mim.
Meu corpo estava ferido e sem forças, minha mente estava quase apagada, mas eu sentia a rigidez de sua lança tentando abrir caminho no meio da minha bunda. As veias que cobriam aquele tronco pulsavam sem parar, drenando uma grande quantidade de sangue para deixá-lo ainda mais duro. Com a mente entorpecida e o corpo preso entre as pernas do guerreiro, eu esperava que ele empurrasse sua carne contra o anel que ficava escondido no meio da minha bunda e me matasse. Eu não tinha como escapar vivo daquele falo gigante.
Passando um braço por minha cintura, Hakon me puxou ao encontro de seu corpo e seu membro foi empurrado contra a estreita fenda que dividia minha bunda ao meio. Minha impressão era de que as veias que cobriam aquele membro iriam romper, tão forte era a pressão que o sangue fazia dentro delas.
Um calafrio subiu por minha espinha e eu dobrei a cabeça no ombro dele. A ponta da lança latejou e eu imaginei que ela iria romper meu anel, tirando-me de vez o direito de ser um homem igual aos outros. Mas ele apenas me prendeu com mais força entre suas coxas, fazendo seu falo deslizar pela minha fenda e ficar apontando para cima, como se fosse escalar minhas costas.
Sentados em volta de uma fogueira, os homens nos observavam, sem entenderem o que estava acontecendo. Como se estivesse num sonho, eu me entregava ao que Hakon queria fazer comigo. Mesmo fraco e dolorido, meu corpo reagia àquele contato. Meu sangue corria mais rápido e meu pequeno membro também enrijeceu, a ponto de me provocar dor.
A barba de Hakon em meu pescoço, seus cabelos misturados com os meus, sua língua em minha orelha e o contato de nossas peles me provocavam um desejo que até então eu não conhecia. Como se tivesse enlouquecido, eu ansiava pelo momento em que ele enfiaria em mim sua descomunal lança.
Mas Hakon era um macho bem vivido, para quem não teria valor abater uma presa que estava quase morta. Provavelmente, ele sabia que naquele momento eu não teria forças para aguentá-lo montado em meu corpo. Era de se imaginar que ele queria ter o prazer de ver a dor escorrer de meus olhos quando seu falo rasgasse minha carne.
Se fosse me devorar agora, assim que a ponta comprida e larga do seu caralho atravessasse meu anel, todo meu sangue desceria e levaria minha vida embora num instante. Mas Hakon queria ter tempo para sentir minha carne ainda quente se contraindo em torno de sua estaca pulsante. Ele queria que meus olhos estivessem abertos quando sua semente fosse depositada nas profundezas de meu corpo, mesmo sabendo que eu não poderia ter um filho seu.
Eu imaginava que era por isso que minha vida continuava a ser poupada. Hakon iria esperar que eu recuperasse um pouco de minhas forças, para que ele pudesse fazer tudo o que queria comigo, até mesmo me matar. Eu era um prêmio para ele.
Por enquanto, ele extravasava seu desejo esfregando seus pelos em minha pele lisa e fazendo seu membro deslizar ameaçadoramente pelo caminho que levava à entrada do meu corpo. Mesmo sem ele estar dentro de mim, Hakon e eu estávamos grudados. Dentro d'água, diante do olhar de um bando de bárbaros, nós nos esfregávamos como dois animais que estão começando um longo ritual de acasalamento. Era desse jeito que ele me convocava para uma futura batalha, da qual eu dificilmente sobreviveria.
Sua respiração acelerou e eu quase podia ver o vapor saindo de suas narinas. Seu falo parecia um bicho agressivo se debatendo na água, louco para entrar na minha gruta inexplorada. Jogando a pélvis repetidamente contra minha bunda, ele agia como se já estivesse socando em mim.
Cravando os dentes em meu pescoço, Hakon abafou a dor que um macho sente quando o leite quente sobe por dentro de sua tora. Espremido entre nossos corpos molhados, seu falo deslizou para baixo e logo se lançou para cima, fazendo a cabeça emergir e lançar um longo jato de esperma para o alto. Quando aquele líquido quente atingiu minhas costas, eu soltei um gemido e me curvei para frente. No mesmo instante, o bárbaro usou uma mão em concha para recolher a porção de seu sêmen que boiava sobre a água e me deu na boca.
Pela segunda vez, eu bebia o esperma do homem que roubou minha liberdade. A mistura de água e leite desceu pela minha garganta e uma sonolência se espalhou pelo meu corpo. Saltando sozinha na superfície do córrego, minha lança começou a arder e dela também saíram alguns jatos de esperma. Sem poder esconder o prazer que estava sentindo, eu pronunciei novamente o nome do meu carrasco.
— Hakon…
Ao ouvir seu nome, ele lambeu meu rosto e, como se estivesse capturando um pequeno peixe, envolveu meus ovos e meu membro com seus dedos enormes. A forma como sua mão apertou aquela parte do meu corpo que eu não deixava ninguém pegar me provocou uma grande dor, mas eu gostei de sentir. Eu precisava odiar aquele homem, mas neste momento eu desejei adormecer entre suas pernas, com seu falo abrigado no meio da minha bunda e sua mão se apossando do meu sexo.
Assim que seus músculos relaxaram, Hakon se levantou e me ergueu em seus braços. Ao passar pela fogueira, os homens fixaram os olhos naquele gigante nu que carregava nos braços um homem com corpo de menino. Ninguém entendia por que ele agia assim. Nem eu mesmo conseguia entender como o homem que havia destruído meu povo era capaz de me proteger daquela forma, a ponto de matar dois dos seus guerreiros por minha causa.
Deitando-me ao lado de suas coisas, Hakon passou a mão em seu corpo para fazer a água escorrer mais rápido de sua pele. Meu olhar bateu em seus pés enormes e avançou sobre os fios pretos que se espalhavam em suas pernas musculosas. Ao chegar ao meio de suas coxas, meus olhos esbarraram nos dois grandes ovos cobertos de pelos e no rolo de carne e veias que parecia nunca parar de pulsar. A cabeça vermelha na ponta do pesado talo estava virada para baixo, e eu senti um calafrio ao me lembrar da sensação de tê-la na fenda da minha bunda.
Para vestir a tanga, ele se curvou para baixo e sua bunda se inclinou para trás. Não sei se era por causa da fome, mas eu senti vontade de morder aqueles dois grandes músculos que se apoiavam sobre suas fortes coxas. A imagem daquele gigante nu perturbava meus sentidos e isso me deixava assustado. Hakon era aquilo que, muitas eras depois, viria a ser chamado de um belo homem.
Depois de vestir a tanga, ele foi se sentar ao lado da fogueira. A fumaça me trouxe o cheiro da carne de algum animal que estava assando e uma saliva grossa se formou sobre minha língua. Ferozes, os homens rasgavam com os dentes os pedaços de carne retirados das chamas. Meu corpo tremia e eu via tudo girar. A fome gritava dentro de mim e eu pensava na água com sêmen que Hakon havia me dado, na esperança de que apenas aquele líquido me mantivesse vivo.
De longe, alguém atirou um pedaço de pão duro e embolorado na minha direção. Com as mãos e os pés amarrados, eu não tinha como pegar nada, e fiquei me contorcendo pelo chão, lutando ferozmente para alcançar aquele alimento com a boca.
As gargalhadas do bando diante do meu sofrimento chegavam aos meus ouvidos e me deixavam ainda mais enfurecido e desesperado. Todo esse esforço consumiu o resto das minhas energias e eu parei de girar no chão como se fosse um animal ferido. Derrotado, eu me virei para o outro lado, para não ver o pedaço de pão e nem o prazer que aqueles homens sentiam diante da minha agonia. Um torpor dominou meu corpo e eu não vi mais o brilho da lua.
Um grande pé parou ao lado do meu rosto e eu ainda consegui abrir os olhos. Nas mãos do gigante, dentro da casca de um grande fruto, havia comida. Sem nenhum orgulho, eu lhe mostrei meus olhos sem brilho e abri a boca para implorar por minha vida, mas não consegui produzir som algum. Seu nome ecoou na minha mente e eu desejei que meu pedido chegasse até a mente dele.
— Hakon…
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NOTA: Agradeço a todos que leram o 1° e o 2° episódios desta narrativa de fantasia. Para os leitores que pretendem continuar acompanhando esta série, em breve será postado o 3° episódio da saga de Enil e Hakon.